Bandeira da Espanha

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Bandeira de Espanha
Bandeira de Espanha
Aplicação
Proporção 2:3
Adoção 5 de Outubro de 1981
Tipo nacionais

A bandeira da Espanha, um dos símbolos oficiais da Espanha, juntamente com o brasão da Espanha, foi adotada a 5 de Outubro de 1981 mediante a aprovação da Lei que estabeleceu a última versão do Escudo Nacional. Anteriormente, e a partir de 29 de Dezembro de 1978, com a entrada da Constituição, confirmou-se no próprio texto constitucional a utilização de um modelo oficial formado por três faixas horizontais, vermelha, amarela e vermelha, sendo a amarela de proporção duas vezes superior às vermelhas. Até 1981 manteve-se o escudo da ditadura (com pequenas modificações introduzidas em 1977), incorporado atualmente na faixa amarela na parte esquerda.

A bandeira é popularmente conhecida como rojigualda (rojo [vermelho] e gualda [amarelo]).

Cores[editar | editar código-fonte]

As cores da bandeira foram oficialmente definidas pelo Decreto Real Espanhol 441/1981 de 27 de fevereiro de 1981. As cores são:

Cores da Bandeira da Espanha sob Decreto Real Espanhol 441/1981
Cor e nome da cor
Língua portuguesa - (Língua espanhola)
Código Hex HTML
vermelho #AA151B
amarelo #F1BF00

História[editar | editar código-fonte]

Durante o regime absolutista da Monarquia Borbónica (1714-1833) coexistem três tipos de bandeiras: em primeiro lugar o estandarte real — com as suas variantes —, que era a bandeira principal da monarquia espanhola; em segundo lugar uma ampla série de bandeiras militares e, finalmente, os pavilhões da marinha de guerra e civil.

Bandeira naval e nacional (1785–1873 e 1875–1931)

Quando Carlos III se tornou rei de Espanha em 1759 observou que tanto França, como Nápoles, como Espanha utilizavam idênticos pavilhões navais de cor branca — a cor da Casa de Bourbon —, que diferiam tão só no escudo real que tinha ao centro, facto que provocava problemas de identificação e confusão no mar entre os navios de guerra. Por esta razão ordenou ao seu secretário de estado e do despacho universal da marinha António Valdés e Fernández Bazán que lhe apresentassem alguns modelos de bandeira que fossem visíveis a longas distâncias.[1]

Submeteram-se a concurso doze esquemas que foram apresentados ao rei. Este elegeu dois desenhos: um para os barcos de guerra e outro para os transportes mercantes. Era uma bandeira de três faixas de cor vermelha-amarelo-vermelho, na qual a banda amarela era mais larga o dobro do que as vermelhas. Sobre estas foi ordenado colocar-se as armas reais reduzidas ao quartel de Castela e Leão encimados pela coroa real. Popularmente passou a ser conhecida por rojigualda por causa das cores empregadas: vermelho e amarelo.

Após as Guerras Carlistas é publicado em outubro de 1843 um decreto real que pela primeira vez denomina de "bandeira nacional" a rojigualda, dando continuidade à utilização do quartel de Castela e Leão encimados pela coroa real. Este modelo será utilizado até à Segunda República Espanhola.

Segunda República Espanhola[editar | editar código-fonte]

Bandeira da Espanha durante a Segunda República de 1931 até 1939

A 14 de abril de 1931, a monarquia foi derrubada e substituída pela República. A mudança de regime foi simbolizado por uma nova bandeira tricolor (vermelha, amarela e roxa), em vez da prévia bicolor vermelha e amarela, que se considerava monárquica. A bandeira republicana foi adotada oficialmente a 27 de abril e estava formada por três bandas horizontais da mesma medida, de cores vermelho, amarelo e roxo, com o escudo de armas da Segunda República Espanhola ao centro.[2] Outra novidade foram as dimensões da bandeira na sua versão militar, já que eram mais reduzidas (1m x 1m).[3]

Regime Franquista[editar | editar código-fonte]

Regime franquista, modelo utilizado entre 1945 e 1977

No dia 1 de abril de 1939 terminou de forma oficial a Guerra Civil Espanhola, levando o ditador Francisco Franco a conduzir o destino do país até a sua morte a 20 de novembro de 1975. No final de agosto de 1936, a Junta de Defesa Nacional publicou o Decreto Núm. 77 que declarava: "A bandeira bicolor vermelha e de ouro restabelece-se como bandeira de Espanha", tendo servido como primeira bandeira da Espanha Nacionalista.[4] Esta bandeira foi substituída em 1938 por uma bandeira que acrescentava ao escudo a águia mística de São João, o Evangelista.[5] As novas armas supostamente estavam inspiradas no escudo de armas que adotaram os Reis Católicos depois da conquista de Granada. A 11 de outubro de 1945 publicou-se uma regulação detalhada das bandeiras, que vai fixar o modelo da bandeira bicolor em uso, com uma nova versão da águia de São João. Os modelos estabelecidos neste decreto mantiveram-se até ao ano de 1977.

Bandeira da Espanha na Praça de Colón, Madrid. A maior bandeira da Espanha

Com a restauração da Casa de Bourbon e a subida ao trono de João Carlos I a Constituição Espanhola de 1978 especificava, no artigo 42 secção 12, que a "Bandeira de Espanha está formada por três bandas horizontais, vermelha, amarela e vermelha, sendo a banda amarela mais larga o dobro do que as vermelhas."

Finalmente, a bandeira espanhola retirou a águia e incorporou o atual escudo de armas em dezembro de 1981.

Bandeiras históricas[editar | editar código-fonte]

Outras bandeiras vigentes[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Press, Europa (28 de maio de 2015). «¿Cuál es la historia de la bandera de España?». europapress.es (em espanhol) 
  2. «La bandera rojigualda y su conexión histórica con el franquismo». Eco Republicano (em espanhol). Consultado em 1 de agosto de 2017 
  3. «Gaceta de Madrid 28 de abril de 1931». www.heraldicahispanica.com (em espanhol). Consultado em 1 de agosto de 2017 
  4. «Franco devuelve el rojo y gualda a la bandera de España, sin el águila». ELMUNDO (em espanhol) 
  5. «El Águila de San Juan: el símbolo que Franco tomó prestado de los Reyes Católicos». abc (em espanhol). 26 de setembro de 2014 
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