Capitão-de-saíra-amarelo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Attila spadiceus)
 Nota: Para outros significados, veja Piui-preto.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaCapitão-de-saíra-amarelo
Espécime avistado na Reserva Natural Vale de Linhares, no Espírito Santo, Brasil
Espécime avistado na Reserva Natural Vale de Linhares, no Espírito Santo, Brasil
Espécime avistado em Belize
Espécime avistado em Belize
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante (IUCN 3.1) [1]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Passeriformes
Subordem: Tyranni
Família: Tyrannidae
Subfamília: Tyranninae
Género: Attila
Espécie: A. spadiceus
Subespécie:
Nome binomial
Attila spadiceus
(Gmelin, 1789)
Distribuição geográfica
Distribuição do capitão-de-saíra-amarelo
Distribuição do capitão-de-saíra-amarelo

Capitão-de-saíra-amarelo[2] ou piui-preto[3] (nome científico: Attila spadiceus) é uma espécie de ave da família dos tiranídeos (tyrannidae), endêmica de Belize, Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guiana Francesa, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Nicarágua, Peru, Suriname, Trindade e Tobago e Venezuela.[1] Possui duas subespécies, Attila spadiceus spadiceus e Attila spadiceus uropygiatus.[3]

Ecologia[editar | editar código-fonte]

O capitão-de-saíra-amarelo habita florestas tropicais e subtropicais secas, florestas tropicais e subtropicais úmidas, savanas, plantações e jardins artificiais a uma altitude máxima de 1 500 metros.[4] Vive por volta de 3,1 anos e não pratica migração.[1] É uma espécie ativa, agressiva e barulhenta, geralmente vista sozinha. Alimenta-se de insetos, aranhas, sapos e lagartos retirados da vegetação ou do solo. Persegue a presa a pé, bem como ataca em pequenas investidas, e segue colunas de formigas de correição. Também leva muitas frutas, como de gumbo-limbo (Bursera simaruba) e menos frequentemente de Cymbopetalum mayanum).[5] As aves da América Central têm estruturas de canto ligeiramente diferentes e também tendem a uma plumagem ocre mais clara, independentemente da regra de Gloger; às vezes são separados como Attila flammulatus. Seu canto característico dado ao amanhecer foi analisado em detalhes: tem um número muito variável de weerys que podem se tornar weery'os, e muitas vezes termina em um woo-whit; uma máquina de estados finita foi desenvolvida para simular esta estrutura.[6]

Conservação[editar | editar código-fonte]

Embora se assuma que sua população está decrescendo, estima-se que haja de 500 mil a 5 milhões de indivíduos maduros. Não está sujeito aos planos de recuperação e conservação das instituições responsáveis dada a sua grande população, mas é sabido que está presente em áreas de conservação de espécies ao longo de toda a área na qual é endêmico. Desde 2021, é classificado como Pouco Preocupante na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN / UICN).[1] Por sua vez, consta como pouco preocupante na edição de 2018 da Lista Vermelha do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio),[7] mas vulnerável na edição de 2005 na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo.[3][8]

Referências

  1. a b c d BirdLife International (2021). «Bright-rumped Attila, Attila spadiceus». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2021: e.T22700354A137976063. doi:10.2305/IUCN.UK.2021-3.RLTS.T22700354A137976063.enAcessível livremente. Consultado em 12 de novembro de 2021 
  2. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. p. 212. ISSN 1830-7809. Consultado em 13 de janeiro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022 
  3. a b c «Attila spadiceus Sclater & Salvin». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 12 de abril de 2022. Cópia arquivada em 9 de julho de 2022 
  4. Salaman, Paul G. W.; Stiles, F. Gary; Bohórquez, Clara Isabel; Álvarez-R., Mauricio; Umaña, Ana María; Donegan, Thomas M.; Cuervo, Andrés M. (2002). «New and noteworthy bird records from the east slope of the Andes of Colombia» (PDF). Caldasia. 24 (1): 157–189. Consultado em 29 de abril de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 21 de agosto de 2007 
  5. Foster, Mercedes S. (2007). «The potential of fruiting trees to enhance converted habitats for migrating birds in southern Mexico». Bird Conservation International. 17 (1): 45–61. doi:10.1017/S0959270906000554 
  6. Leger, Daniel W. (2005). «First documentation of combinatorial song syntax in a suboscine passerine species». Condor. 107 (4): 765–774. doi:10.1650/7851.1 
  7. «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018 
  8. «Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 24 de junho de 2022