Solar dos Brito Gondim

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Solar dos Brito Gondim
Solar dos Brito Gondim
Geografia
País Brasil
Localidade Caetité
Coordenadas 14° 04' 18" S 42° 29' 04" O
Mapa
Localização em mapa dinâmico

O Solar dos Brito Gondim é uma edificação localizada em Caetité, município do estado brasileiro da Bahia, integra a lista dos bens tombados pelo estado, e considerado o "embrião da cidade", no registro do historiador Erivaldo Fagundes Neves.

Histórico[editar | editar código-fonte]

A casa era a sede da "Fazenda Alegre", em torno da qual veio a se desenvolver a cidade, originariamente constituída no "Caetité Velho"[nota 1], quando para lá se mudou Francisco de Brito Gondim e sua mulher Custódia Maria do Sacramento, vindos do Vale do Rio Pardo e se instalado nas nascentes do rio São João. A fazenda, contudo, pertencia a Joana da Silva Guedes de Brito e Manuel de Saldanha da Gama (sesmaria da Casa da Ponte).[2][nota 2]

Nela hospedou-se o Conde dos Arcos (Marcos José de Noronha e Brito) quando este, então governador de Goiás, fora nomeado vice-rei do Brasil-Colônia e se deslocava até Salvador durante o governo do Marquês de Pombal, em 1755.[1] [nota 3]

A fazenda foi ao longo do tempo sendo desmembrada em várias partes (a exemplo do "Sítio dos Montes", que chegou a pertencer ao Comendador João Caetano Xavier da Silva Pereira, ou o "sítio Gambá" que pertenceu a Alexandre Pinto Montenegro depois de haver passado por Francisco de Oliveira Borges e Belchior Xavier da Silva, no século XIX).[2]

Tombamento estadual[editar | editar código-fonte]

Foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) em 2008, através do processo de número 0607080014270/08-05, com o nome de "Casa à Praça Rodrigues Lima, nº 105".[3][nota 4]

A edificação encontra-se estável, porém ocorreram intervenções diversas em seus espaços internos que prejudicaram a percepção das características originais dos ambientes. Entretanto essas intervenções são facilmente identificadas e poderão ser removidas do monumento. Externamente o imóvel mantém-se íntegro.[3]

Notas

  1. Este nome permanece, embora nenhum vestígio exista no lugar como sendo o núcleo original de povoamento.[1] Este nome já estava assim consignado em inventário de 1765, e antecede a elevação do povoado a freguesia, em 1754.[2]
  2. O "Riacho do Alegre" que ali perto tem sua nascente é um dos dois afluentes que formam o rio São João.[1]
  3. Por esse motivo os antigos se referiam a ela como "a casa que hospedou o Conde dos Arcos".[1]
  4. A "Praça Dr. Rodrigues Lima é popularmente chamada de "Praça da Feira Velha" ou simplesmente "Feira Velha"; antes de se tornar uma praça era chamada de "Largo do Alegre".

Referências

  1. a b c d Helena Lima Santos (1996). Caetité: "pequenina e ilustre". Brumado: Tribuna do Sertão 
  2. a b c Erivaldo Fagundes Neves. «Posseiros, rendeiros e proprietários: estrutura fundiária e dinâmica agro» (PDF). 9/12/2022. Consultado em 9 de dezembro de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 9 de dezembro de 2022 
  3. a b «IPAC». Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia. Consultado em 1º de agosto de 2021 
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