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Observabilidade da evolução: diferenças entre revisões

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== Ocorrências da Evolução observada ==
== Ocorrências da Evolução observada ==
[[Ficheiro:Evolução de E.Coli Filmada.gif|miniaturadaimagem|517x517px|Time-lapse da [[evolução]] de bactérias [[E. coli]].]]

=== Bactérias E. coli filmadas evoluindo ===
Pesquisadores da [[Harvard Medical School]] e do [[Technion|Instituto de Tecnologia de Israel‎]] produziram uma [[placa de Petri]] gigante e fizeram um [[Time-lapse|timelapse]] mostrando bactérias sofrendo [[Mutação|mutações]] e desenvolvendo resistência a um antibiótico. Durante duas semanas, eles observaram — e filmaram — como a bactéria morria, sobrevivia e se adaptava às condições adversas localizadas nas bordas dos perímetros da placa. O vídeo em timelapse mostra literalmente o processo evolutivo em curso — algo que normalmente permaneceria invisível aos olhos humanos. No décimo primeiro dia do experimento, as bactérias que migraram para o ponto com a maior concentração de antibióticos foram versões com mutações que conseguiram sobreviver a um antibiótico conhecido como [[Trimetoprim|trimetoprima]] numa dose mil vezes maior do que aquela que matou seus antepassados. E algumas bactérias adquiriram uma resistência 100 mil vezes maior ao [[ciprofloxacina]], outro antibiótico comum.<ref name=":0">{{Citar web|url=http://m.gizmodo.uol.com.br/bacterias-resistencia-antibiotico/|titulo=Timelapse mostra bactérias desenvolvendo resistência a antibióticos - Gizmodo Brasil|acessodata=2017-05-23|obra=m.gizmodo.uol.com.br}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Baym|primeiro=Michael|ultimo2=Lieberman|primeiro2=Tami D.|ultimo3=Kelsic|primeiro3=Eric D.|ultimo4=Chait|primeiro4=Remy|ultimo5=Gross|primeiro5=Rotem|ultimo6=Yelin|primeiro6=Idan|ultimo7=Kishony|primeiro7=Roy|data=2016-09-09|titulo=Spatiotemporal microbial evolution on antibiotic landscapes|jornal=Science|volume=353|numero=6304|paginas=1147–1151|issn=0036-8075|pmid=27609891|doi=10.1126/science.aag0822|url=http://science.sciencemag.org/content/353/6304/1147|idioma=en}}</ref>
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Revisão das 20h34min de 13 de janeiro de 2018

Observabilidade da evolução é a propriedade da evolução das espécies de poder ser observada em ação. A observação é uma das condições com que o filósofo Karl Popper discerne o caráter científico de um estudo ou teoria[1]. Por definição científica, o ato de observação pode ser descrito como a ação de observar, perceber ou notar atentamente ou por dados medidos, coletados, percebidos ou notados, especialmente durante uma experiência. Para confirmar a observabilidade da evolução é necessário que a mesma esteja enquadrada em algum desses métodos de observação científica. Muitas investigações científicas não envolvem experiências ou observação direta, desta forma, biólogos podem testar suas idéias sobre a história da vida na Terra, fazendo observações no mundo real.

O fato de que o processo evolutivo que originou a maioria das espécies atuais tenha ocorrido no passado não afeta a sua observação, pois o registro fóssil e outras abundantes evidências testemunham que os organismos evoluíram através do tempo. Embora ninguém tenha observado essas transformações diretamente, a evidência indireta é clara, inequívoca e convincente[2]. Em organismos com tempos de geração curtos (por exemplo, bactérias e vírus), é possível observar a evolução em ação ao longo de experimentos.

Design Inteligente

Em uma carta ao editor, um dos adeptos do movimento Design Inteligente do Brasil, abordou que a evolução que acontece em pequena escala, conhecida como microevolução pode ser observada na natureza e em laboratório. Na carta, alegou-se que o Design Inteligente não nega certo grau de evolução referente à adaptabilidade das espécies, como, por exemplo, pequenas modificações (microevolução) que geram variações biológicas limitadas dentro da mesma espécie, e que podem ser observadas tanto na natureza quanto em laboratório[3].

Ocorrências da Evolução observada

Ficheiro:Evolução de E.Coli Filmada.gif
Time-lapse da evolução de bactérias E. coli.

Bactérias E. coli filmadas evoluindo

Pesquisadores da Harvard Medical School e do Instituto de Tecnologia de Israel‎ produziram uma placa de Petri gigante e fizeram um timelapse mostrando bactérias sofrendo mutações e desenvolvendo resistência a um antibiótico. Durante duas semanas, eles observaram — e filmaram — como a bactéria morria, sobrevivia e se adaptava às condições adversas localizadas nas bordas dos perímetros da placa. O vídeo em timelapse mostra literalmente o processo evolutivo em curso — algo que normalmente permaneceria invisível aos olhos humanos. No décimo primeiro dia do experimento, as bactérias que migraram para o ponto com a maior concentração de antibióticos foram versões com mutações que conseguiram sobreviver a um antibiótico conhecido como trimetoprima numa dose mil vezes maior do que aquela que matou seus antepassados. E algumas bactérias adquiriram uma resistência 100 mil vezes maior ao ciprofloxacina, outro antibiótico comum.[4][5]

Ver também

Referências Bibliográficas

  1. Popper, Karl (1985) [Originally published 1976]. Unended Quest: An Intellectual Autobiography. La Salle, IL: Open Court. ISBN 0-08-758343-7. LCCN 85011430. OCLC 12103887.
  2. Rennie, John. «15 Answers to Creationist Nonsense». Scientific American (em inglês). 287 (1): 78–85. doi:10.1038/scientificamerican0702-78 
  3. Alves, Everton Fernando. «TEORIA DO DESIGN INTELIGENTE». Clinical & Biomedical Research. 35 (4): 250–251. doi:10.4322/2357-9730.59738 
  4. «Timelapse mostra bactérias desenvolvendo resistência a antibióticos - Gizmodo Brasil». m.gizmodo.uol.com.br. Consultado em 23 de maio de 2017 
  5. Baym, Michael; Lieberman, Tami D.; Kelsic, Eric D.; Chait, Remy; Gross, Rotem; Yelin, Idan; Kishony, Roy (9 de setembro de 2016). «Spatiotemporal microbial evolution on antibiotic landscapes». Science (em inglês). 353 (6304): 1147–1151. ISSN 0036-8075. PMID 27609891. doi:10.1126/science.aag0822