Campos dos Goytacazes

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 Nota: Este artigo é sobre a cidade no interior do estado do Rio de Janeiro. Para o grupo indígena, veja Goitacases.
Campos dos Goytacazes
  Município do Brasil  
De cima para baixo, da esquerda para a direita: Câmara de Vereadores de Campos, AV. Dr. Nilo Peçanha, Universidade Estadual do Norte Fluminense, Praça do Santíssimo Salvador, Vista panorâmica da cidade, e Praia Farol de São Thomé.
De cima para baixo, da esquerda para a direita: Câmara de Vereadores de Campos, AV. Dr. Nilo Peçanha, Universidade Estadual do Norte Fluminense, Praça do Santíssimo Salvador, Vista panorâmica da cidade, e Praia Farol de São Thomé.
De cima para baixo, da esquerda para a direita: Câmara de Vereadores de Campos, AV. Dr. Nilo Peçanha, Universidade Estadual do Norte Fluminense, Praça do Santíssimo Salvador, Vista panorâmica da cidade, e Praia Farol de São Thomé.
Símbolos
Bandeira de Campos dos Goytacazes
Bandeira
Brasão de armas de Campos dos Goytacazes
Brasão de armas
Hino
Lema Ipsae matronae hic pro jure pugnant
"Até as mulheres aqui pelo direito lutam"
Gentílico campista
Localização
Localização de Campos dos Goytacazes no Rio de Janeiro
Localização de Campos dos Goytacazes no Rio de Janeiro
Localização de Campos dos Goytacazes no Rio de Janeiro
Campos dos Goytacazes está localizado em: Brasil
Campos dos Goytacazes
Localização de Campos dos Goytacazes no Brasil
Mapa
Mapa de Campos dos Goytacazes
Coordenadas 21° 45' 14" S 41° 19' 26" O
País Brasil
Unidade federativa Rio de Janeiro
Municípios limítrofes Conceição de Macabu, São Francisco de Itabapoana, Santa Maria Madalena, São João da Barra, Quissamã, São Fidélis, Cardoso Moreira, Italva, Bom Jesus do Itabapoana e Mimoso do Sul (ES)
Distância até a capital 275 km
História
Fundação 29 de maio de 1677 (346 anos) (como Vila de São Salvador dos Campos dos Goytacazes)
Emancipação 28 de março de 1835 (188 anos)
Administração
Prefeito(a) Wladimir Garotinho[1] (UNIÃO, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [1] 4 032,487 km²
População total (Estimativa IBGECENSO/2022[1]) 483 551 hab.
 • Posição RJ: 5º/BRA: 42º
Densidade 119,9 hab./km²
Clima tropical temperatura média anual de 22,7 ℃
Altitude 14 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 28010-000
Indicadores
IDH (PNUD/2010[2]) 0,716 alto
 • Posição RJ: 37º
PIB (IBGE/2016) R$ 17 283 381,86 mil
 • Posição BR: 9º
PIB per capita (IBGE/2016) R$ 35 475,94
Sítio www.campos.rj.gov.br (Prefeitura)
www.camaracampos.rj.gov.br (Câmara)

Campos dos Goytacazes[nota 1] é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro, Região Sudeste do país. Está localizado na região Norte Fluminense do estado. De acordo como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), possui uma população estimada de 483,551 habitantes,[1] é a quinta mais populosa cidade do estado do Rio de Janeiro, sendo a quadragésima segunda maior população de uma cidade do Brasil, segundo o CENSO 2022 e também o município com a maior extensão territorial do estado, ocupando uma área de 4 032,5 quilômetros quadrados.[1] Localizam-se no município, importantes universidades públicas e privadas do estado do Rio de Janeiro. Segundo o IBGE, Campos dos Goytacazes tinha em 2013, o sétimo maior PIB do Brasil e é até hoje o segundo maior do estado do Rio de Janeiro, sendo a cidade não capital com o maior PIB nacional naquele ano.

Em sua costa encontra-se a maior plataforma petrolífera do Brasil, a P-51 na Bacia de Campos, fazendo com que a cidade receba junto com Macaé, o título de Capital Nacional do Petróleo.[3]

Por ser a cidade polo da região Norte Fluminense, Campos funciona como cidade dormitório para os trabalhadores do Porto do Açu, o maior empreendimento porto-indústria da América Latina.[4]

Campos dos Goytacazes possui a segunda maior área urbana do estado com 222 quilômetros quadrados, ficando atrás apenas da capital estadual Rio de Janeiro e ocupando a décima sétima maior área urbana do Brasil.[5]

Anoitecer em Campos

História[editar | editar código-fonte]

A região de Campos eram terras originalmente habitadas pelos indígenas goitacás/goitacases (termo que significa "corredor da mata" ou "indígena nadador"),[6][7] sendo posteriormente integradas à Capitania de São Tomé (1536–1619) no contexto do Brasil Império e as capitanias hereditárias.[8] A região compreendia a área entre o Rio Macaé e o Rio Itabapoana, doada ao administrador colonial português Pero de Góis da Silveira em 1530 (a Carta de Doação tem a data de 28 de agosto de 1536).[6]

Mesmo aliando-se ao seu filho, Gil de Góes, a capitania fracassa e é abandonada até ser doada aos

A Vila de São Salvador foi elevada à categoria de municipio com o nome de Campos, dando seguimento ao desenvolvimento na região com o aumento da população. Portanto, além de 188 anos de elevação à cidade de Campos dos Goytacazes, no dia 28 de março, há também que se lembrar dos 346 anos de criação da Vila de São Salvador, no dia 29 de maio. A capitania de São Thomé, que era compreendida entre o Rio Macaé e o Rio Itabapoana, foi doada por Pero de Góis no ano de 1530. Na época, Pero de Góis, aliado à capitania junto ao seu filho Gil de Góis, não conseguiu sucesso e a capitania ficou abandonada, até ser doada aos Sete Capitães e Salvador Corrêa de Sá e Benevides. Sendo assim, Salvador Correia, como grande empresário no momento, fundou a Vila de São Salvador de Campos. O município de Campos comemorou no dia 28 de março 188 anos de elevação de vila à categoria de cidade, mas foi no dia 29 de maio que se comemora a data em que foi criada a Villa de São Salvador que, este ano, estaria completando 346 anos, já que foi criada em 29 de maio de 1677. No ano de 1833, foi criada a Comarca de Campos e, em 28 de março de 1835, a Vila de São Salvador é elevada à categoria de cidade.

