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Partenogénese: diferenças entre revisões

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# Em 2008, cientistas confirmaram um segundo caso de "nascimento virgem" em tubarões após testes de DNA em um [[tubarão-galha-preta]], nascido em um aquário da Virgínia, nos [[Estados Unidos]], informa a agência AP. Em um artigo publicado na revista cientifíca The Journal of Fish Biology<ref name=":1">{{Citar periódico|ultimo=Chapman|primeiro=D. D.|ultimo2=Firchau|primeiro2=B.|ultimo3=Shivji|primeiro3=M. S.|data=2008-10-01|titulo=Parthenogenesis in a large-bodied requiem shark, the blacktip Carcharhinus limbatus|jornal=Journal of Fish Biology|volume=73|numero=6|paginas=1473–1477|issn=1095-8649|doi=10.1111/j.1095-8649.2008.02018.x|url=http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1095-8649.2008.02018.x/abstract|idioma=en}}</ref>, as análises comprovaram que o animal nasceu sem fecundação do óvulo, ou seja, se desenvolveu sem o material genético do pai<ref name=":1" />.
# Em 2008, cientistas confirmaram um segundo caso de "nascimento virgem" em tubarões após testes de DNA em um [[tubarão-galha-preta]], nascido em um aquário da Virgínia, nos [[Estados Unidos]], informa a agência AP. Em um artigo publicado na revista cientifíca The Journal of Fish Biology<ref name=":1">{{Citar periódico|ultimo=Chapman|primeiro=D. D.|ultimo2=Firchau|primeiro2=B.|ultimo3=Shivji|primeiro3=M. S.|data=2008-10-01|titulo=Parthenogenesis in a large-bodied requiem shark, the blacktip Carcharhinus limbatus|jornal=Journal of Fish Biology|volume=73|numero=6|paginas=1473–1477|issn=1095-8649|doi=10.1111/j.1095-8649.2008.02018.x|url=http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1095-8649.2008.02018.x/abstract|idioma=en}}</ref>, as análises comprovaram que o animal nasceu sem fecundação do óvulo, ou seja, se desenvolveu sem o material genético do pai<ref name=":1" />.
# Em 2017, na [[Austrália]], um [[Tubarão-zebra|tubarão zebra]] teve três filhotes sem manter relações sexuais com um macho. A fêmea, chamada Leonie, vive em um tanque isolado dos machos, o que intrigou cientistas e levou a uma análise do caso. Ao realizar estes nos filhotes comparando DNA com o do macho do tanque mais próximo, cientistas constataram que eles tinham apenas as células da fêmea, os dados foram publicados a [[Nature]]<ref>{{Citar periódico|ultimo=Dudgeon|primeiro=Christine L.|ultimo2=Coulton|primeiro2=Laura|ultimo3=Bone|primeiro3=Ren|ultimo4=Ovenden|primeiro4=Jennifer R.|ultimo5=Thomas|primeiro5=Severine|data=2017-01-16|titulo=Switch from sexual to parthenogenetic reproduction in a zebra shark|jornal=Scientific Reports|volume=7|issn=2045-2322|pmid=28091617|doi=10.1038/srep40537|url=http://www.nature.com/articles/srep40537|idioma=en}}</ref> e a notícia foi divulgada no Brasil pela [http://super.abril.com.br/ciencia/sem-machos-tubarao-femea-engravida-sozinha/ Superinteressante].
# Em 2017, na [[Austrália]], um [[Tubarão-zebra|tubarão zebra]] teve três filhotes sem manter relações sexuais com um macho. A fêmea, chamada Leonie, vive em um tanque isolado dos machos, o que intrigou cientistas e levou a uma análise do caso. Ao realizar estes nos filhotes comparando DNA com o do macho do tanque mais próximo, cientistas constataram que eles tinham apenas as células da fêmea, os dados foram publicados a [[Nature]]<ref>{{Citar periódico|ultimo=Dudgeon|primeiro=Christine L.|ultimo2=Coulton|primeiro2=Laura|ultimo3=Bone|primeiro3=Ren|ultimo4=Ovenden|primeiro4=Jennifer R.|ultimo5=Thomas|primeiro5=Severine|data=2017-01-16|titulo=Switch from sexual to parthenogenetic reproduction in a zebra shark|jornal=Scientific Reports|volume=7|issn=2045-2322|pmid=28091617|doi=10.1038/srep40537|url=http://www.nature.com/articles/srep40537|idioma=en}}</ref> e a notícia foi divulgada no Brasil pela [http://super.abril.com.br/ciencia/sem-machos-tubarao-femea-engravida-sozinha/ Superinteressante].
#Em 2019, uma [[Sucuri|cobra sucuri]] do Aquário de [[New England]], nos [[Estados Unidos]], deu à luz a dois filhotes saudáveis. O fato virou notícia porque os filhotes foram fruto de partenogênese, esse é apenas o segundo caso confirmado conhecido de partenogênese em uma cobra sucuri-verde. Os biólogos confirmaram por sequenciamento genético que as serpentes analisadas mostram correspondências completas em todos os locais testados<ref>{{Citar web|titulo=Cobra sucuri fêmea engravida a si mesma e tem filhotes saudáveis|url=https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2019/05/cobra-sucuri-femea-engravida-si-mesma-e-tem-filhotes-saudaveis.html|obra=revistagalileu.globo.com|acessodata=2019-05-27}}</ref>. A informação foi divulgada pela [[Galileu (revista)|Revista Galileu]].


