Bulawayo

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Bulawayo
Capital Bulawayo
População 653337[1] habitantes
Censo 2012
Área 479 km²
Densidade 1364 hab/km²
Mapa

Bulawayo, ou Bulavaio,[2][3][4] é uma cidade e distrito do Zimbábue que possui estatuto de província. É a segunda cidade mais populosa do país, ficando somente atrás da capital, Harare.

Historia[editar | editar código-fonte]

A cidade foi fundada pelo rei matabele Lobengula, filho do rei Mzilikazi, nascido de Matixobana, que se estabeleceu no Zimbábue moderno por volta da década de 1840. O nome Bulawayo advem da palavra bulala da língua andebele setentrional, que possui o significado "aquele a ser morto".[5]

Na época, Lobengula era um príncipe lutando para ascender ao trono de seu pai Mzilikazi. Era comum, na época, as pessoas se referirem a Bulawayo como KoBulawayo UmntwaneNkosi, isto é, "lugar em que estão lutando" ou ainda "lugar em que estão se levantando contra o príncipe".

Na década de 1860, a localidade passou a ser influenciada pelos europeus. Muitas potências coloniais passaram a cobiçar Bulawayo e as terras ao redor por causa de sua localização estratégica. Para afirmar seu controle sobre a localidade, a Grã-Bretanha utilizou-se da companhia majestática de Cecil Rhodes, a Companhia Britânica da África do Sul.

Durante a Primeira Guerra de Matabele, em 1893, as tropas da Companhia Britânica da África do Sul invadiram e forçaram o rei Lobengula a evacuar, depois de detonar suas munições e atear fogo na cidade. Em 4 de novembro de 1893, o governador colonial Leander Starr Jameson declarou Bulawayo como conquistada pela Grã-Bretanha.

Em 1897, a nova cidade de Bulawayo adquiriu o status de município no sistema colonial britânico, e o tenente-coronel Harry White foi apontado como o primeiro prefeito. [6]

Desde o final do século XX, Bulawayo sofreu uma queda acentuada nos padrões de vida, coincidindo com a grave crise econômica que afeta o país. Os principais problemas incluem pouco investimento e efeitos da corrupção e do nepotismo no governo. Parte considerável dos habitantes da cidade e seus descendentes migraram para a África do Sul.

Desde 1992, a escassez de água, devido à falta de investimento na expansão de instalações e suprimentos, tornou-se cada vez mais frequente e severa, tendo a região um grande surto de cólera em 2008.[7]

Infraestrutura[editar | editar código-fonte]

Bulavaio possui uma das mais importantes estações ferroviárias do Caminho de Ferro de Machipanda, que a conecta ao porto da Beira e à Harare. A mesma estação recebe as composições ferroviárias da Ferrovia Cabo-Cairo.[8]

Naturais de Bulawayo[editar | editar código-fonte]

É a cidade natal de Charlene Lynette Wittstock, a atual princesa de Mônaco.

Galeria[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. http://196.43.99.13/sites/default/files/img/National_Report.pdf
  2. Sara S. Morais (2020). «Dossiê: Patrimônio e Relações Internacionais:As timbila de Moçambique no concerto das nações». Juiz de Fora: UFJF. Locus: Revista de História. 26 (2) 
  3. «Moçambique na exposição de Bulavaio». Boletim Geral do Ultramar. 30 (357): 144-147. Março de 1955 
  4. «Zimbabwe (continuação): Remoção da Barreira do Desenvolvimento em Separado». Anuário das Testemunhas de Jeová: 23-35. 1985 
  5. https://www.collinsdictionary.com/dictionary/english/bulawayo
  6. https://www.britannica.com/place/Bulawayo
  7. http://www.rampantscotland.com/placenames/placename_bulawayo.htm
  8. Lunn, Jon. Capital and Labour on the Rhodesian Railway System, 1888-1947. Palgrave Macmillan, 1997. pg. 2.
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