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'''Atavismo''' (do [[latim]] ''atavus'', "ancestral") é o reaparecimento de uma certa característica no organismo depois de várias gerações de ausência. Em [[biologia]], atavismo é uma reminiscência [[Evolução|evolutiva]], como reaparecimento de traços que tiveram ausentes em várias gerações. Pode ocorrer de várias maneiras. Uma maneira é quando [[Gene|genes]] para características previamente [[Fenótipo|fenotípicas]] existentes são preservadas no [[Ácido desoxirribonucleico|DNA]], e estes tornam-se expressar através de uma [[mutação]] que quer nocautear os genes primordiais para os novos traços ou fazer os traços antigos substituírem os atuais. |
'''Atavismo''' (do [[latim]] ''atavus'', "ancestral") é o reaparecimento de uma certa característica no organismo depois de várias gerações de ausência. Em [[biologia]], atavismo é uma reminiscência [[Evolução|evolutiva]], como reaparecimento de traços que tiveram ausentes em várias gerações. Pode ocorrer de várias maneiras. Uma maneira é quando [[Gene|genes]] para características previamente [[Fenótipo|fenotípicas]] existentes são preservadas no [[Ácido desoxirribonucleico|DNA]], e estes tornam-se expressar através de uma [[mutação]] que quer nocautear os genes primordiais para os novos traços ou fazer os traços antigos substituírem os atuais. |
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== Biologia == |
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Evolutivamente, traços que desapareceram fenotipicamente não necessariamente desapareceram a partir do [[Ácido desoxirribonucleico|DNA]] de um [[organismo]]. A sequência do gene permanece muitas vezes, mas está inativo. Tal gene pode permanecer não utilizado no [[genoma]], durante muitas gerações. Contanto que o gene permaneça intacto, uma falha no controle genético suprime o gene o que pode levar a que seja expresso de novo. Por vezes, a expressão de genes dormentes pode ser induzida por estimulação [[Artifício|artificial]]. Atavismos foram também observados em [[Homo sapiens|seres humanos]]. Os bebês podem nascer com uma [[Estrutura vestigial|cauda vestigial]], chamado "processo do cóccix", "projeção coccygeal" e "apêndice caudal". |
Evolutivamente, traços que desapareceram fenotipicamente não necessariamente desapareceram a partir do [[Ácido desoxirribonucleico|DNA]] de um [[organismo]]. A sequência do gene permanece muitas vezes, mas está inativo. Tal gene pode permanecer não utilizado no [[genoma]], durante muitas gerações. Contanto que o gene permaneça intacto, uma falha no controle genético suprime o gene o que pode levar a que seja expresso de novo. Por vezes, a expressão de genes dormentes pode ser induzida por estimulação [[Artifício|artificial]]. Atavismos foram também observados em [[Homo sapiens|seres humanos]]. Os bebês podem nascer com uma [[Estrutura vestigial|cauda vestigial]], chamado "processo do cóccix", "projeção coccygeal" e "apêndice caudal". |
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== Atavismos em Animais == |
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Exemplos de atavismos observados nos seres vivos incluem: |
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⚫ | Embora as [[galinha]]s normalmente não tenham [[dente]]s, e as [[aves]] tenham "perdido" a dentição há cerca de 60 a 80 milhões de anos, os tecidos que normalmente desenvolvem dentes continuam a manter essa capacidade. [[Geoffrey Saint Hilaire]] foi o primeiro cientista a descrever a formação de dentes em [[embrião|embriões]] de galinhas em [[1821]]. Actualmente, é conhecido que os genes responsáveis pela [[odontogénese]] estão ainda presentes em galinhas. |