A Villa de São Salvador foi elevada à categoria de Cidade com o nome de Campos, dando início ao progresso na região. Portanto, além de 188 anos de elevação à cidade de Campos dos Goytacazes, no dia 28 de março, há também que se lembrar dos 346 anos de criação da Vila de São Salvador, no dia 29 de maio. A capitania de São Thomé, que era compreendida entre o Rio Macaé e o Rio Itabapoana, foi doada por Pero de Góis no ano de 1530. Na época, Pero de Góis, aliado à capitania junto ao seu filho Gil de Góis, não conseguiu sucesso e a capitania ficou abandonada, até ser doada aos Sete Capitães e Salvador Corrêa de Sá e Benevides. Sendo assim, Salvador Correia, como grande empresário da época, fundou então a Vila de São Salvador de Campos. O município de Campos comemorou no dia 28 de março 188 anos de elevação de vila à categoria de cidade, mas foi no dia 29 de maio que se comemora a data em que foi criada a Villa de São Salvador que, este ano, estaria completando 346 anos, já que foi criada em 29 de maio de 1677. No ano de 1833, foi criada a Comarca de Campos e, em 28 de março de 1835, a Vila de São Salvador é elevada à categoria de cidade.

Após o fracasso da Capitania de São Tomé, a grande baixada invadida pelos portugueses foi objeto de diversas batalhas de resistência empreendidas pelo povo goitacás que tentou expulsar os invasores europeus. Durante o século XVII, diversas tentativas de colonização da planície foram feitas, entretanto, todos que entravam em confronto com a resistência indígena eram dizimados. Somente com a chegada dos religiosos jesuítas e beneditinos na região, e da submissão dos indígenas por meio da violência, expulsão de suas terras e conversões forçadas, e que as terras passaram a ser ocupadas pelos colonizadores e senhores de engenhos. Deste modo, a colonização de origem portuguesa de fato só se iniciou a partir de 1627, quando o governador Martim Correia de Sá doou algumas porções de terra da capitania aos Sete Capitães que, em 1633, construíram currais para o gado. Esses foram construídos próximos à Lagoa Feia e à Ponta de São Tomé em reconhecimento ao que a historiografia oficial de origem lusitana chamou de "heroísmo": uma posição que se sustenta apenas sob a ótica portuguesa, visto que foi um genocídio indígena premeditado a partir da dominação e extermínio dos goitacás, com até mesmo o uso de armas biológicas, lançando objetos contaminados com doenças letais que, à época, eram letais, principalmente em povos que não haviam desenvolvido resistência.[9][10]

Os novos colonizadores pretendiam desenvolver a criação de gado na região, com o objetivo de aproveitá-los no trabalho dos engenhos. Na enseada da Guanabara, não haviam espaço para criação de gado, pois a área estava ocupada com a cana-de-açúcar. Assim começou a invasão portuguesa na cidade de Campos. Os capitães, que moravam em seus engenhos no Rio de Janeiro e no Cabo Frio, arrendaram quinhões de suas sesmarias, o que contribuiu com o crescimento da população. A criação do gado se multiplicou de forma assombrosa, bem como a diversificação das atividades rurais. Algumas antigas lendas dizem que a cidade de Campos foi a primeira cidade da América Latina a receber instalações de energia elétrica, entretanto, quem recebeu foi um de seus latifúndios, a atual Quissamã, local que pertencia à Campos em 1833.

Canaviais começaram a aparecer nas regiões mais elevadas da planície e a política, que até então era estável para os portugueses, foi quebrada com a chegada de latifundiários poderosos, entre eles, Salvador Corrêa de Sá e Benevides, que abusou do seu poder e da posição que ocupava, visto que era, então, governador da capitania. O militar estabeleceu parcerias com a igreja, que se beneficiava na partilha da planície e assim começou uma grande disputa pelas terras. De um lado, os herdeiros dos capitães, pioneiros, colonos, campeiros e vaquejadores; de outro, os Assecas, herdeiros de Salvador de Sá. Durante aproximadamente 100 anos a capitania viveu em constantes conflitos pela posse das terras. A Coroa portuguesa chegou a tomar a terra em diversos momentos mas, com a crise financeira vivida pela mesma, acabou voltando para às mãos dos Assecas. Somente em 1752 é que a região foi pacificada, com a compra da capitania e a contribuição pecuniária da própria população.[9]

No decorrer do domínio dos Assecas, a pequena propriedade predominava, mas também condicionada pelo meio natural, devido à inexistência de áreas contínuas de grande extensão, já que havia inúmeras lagoas. A partir do domínio da cana-de-açúcar, a região passou por um período de recuperação, mas continuava isolada da capital. No início dos anos 1800, toda a planície encontrava-se ocupada e partilhada, mas ainda restavam quatro latifúndios: Colégio dos Jesuítas e São Bento (compreendendo a cidade de Campos e entornos), Quissamã, além da fazenda dos Assecas, onde surgiu o povoado da Barra Seca e atual município de São Francisco de Itabapoana).

Campos, s.d. Arquivo Nacional

Em 1833, foi criada a "Comarca de Campos" e, em 28 de março de 1835, a Vila de São Salvador foi elevada à categoria de cidade, com a mudança no nome para Campos dos Goytacazes. Em 1837, com a criação da ferrovia, o município virou um centro ferroviário regional.[6] A pecuária e o cultivo da cana-de-açúcar se estenderam pela planície entre o rio Paraíba do Sul e a Lagoa Feia. Em 1875, a cidade tinha 245 engenhos de açúcar, com 3 610 fazendeiros estabelecidos na região. A primeira usina foi construída em 1879, com o nome de Usina Central do Limão, pertencente ao doutor João José Nunes de Carvalho. Devido à sua importância, Campos recebeu a visita de D. Pedro II quatro vezes. A grande riqueza de Campos no século XIX foi devido o aumento da produção açucareira (inicialmente com engenhos a vapor posteriormente com usinas).[6]

No final do século XIX, em 1880, a cidade de Campos dos Goytacazes entrou na história da engenharia hidráulica mundial, ao ser o primeiro lugar do planeta que instalou filtros de água ligados ao tratamento e abastecimento urbano de água.[11]

