Cinderela Baiana: diferenças entre revisões
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''Cinderela Baiana'' foi dirigido por Conrado Sanches e produzido por Antonio Polo Galante. Segundo o diretor, "O enredo tem a ver com a vida da dançarina, mas, no fundo, é uma ficção. No filme, Carla tem uma infância um pouco mais triste e mais pobre do que na realidade". O filme começou a ser gravado em 15 de junho de 1998 nas cidades baianas de [[Salvador (Bahia)|Salvador]] e [[Milagres (Bahia)|Milagres]]. No dia 18, as gravações no bairro dos Alagados tiveram de ser interrompidas devido ao assédio dos fãs, que estavam pedindo por autógrafos de Perez e acabaram destruindo uma ponte de acesso às palafitas. Segundo o ''Folha de S.Paulo'', o custo de produção foi de aproximadamente 2,9 milhões de dólares.<ref name="Cinderela">{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq20069809.htm|titulo=Carla Perez roda "Cinderela Baiana"|autor=Christiane González|publicado=Folha de S.Paulo|data=20 de junho de 1998|acessodata=18 de setembro de 2016|língua=}}</ref> |
''Cinderela Baiana'' foi dirigido por Conrado Sanches e produzido por Antonio Polo Galante. Segundo o diretor, "O enredo tem a ver com a vida da dançarina, mas, no fundo, é uma ficção. No filme, Carla tem uma infância um pouco mais triste e mais pobre do que na realidade". O filme começou a ser gravado em 15 de junho de 1998 nas cidades baianas de [[Salvador (Bahia)|Salvador]] e [[Milagres (Bahia)|Milagres]]. No dia 18, as gravações no bairro dos Alagados tiveram de ser interrompidas devido ao assédio dos fãs, que estavam pedindo por autógrafos de Perez e acabaram destruindo uma ponte de acesso às palafitas. Segundo o ''Folha de S.Paulo'', o custo de produção foi de aproximadamente 2,9 milhões de dólares.<ref name="Cinderela">{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq20069809.htm|titulo=Carla Perez roda "Cinderela Baiana"|autor=Christiane González|publicado=Folha de S.Paulo|data=20 de junho de 1998|acessodata=18 de setembro de 2016|língua=}}</ref> Após três meses em produção,<ref name=renatolemos>{{citar jornal |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=030015_11&pesq=%22cinderela%20bahiana%22&pasta=ano%20199&pagfis=245467 |título=Tudo errado, até o português do título |jornal=[[Jornal do Brasil]] |data=8 de setembro de 1998 |acessodata=2021-04-27}}</ref> o filme foi lançado em 4 de setembro pela Art Filmes.<ref name=pioneiro>{{citar jornal |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=885959&pesq=%22cinderela%20baiana%22&pagfis=263185 |título=Carla Perez no cinema |jornal=O Pioneiro |data=4 de setembro de 1998 |acessodata=2021-04-27}}</ref> Menos de três meses após seu lançamento nos cinemas, em novembro, foi lançado em [[VHS]].<ref name=vhs>{{citar jornal |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=030015_11&Pesq=%22cinderela%20baiana%22&pagfis=251083 |título=O 'tchan' em vídeo |jornal=[[Jornal do Brasil]] |data=16 de novembro de 1998 |acessodata=2021-04-27}}</ref> |
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A recepção na época do lançamento de ''Cinderela Baiana'' foi negativa. Joana Rodrigues, para o jornal ''O Pioneiro'' no dia do lançamento do filme, disse: "Considerar ''Cinderela Baiana'' um filme é pedir demais. [...] Incompetência é palavra de ordem de ''Cinderela Baiana''".<ref name=pioneiro /> Em uma matéria do ''[[Jornal do Brasil]]'' sobre o lançamento em VHS, menos de três meses após o lançamento nos cinemas, foi dito: "[o filme] foi um retumbante fracasso, não só de crítica como de público".<ref name=vhs /> No início de 1999, o ''[[Tribuna da Imprensa]]'' declarou: "O filme foi considerado tão ruim que nem Carla Perez topou promovê-lo"; notou ainda que foi um "fracasso de bilheteria" e ficou em cartaz em apenas um cinema em Salvador.<ref>{{citar jornal |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=154083_05&pesq=%22cinderela%20baiana%22&pagfis=52581 |título=Esforço recompensado |jornal=[[Tribuna da Imprensa]] |data=12 de fevereiro de 1999 |acessodata=2021-04-27}}</ref> A cantora [[Daniela Mercury]] recomendou o filme, "por valorizar o cenário da minha terra".<ref>{{citar jornal |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=154083_05&pesq=%22cinderela%20bahiana%22&pasta=ano%20199&pagfis=53154 |título=Eles recomendam |jornal=[[Tribuna da Imprensa]] |data=21 de março de 1999 |acessodata=2021-04-27}}</ref> |