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⚫ | <ref name="Adams">{{Cite web| Learn Science at Scitable|last=Adams|first=Jill U.|coauthors=Kenna M. Shaw|title=Atavism: Embryology, Development and Evolution|work=Atavism: Embriology, Development and Evolution|accessdate=2011-04-14|date=2008|url=http://www.nature.com/scitable/topicpage/atavism-embryology-development-and-evolution-843}}</ref> |
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=== Atavismos em Animais === |
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* [[Barbatana|Barbatanas]] traseiras aparecerem em [[Cobra|cobras]] |
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* Reaparecimento da capacidade de [[reprodução sexuada]] da família de ácaros [[:en:Crotoniidae|Crotoniidae]] <ref>Norton, R. (2007), ''Proceedings of the National Academy of Sciences'', April 24, cited in ''Science News'', vol. 171, p. 302</ref> |
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=== Atavismos em Humanos === |
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* [[Mamilo|Mamilos]] supranumerários em [[primatas]] superiores (incluindo [[Homo sapiens|humanos]]) |
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* [[Cauda]] conectada à colunamu<ref>{{Citar periódico|ultimo=Tomić|primeiro=Nenad|coautores=Victor Benno|data=2011-08-18|titulo=Atavisms: Medical, Genetic, and Evolutionary Implications|jornal=Perspectives in Biology and Medicine|volume=54|numero=3|paginas=332–353|issn=1529-8795|doi=10.1353/pbm.2011.0034|url=https://muse.jhu.edu/article/448434}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Lu|primeiro=Frank L|coautores=Pen-Jung|titulo=The human tail|jornal=Pediatric Neurology|volume=19|numero=3|paginas=230–233|doi=10.1016/s0887-8994(98)00046-0|url=http://dx.doi.org/10.1016/S0887-8994(98)00046-0}}</ref> |
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* [[Mamilo|Mamilos]] supranumerários em [[primatas]] superiores em [[Homo sapiens|humanos]]<ref>{{Citar periódico|ultimo=Bertó|primeiro=Josep|coautores=M. Luisa|titulo=Polimastia y tejido mamario accesorio|jornal=Piel|volume=20|numero=10|paginas=483–484|doi=10.1016/s0213-9251(05)72333-9|url=http://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0213925105723339}}</ref> |
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* [[Daltonismo]] em humanos |
* [[Daltonismo]] em humanos |
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* Aparecimento de pele [[Nevo|nevus]] em humanos, como em [[Hominidae|humanos arcaicos]] |
* Aparecimento de pele [[Nevo|nevus]] em humanos, como em [[Hominidae|humanos arcaicos]] |
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* '''Tubérculo de''' |
* '''Tubérculo de''' '''Darwin''' na região denominada hélix da [[Orelha|orelha humana]]<ref>{{Citar periódico|ultimo=Loh|primeiro=Tiffany Y.|coautores=Philip R.|data=2016-04-07|titulo=Darwin’s Tubercle: Review of a Unique Congenital Anomaly|jornal=Dermatology and Therapy|volume=6|numero=2|paginas=143–149|issn=2193-8210|doi=10.1007/s13555-016-0109-6|url=http://link.springer.com/article/10.1007/s13555-016-0109-6|idioma=en}}</ref> |
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* [[Coração]] "réptil" em humano.<ref>{{Citar periódico|ultimo=Walia|primeiro=Ishmeet|coautores=Harvinder S.|data=2010-01-01|titulo=Snake heart: a case of atavism in a human being|jornal=Texas Heart Institute Journal|volume=37|numero=6|paginas=687–690|issn=1526-6702|pmid=21224948|url=https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21224948}}</ref> |
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* [[Coração]] "réptil" em humano. |
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== Atavismos em Plantas == |