A elite política da região revindicou diversas vezes para si a criação de um estado ou província na região, ou ainda se tornar a capital estadual ou provincial do Rio de Janeiro. A partir disso, esse mesmo grupo desenvolveu um movimento para desmembrar a Vila de São Thomé, da Província do Espírito Santo, com a intenção de anexar esse território ao estado do Rio de Janeiro. A ideia era transformar seu capital político em potencial eleitoral, com a intenção de fazer o município ganhar destaque e vir a uma capital ou província nessa nova configuração política administrativa e territorial do Império brasileiro. Já no durante o período republicano, entre as diversas tentativas, a que mais se destaca é a que aconteceu durante o governo de Edmundo de Macedo Soares e Silva, no final da década de 1940.[12][13][14][15]

Campos, 1977. Arquivo Nacional

Durante toda a república, a economia regional viveu períodos de altos e baixos em função do preço do açúcar internacionalmente, mas sempre mantendo sua importância no mercado na economia estadual e nacional. Ao final dos anos 1980, os municípios de Campos, Macaé e Conceição de Macabu, tinham uma agroindústria açucareira expressiva. A ascensão de São Paulo como maior produtor nacional, seus altos níveis de produtividade, além da expansão da área cultivada no Nordeste do país, aliados à falta de modernização do complexo campista, fizeram com que a região passasse a ser coadjuvante no contexto nacional. O endividamento de algumas usinas, obrigou muitas delas a se fecharem, atingido consequentemente a economia da região Norte Fluminense. A descoberta do petróleo na Bacia de Campos na década de 1970 e a construção do Superporto do Açu contribuiram para a superação da crise financeira na região hoje em dia.

Divisão do território[editar | editar código-fonte]

Campos nasceu compreendendo a região Norte e Noroeste Fluminense, com exceção de São João da Barra. O município, na época, fazia divisa com Nova Friburgo, Cantagalo, Cabo Frio e com o estado de Minas Gerais, mas, com a emancipação da cidade de Itaperuna, perdeu metade do seu território. A partir da década de 1980, Campos perdeu cinco de seus antigos distritos

que, atualmentecmmpreendem o os municípios de Italva e Cardoso Moreira.[carece de fontes?]

Geografia[editar | editar código-fonte]

O município de Campos dos Goytacazes abrange uma área total de aproximadamente 4 032 km²,[1] sendo o de maior extensão territorial do Rio de Janeiro, correspondendo a quase 10% do território estadual.

Subdivisões[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Parque Avenida Pelinca

O município possui quatorze distritos: Campos dos Goytacazes (sede), Santo Amaro de Campos (3º distrito), São Sebastião de Campos (4º distrito), Mussurepe (5º distrito), Travessão de Campos (7º distrito), Morangaba (9º distrito), Ibitioca (10º distrito), Dores de Macabu (11º distrito), Morro do Coco (12º distrito), Santo Eduardo (13º distrito), Serrinha (15º distrito), Tocos (17º distrito), Santa Maria de Campos (18º distrito) e Vila Nova de Campos (20º distrito). O antigo distrito de Guarus (antes Guarulhos) foi anexado ao de Campos dos Goytacazes em 1967.[16] É deste distrito a origem do título de barão de Guarulhos.[17] O distrito de Goitacazes foi anexado à sede em 1967, desmembrado em 1981 e reanexado em 1983.[6] O antigo distrito de Murundu, criado em 1963, foi extinto em 1983, sendo anexado ao distrito de Santa Maria de Campos.[18] Por razões históricas, a numeração distrital não é linear. Goitacazes foi o 2º distrito, Guarus, o 6º distrito, Italva, o 8º distrito, Cardoso Moreira, o 14º distrito, São Joaquim, o 16º distrito, Doutor Matos, o 19º distrito, Murundu, o 21º distrito e Paraíso, o 22º distrito.

Vista parcial do Bairro do Caju em Campos dos Goytacazes, RJ
Bairro do Caju, localizado na sede do município
Parque Rodoviário em Campos dos Campos dos Goytacazes
Vista do Parque dos Rodoviários, abaixo a BR-101.

Na tabela abaixo, a distribuição da população do município, em cada um de seus distritos.[19]

Distrito Área (km²) População (2010) Distância até a sede municipal (km)
Campos dos Goytacazes (sede) 645 360 669 -
Santo Amaro de Campos (3º distrito) 315 7953 36
São Sebastião de Campos (4º distrito) 94 14 577 20
Mussurepe (5º distrito) 201 11 937 30
Travessão (7º distrito) 280 24 058 19
Morangaba (9º distrito) 500 3790 41
Ibitioca (10º distrito) 193 3002 19
Dores de Macabu (11º distrito) 375 8579 36
Morro do Coco (12º distrito) 187 4683 47
Santo Eduardo (13º distrito) 243 4820 75
Serrinha (15º distrito) 223 1193 56
Tócos (17º distrito) 361 8164 21
Santa Maria de Campos (18º distrito) 210 4009 70
Vila Nova de Campos (20º distrito) 204 6237 42
Vista do subdistrito de Guarus em Campos dos Goytacazes
Vista do subdistrito de Guarus em Campos

Segundo o Censo 2010, o bairro mais populoso de Campos dos Goytacazes é Parque Guarus com 12.820 habitantes. O segundo maior é Centro com 10.071 habitantes. Em terceiro Parque Vicente Gonçalves Dias com 8.843 habitantes e em quarto Parque Novo Mundo com 6.984 habitantes.[20]

Vista aérea do Centro de Campos, na sede municipal

Hidrografia[editar | editar código-fonte]

Clima[editar | editar código-fonte]

Segundo dados da estação climatológica principal do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) de Campos, a menor temperatura registrada desde 1931 ocorreu em 6 de julho de 1942, com mínima de 9,5 °C, e a maior atingiu 41,6 °C em 31 de outubro de 2012. O maior acumulado de precipitação em 24 horas no mesmo período chegou a 159,3 milímetros (mm) em 23 de dezembro de 1955.[21][22]

