Seio pré-auricular: diferenças entre revisões
m v2.04b - Corrigido usando WP:PCW (Link igual ao texto do link) |
Problemas nas referências corrigido. |
||
Linha 1: | Linha 1: | ||
[[File:Preauricular sinus.jpg|200px|right]] |
[[File:Preauricular sinus.jpg|200px|right]] |
||
'''Seio pré-auricular''' ou ''' |
'''Seio pré-auricular''' (ou '''''coloboma auris''''') é o nome que se dá a um pequeno orifício no topo da [[Orelha#Pavilhão_da_orelha|hélice da orelha]] de algumas poucas pessoas, geralmente com 1 a 1,5 mm de profundidade e que termina cega. Foi descrita pela primeira vez por Heusingerl e Virchow, no ano de 1864.<ref>{{Citar web |ultimo=Meldau |primeiro=Débora Carvalho |url=https://www.infoescola.com/doencas/coloboma-auris/ |titulo=Coloboma Auris - fístula na orelha |data=2019 |acessodata=2021-03-24 |publicado=InfoEscola |lingua=pt-BR}}</ref> |
||
Assim como as [[Covinha|covinhas]], é considerada uma [[malformação congénita]], e alguns cientistas acreditam que esse é um resíduo evolutivo, remanescente em evolução de |
Assim como as [[Covinha|covinhas]], é considerada uma [[malformação congénita]], e alguns cientistas acreditam que esse é um [[Estrutura vestigial|resíduo evolutivo]], remanescente em evolução de [[Brânquia|brânquias de peixes]]<ref>{{Citar web |ultimo=Veja |primeiro=Redação |url=https://veja.abril.com.br/saude/por-que-algumas-pessoas-tem-um-furinho-na-orelha/ |titulo=Por que algumas pessoas têm um ‘furinho’ na orelha? |data=2016 |acessodata=2021-03-24 |publicado=Veja Saúde |lingua=pt-BR}}</ref>. Apenas 0,1% da população dos [[Estados Unidos|EUA]] tem esse orifício, no [[Reino Unido]] a estatística é de 0,9% na [[África]] e [[Ásia]] varia de 4 a 10% das pessoas e na [[Coreia do Sul]], esse número ultrapassa 5%<ref>{{Citar periódico |url=https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S016558760500337X |titulo=The preauricular sinus: A review of its aetiology, clinical presentation and management |data=2005-11 |acessodata=2021-03-24 |jornal=International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology |número=11 |ultimo=Tan |primeiro=T. |ultimo2=Constantinides |primeiro2=H. |paginas=1469–1474 |lingua=en |doi=10.1016/j.ijporl.2005.07.008 |ultimo3=Mitchell |primeiro3=T.E.}}</ref>. A ocorrência é maior em mulheres. |
||
clinical presentation and management |url=http://www.metroatlantaotolaryngology.org/journal/feb06/PreauricularSinusReview.pdf |format=pdf |site={{lang|en|International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology}} |date=12 juillet 2005 |consulté le=20 juin 2018}}.</ref>. A ocorrência é maior em mulheres. |
|||
== Desenvolvimento == |
== Desenvolvimento == |
||
Se desenvolvem durante a sexta semana de gestação (quando o primeiro e o segundo arcos branquiais se formam) que ocorre espontaneamente ou como herança autossômica dominante. Pesquisadores chineses associaram a variante hereditária ao |
Se desenvolvem durante a sexta semana de gestação (quando o primeiro e o segundo [[Arco branquial|arcos branquiais]] se formam) que ocorre espontaneamente ou como herança autossômica dominante. Pesquisadores chineses associaram a variante hereditária ao lócus gênico 8q11.1 - q13.3<ref>F. Zou, Y. Peng, X. Wang, A. Sun, W. Liu, S. Bai, H. Zhu, B. Gao, G. Feng, L. He: ''A locus for congenital preauricular fistula maps to chromosome 8q11.1-q13.3.'' In: ''Journal of human genetics.'' Band 48, Nummer 3, 2003, S. 155–158, {{DOI|10.1007/s100380300024}}, PMID 12624728.</ref>. Na maioria das vezes, o seio pré-auricular aparece [[Lateralidade|unilateralmente]], estando presente [[Simetria bilateral|bilateralmente]] em 25–50% dos casos. A orelha direita é afetada com mais frequência, quando ocorre [[Lateralidade|unilateralmente]]. |
||
== Complicações == |
== Complicações == |
||
Ocasionalmente, um seio pré-auricular pode ser infectado<ref name="Andrews">{{cite book |