== Ver também ==
== Ver também ==

Revisão das 23h07min de 27 de maio de 2019

O dragão-de-komodo é um animal capaz de reprodução por partenogénese, descoberta em 2007.

Partenogénese (português europeu) ou partenogênese (português brasileiro) (do grego παρθενος, "virgem", + γενεσις, "nascimento"; uma alusão à deusa grega Atena, cujo templo era denominado Partenon) refere-se ao crescimento e desenvolvimento de um embrião sem fertilização. São fêmeas que procriam sem precisar de machos que as fecundem.

Atualmente, a biologia evolutiva prefere utilizar o termo telitoquia, por considerá-lo menos abrangente que o termo partenogênese.

A partenogênese ocorre naturalmente em plantas agamospérmicas, invertebrados (e.g. pulgas de água, afídeos, abelhas) e alguns vertebrados (e.g. lagartos, salamandras, peixes). Os organismos que se reproduzem por este método estão geralmente associados a ambientes isolados como ilhas oceânicas. Na maioria dos casos, no entanto, a partenogénese é apenas uma possibilidade eventual, sendo a reprodução com contribuição gênica paterna a mais comum. Esta alternância pode surgir por pressão ambiental.

Tipos de Partenogênese

De acordo com o sexo dos organismos gerados, a partenogênese pode ser de três tipos:

  • Partenogênese arrenótoca: origina apenas machos como abelhas (zangões)
  • Partenogênese telítoca: origina apenas fêmeas, por exemplo, afídeos (pulgões).
  • Partenogênese deuterótoca: origina machos e fêmeas como afídeos (pulgões).

Partenogênese em Invertebrados

Em abelhas

Na sociedade das abelhas ocorre um fato curioso: tanto os óvulos fecundados como os não fecundados podem originar novos indivíduos. As rainhas e as operárias resultam do desenvolvimento de óvulos fecundados, sendo, portanto, diploides. A diferenciação entre elas é estabelecida pelo tipo de alimento fornecido às formas larvais:

  • As larvas que originam operárias são nutridas com mel e pólen.
  • As larvas que originam rainhas recebem geleia real como alimento.

Os zangões, cujas larvas são nutridas com pólen e mel, são haploides, uma vez que resultam do desenvolvimento de óvulos não fecundados. Os zangões, originando-se de óvulos não fecundados, herdam todos os genes que possuem da “mãe”(Rainha), uma vez que não têm “pai”.