Dados climatológicos para Campos dos Goytacazes
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 40,2 40,8 39,4 39,2 36,4 35,2 36,6 38 39 41,6 40,3 40,8 41,6
Temperatura máxima média (°C) 32,3 33,4 32,6 31 28,7 28 27,5 27,9 28,2 29,2 29,7 31,6 30
Temperatura média compensada (°C) 26,9 27,5 26,9 25,6 23,3 22,2 21,7 22,1 23 24,2 24,9 26,3 24,6
Temperatura mínima média (°C) 23,4 23,8 23,5 22,1 19,7 18,4 17,9 18,2 19,4 20,8 21,7 23 21
Temperatura mínima recorde (°C) 17 15,3 16,8 10,7 10,8 10,4 9,5 10,3 10,7 11,5 13,6 16 9,5
Precipitação (mm) 127,7 64,4 120,4 66,6 62,6 31,1 34,9 29,6 57,5 78,7 159,9 148,2 981,6
Dias com precipitação (≥ 1 mm) 8 6 9 7 6 4 5 4 6 8 11 11 85
Umidade relativa compensada (%) 77,4 74,9 77,2 77,9 77,9 78,3 78 75,4 76,8 76,8 78,5 78,5 77,3
Horas de sol 205,1 207,2 185,1 184,6 184,3 174,2 191,7 181,4 128,5 133,4 145,1 157,6 2 078,2
Fonte: INMET (temperatura e precipitação: normal climatológica de 1991-2020; umidade e horas de sol: normal de 1981-2010;[23] recordes de temperatura: 1931-presente)[21][22][24]
Dados climatológicos para Campos dos Goytacazes (Farol de São Thomé)[21]
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 36,5 36,4 37,8 35,7 32,6 33,9 34 34,2 32,1 33,7 34,5 35,8 37,8
Temperatura mínima recorde (°C) 19 19,1 19,2 17,1 12,8 13,4 11,4 13,2 12,3 14,1 15,1 16,9 11,4
Fonte: INMET (recordes: 14/06/2008-presente)[25]

Etnias[editar | editar código-fonte]

Cor/Raça Percentagem
Branca 47,73%
Parda 37,08%
Preta 14,50%
Amarela 0,59%
Indígena 0,05[26]%

Política[editar | editar código-fonte]

O município de Campos dos Goytacazes é um dos principais centros políticos do estado do Rio de Janeiro desde o período colonial, quando foi referência tanto econômica como política para o Brasil. A história de Campos é rica em importantes acontecimentos políticos. O município foi um dos primeiros do Brasil a embarcar voluntários para a Guerra do Paraguai, em 28 de janeiro de 1865, pelo vapor Ceres. Foi a primeira cidade da América Latina a ter energia elétrica, em 24 de julho de 1883.

Câmara de Vereadores de Campos
Câmara de Vereadores de Campos

O movimento abolicionista também encontrou eco em Campos. A campanha abolicionista teve seu ponto alto em 17 de julho de 1881, com a fundação da Sociedade Campista Emancipadora, que propagava a luta pela emancipação dos negros, tendo, na pessoa do jornalista Luiz Carlos de Lacerda, o seu maior expoente. O grande vulto José Carlos do Patrocínio, o "tigre da abolição", foi também um dos principais nomes da luta pelo fim da escravidão, que mudaria os destinos políticos do Brasil Imperial, preparando-o para a Proclamação da República do Brasil.

Nilo Peçanha, nascido em Campos dos Goytacazes em 2 de outubro de 1867, foi por duas vezes governador do Rio de Janeiro, de 1903 a 1906 e de 1914 a 1917. Foi eleito à vice-presidência da República nas eleições de 1906, junto com o presidente Afonso Pena. Com a morte de Afonso Pena em junho de 1909, Nilo Peçanha assumiu a presidência da Nação, cargo que ocupou até novembro do ano seguinte.

Anthony Garotinho, natural de Campos e prefeito da cidade de 1989 a 1992 e de 1997 a 1998, foi eleito governador do Rio de Janeiro nas eleições de 1998, cargo que exerceu até 2002.

Pioneirismo em geração e distribuição de energia elétrica[editar | editar código-fonte]

Campos foi a primeira cidade da América Latina a receber luz elétrica. Em 1883, com a instalação de uma pequena usina termoelétrica na cidade, que fornecia energia para 39 luminárias de rua, responsáveis pela iluminação pública, foi criada a primeira companhia de eletricidade da América Latina. Na década de 1930, após vários anos de controle estrangeiro no sistema elétrico fluminense, o governo do estado passou a investir nessa área e em 1954, criou a Empresa Fluminense de Energia Elétrica (EFE).[27]

Em 1963, o governo fluminense decide redimensionar o setor energético estadual e cria a holding Centrais Elétricas Fluminenses S.A. (CEFL), que reúne diversas empresas deficitárias fornecedoras de energia elétrica, além da EFE, a Centro Fluminense de Eletricidade S.A (CEFE), a S.A Força e Luz Íbero-Americana e a Companhia Norte Fluminense de Eletricidade. Em 1967, a CELF incorpora todas as suas subsidiárias e passa a responder pelos serviços prestados por elas. Após da fusão do estado do Rio de Janeiro com o estado da Guanabara, em 1975, parte da CELF é vendida para a Companhia Brasileira de Energia Elétrica (CBEE), no ano de 1977, cujo controle era privado e passa, naquele ano, a ser de controle do estado do Rio. Em abril de 1980, a CBEE assume todas as operações da CELF e tem sua denominação alterada para Companhia de Eletricidade do Estado do Rio de Janeiro. Privatizada em leilão em 20 de novembro de 1996, durante o governo de Marcello Alencar continuou se chamando CERJ, uma vez que o governo do estado ainda detinha uma porcentagem na empresa. A CERJ só mudou sua denominação no início dos anos 2000, quando passou a se chamar Ampla, e atualmente chamada de Enel Distribuição Rio, após ser adquirida pela Enel Spa, companhia italiana.[28]

Turismo[editar | editar código-fonte]

Atrativos naturais[editar | editar código-fonte]

Em Campos, fica localizado o Cabo de São Tomé, também conhecido como Farol de São Thomé, Praia do Farol ou simplesmente Farol, é uma península em Campos dos Goytacazes, no estado do Rio de Janeiro, no litoral do sudeste do Brasil. Dista 50 km a sudeste do centro da cidade de Campos.[29][30] O cabo foi formado por sedimentos depositados pelo Rio Paraíba do Sul. Foi avistado pela primeira vez por europeus em 1501.[31] O nome Farol de São Tomé se dá ao fato de na praia campista ter sido construído em 1882 o monumento do farol em comemoração do aniversário da Princesa Isabel. A obra foi projetada pelo engenheiro francês Gustave Eiffel, o mesmo que participou da construção da Estátua da Liberdade, em Nova Iorque (1888), e da Torre Eiffel em Paris (1889). Tem 45 metros de altura e 216 degraus.[32][33]

Farol de São Thomé, localizado na Praia do Farol, na cidade de Campos

Como atrativos naturais destacam-se:

Vista do Parque Estadual do Desengano, ao fundo o Morro do Itaoca.
  • Morro do Itaoca: Campos é considerada a capital do voo livre por conta do Morro do Itaoca, com 414 metros de altura, aonde existe a prática de voo livre.[34][35][36]
  • Região do Imbé
  • Região da Bela Joana
  • Região das Serras (pico São Mateus, pedra Lisa [pico de 726 metros] e pedra do Baú)
  • Praia do Farol de São Thomé
  • Rio Preto
  • Lagoa de Cima
  • Senador Amaral (Cidade de Cayola Berola)
  • Lagoa Limpa
  • Pedra do Garrafão (Santo Eduardo)
  • Pedra da Lavadeira
  • Cachoeira de Rio Preto

Solares[editar | editar código-fonte]

  • Solar dos Airizes (situado na margem direita do rio Paraíba do Sul, próximo a Martins Laje, construído em meados do século XIX. Foi o primeiro imóvel de Campos tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional, em 1940 e serviu de inspiração e cenário para o escritor Bernardo Guimarães, autor do romance "A escrava Isaura", conhecido mundialmente)
  • Solar do Colégio (em estilo barroco jesuítico, construído pelos jesuítas na metade do século XVII. Atual sede do Arquivo Público de Campos. No altar da capela, está sepultada Benta Pereira, nascida na Vila de São Salvador dos Campos dos Goytacazes, no século XVII.[nota 2]
  • Solar do Barão de Pirapetinga (construído entre 1861 e 1865)
  • Solar Saturnino Braga (sua construção data da primeira metade do século XIX)
  • Solar do Visconde de Araruama (construído em 1852)
  • Solar da Baronesa (construído em 1823)
  • Solar do Barão da Lagoa Dourada (construído em 1860 e atual sede do Liceu de Humanidades de Campos)
  • Solar do Barão de Carapebus (construído em 1846 e atual Asilo do Carmo)
  • Solar do Barão de Muriaé (construído na primeira metade do século XIX e é ocupado pelo Corpo de Bombeiros)

Histórico-cultural[editar | editar código-fonte]

Casarios
  • Hotel Gaspar (construído por volta de 1830)
  • Hotel Palace (construído por volta de 1850)
  • Santa Casa de Misericórdia de Campos (obra entregue em 1944, atualmente é um hospital)
  • Lira de Apolo (inaugurada em 1912)
  • Casa de Cultura Villa Maria (construída em 1918)
  • Casa de Cultura Sesc Campos (Casarão Sesc)
Praças, jardins, edifícios, marcos históricos e culturais
  • Academia Campista de Letras
  • Banco do Vovô (construído em 1872, localizado no Centro de Campos)
  • Barão do Rio Branco
  • Boulevard Francisco de Paula Carneiro (Calçadão)
  • Correios e Telégrafos (sua primeira agência foi inaugurada em 1875)
  • Fórum Nilo Peçanha (construído em 1935 com arquitetura inspirada ao Parthenon de Atenas) (hoje é a Câmara Municipal)
  • Jardim do Liceu (em volta da Câmara Municipal)
  • Estação Ferroviária de Campos (construída originalmente em 1875, tendo seu prédio atual inaugurado nos anos 1950, em estilo eclético) [37]
  • Liceu de Humanidades de Campos
  • Livraria Ao Livro Verde (livraria mais antiga do Brasil, construída em 1844, figura no Livro Guinness dos Recordes como a livraria mais antiga do Brasil)
  • Obelisco de Campos dos Goytacazes (construído em 1911)
  • Palácio da Cultura e Pantheon
  • Torre da Fábrica de Tecidos (construída em 1885)
  • Praça do Santíssimo Salvador
  • Praça Dr. Nilo Peçanha (atual jardim São Benedito)
  • Praça das 4 Jornadas
  • Praça da Bandeira
  • Praça Batalhão Tiradentes
  • Praça da República
  • Praça da Bíblia
  • Praça do Canhão
  • Praça 5 de Julho
  • Praça de Donana
  • Praça Esperanto
  • Praça do Flamboyant I
  • Praça do Flamboyant II
  • Praça Hugo Bensi (Morro do Itaóca)
  • Praça da Igreja do Saco
  • Praça da Lapa
  • Praça do Lebret
  • Praça Nossa Senhora de Fátima
  • Praça Otacílio Lisboa (Pq. Tarcísio Miranda)
  • Praça Presidente Vargas
  • Praça Prudente de Moraes
  • Praça de Santo Amaro
  • Praça Santo Antônio
  • Praça São Benedito
  • Praça São Cristóvão
  • Praça de São Gonçalo (Goitacazes)
  • Praça Tancredo Neves
  • Parque Alberto Sampaio
  • Parque Alzira Vargas (Cidade da Criança)
  • Parque Municipal da Lagoa do Vigário
  • Jockey Club de Campos dos Goytacazes (Hipódromo Lineo de Paula Machado) (Desativado, foi a leilão em 2011. Possui novo proprietário.)
  • Praça do Horto (Pertencente ao conjunto de casas ao lado do Horto Municipal. É o único conjunto de casas que não é condomínio fechado no bairro que foi urbanizado na década de 70)
  • Farol de São Thomé, projetado pelo engenheiro francês Gustavo Eiffel

Estrutura urbana[editar | editar código-fonte]

Educação[editar | editar código-fonte]

Entrada da Uenf

Referência na área universitária por abrigar instituições como Universidade Estadual Norte Fluminense (UENF), Instituto Federal Fluminense (IFF, antigo Cefet-Campos), Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional da Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Faculdade de Medicina de Campos (FMC), Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO), Estácio de Sá, Universidade Candido Mendes (UCAM), Instituto Superiores do CENSA (ISECENSA), Centro Universitário Fluminense (Uniflu), Faculdade Batista Fluminense, e Faculdade Redentor (Facredentor) e por abrigar escolas de ensino médio na área particular como o Colégio João XXIII, pH Sistema de Ensino, Anglo Campos, CEFA Objetivo, Colégio Alpha, Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora,Colégio Externato Campista, Colégio Eucarístico, Colégio Pró-Uni, Instituto Dom Bosco Salesiano, Escola Adventista e na área pública como o Liceu de Humanidades de Campos, Escola Estadual Constantino Fernandes, Escola Estadual Thiers Cardoso, Escola Estadual João Barcelos Martins, IFF Campus-Centro, Instituto Superior de Educação Professor Aldo Muylaert (ISEPAM) e E.T.E. Agrícola Antônio Sarlo, Colégio Estadual Alcebíades Schwartz (CEAS).

