Pedro Alexandre: diferenças entre revisões
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Depósitos colúvio-eluviais recentes, constituídos por sedimentos areno-argilosos, conglomeráticos, inconsolidados, são observados a sul do território. Solos dos tipos [[luvissolo]], [[neossolo]] e [[planossolo]] solódico distrófico sustentam a vegetação nativa caracterizada por [[caatinga]] arbórea densa e aberta sem palmeiras, contato caatinga - floresta estacional e caatinga arbórea aberta com palmeiras. |
Depósitos colúvio-eluviais recentes, constituídos por sedimentos areno-argilosos, conglomeráticos, inconsolidados, são observados a sul do território. Solos dos tipos [[luvissolo]], [[neossolo]] e [[planossolo]] solódico distrófico sustentam a vegetação nativa caracterizada por [[caatinga]] arbórea densa e aberta sem palmeiras, contato caatinga - floresta estacional e caatinga arbórea aberta com palmeiras. |
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Há a ocorrência de [[Fóssil|fósseis]] em tanques nos municípios de [[Monte Alegre de Sergipe]], [[Poço Redondo]] e em regiões que circundam o '''''complexo da Serra Negra'''''. Fósseis de mamíferos gigantes como [[Folivora|preguiças]] e [[Tolypeutes|tatus gigantes]], [[Mastodonte|mastodontes]], [[Toxodon|toxodontes]], [[Lhama|lhamas]] gigantes e o [[Smilodon|tigre-de-dentes-de-sabre]] são espécies encontradas no interior do município de [[Poço Redondo|Poço redondo]]. |
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A descoberta desses fósseis ocorre na época da seca, quando a população que mora próximo aos tanques - antigas lagoas, também chamadas de '''cacimbas''', pia de pedra, cavam para retirar o sedimento para poder guardar mais água na época da chuva. Geralmente não são encontrados os esqueletos completos e articulados. Nos últimos anos os pesquisadores tem se esforçado em realizar datações de alguns dos fósseis encontrados nessa região. Já foram realizadas dezoito datações, em fragmentos de ossos e dentes, e os resultados encontrados até o momento indicam a ocorrência desta fauna entre 11 à 50 mil anos. |
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O município possui terras que evidentemente foram habitadas por espécies primitivas que sucederam a era dos [[Dinossauros|dinossauros.]] Há evidências regionais da presença fóssil de [[Eremotherium|Eremotherium laurillardi]], uma espécie semelhante as atuais [[Folivora|preguiças]]. O [[Toxodon platensis]] semelhante ao atual [[Hippopotamidae|hipopótamo]], os [[Cuvieronius humboldtii]], [[stegomastodon platensis]] e os [[stegomastodon waringi]], estes semelhantes ao atual [[elefante]]. Sendo que, o [[stegomastodon waringi]] foi o domínio primitivo que predominou habitando nas terras do município. |
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[[Ficheiro:Registro Fóssil em Rocha.jpg|alt=Possivel gravura da pegada de um animal pertencente aos canídeos|thumb|366x366px|Registro fóssil em rocha sedimentar]] |
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Em 2014, foi encontrando um [[Fóssil|registro fóssil]] de uma espécie pertencente ao grupo dos [[canídeos]] gravado em uma [[rocha sedimentar]]. A rocha aparenta ser resultado de um processo de [[litificação]], onde a [[argila]] se transforma em rocha quando desidratada e submetido à compactação (normalmente pela pressão de camadas superiores). <gallery> |
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[[File:Registro Fóssil em Rocha.jpg|thumb|Registro fóssil encontrado no município de Pedro Alexandre]] |
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== Hidrografia == |
== Hidrografia == |
Revisão das 20h55min de 10 de janeiro de 2016
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Município do Brasil | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Lema | Paz e desenvolvimento | ||
Gentílico | pedro-alexandrino | ||
Localização | |||
Localização de Pedro Alexandre na Bahia | |||
Localização de Pedro Alexandre no Brasil | |||
Mapa de Pedro Alexandre | |||
Coordenadas | |||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Bahia | ||
Municípios limítrofes | Coronel João Sá, Santa Brígida e Jeremoabo em território baiano. Poço Redondo, Carira, Nossa Senhora da Glória, Porto da Folha, Monte Alegre de Sergipe e Canindé de São Francisco em território sergipano | ||
Distância até a capital | 355 km | ||
História | |||
Fundação | 28 de julho de 1962 | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Salorylton de Oliveira (PP, 2009 – 2012) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 1 110,078 km² | ||
População total (IBGE/2013[2]) | 20 245 hab. | ||
Densidade | 18,2 hab./km² | ||
Clima | semi-árido | ||
Altitude | 356 m | ||
Fuso horário | Hora de Brasília (UTC−3) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010 [3]) | 0,513 — baixo | ||
PIB (IBGE/2008[4]) | R$ 40 642,131 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[4]) | R$ 2 303,58 |
Pedro Alexandre é um município brasileiro do estado da Bahia. Localiza-se a uma latitude 10º00'49" sul e a uma longitude 37º53'39" oeste, estando a uma altitude de 356 metros. Sua população estimada em 2010 era de 20.245 habitantes. Possui uma área de 1146,32 km².
História
O município ganhou este nome em homenagem a um de seus principais personagens. Órfão, Pedro Alexandre veio tentar vida na Bahia, onde teve grande participação no desenvolvimento de Serra Negra e implantou a cultura do algodão juntamente com forças políticas implantou um centro de aprimoramento e distribuição do algodão, chamado de Vaporzinho, desenvolvendo a renda do produtor rural e o crescimento do município. O município já teve outros nomes: Lagoa da Caiçara e Serra Negra, a mesma cordilheira que identifica a cidade, entre os estados de Bahia e Sergipe.