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[[Ficheiro:Folha de citrus com Atavismo.jpg|alt=No atavismo partes aladas do pecíolo são ampliadas, para produzir dois folhetos laterais, tornando-o com folhas trifolioladas.|miniaturadaimagem|313x313px|Atavismo em folhas de [[Pomelo|Citrus Máxima]]]] |
[[Ficheiro:Folha de citrus com Atavismo.jpg|alt=No atavismo partes aladas do pecíolo são ampliadas, para produzir dois folhetos laterais, tornando-o com folhas trifolioladas.|miniaturadaimagem|313x313px|Atavismo em folhas de [[Pomelo|Citrus Máxima]]]] |
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=== Atavismo no Gênero Citrus === |
=== Atavismo no Gênero Citrus === |
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Um exemplo de atavismo em [[Plantae|vegetais]] pode ocorrer no gênero [[Citrus]], onde o [[pecíolo]] da folha é ampliado. Nesses casos de atavismo, o pecíolo amplia-se para produzir os dois folhetos laterais, mostrando características ancestrais que as folhas dos Citrus tinham. As folhas dos citrus eram trifolioladas, mas durante a [[evolução]] dois folhetos se degeneraram. A espécie cítrica [[Citrus trifoliata]], preserva ainda dois folhetos laterais, uma característica de suas ancestrais.<ref>{{Citar web|url=http://www.yourarticlelibrary.com/biology/organic-evolution-9-main-evidences-of-organic-evolution/13238/|titulo=Organic Evolution: 9 Main Evidences of Organic Evolution|data=2013-11-14|acessodata=2016-10-02|lingua=en-US}}</ref> |
Um exemplo de atavismo em [[Plantae|vegetais]] pode ocorrer no gênero [[Citrus]], onde o [[pecíolo]] da folha é ampliado. Nesses casos de atavismo, o pecíolo amplia-se para produzir os dois folhetos laterais, mostrando características ancestrais que as folhas dos Citrus tinham. As folhas dos citrus eram trifolioladas, mas durante a [[evolução]] dois folhetos se degeneraram. A espécie cítrica [[Citrus trifoliata|CiAtrus trifoliata]], preserva ainda dois folhetos laterais, uma característica de suas ancestrais.<ref>{{Citar web|url=http://www.yourarticlelibrary.com/biology/organic-evolution-9-main-evidences-of-organic-evolution/13238/|titulo=Organic Evolution: 9 Main Evidences of Organic Evolution|data=2013-11-14|acessodata=2016-10-02|lingua=en-US}}</ref> |
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=== Atavismo em Hieracium pilosella === |
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Revisão das 15h22min de 2 de outubro de 2016
Atavismo (do latim atavus, "ancestral") é o reaparecimento de uma certa característica no organismo depois de várias gerações de ausência. Em biologia, atavismo é uma reminiscência evolutiva, como reaparecimento de traços que tiveram ausentes em várias gerações. Pode ocorrer de várias maneiras. Uma maneira é quando genes para características previamente fenotípicas existentes são preservadas no DNA, e estes tornam-se expressar através de uma mutação que quer nocautear os genes primordiais para os novos traços ou fazer os traços antigos substituírem os atuais.
Biologia
Evolutivamente, traços que desapareceram fenotipicamente não necessariamente desapareceram a partir do DNA de um organismo. A sequência do gene permanece muitas vezes, mas está inativo. Tal gene pode permanecer não utilizado no genoma, durante muitas gerações. Contanto que o gene permaneça intacto, uma falha no controle genético suprime o gene o que pode levar a que seja expresso de novo. Por vezes, a expressão de genes dormentes pode ser induzida por estimulação artificial. Atavismos foram também observados em seres humanos. Os bebês podem nascer com uma cauda vestigial, chamado "processo do cóccix", "projeção coccygeal" e "apêndice caudal".