Instituições de educação mais antigas da região
  • Liceu de Humanidades de Campos (fundado em 1847);;
  • Faculdade de Direito de Campos (obras iniciadas em 1869) (novo prédio, obras iniciadas em 1998);
  • Instituto Superior de Educação Professor Aldo Muylaert - ISEPAM (Fundado em 1895)
  • Colégio Estadual Nelson Pereira Rebel - CENPR (fundado em 1904);
  • Colégio Estadual Alcebíades Schwartz - CEAS (criado em 24 de março de 1905);
  • Colégio Estadual Constantino Fernandes - CECF (fundado em 1958);
  • Instituto Federal Fluminense (Antigo CEFET) (construído em 1909 e fundado em 1910);
  • Colégio Batista Fluminense (fundado em 1912, atual Colégio e Faculdade Batista);
  • Colégio Bittencourt (fundado em 1914);
  • Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora (CENSA) (fundado em 1925);
  • Faculdade de Medicina de Campos (obras iniciadas em 1925);
  • Colégio Eucarístico (fundado em 1941);
  • Externato Campista International School (fundado em 1949);
  • Instituto Dom Bosco Salesiano (construído em 1959);
  • Instituto Profissional Laura Vicunha;
  • Colégio Santos Dumont;
  • Escola de Serviço Social de Campos (atualmente Universidade Federal Fluminense - UFF - campus Campos).

Lazer[editar | editar código-fonte]

Shopping Boulevard em Campos
  • Shopping Boulevard
  • Shopping Avenida 28
  • Guarus Plaza Shopping
  • Shopping Pelinca Square Center
  • Parquecentro Shopping
  • Vip's Center Shopping
  • Campos Shopping
  • Cidade da Criança

Saúde[editar | editar código-fonte]

Vista do Hospital Ferreira Machado
  • Hospital Beneficência Portuguesa de Campos (HBPC)
  • Hospital Geral de Guarus (HGG)
  • Hospital Ferreira Machado (HFM) (atendendo toda região Norte e Noroeste)
  • Hospital Geral Dr. Beda
  • Prontocardio
  • Centrocor
  • Oncobeda
  • Centro Pediátrico Lília Neves (CEPLIN)
  • Maternidade Lília Neves
  • UTI Neonatal Nicola Albano
  • Hospital Unimed
  • Hospital Pró Clinicas (Hospital Geral Dr. Beda Unidade II)
  • Hospital São José em Goitacazes
  • Posto de Saúde de Ururaí
  • Hospital de Travessão
  • Hospital de Santo Eduardo
  • Hospital Escola Álvaro Alvim
  • Santa Casa de Misericórdia de Campos dos Goytacazes
  • Hospital Psiquiátrico Henrique Roxo (fechado)
  • Hospital Psiquiátrico João Viana
  • Hospital dos Plantadores de Cana (HPC)
  • P.U (Posto de Urgência) Saldanha Marinho
  • P.U (Posto de Urgência) Guarus
  • UPA 24 horas em Guarus
  • A cidade conta ainda com mais de 60 UBS(Unidades básicas de saúde)

Transporte[editar | editar código-fonte]

Vista da Ponte Leonel Brizola, que liga Guarus ao Centro da cidade.
Vista da Ponte Saturnino de Brito, que liga Guarus ao bairro da Lapa.

O principal meio de transporte em Campos são os ônibus, o município também possui o Sistema Alimentador, onde os micro-ônibus transportam os passageiros dos distritos, zona rural e litorânea até os terminais de integração.

Os ônibus são divididos em três consórcios.

Área 1, Consórcio Planície, corresponde as empresas Auto Viação São João e Jacarandá, os seus ônibus utilizam as cores branca e verde.

Área 2, Consórcio União, corresponde as empresas Turisguá, São Salvador e Siqueira, os seus ônibus utilizam as cores branca e amarelo.

Área 3, operado pela empresa Rogil, os seus ônibus utilizam as cores branca e azul.

Campos possui dois terminais rodoviários: a Nova Rodoviária Roberto Silveira e a Rodoviária Shopping Estrada, além do Terminal Urbano Luis Carlos Prestes, localizado na Beira-Rio, área central da Cidade.

Vista do Terminal Rodoviário Roberto Silveira.

O transporte aéreo possui voos para Vitória (ES), Macaé (RJ), São José dos Campos (SP), Belo Horizonte (MG), Porto Seguro (BA) e para a cidade do Rio de Janeiro (RJ).

Na Praia do Farol de São Tomé, fica localizado o heliporto da Petrobras, que leva os funcionários das plataformas da bacia de Campos.

Campos possuía um dos maiores entroncamentos ferroviários do Brasil entre a Linha do Litoral, Linha Campos a Miracema, o Ramal Santo Antônio de Campos e o Ramal de Barão de São José, todos pertencentes à antiga Estrada de Ferro Leopoldina. Ao longo dos anos, foram mantidas apenas as duas primeiras linhas para os transportes de cargas e de passageiros enquanto que os dois últimos ramais foram extintos.

Pela Linha do Litoral, o município mantém uma ligação estratégica com a capital fluminense Rio de Janeiro e com o estado do Espírito Santo, principalmente com sua capital, Vitória. Na Linha Campos a Miracema, a cidade mantém a ligação com os municípios fluminenses de Aperibé, São Fidélis e Santo Antônio de Pádua, já que o trecho final da linha até Miracema foi extinto no início dos anos 70. Por muitos anos, manteve-se como uma importante rota ferroviária entre ambas as linhas, onde no qual, a Estação Ferroviária de Campos sempre vivia em intenso e constante movimento.[38]

Os trens de passageiros de longa distância da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), sucessora da Leopoldina na administração de ambas as linhas férreas, realizaram suas últimas paradas na Estação Ferroviária de Campos na primeira metade dos anos 1980, cujas saídas eram direcionadas a Cachoeiro de Itapemirim, ao Rio de Janeiro e à cidade mineira de Recreio (passando por Santo Antônio de Pádua).[39][40][41] Desde então, ambas as linhas ficaram restritas ao transporte de cargas e em 1996, foram concedidas à Ferrovia Centro Atlântica.[42]

No ano de 2007, o transporte ferroviário de passageiros em Campos foi reativado em caráter emergencial pela estatal CENTRAL, para atender aos moradores da cidade prejudicados com a mobilidade urbana, após a interdição de duas pontes rodoviárias sobre o Rio Paraíba do Sul. Essa medida resultou na Linha Campos da Central, um ramal de subúrbio que ligava o Centro da cidade até o bairro de Guarus, reaproveitando-se de um trecho de 2 km da Linha do Litoral da Leopoldina. Após a reconstrução de ambas as pontes rodoviárias, o ramal foi desativado em 2008.[43]

