Mar Báltico: diferenças entre revisões
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Uma outra explicação é que, derivada da raiz mencionada, o nome do mar é usado para nomear várias formas de água e substâncias similares em várias línguas europeias, o que pode ter sido originalmente associado com as cores encontradas em pântanos. Ou ainda que o nome era relacionado a pântanos e seu sentido original era de "mar fechado, baía" em oposição a "mar aberto.{{harvRef|Dini|2000|p=}} Alguns historiadores suecos, por sua vez, acreditam que o nome derive do deus secundário [[Balder]], da [[mitologia nórdica]].{{harvRef|name="dimento34"|DiMento|2012|p=34}} |
Uma outra explicação é que, derivada da raiz mencionada, o nome do mar é usado para nomear várias formas de água e substâncias similares em várias línguas europeias, o que pode ter sido originalmente associado com as cores encontradas em pântanos. Ou ainda que o nome era relacionado a pântanos e seu sentido original era de "mar fechado, baía" em oposição a "mar aberto.{{harvRef|Dini|2000|p=}} Alguns historiadores suecos, por sua vez, acreditam que o nome derive do deus secundário [[Balder]], da [[mitologia nórdica]].{{harvRef|name="dimento34"|DiMento|2012|p=34}} |
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Na [[Idade Média]], o mar foi conhecido por uma variedade de nomes. O nome ''mar Báltico'' só começou a predominar a partir do século XVI. O uso de ''báltico'' e outros termos para denotar a região a leste do mar começou apenas no século XIX. Em sueco, finlandês, alemão e dinamarquês, ele é conhecido como "mar do Leste", enquanto em |
Na [[Idade Média]], o mar foi conhecido por uma variedade de nomes. O nome ''mar Báltico'' só começou a predominar a partir do século XVI. O uso de ''báltico'' e outros termos para denotar a região a leste do mar começou apenas no século XIX. Em sueco, finlandês, alemão e dinamarquês, ele é conhecido como "mar do Leste", enquanto em alemão<ref>{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://de.wikipedia.org/wiki/Ostsee |titulo=Die Ostsee |data= |acessodata= |publicado=}}</ref> e em estoniano<ref name="dimento34"/>, é chamado de "mar do Oeste". |
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== História == |
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Revisão das 19h42min de 26 de agosto de 2020
Continente | |
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Localização | |
Parte de | |
Coordenadas |
Superfície |
400 000 km² |
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Profundidade média |
459 m 57 m |
Maior profundidade |
459 m |
Tipo | |
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Países da bacia hidrográfica | |
Afluentes | |
Bacia hidrográfica |
Origem do nome |
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* Os valores do perímetro, área e volume podem ser imprecisos devido às estimativas envolvidas, podendo não estar normalizadas.
O mar Báltico situa-se no norte da Europa, sendo circundado pela península Escandinava, a Europa continental, e as ilhas dinamarquesas. A sua maior profundidade é de 459 m. Comunica com o mar do Norte, através do Escagerraque e Categate, e através dos estreitos de Öresund, Grande Belt e Pequeno Belt . Os países com costa no mar Báltico são: Dinamarca, Suécia, Finlândia, Rússia, Estónia, Letônia, Lituânia, Polônia e Alemanha.[1][2]
Etimologia
Chamado por Públio Cornélio Tácito de Mare Suebicum, por analogia ao povo germânico dos suevos,[nota 1] o primeiro a denominá-lo Mare Balticum foi o escritor germânico do século XI Adão de Bremen.
A origem do nome é controversa, e pode estar ligada à palavra alemã belt ("faixa"), utilizada para designar os dois estreitos dinamarqueses que o conectam ao mar do Norte. Outros acreditam que a origem seja a palavra latina balteus, com o mesmo significado.[4] Mas deve-se notar que os nomes dos belts podem estar ligados à palavra dinamarquesa bælte, que também significa faixa. Além disso, o próprio Adão de Bremen comparou o mar com uma faixa, afirmando que o mar é assim denominado porque ele estica ao longo da terra como uma faixa.[nota 2] Ele também pode ter sido influenciado pelo nome de uma ilha lendária mencionada em A História Natural, de Plínio, o Velho. Plínio menciona uma ilha chamada Baltia (ou Balcia) com referência a notas de Píteas e Xenofonte. É possível que Plínio se referisse a uma ilha chamada Basilia ("reino" ou "real") em Sobre o Oceano (Περι του Ωκεανου), de Píteas. Baltia também pode ser derivada de "faixa" e significar "perto da faixa do mar (estreito)".