Atavismos em Animais
Embora as galinhas normalmente não tenham dentes, e as aves tenham "perdido" a dentição há cerca de 60 a 80 milhões de anos, os tecidos que normalmente desenvolvem dentes continuam a manter essa capacidade. Geoffrey Saint Hilaire foi o primeiro cientista a descrever a formação de dentes em embriões de galinhas em 1821. Actualmente, é conhecido que os genes responsáveis pela odontogénese estão ainda presentes em galinhas. [1]
Atavismos em Animais
- Pernas traseiras aparecem em cobras[2]
- Barbatanas traseiras aparecerem em cobras
- Barbatanas traseiras em baleias
- Barbatanas traseiras em golfinhos
- Dedos extras em cavalos, como em cavalos arcaicos
- Dedos extras em jumentos
- Reaparecimento da capacidade de reprodução sexuada da família de ácaros Crotoniidae [3]
- Dentes em galinhas[1]
- Dentes em baleias
- Cauda em chimpanzés
Atavismos em Humanos
- Cauda conectada à colunamu[4][5]
- Mamilos supranumerários em primatas superiores em humanos[6]
- Daltonismo em humanos
- Aparecimento de pele nevus em humanos, como em humanos arcaicos
- Tubérculo de Darwin na região denominada hélix da orelha humana[7]
- Coração "réptil" em humano.[8]
Atavismos em Plantas
O atavismo também pode ser observado em plantas. Em certos casos, as partes aladas do pecíolo são ampliadas, para produzir dois folhetos laterais tornando-o com folhas trifolioladas. A ocorrência desse fenômeno pode ser observada em Rosa, Hibiscus, Oxalis, Poppy e Citrus. De Vries (1906) fala sobre:
"A produção de variedades e de folhas atávicas depende em alto grau de condições externas. Ela adere com a regra geral que, as situações favoráveis reforçam as distinções das variedades, enquanto as condições desfavoráveis aumentam o número de peças com propriedade atávica. Estas influências, podem serem vistas como tendo seu efeito sobre os indivíduos isolados, bem como sobre as gerações de crescimento da sua descendência."[9]
Atavismo no Gênero Citrus
Um exemplo de atavismo em vegetais pode ocorrer no gênero Citrus, onde o pecíolo da folha é ampliado. Nesses casos de atavismo, o pecíolo amplia-se para produzir os dois folhetos laterais, mostrando características ancestrais que as folhas dos Citrus tinham. As folhas dos citrus eram trifolioladas, mas durante a evolução dois folhetos se degeneraram. A espécie cítrica CiAtrus trifoliata, preserva ainda dois folhetos laterais, uma característica de suas ancestrais.[10]
Atavismo em Hieracium pilosella
Re-emergência de flores de reprodução sexuada na planta Hieracium pilosella
Referências
- ↑ a b Adams, Jill U.; Kenna M. Shaw (2008). «Atavism: Embryology, Development and Evolution». Atavism: Embriology, Development and Evolution. Consultado em 14 de abril de 2011 Texto " Learn Science at Scitable" ignorado (ajuda);
- ↑ Mehrtens JM. 1987. Living Snakes of the World in Color. New York.
- ↑ Norton, R. (2007), Proceedings of the National Academy of Sciences, April 24, cited in Science News, vol. 171, p. 302
- ↑ Tomić, Nenad; Victor Benno (18 de agosto de 2011). «Atavisms: Medical, Genetic, and Evolutionary Implications». Perspectives in Biology and Medicine. 54 (3): 332–353. ISSN 1529-8795. doi:10.1353/pbm.2011.0034
- ↑ Lu, Frank L; Pen-Jung. «The human tail». Pediatric Neurology. 19 (3): 230–233. doi:10.1016/s0887-8994(98)00046-0
- ↑ Bertó, Josep; M. Luisa. «Polimastia y tejido mamario accesorio». Piel. 20 (10): 483–484. doi:10.1016/s0213-9251(05)72333-9
- ↑ Loh, Tiffany Y.; Philip R. (7 de abril de 2016). «Darwin's Tubercle: Review of a Unique Congenital Anomaly». Dermatology and Therapy (em inglês). 6 (2): 143–149. ISSN 2193-8210. doi:10.1007/s13555-016-0109-6
- ↑ Walia, Ishmeet; Harvinder S. (1 de janeiro de 2010). «Snake heart: a case of atavism in a human being». Texas Heart Institute Journal. 37 (6): 687–690. ISSN 1526-6702. PMID 21224948
- ↑ DE VRIES, H. Species and varieties, their origin by mutation: Lectures delivered at the University of Califonia, second ed, Daniel Trembly MacDougal (Ed.), The Open Court Publishing Company, Chicago. 1906.
- ↑ «Organic Evolution: 9 Main Evidences of Organic Evolution» (em inglês). 14 de novembro de 2013. Consultado em 2 de outubro de 2016