Desde 2017, a Estação Ferroviária de Campos abriga em sua parte interna o Museu Ferroviário da cidade, mantendo seu pátio ferroviário para entrada e saída de trens cargueiros da FCA e para uma futura implantação de trens turísticos ou de longa distância na região pelas autoridades locais.[44][45][46]

Cultura[editar | editar código-fonte]

Vista do Mercado Municipal de Campos (direita)

A cerâmica, o couro, a palha e a madeira são os materiais de destaque em seu artesanato.[47]

Na culinária, além da cachaça e da goiabada cascão, o suspiro e o chuvisco são famosos. Havendo grande tradição cultural e política na região da chamada Baixada Campista.[48][49]

O Mercado Municipal de Campos, uma grande feira livre, que possui 465 bancas e 46 boxes de peixaria. No prédio central, do lado externo, estão 52 pontos de venda e, na parte interna, 116 boxes.[50]

As principais instituições culturais de Campos dos Goytacazes são:

Biblioteca Municipal

Uma biblioteca municipal também é um dos lugares do turismo de uma cidade e e conforme a lista do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas .[53] o município de Campos dos Goytacazes tem as seguintes bibliotecas municipais:

  • Biblioteca Municipal Nilo Peçanha
  • Biblioteca Pública Municipal do Farol de São Thomé
  • Biblioteca Municipal Conselheiro Josino
Teatro

O grupo de teatro há mais tempo em atividades ininterruptas na cidade é o Grupo Nós do Teatro, fundado em 22 de agosto de 1995 pela professora Kátia Macabu é fundamentado nos trabalhos realizados a partir do ano de sua fundação com o projeto “Teatro na Escola” em sua instituição de origem o Instituto Federal Fluminense (IFF), hoje o grupo não possui mais vinculação com a instituição e atua de forma independente, outro grande em atividade com reconhecimento local é a Cia de Arte Persona, fundada em 1999. Atualmente, a cidade conta ainda com o curso superior de Licenciatura em Teatro no Instituto Federal Fluminense (IFF).

Campos possui ainda o grupo de teatro de rua Moinho Cênico, que teve origem no Curso de Teatro do Instituto Federal Fluminense (IFF), que conta com projetos de formação continuada de artistas e professores de teatro, além de oficinas de teatro de rua. Ainda dentro do contexto do IFF, Campos possui o Coletivo Artístico Saravá, coletivo de teatro negro e de performances urbanas, que coproduz e participa de ações de extensão, pesquisa e experimentação artística.[54][55][56][57][57][58]

Ensino de Artes

Campos dos Goytacazes é o primeiro município do norte e noroeste fluminense a ter os cursos superiores de artes: Licenciatura em Música e Licenciatura em Teatro, ambos no Instituto Federal Fluminense (IFF).

Design

Inspirado nos modelos da Bauhaus, Escola de Ulm e ESDI/UERJ, o município também possui o primeiro curso superior de Design Gráfico do norte e noroeste fluminense, funcionando também no Instituto Federal Fluminense.[59][60][61]

Legado na dança deixado por Mercedes Baptista

Mercedes Baptista foi uma bailarina e coreógrafa brasileira, a primeira negra a integrar o corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.[62]

Escultura de Mercedes Baptista no município do Rio de Janeiro, por M. Pitanguy.

Baptista foi a responsável pela criação do balé afro-brasileiro, inspirado nos terreiros de candomblé, elaborando uma codificação e vocabulário próprio para essas danças.[63][64]

O seu Ballet Folclórico Mercedes Baptista foi responsável pela consolidação da dança moderna do Brasil.[64] Segundo a pesquisadora Mariana Monteiro, da UNESP:

Religião[editar | editar código-fonte]

Abóbada da Igreja Principal da Administração Apostólica de Campos, construída em estilo neoclássico, desde os anos 1990.
Catedral de São Salvador, 1973. Arquivo Nacional

Em 2010, o censo do IBGE apontou que o município de Campos tem uma maioria católica de 232,5 mil moradores, equivalentes a 51% dos habitantes. Os demais se dividem entre evangélicos, vários religiões e ateus, sendo que os evangélicos somam 144 mil moradores; 63,8 mil não têm religião; 10,9 mil são espíritas; 3,5 mil são de outras religiões cristãs e 3,8 mil são Testemunhas de Jeová.

Igreja Católica[editar | editar código-fonte]

Campos possui, desde 1922, uma diocese própria para atender a população católica, criada pelo Papa Pio XI. Além da diocese, no território de Campos também foi criada em 2002 pelo Papa João Paulo II, a Administração Apostólica São João Maria Vianney, que utiliza exclusivamente o rito romano e a disciplina antiga da Igreja, dessa maneira enquanto os fiéis católicos são atendidos pela Diocese, os fiéis católicos do mesmo território ligados a missa antiga, são atendidos pela Administração,[66] formando por isso, uma situação única no mundo no direito e na liturgia da Igreja Católica.

Protestantismo[editar | editar código-fonte]

A cidade possui templos de igrejas evangélicas, como a Primeira Igreja Batista de Campos, a Igreja Universal do Reino de Deus (sede), a Igreja Evangélica Semear, a Igreja Bola de Neve, a Igreja Batista de Eldorado, a Primeira Igreja Batista de Goytacazes, Igreja Batista da Paz, Igreja Cristã Maranata e Assembleia de Deus.

  • No mês de novembro de 2013 foi inaugurado pela então AEC (Associação Evangélica de Campos) com apoio da Secretaria de Meio Ambiente o Bosque das Oliveiras, localizado no monte da Codim, a 2,5 km do Aeroporto Municipal de Campos dos Goytacazes, o espaço é usado por evangélicos da mais variadas denominações evangélicas como um lugar de tranquilidade, reflexão da bíblia, oração. No lugar foram plantados mais de 30 pés de oliveiras. O Bosque das Oliveiras está situado ao lado da Torre da AEC, de onde pode se apreciar a vista de toda baixada (ainda do primeiro andar), e até pode ser vista, a [[usina eólica da Praia de Gargaú, na cidade de São Francisco de Itabapoana.