Outros ainda defendem que o nome da ilha origina-se da raiz indo-europeia bhel,[5] que significa "branco". Esta raiz e seu sentido básico permaneceram no lituano (como baltas) e no letão (balts). Uma hipótese relacionada sustenta que o nome originou desta raiz indo-europeia por meio de uma língua báltica, como o lituano.[6]
Uma outra explicação é que, derivada da raiz mencionada, o nome do mar é usado para nomear várias formas de água e substâncias similares em várias línguas europeias, o que pode ter sido originalmente associado com as cores encontradas em pântanos. Ou ainda que o nome era relacionado a pântanos e seu sentido original era de "mar fechado, baía" em oposição a "mar aberto.[7] Alguns historiadores suecos, por sua vez, acreditam que o nome derive do deus secundário Balder, da mitologia nórdica.[8]
Na Idade Média, o mar foi conhecido por uma variedade de nomes. O nome mar Báltico só começou a predominar a partir do século XVI. O uso de báltico e outros termos para denotar a região a leste do mar começou apenas no século XIX. Em sueco, finlandês, alemão e dinamarquês, ele é conhecido como "mar do Leste", enquanto em alemão[9] e em estoniano[8], é chamado de "mar do Oeste".
História
O Báltico surgiu com o aumento do nível do mar, após o fim da última glaciação, no último período glacial, ocorrida há cerca de 12 000 anos.[10] Originário de um lago pré-glacial de água doce - o lago Glacial Báltico, portanto sem ligação com o oceano da época, o mar Báltico tornou-se um mar após o derretimento de geleiras que o cercavam, seguido de uma elevação da terra ao redor. Neste fenômeno, conhecido como isostasia, a pressão adicionada pela água em uma região gerou uma tensão de elevação da superfície em seu redor, como em uma alavanca. O derretimento do gelo, por sua vez, reduzia o peso sobre o relevo circundante, facilitando sua elevação.
Salinidade
A salinidade do mar Báltico é muito menor do que a da água dos oceanos. Isso ocorre devido ao abundante escoamento de água doce da terra circundante, que contribui com cerca de um quadragésimo do seu volume total por ano: o volume da bacia é de cerca de 21 000 km³ e o escoamento anual é de cerca de 500 km³. As taxas de precipitação e descarga de água doce superam a evaporação, causando uma diluição da água do mar.[11] Suas águas têm salinidade de 10 a 15 g/kg, enquanto que a do mar Vermelho é de cerca de 40 g/kg.[12]
Poluição
Na Dinamarca, criadores de porcos vêm despejando milhares de toneladas de esterco suíno no mar Báltico, alterando seu equilíbrio e tornando-o um dos mares mais poluídos do mundo.[13]
Partes do mar Báltico
Ilhas e arquipélagos
- Alândia (Finlândia, autônomas)
- Boríngia (Dinamarca)
- Gotlândia (Suécia)
- Hailuoto (Finlândia)
- Hiiumaa (Estônia)
- Olândia (Suécia)
- Rúgia (Alemanha)
- Saaremaa (Estônia)
- Arquipélago de Estocolmo (Suécia)
- Usedom ou Uznam (dividida entre Alemanha e Polônia)
- Valassaaret (Finlândia)
- Wolin (Polônia)
Cidades
Estima-se que mais de 85 milhões de pessoas habitem a costa do mar Báltico.[14] As maiores cidades costeiras são:
- São Petersburgo (Rússia) - 4 039 000 habitantes
- Estocolmo (Suécia) - 743 000 (área metropolitana - 1 823 000 habitantes)