Geologia
A geologia do município é representada pelo complexo Marancó esoproterozóico, pelo grupo Macururé e granitóides cedo a tardi-tectônicos englobados nas suítes Peraluminosas Serra Negra e Carira, e Calcialcalina Conceição (Neoproterozóico). pelas formações Juá, Tacaratu e Santa Brígida (Paleozóico), e pelas formações superficiais (Cenozóico).
Na porção centro-norte do município, predominam rochas xistos, filitos, metavulcanicas, metarritmitos, quartzitos, formações ferríferas, metarenitos, metassiltitos e anfibolitos do Complexo Marancó, associados a granitóides cedo a sin-orogênicos da suíte Peraluminosa Serra Negra (biotita, muscovita e/ou granada augenortognaisses granodioríticos / monzoníticos / quartzomonzoníticos, protomiloníticos a miloníticos), e a sedimentos das formações Tacaratu (arenitos com intercalações de conglomerados) e Santa Brígida (arenitos com lentes conglomeráticas e arenito com níveis de folhelhos, siltitos e dolomitos betuminoso). Ao sul afloram xistos, metagrauvacas, metarenitos, metassiltitos e metarritmitos do grupo Macururé, associados a corpos plutônicos sin a tardi-orogênico da suíte Calcialcalina Conceição (anfibólio-biotita tonalito / granodiorito, com epidoto magmático e fases subordinadas de diorito egabro) e a litótipos da suíte peraluminosa Carira (biotita e/ou muscovita leucogranitos / granodioritos). No extremo oeste, ocorrem faixas restritas de conglomerados e grauvacas da formação Juá.
Depósitos colúvio-eluviais recentes, constituídos por sedimentos areno-argilosos, conglomeráticos, inconsolidados, são observados a sul do território. Solos dos tipos luvissolo, neossolo e planossolo solódico distrófico sustentam a vegetação nativa caracterizada por caatinga arbórea densa e aberta sem palmeiras, contato caatinga - floresta estacional e caatinga arbórea aberta com palmeiras.
Registros fósseis
Há a ocorrência de fósseis em tanques nos municípios de Monte Alegre de Sergipe, Poço Redondo e em regiões que circundam o complexo da Serra Negra. Fósseis de mamíferos gigantes como preguiças e tatus gigantes, mastodontes, toxodontes, lhamas gigantes e o tigre-de-dentes-de-sabre são espécies encontradas no interior do município de Poço redondo.
A descoberta desses fósseis ocorre na época da seca, quando a população que mora próximo aos tanques - antigas lagoas, também chamadas de cacimbas, pia de pedra, cavam para retirar o sedimento para poder guardar mais água na época da chuva. Geralmente não são encontrados os esqueletos completos e articulados. Nos últimos anos os pesquisadores tem se esforçado em realizar datações de alguns dos fósseis encontrados nessa região. Já foram realizadas dezoito datações, em fragmentos de ossos e dentes, e os resultados encontrados até o momento indicam a ocorrência desta fauna entre 11 à 50 mil anos.
O município possui terras que evidentemente foram habitadas por espécies primitivas que sucederam a era dos dinossauros. Há evidências regionais da presença fóssil de Eremotherium laurillardi, uma espécie semelhante as atuais preguiças. O Toxodon platensis semelhante ao atual hipopótamo, os Cuvieronius humboldtii, stegomastodon platensis e os stegomastodon waringi, estes semelhantes ao atual elefante. Sendo que, o stegomastodon waringi foi o domínio primitivo que predominou habitando nas terras do município.
Em 2014, foi encontrando um registro fóssil de uma espécie pertencente ao grupo dos canídeos gravado em uma rocha sedimentar. A rocha aparenta ser resultado de um processo de litificação, onde a argila se transforma em rocha quando desidratada e submetido à compactação (normalmente pela pressão de camadas superiores).
Hidrografia
O município é cortado por riachos, que apresentam nascente ao pé da serra, e desaguam em rios como o vasa-barris. São os principais rios de Pedro Alexandre: o rio do peixe, o rio do sal, e o rio da areia, que são os afluentes, e riachos principais da localidade. Baseado no relevo, que é formados por montanhas e baixas, com fácil drenajem e escoamento das águas da chuva, o município apresenta 37 represas de auto-porte, porém de águas salobras, mas que no entanto, no tempo da seca, servem para o consumo do gado e para pesca.
Povoados
- Abóbora
- Alto de Pedra
- Anselmo
- Angico
- Honórios
- Barreiras
- Barriguda
- Boa Sorte
- Boa Vista
- Bom Jesus
- Bom Sucesso
- Bonito das Umburanas
- Boqueirão
- Caldeirãozinho
- Cauã
- Cipó de Leite
- Deserto
- Fortaleza
- Gatos
- Inferninho
- Jurema
- Lagoa das Areias
- Lagoa das Pedras
- Lagoa dos Porcos
- Logradouro
- Lotéro
- Malhada Bonita
- Malhada Nova
- Maxixe
- Pelado
- Pindoba
- Pindobal
- Poços
- Ponta da Serra
- Posto de Adonias
- Quati
- Riachão
- Salgadinho
- Serra Negra
- Serra Torre
- Surrão
- Soturno
- Tabuleiro
- Tontinha
- Varjada
- Zumbi
- Lagoa da Mata
- Bandeiras
Referências
- ↑ IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010
- ↑ «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2013. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2013. Consultado em 11 de setembro de 2013
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 16 de outubro de 2013
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010