Aires de Almada

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Aires Gomes de Almada ou simplesmente Aires de Almada ou Ayres de Almada, licenciado, provavelmente natural de Lisboa, foi desembargador dos Agravos (19/03/1496 - 9/07/1504) e embaixador do Reino de Portugal.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

21 de outubro de 1486 – Nomeado Sobre juiz da Casa do Cível; Já falecido em 1512.[1]

Em 21 de novembro de 1497, foi nomeado terceira pessoa do emprazamento de umas casas e dois quintais do Hospital de Santa Maria dos Inocentes, em Santarém.[2]

Em 1488 foi enviado como embaixador do rei a Inglaterra, com o objectivo de reclamar a libertação do Conde de Penamacor.[2] Entre 1493 e 1494 foi embaixador em Castela, sendo um dos negociadores do Tratado de Tordesilhas.[2] Em 12 de outubro de 1487 foi nomeado Corregedor da Corte dos feitos cíveis, função que ainda exercia em 1494, quando foi assinado o Tratado de Tordesilhas.[2]

Foi Juiz dos Feitos do Rei (2/05/1497 - 18/05/1503) por especial mandado.[3]

Antes de 13 de julho de 1499, andou com alçada nas comarcas da Beira e da Estremadura.[3]

Exerceu interinamente o ofício de chanceler-mor em diferentes períodos dos anos de 1497, 1499 e 1500.[3]

Dirigiu-se a Inglaterra em 1488, em representação de D. João II[1] para negociar a libertação do Conde de Penamacor e a Castela em 1493-1494 para negociar o Tratado de Tordesilhas).[1]

Dados genealógicos[editar | editar código-fonte]

Filho de Afonso de Almada, escudeiro da Casa Real, morador na freguesia da Madalena de Lisboa, casado com Catarina Gil.[1]

Casado com Catarina Gil de Aguiar.[4]

Pai de:

  • Luís de Almada, escudeiro fidalgo de D. Manuel I no primeiro quartel de 1518,[5] desembargador do Paço e chanceler do Reino, instituidor do Morgado dos Olivais.
  • João de Almada, moço fidalgo de D. Manuel I no primeiro quartel de 1518,[5] doutorado e desembargador da Casa da Suplicação em 1532.
  • António de Almada, juiz de fora da cidade de Évora.[4]
  • Isabel de Almada casada com Gil Álvares[6] ou Gil Gonçalves. Que tiveramː
  • Mais quatro filhas que que professaram no convento cisterciense de Almoster.[7]

Referências

  1. a b c d e Faria, Diogo. «A Chancelaria de D. Manuel I. Contribuição para o estudo da burocracia régia e dos seus oficiais». Consultado em 26 de março de 2022 
  2. a b c d Faria, Diogo. «A Chancelaria de D. Manuel I. Contribuição para o estudo da burocracia régia e dos seus oficiais». Consultado em 26 de março de 2022 
  3. a b c Faria, Diogo. «A Chancelaria de D. Manuel I. Contribuição para o estudo da burocracia régia e dos seus oficiais». Consultado em 26 de março de 2022 
  4. a b c D. Manuel de Almada, bispo de Angra: Sua trajectória político-social e religiosa (?-1580), por Carlos Margaça Veiga, Lusitânia Sacra, 2.ª série, 15 (2003), pág. 78
  5. a b Sousa, António Caetano de (1742). Historia genealogica da casa real portuguesa : desde a sua origem até o presente com as familias illustres que procedem dos Reys e dos serenissimos Duques de Bragança, justidificada com instrumentos, e escritores de inviolavel fe, ... por D. Antonio Caetano de Sousa. Provas da historia genealogica da casa real portugueza : tiradas dos Instrumentos dos Archivos da Torre do Tombo, da serenissima casa de Bragança, de diversas cathedraes, mosteiros, e outros particulares deste reyno. Indice geral dos Apellidos, nomes proprios, e cousas notaveis, que se comprehendem nos treze tomos da Historia genealogica da casa real portugueza. [S.l.]: Na officina de Joseph Antonio da Sylva 
  6. Machado, Diôgo Barbosa (1752). Bibliotheca lusitana. [S.l.]: Atlântida Editora 
  7. D. Manuel de Almada, bispo de Angra: Sua trajectória político-social e religiosa (?-1580), por Carlos Margaça Veiga, Lusitânia Sacra, 2.ª série, 15 (2003), pág. 79