Esporte[editar | editar código-fonte]

Futebol[editar | editar código-fonte]

A cidade de Campos dos Goytacazes tem, como principais clubes de futebol: o Americano Futebol Clube (1914), campeão do campeonato brasileiro de seleções estaduais, representando o estado do Rio de Janeiro e campeão brasileiro do módulo Azul ambos em 1987, é o único clube da cidade que teve um atleta convocado para uma Copa do Mundo, trata-se de Poly, na Copa do Mundo de 1930; o Goytacaz Futebol Clube (1912), vice-campeão do Campeonato Brasileiro Série B em 1985 e detentor da 5ª maior torcida do estado; o Clube Esportivo Rio Branco (1912), o único clube no Brasil a vestir a cor rosa em seu uniforme principal, é também o clube que Didi defendeu antes de sair de Campos para conquistar o mundo. Didi foi bicampeão mundial e criador da folha seca no futebol, nome dado ao efeito Magnus que a bola era submetida no chute, desviando sua trajetória; e o Campos Atlético Associação (1912), conhecido como Roxinho devido às cores do seu uniforme (roxo, preto e branco), clube este fundado por negros em 26 de outubro de 1912. O antigo Leão da Coroa, como era chamado, fez fronte a seus adversários enquanto vigorou a disputa do Campeonato Campista, que veio a ter fim por volta da década de 70 face a fusão do antigo estado do Rio de Janeiro com o estado da Guanabara, o que marcou negativamente a estrutura do futebol do interior fazendo com que muitas equipes, principalmente de Campos e Niterói, desaparecessem do cenário futebolístico. Somado a isso, o profissionalismo cada vez premente fez que estas equipes se perdessem no tempo, mas nunca na memória e principalmente no coração de seus torcedores.

O clássico citadino, entre o Americano e o Goytacaz, conhecido como Goyta-Cano, é um dos maiores clássicos de futebol do interior do estado do Rio de Janeiro, por reunir as equipes mais vitoriosas da região, que se confrontam desde a década de 1910.

Campos tem como principal estádio, o Estádio Ary de Oliveira e Souza.

Jiu-Jitsu[editar | editar código-fonte]

Campos é referência no esporte e cidade sede de equipes renomadas no Estado como a equipe Nova União, Aliance, Tawanda, Appolo. É o berço de campeões como Ari Santos, que tem sido destaque no MMA. Além disso, promove diversas atividades relacionadas à pratica do esporte, bem como: Campeonatos, Congressos, Projetos Sociais. A cidade têm sido cada vez mais reconhecida através de inúmeros atletas que disputam e vencem campeonatos de jiu-jitsu pelo Brasil afora, com destaque para Ari Santos, Matheus Silva (Pururuca), Thiago Martins (Bambu), Lucas Velemen (Pezão), Alexandre Manske, entre outros. A cidade conta ainda com vários centros de treinamento de alto nível, como: Arena Champ´s, Setor Fitness, Centro de Treinamento Nova União, Centro de Treinamento Vitor Santos.

Basquetebol[editar | editar código-fonte]

Campos tem a equipe de basquetebol em cadeiras de rodas da ONG Esporte Sem Fronteiras,[67] que detém vários títulos (campeões fluminenses em 2003, 2004 e 2006, campeões regionais 2004, 2006 e 2008, onde enfrentaram equipes de Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, além de campeões internacionais da Copa Vindimia, disputada na cidade de Mendonza, na Argentina, nos anos de 2004 e 2006)

Judô[editar | editar código-fonte]

A cidade tem um judô bastante competitivo, tendo tido, nos últimos anos um avanço inédito no ranking estadual. Em 2009 e 2010, a equipe Projex-ADFL (Associação Desportiva Fernandes Leandro) trouxe dois títulos inéditos de campeonato por equipe no circuito estadual e títulos sul-americanos, colocando o nome da cidade nos anais do esporte campista. Posteriormente a equipe saiu da academia Projex deixando de ser Projex-ADFL e ficando apenas como ADFL, equipe que continua dando títulos inéditos para a cidade, ficando inclusive entre as 10 melhores equipes do estado por dois anos seguidos.

Ciclismo[editar | editar código-fonte]

Em Campos dos Goytacazes, no dia 6 de agosto, é realizada a segunda prova ciclística mais antiga do Brasil, desde 1944,[68] tendo, como o seu idealizador, Gerardo Maria Ferraiuoli, o "Patesko", prova que faz parte do circuito nacional e que atrai alguns dos melhores atletas do país. Destaca-se na prática da modalidade downhill, tendo uma das melhores pistas do Brasil no Morro do Itaoca. A pista é bastante técnica e proporciona uma das melhores visões da cidade.

Ambientação de "Escrava Isaura"[editar | editar código-fonte]

O "Solar dos Ayrises", situado na zona rural deste município, seria o ambiente que teria inspirado Bernardo Guimarães ao escrever seu famoso livro "A Escrava Isaura", obra fictícia romântica; nela o autor registrou: "Era nos primeiros anos do reinado do Sr. D. Pedro II. No fértil e opulento município de Campos de Goitacases, à margem do Paraíba, a pouca distância da vila de Campos, havia uma linda e magnífica fazenda. Era um edifício de harmoniosas proporções, vasto e luxuoso, situado em aprazível vargedo ao sopé de elevadas colinas cobertas de mata em parte devastada pelo machado do lavrador (...) A casa apresentava à frente as colinas. Entrava-se nela por um lindo alpendre todo enredado de flores trepadeiras, ao qual subia-se por uma escada de cantaria de seis a sete degraus. Os fundos eram ocupados por outros edifícios acessórios, senzala, pátios,currais e celeiros, por trás dos quais se estendia o jardim, a horta, e um imenso pomar, que ia perder-se na barranca do grande rio."[69]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Notas

  1. A grafia correta é Campos dos Goitacases porque prescreve-se o uso das letras "I" e "S" para palavras de origem tupi. A palavra significa nômades e refere-se aos goitacás (ou goitacases), povo que habitava a região. Ao longo dos anos, a grafia foi alterada de goitacazes para goytacases.
  2. Benta Pereira é considerada heroína local por liderar quinhentos habitantes num levante em 21 de maio de 1748, tentando impedir a posse de Salvador Correia de Sá Benevides, 4.º Visconde de Asseca, como donatário da Capitania do Paraíba do Sul. Os revoltosos se consideravam os verdadeiros donos das terras. Sucedeu-se um conflito que só terminou em 1753, quando o Visconde de Asseca devolveu a capitania à coroa portuguesa.
    Fonte:História de Benta Pereira em camaracampos.rj.gov.br.

Referências

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Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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