Chiapa de Corzo (sítio arqueológico)

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Chiapa de Corzo e outros sítios do período formativo, ca. 900 a.C.
Estela 2, exibindo a data 7.16.3.2.13, ou De zembro de 36 a.C., a mais antiga data em contagem longa já descoberta.

Chiapa de Corzo é um sítio arqueológico da Mesoamérica pré-colombiana, situado nas terras altas de Chiapas, no actual México. No seu apogeu durante o período formativo tardio era um centro regional e controlava as rotas comerciais que passavam através do vale do rio Grijalva.[1]

O nome do sítio deriva da localidade moderna de Chiapa de Corzo, fundada na época colonial e situada na proximidade daquele.

História[editar | editar código-fonte]

O local apresenta evidências de ocupação continuada desde o período formativo inicial, cerca 1400 a.C. No entanto, os montículos e praças do sítio datam de aproximadamente 700 a.C., tendo o templo e o palácio sido construídos provavelmente entre 400 a.C. e 200 a.C.[2] Porém, por volta de 300 a.C. a construção formal havia entrado em declínio. Por volta desta mesma altura, começaram a ser incluídas nos enterramentos de membros da elite cerâmicas de tipos maias, ainda que as cerâmicas utilitárias mantivessem os padrões tradicionais.[1] Tal facto levou alguns investigadores a concluir que a cultura maia exercia influência ou mesmo controlo sobre Chiapa de Corzo, embora pareça ter ocorrido um desvanecimento desta influência maia nos primeiros séculos d.C.[3] Foi durante este período de tempo que os antigos montículos com plataformas foram revestidos com calcário e estuque.

Achados notáveis[editar | editar código-fonte]

A mais antiga data na contagem longa descoberta até ao momento, Dezembro de 36 a.C., foi encontrada na estela 2 (que não é realmente uma estela, mas antes um painel de parede com inscrições). Tudo o que resta do texto original é o nome do dia e os dígitos 7.16.3.2.13.

Chiapa de Corzo é também notável devido a um fragmento de cerâmica contendo o que se crê ser escrita ístmica. Datado de 300 a.C., este fragmento seria o mais antigo exemplar deste sistema de escrita que se conhece.[4]

Notas[editar | editar código-fonte]

  1. a b Pool, p. 272.
  2. Lowe, p. 122-123.
  3. Ver discussão em Pool, p. 272.
  4. Justeson, p. 2.

Referências[editar | editar código-fonte]