Língua estremenha

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Estremenho

estremeñu, palra

Falado(a) em: Espanha
Região: Estremadura

Cáceres (parte norte)
Castela e Leão

Salamanca (El Rebollar)
Total de falantes:
Família: Indo-europeia
 itálico
  Romance
   italo-ocidental
    ocidental
     galo-ibérico
      ibero-romance
       ibérico ocidental
        castelhano
         Estremenho
Códigos de língua
ISO 639-1: --
ISO 639-2: ---
ISO 639-3: ext

Estremenho (estremeñu) é um conjunto de modalidades linguísticas faladas no noroeste da Estremadura e parte do sul de Salamanca. Estas variedades, consideradas por filólogos como um conjunto subdialetal do castelhano[1][2][3] com marcadas influências asturo-leonesas[2][4], são por vezes classificadas por algumas organizações (UNESCO[5], PROEL[6] e Ethnologue[7]) como um idioma independente ou um dialeto da família asturo-leonesa, ou bem assim, uma variedade de transição entre os diassistemas castelhano e asturo-leonês.[8] Os seus principais impulsores consideram-na uma língua diferenciada tanto do castelhano como do asturo-leonês[9], sendo os responsáveis pela criação de uma ortografia[10] e gramática[11] próprias, bem como da Wikipédia em estremenho[9], e criando em 2011 o OSEC (Órgano de seguimiento y coordinación del extremeño y su cultura) com o objetivo último da regulação e normalização do estremenho.[12][13]

As primeiras manifestações literárias em estremenho deram-se com José María Gabriel y Galán, que publica em 1898 o poema «El Cristu Benditu», seguidas das obras de Luis Chamizo. Em 1995 foi editada a primeira gramática.[14]

Comparação com línguas[editar | editar código-fonte]

Sinalética bilingue em Barrado.
Latim Italiano Romeno Espanhol Português Estremenho Leonês
altus alto inalt alto alto artu altu
prope quasi aproape casi quase cuasi, abati cuasi
dicere dire a zice decir [de'θir] dizer izil [i'ðil] dicire
facere fare a face hacer [a'θer] fazer hazel [ha'ðel] facere
focus fuoco foc fuego fogo hueu fueu
flamma fiamma flama llama chama flama chama
legere leggere a citi leer ler leel lliere
lingua lingua limbă lengua língua luenga/léngua llingua
lumbum lombo (zona) lombara lomo lombo lombu llombu
mater madre mamă madre mãe mairi mai
merula merlo mierla mirlo melro mielru mielru
monstrare mostrare demonstrare mostrar mostrar muestral amuesare
noster nostro nostru nuestro nosso muestru/nuestru nuesu
tussis tosse tuse tos tosse tossi tose

Amostras de textos[editar | editar código-fonte]

Estremenho Espanhol Asturiano Português
El estremeñu es una luenga palrá nel noroesti de la comuniá autónoma d'Estremaúra. El extremeño es una lengua hablada en el noroeste de la comunidad autónoma de Extremadura. L'estremeñu ye una llingua falada nel noroeste de la comunidá autónoma d'Estremadura. O estremenho é uma língua falada no noroeste da comunidade autonôma da Estremadura.

Texto do Artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos

Tolos hombris nacin libris i egualis en digniá i derechus i, comu gastan razón i concéncia, ebin comportal-se comu hermanus los unus conos otrus.

Português

Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade

Referências

  1. Aragón Plaza, Pablo Javier. «El español: radiografía de un idioma.». En el extremo meridional del antiguo reino leonés se nos presenta hoy el extremeño, de estructura castellana, pero de gran fondo leonés 
  2. a b García Gil, Héctor. «El asturiano-leonés: aspectos lingüísticos, sociolingüísticos y legislación». CIEMEN. Aunque se suele mencionar en diversos trabajos filológicos una mayor extensión geográfica: oeste de Cantabria y el occidente de Salamanca y Extremadura [...] aunque participen de varios rasgos asturleoneses estos sobreviven incluidos dentro de un dialecto castellano que sustituyó tempranamente a la lengua asturiano-leonesa [...] De este modo las variedades extremeñas –donde se incluyen las hablas sureñas de Salamanca– conformarían dialectos de transición [...] el extremeño como dialecto actualmente castellano de transición, intermedio, peculiar y propio de estas tierras y no de formar parte de una unidad con las hablas septentrionales 
  3. Ariza, Manuel (1995). «Leonesismos y occidentalismos en las lenguas y dialectos de España» (PDF). Philologia Hispalensis. 10. ISSN 1132-0265 
  4. Cachero Cabal, Álvaro Arias. «El asturiano: situación actual y caracterización fonológica y morfosintáctica». En las zonas de Cantabria, este de León y de Zamora y en Salamanca y Extremadura se da un castellano con leonesismos, restos del antiguo romance asturleonés oriental y sureño, en retroceso hacia el noroeste desde hace siglos. 
  5. «UNESCO Atlas of the World's Languages in danger». www.unesco.org (em inglês). Consultado em 2 de setembro de 2017 
  6. «Promotora Española de Lingüística». www.proel.org. Consultado em 2 de setembro de 2017 
  7. «Extremaduran». Ethnologue 
  8. https://core.ac.uk/download/pdf/72047309.pdf
  9. a b «Los padres de la polémica Güiquipeya». El Periódico Extremadura (em espanhol) 
  10. Carmona García, Ismael. PROPUESTA ORTOGRÁFICA (PDF). [S.l.: s.n.] 
  11. Ismael Carmona Garcia (20 de novembro de 2009). Cuaderno de Gramática Extremeña I. [S.l.: s.n.] 
  12. «OSCEC». oscec.blogspot.com. Consultado em 15 de setembro de 2017 
  13. «ASOCIACIÓN ÓRGANO DE SEGUIMIENTO Y COORDINACION DEL EXTREMEÑO Y SU CULTURA (OSCEC) | Participación Ciudadana». participacion.ayto-caceres.es (em espanhol). Consultado em 15 de setembro de 2017. Arquivado do original em 15 de setembro de 2017 
  14. Gonzálvez González, Pablo (1995). Primera Gramática Ehtremeña. Calzadilla: Ayuntamiento de Calzadilla 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]