Espúrio Servílio Prisco

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Espúrio Servílio Prisco
Cônsul da República Romana
Consulado 476 a.C.

Espúrio Servílio Prisco Estruto (em latim: Spurius Servilius Priscus Structus) foi um político da gente Servília nos primeiros anos da República Romana eleito cônsul em 476 a.C. com Aulo Vergínio Tricosto Rutilo.[1] Era filho de Públio Servílio Prisco Estruto, cônsul em 495 a.C., e pai de Públio Servílio Prisco, cônsul em 463 a.C.

Consulado[editar | editar código-fonte]

Sobre Roma pairava a ameaça dos etruscos de Veios que, depois de terem derrotado o exército particular da gente Fábia na Batalha de Cremera, avançaram em direção à cidade até montarem um acampamento no Janículo, encostado na Muralha Serviana. Dali saquearam e arrasaram pastos e plantações romanas.[2][3]

Por causa da presença dos veios tão perto da cidade, a população sofria com a fome, principalmente por causa da falta de cereais.[1]

Numa das frequentes escaramuças, irrompeu uma furiosa batalha,[a] travada durante muitos dias na região entre o muro romano e a colina do Janículo. Com muitos eventos (incluindo um risco de morte do cônsul Espúrio Servílio), os romanos finalmente conseguiram retomar a colina e expulsar os veios.[2][4]

O ano seguinte (475 a.C.), Espúrio Servílio foi acusado pelos tribunos da plebe Lúcio Cedico e Tito Estácio de ter conduzido mal o exército romano nesta batalha. Mas Servílio conseguiu refutar a acusação graças ao testemunho favorável do seu colega Aulo Vergínio.[5][6][6] Espúrio participou também da vitoriosa batalha contra os veios e sabinos como legado do cônsul Públio Valério Publícola, destacando-se por seu valor em combate.[7]

Árvore genealógica[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Cônsul da República Romana
Precedido por:
Caio Horácio Púlvilo

com Tito Menênio Agripa Lanato

Aulo Vergínio Tricosto Rutilo
476 a.C.

com Espúrio Servílio Prisco

Sucedido por:
Públio Valério Publícola

com Caio Náucio Rutilo


Notas[editar | editar código-fonte]

  1. Segundo Dionísio, os romanos deram início à batalha por causa da extrema escassez que sofriam no interior da cidade.[4]

Referências

  1. a b Dionísio, Antiguidades Romanas IX, 25.
  2. a b Lívio, Ab Urbe Condita Libri II, 51
  3. Dionísio, Antiguidades Romanas IX, 24.
  4. a b Dionísio, Antiguidades Romanas IX, 26.
  5. Dionísio, Antiguidades Romanas IX, 33.
  6. a b Lívio, Ab Urbe Condita Libri II, 52
  7. Dionísio, Antiguidades Romanas IX, 35.
  8. Dionísio de Halicarnasso, Antiguidades Romanas, vi. 40.
  9. Lívio, Ab Urbe Condita, vi. 22, 31, 36.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]