Eduard Hanslick: diferenças entre revisões
Sem notas |
|||
Linha 13: | Linha 13: | ||
|ocupação = [[escritor]], crítico musical |
|ocupação = [[escritor]], crítico musical |
||
}} |
}} |
||
'''Eduard Hanslick''' ([[Praga]], [[11 de setembro]] de [[1825]] — [[6 de agosto]] de [[1904]]) foi um escritor sobre assuntos musicais da [[Áustria]], considerado o mais influente crítico musical do [[século XIX]]. |
'''Eduard Hanslick''' ([[Praga]], [[11 de setembro]] de [[1825]] — [[6 de agosto]] de [[1904]]) foi um escritor sobre assuntos musicais da [[Áustria]],<ref>{{citar web |url=https://www.britannica.com/biography/Eduard-Hanslick |título=Eduard Hanslick |website=[[Encyclopædia Britannica]] |acessodata=2020-01-03}}</ref> considerado o mais influente crítico musical do [[século XIX]]. |
||
Em suas memórias, Eduard citou que a [[história da música]] realmente começou com Mozart e culminou em [[Ludwig van Beethoven|Beethoven]], [[Robert Schumann|Schumann]] e [[Johannes Brahms|Brahms]]. Atualmente, ele é mais conhecido por seu apoio à música de Brahms e a rejeição ad música de [[Richard Wagner|Wagner]], um episódio do século XIX conhecido pelo termo "Guerra dos Românticos". Em contrapartira, o crítico [[Richard Pohl]] representava compositores progressitas, que além de Wagner incluia [[Franz Liszt|Liszt]]. |
Em suas memórias, Eduard citou que a [[história da música]] realmente começou com Mozart e culminou em [[Ludwig van Beethoven|Beethoven]], [[Robert Schumann|Schumann]] e [[Johannes Brahms|Brahms]]. Atualmente, ele é mais conhecido por seu apoio à música de Brahms e a rejeição ad música de [[Richard Wagner|Wagner]], um episódio do século XIX conhecido pelo termo "Guerra dos Românticos". Em contrapartira, o crítico [[Richard Pohl]] representava compositores progressitas, que além de Wagner incluia [[Franz Liszt|Liszt]]. |
||
Linha 19: | Linha 19: | ||
Em seu livro “Do belo musical - um contributo para a revisão da estética da arte dos sons”, escrito em 1854, o autor defende que a peça sonora é criada majoritariamente na fantasia (imaginação) do artista e será interpretada também na imaginação do ouvinte. O núcleo da música, o belo musical, está na contemplação pura da forma e não nos sentimentos do compositor ou do ouvinte. Nesse processo, “diante do belo, a fantasia não é apenas um contemplar, mas um contemplar com entendimento.” (HANSLICK, 2002, pág.16). |
Em seu livro “Do belo musical - um contributo para a revisão da estética da arte dos sons”, escrito em 1854, o autor defende que a peça sonora é criada majoritariamente na fantasia (imaginação) do artista e será interpretada também na imaginação do ouvinte. O núcleo da música, o belo musical, está na contemplação pura da forma e não nos sentimentos do compositor ou do ouvinte. Nesse processo, “diante do belo, a fantasia não é apenas um contemplar, mas um contemplar com entendimento.” (HANSLICK, 2002, pág.16). |
||
Se a imaginação é a faculdade genuína de recepção do belo, não só para a música mas para todas as artes, o efeito do belo sobre o sentimento é secundário. Toda obra de arte se relacionará também com o nosso sentir, mas não em uma relação exclusiva. As definições e opiniões que supervalorizam os sentimentos tratam apenas de parte do processo de fruição artística. |
Se a imaginação é a faculdade genuína de recepção do belo, não só para a música mas para todas as artes, o efeito do belo sobre o sentimento é secundário. Toda obra de arte se relacionará também com o nosso sentir, mas não em uma relação exclusiva. As definições e opiniões que supervalorizam os sentimentos tratam apenas de parte do processo de fruição artística. |
||
{{Referências}} |
|||
== Bibliografia == |
== Bibliografia == |
||
HANSLICK, Eduard. Do belo musical. Lisboa: Edições 70, 2002. |
*HANSLICK, Eduard. Do belo musical. Lisboa: Edições 70, 2002. |
||
{{esboço-escritor}} |
{{esboço-escritor}} |
Revisão das 04h09min de 3 de janeiro de 2021
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Janeiro de 2021) |
Eduard Hanslick | |
---|---|
Nascimento | 11 de setembro de 1825 Praga |
Morte | 6 de agosto de 1904 Baden |
Nacionalidade | austríaco |
Ocupação | escritor, crítico musical |
Eduard Hanslick (Praga, 11 de setembro de 1825 — 6 de agosto de 1904) foi um escritor sobre assuntos musicais da Áustria,[1] considerado o mais influente crítico musical do século XIX.
Em suas memórias, Eduard citou que a história da música realmente começou com Mozart e culminou em Beethoven, Schumann e Brahms. Atualmente, ele é mais conhecido por seu apoio à música de Brahms e a rejeição ad música de Wagner, um episódio do século XIX conhecido pelo termo "Guerra dos Românticos". Em contrapartira, o crítico Richard Pohl representava compositores progressitas, que além de Wagner incluia Liszt. Eduard Hanslick defende a necessidade de uma revisão da estética da arte sonora. Faz-se necessário descobrir, através da razão, por que uma obra de arte agrada; isso se faz possível através de uma investigação da obra de arte e não apenas nas sensações do sujeito que a contempla e nos sentimentos nele suscitados. Deve-se investigar o objeto belo, e não o sujeito senciente. Em seu livro “Do belo musical - um contributo para a revisão da estética da arte dos sons”, escrito em 1854, o autor defende que a peça sonora é criada majoritariamente na fantasia (imaginação) do artista e será interpretada também na imaginação do ouvinte. O núcleo da música, o belo musical, está na contemplação pura da forma e não nos sentimentos do compositor ou do ouvinte. Nesse processo, “diante do belo, a fantasia não é apenas um contemplar, mas um contemplar com entendimento.” (HANSLICK, 2002, pág.16). Se a imaginação é a faculdade genuína de recepção do belo, não só para a música mas para todas as artes, o efeito do belo sobre o sentimento é secundário. Toda obra de arte se relacionará também com o nosso sentir, mas não em uma relação exclusiva. As definições e opiniões que supervalorizam os sentimentos tratam apenas de parte do processo de fruição artística.
Referências
- ↑ «Eduard Hanslick». Encyclopædia Britannica. Consultado em 3 de janeiro de 2020
Bibliografia
- HANSLICK, Eduard. Do belo musical. Lisboa: Edições 70, 2002.