Ocasionalmente, um seio pré-auricular pode ser infectado<ref name="Andrews">{{cite book|title=Andrews' Diseases of the Skin: Clinical Dermatology|last1=James|first1=William D.|last2=Berger|first2=Timothy G.|publisher=Saunders Elsevier|isbn=978-0-7216-2921-6|display-authors=etal|year=2006}}</ref>. A maioria dos seios pré-auriculares é assintomático, a menos que infeccione com muita frequência<ref>{{cite book|url=https://books.google.com/books?id=s8XdO4wM1QQC|title=Visual Handbook of Pediatrics and Child Health|last1=Ludwig|first1=Stephen|last2=Strobel|first2=Stephan|last3=Marks|first3=Stephen D.|last4=Smith|first4=Pete K.|last5=El Habbal|first5=Magdi H.|last6=Spitz|date=2008|publisher=Lippincott Williams & Wilkins|isbn=978-0-7817-9505-0|first6=Lewis|page=517}}</ref>. Os seios pré-auriculares podem ser excisados cirurgicamente, mas frequentemente apresentam alto risco de recorrência<ref>{{cite journal |title=Surgical treatment of recurring preauricular sinus: supra-auricular approach |date=2008 |jornal= |pages=302–5 |pmc=2689545 |pmid=19205595 |vauthors=Leopardi G, Chiarella G, Conti S, Cassandro E |volume=28 |journal=Acta Otorhinolaryngologica Italica |issue=6}}</ref>. |
||
{{referências}} |
{{referências}} |
Revisão das 17h15min de 24 de março de 2021
Seio pré-auricular (ou coloboma auris) é o nome que se dá a um pequeno orifício no topo da hélice da orelha de algumas poucas pessoas, geralmente com 1 a 1,5 mm de profundidade e que termina cega. Foi descrita pela primeira vez por Heusingerl e Virchow, no ano de 1864.[1]
Assim como as covinhas, é considerada uma malformação congénita, e alguns cientistas acreditam que esse é um resíduo evolutivo, remanescente em evolução de brânquias de peixes[2]. Apenas 0,1% da população dos EUA tem esse orifício, no Reino Unido a estatística é de 0,9% na África e Ásia varia de 4 a 10% das pessoas e na Coreia do Sul, esse número ultrapassa 5%[3]. A ocorrência é maior em mulheres.
Desenvolvimento
Se desenvolvem durante a sexta semana de gestação (quando o primeiro e o segundo arcos branquiais se formam) que ocorre espontaneamente ou como herança autossômica dominante. Pesquisadores chineses associaram a variante hereditária ao lócus gênico 8q11.1 - q13.3[4]. Na maioria das vezes, o seio pré-auricular aparece unilateralmente, estando presente bilateralmente em 25–50% dos casos. A orelha direita é afetada com mais frequência, quando ocorre unilateralmente.
Complicações
Ocasionalmente, um seio pré-auricular pode ser infectado[5]. A maioria dos seios pré-auriculares é assintomático, a menos que infeccione com muita frequência[6]. Os seios pré-auriculares podem ser excisados cirurgicamente, mas frequentemente apresentam alto risco de recorrência[7].
Referências
- ↑ Meldau, Débora Carvalho (2019). «Coloboma Auris - fístula na orelha». InfoEscola. Consultado em 24 de março de 2021
- ↑ Veja, Redação (2016). «Por que algumas pessoas têm um 'furinho' na orelha?». Veja Saúde. Consultado em 24 de março de 2021
- ↑ Tan, T.; Constantinides, H.; Mitchell, T.E. (novembro de 2005). «The preauricular sinus: A review of its aetiology, clinical presentation and management». International Journal of Pediatric Otorhinolaryngology (em inglês) (11): 1469–1474. doi:10.1016/j.ijporl.2005.07.008. Consultado em 24 de março de 2021
- ↑ F. Zou, Y. Peng, X. Wang, A. Sun, W. Liu, S. Bai, H. Zhu, B. Gao, G. Feng, L. He: A locus for congenital preauricular fistula maps to chromosome 8q11.1-q13.3. In: Journal of human genetics. Band 48, Nummer 3, 2003, S. 155–158, doi:10.1007/s100380300024, PMID 12624728.
- ↑ James, William D.; Berger, Timothy G.; et al. (2006). Andrews' Diseases of the Skin: Clinical Dermatology. [S.l.]: Saunders Elsevier. ISBN 978-0-7216-2921-6
- ↑ Ludwig, Stephen; Strobel, Stephan; Marks, Stephen D.; Smith, Pete K.; El Habbal, Magdi H.; Spitz, Lewis (2008). Visual Handbook of Pediatrics and Child Health. [S.l.]: Lippincott Williams & Wilkins. p. 517. ISBN 978-0-7817-9505-0
- ↑ Leopardi G, Chiarella G, Conti S, Cassandro E (2008). «Surgical treatment of recurring preauricular sinus: supra-auricular approach». Acta Otorhinolaryngologica Italica. 28 (6): 302–5. PMC 2689545. PMID 19205595