- Helsínquia (Finlândia) - 559 000 habitantes (área metropolitana - 980 000 habitantes)
- Trójmiasto (Gdańsk, Gdynia e Sopot) (Polônia) (área metropolitana - 753 000 habitantes)
- Riga (Letônia) - 760 000 habitantes
- Gdańsk (Polônia) - 462 700 habitantes
- Estetino (Polônia) - 413 600 habitantes
- Kaliningrado (Rússia) - 400 000 habitantes
- Tallinn (Estônia) - 387 000 habitantes
- Malmö (Suécia) - 259 000 habitantes
- Gdynia (Polônia) - 255 600 habitantes
- Greifswald (Alemanha) - 60 000 habitantes
- Kiel (Alemanha) - 250 000 habitantes
- Lübeck (Alemanha) - 216 100 habitantes
- Rostock (Alemanha) - 212 700 habitantes
- Klaipėda (Lituânia) - 194 400 habitantes
Notas
- ↑ Ergo iam dextro Suebici maris litore Aestiorum gentes adluuntur, quibus ritus habitusque Sueborum, lingua Britannicae propior.[3]
(À direita do Mar Suevo, residem as nações éstios que usam os mesmos costumes e dos suevos; sua língua lembra a da Bretanha.) - ↑ Balticus, eo quod in modum baltei longo tractu per Scithicas regiones tendatur usque in Greciam
Referências
- ↑ Ernby et al. 2001, p. 789.
- ↑ Magnusson & Sjögren 2004, p. 200.
- ↑ Tácito. «Germania» (em latim). Consultado em 5 de janeiro de 2013
- ↑ «Balteus» (em sueco). Nordisk familjebok. Consultado em 5 de janeiro de 2013
- ↑ «Indo-European etymology» (em inglês). StarLing. Consultado em 5 de janeiro de 2013
- ↑ Forbes 1910, p. 7.
- ↑ Dini 2000.
- ↑ a b DiMento 2012, p. 34.
- ↑ «Die Ostsee»
- ↑ Schätzing 2009, p. 178.
- ↑ Miranda 2002, p. 35-36.
- ↑ GEPEQ 2005, p. 27.
- ↑ Schätzing 2009, p. 257.
- ↑ DiMento 2012, p. 35.
Ver também
- Baía de Bótnia
- Kvarken do Norte
- Mar de Bótnia
- Kvarken do Sul
- Mar de Åland
- Mar do Arquipélago
- Golfo de Bótnia
- Golfo da Finlândia
- Lago Glacial Báltico
Bibliografia
- DiMento, J. F. C; Hickman, Alexis Jaclyn (2012). Environmental Governance of the Great Seas: Law and Effect (em inglês). [S.l.]: Edward Elgar Publishing. 220 páginas. ISBN 9781848443754
- Dini, Pierto Umberto (2000). Baltu valodas (em lituano). Riga: Jānis Roze. ISBN 9984-623-96-3
- Ernby, Birgitta; Gellerstam, Martin; Malmgren, Sven-Göran; Axelsson, Per; Fehrm, Thomas (2001). «Östersjön». Norstedts första svenska ordbok (em sueco). Estocolmo: Norstedts ordbok. 793 páginas. ISBN 91-7227-186-8
- Forbes, Nevill (1910). The Position of the Slavonic Languages at the present day (em inglês). Oxford: Oxford University Press. Consultado em 5 de janeiro de 2013
- GEPEQ (2005). Interações e Transformações: Aluno - Química e a Sobrevivência: Hidrosfera - Fonte de Materiais. 4. São Paulo: EdUSP. 195 páginas. ISBN 9788531407048. Consultado em 15 de janeiro de 2013
- Magnusson, Thomas; Sjögren, Peter A. (2004). «Östersjön». Vad varje svensk bör veta [O que todos os suecos devem saber] (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers Förlag e Publisher Produktion AB. 654 páginas. ISBN 91-0-010680-1
- Miranda, Luiz Bruner (2002). Princípios de Oceanografia Física de Estuários. 42. São Paulo: EdUSP. 411 páginas. ISBN 9788531406751. Consultado em 15 de janeiro de 2013
- Schätzing, Frank (2009). O misterioso mundo dos oceanos. [S.l.]: Leya. 498 páginas. ISBN 9789722038737. Consultado em 15 de janeiro de 2013