Partenogênese em Vertebrados

  1. Em 1984 já havia sido documentada a biologia reprodutiva de lagartos de manchas amarelas, desde então, tem sido objeto de grande interesse científico e pesquisa. Ao contrário da maioria das espécies de lagartos, os lagartos de manchas amarelas são vivíparos. De particular interesse para os pesquisadores é que algumas populações de fêmeas se reproduzem por partenogênese[1].
  2. Em 2006, cientistas documentaram, pela primeira vez, um caso de partenogênese em uma fêmea de dragão-de-komodo, no Zoológico de Chester, no Reino Unido. Um artigo foi publicado na revista Nature abordando[2] a partogênese nestes répteis. A notícia foi divulgada no Guardian Unlimited em dezembro de 2006 e na BBCBrasil.com em dezembro de 2006[2].
  3. Em 2007, cientistas confirmaram que tubarões-martelo poderiam se reproduzir sem ter relações sexuais. A evidência vem de um tubarão no jardim Zoológico de Henry Doorly em Nebraska que deu à luz um filhote em 2001 apesar de não ter tido nenhum contato com um macho. Testes genéticos realizados provam conclusivamente que o animal jovem não possuía DNA paterno, os dados foram publicados no periódico Biology Letters[3] e a notícia foi divulgada na BBC News.
  4. Em 2008, cientistas confirmaram um segundo caso de "nascimento virgem" em tubarões após testes de DNA em um tubarão-galha-preta, nascido em um aquário da Virgínia, nos Estados Unidos, informa a agência AP. Em um artigo publicado na revista cientifíca The Journal of Fish Biology[4], as análises comprovaram que o animal nasceu sem fecundação do óvulo, ou seja, se desenvolveu sem o material genético do pai[4].
  5. Em 2017, na Austrália, um tubarão zebra teve três filhotes sem manter relações sexuais com um macho. A fêmea, chamada Leonie, vive em um tanque isolado dos machos, o que intrigou cientistas e levou a uma análise do caso. Ao realizar estes nos filhotes comparando DNA com o do macho do tanque mais próximo, cientistas constataram que eles tinham apenas as células da fêmea, os dados foram publicados a Nature[5] e a notícia foi divulgada no Brasil pela Superinteressante.
  6. Em 2019, uma cobra sucuri do Aquário de New England, nos Estados Unidos, deu à luz a dois filhotes saudáveis. O fato virou notícia porque os filhotes foram fruto de partenogênese, esse é apenas o segundo caso confirmado conhecido de partenogênese em uma cobra sucuri-verde. Os biólogos confirmaram por sequenciamento genético que as serpentes analisadas mostram correspondências completas em todos os locais testados[6]. A informação foi divulgada pela Revista Galileu.

Ver também

Referências Bibliográficas

Fórum Brasil Escola[ligação inativa]

  • Princípios Integrados de Zoologia - Hickman, Roberts e Larson.
  1. Holmback, Erik (1 de janeiro de 1984). «Parthenogenesis in the Central American night lizard at San Antonio Zoo». International Zoo Yearbook (em inglês). 23 (1): 157–158. ISSN 1748-1090. doi:10.1111/j.1748-1090.1984.tb03023.x 
  2. a b Watts, Phillip C.; Buley, Kevin R.; Sanderson, Stephanie; Boardman, Wayne; Ciofi, Claudio; Gibson, Richard (21 de dezembro de 2006). «Parthenogenesis in Komodo dragons». Nature (em inglês). 444 (7122): 1021–1022. ISSN 0028-0836. doi:10.1038/4441021a 
  3. Chapman, Demian D.; Shivji, Mahmood S.; Louis, Ed; Sommer, Julie; Fletcher, Hugh; Prodöhl, Paulo A. (22 de agosto de 2007). «Virgin birth in a hammerhead shark». Biology Letters (em inglês). 3 (4): 425–427. ISSN 1744-9561. PMID 17519185. doi:10.1098/rsbl.2007.0189 
  4. a b Chapman, D. D.; Firchau, B.; Shivji, M. S. (1 de outubro de 2008). «Parthenogenesis in a large-bodied requiem shark, the blacktip Carcharhinus limbatus». Journal of Fish Biology (em inglês). 73 (6): 1473–1477. ISSN 1095-8649. doi:10.1111/j.1095-8649.2008.02018.x 
  5. Dudgeon, Christine L.; Coulton, Laura; Bone, Ren; Ovenden, Jennifer R.; Thomas, Severine (16 de janeiro de 2017). «Switch from sexual to parthenogenetic reproduction in a zebra shark». Scientific Reports (em inglês). 7. ISSN 2045-2322. PMID 28091617. doi:10.1038/srep40537 
  6. «Cobra sucuri fêmea engravida a si mesma e tem filhotes saudáveis». revistagalileu.globo.com. Consultado em 27 de maio de 2019