A recepção na época do lançamento de ''Cinderela Baiana'' foi negativa. Joana Rodrigues, para o jornal ''O Pioneiro'' no dia do lançamento do filme, disse: "Considerar ''Cinderela Baiana'' um filme é pedir demais. [...] Incompetência é palavra de ordem de ''Cinderela Baiana''".<ref name=pioneiro /> Em uma matéria do ''[[Jornal do Brasil]]'' sobre o lançamento em VHS, menos de três meses após o lançamento nos cinemas, foi dito: "[o filme] foi um retumbante fracasso, não só de crítica como de público".<ref name=vhs /> No início de 1999, o ''[[Tribuna da Imprensa]]'' declarou: "O filme foi considerado tão ruim que nem Carla Perez topou promovê-lo"; notou ainda que foi um "fracasso de bilheteria" e ficou em cartaz em apenas um cinema em Salvador.<ref>{{citar jornal |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=154083_05&pesq=%22cinderela%20baiana%22&pagfis=52581 |título=Esforço recompensado |jornal=[[Tribuna da Imprensa]] |data=12 de fevereiro de 1999 |acessodata=2021-04-27}}</ref> Renato Lemos, ao ''Jornal do Brasil'', disse: "é a pior coisa produzida no cinema nacional desde que [[Gretchen]] fez ''[[Aluga-Se Moças]]''".<ref name=renatolemos /> A cantora [[Daniela Mercury]] recomendou o filme, "por valorizar o cenário da minha terra".<ref>{{citar jornal |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=154083_05&pesq=%22cinderela%20bahiana%22&pasta=ano%20199&pagfis=53154 |título=Eles recomendam |jornal=[[Tribuna da Imprensa]] |data=21 de março de 1999 |acessodata=2021-04-27}}</ref> |
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Retrospectivamente, é considerado um dos piores filmes brasileiros.<ref name=super /> O filme recebeu nota de 2,2 de 10 no [[IMDb|Internet Movie Database]] e de 2 de 5 no [[Filmow]], com base em 1.146 votos (dados de março de 2018). Perez anunciou numa entrevista de 2008 que renegara o filme, dizendo que "se arrependia dele como atriz",<ref>{{citar web|url=http://www.meionorte.com/noticias,--Eu-era-uma-crianca-sem-maldade----diz-dancarina-Carla-Perez-sobre-E-o-Tchan,47976.html|título=Eu era uma criança sem maldade, diz dançarina Carla Perez sobre É o Tchan!|obra=Meio Norte|data=14 de maio de 2008|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080516051117/http://www.meionorte.com/noticias,--Eu-era-uma-crianca-sem-maldade----diz-dancarina-Carla-Perez-sobre-E-o-Tchan,47976.html|arquivodata=2008-05-16|acessodata=2008-08-18|urlmorta=yes}}</ref> e a seu pedido foi retirado de circulação alguns anos depois de lançado; assim sendo, cópias físicas originais do filme são difíceis de se obter<ref>{{citar jornal|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u11440.shtml|título=Cinema dos anos 90 deixa legado de dúvidas|último =Klein|primeiro =Cristian|data=12-03-2001|publicado=''[[Folha de S.Paulo]]''|acessodata=01-04-2016}}</ref> e nunca foi lançado em DVD. Entrementes, conseguiu sobreviver por intermédio de ''sites'' de [[compartilhamento de arquivos]], e foi postado na íntegra no [[YouTube]]. O filme acabou por adquirir um ''status'' de [[Cult|clássico ''cult'']] entre apreciadores de [[Filme trash|filmes ''trash'']],<ref>{{Citar web |ultimo=AdoroCinema |url=http://www.adorocinema.com/noticias/filmes/noticia-137152/?page=2 |titulo=10 filmes tão ruins, mas tão ruins que viraram clássicos cults: O Fundo do Poço |acessodata=2020-10-05 |website=AdoroCinema |lingua=pt-BR}}</ref> com trechos dele sendo frequentemente usados como fonte para [[YouTube Poop]]s. De acordo com o pesquisador Arthur Autran, pouco mais de 50 mil cópias em VHS do filme foram vendidas.<ref>[http://www.contracampo.com.br/27/cinderela.htm Duas ou três coisas sobre ''Cinderela Baiana''] </ref> |
Retrospectivamente, é considerado um dos piores filmes brasileiros.<ref name=super /> O filme recebeu nota de 2,2 de 10 no [[IMDb|Internet Movie Database]] e de 2 de 5 no [[Filmow]], com base em 1.146 votos (dados de março de 2018). Perez anunciou numa entrevista de 2008 que renegara o filme, dizendo que "se arrependia dele como atriz",<ref>{{citar web|url=http://www.meionorte.com/noticias,--Eu-era-uma-crianca-sem-maldade----diz-dancarina-Carla-Perez-sobre-E-o-Tchan,47976.html|título=Eu era uma criança sem maldade, diz dançarina Carla Perez sobre É o Tchan!|obra=Meio Norte|data=14 de maio de 2008|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080516051117/http://www.meionorte.com/noticias,--Eu-era-uma-crianca-sem-maldade----diz-dancarina-Carla-Perez-sobre-E-o-Tchan,47976.html|arquivodata=2008-05-16|acessodata=2008-08-18|urlmorta=yes}}</ref> e a seu pedido foi retirado de circulação alguns anos depois de lançado; assim sendo, cópias físicas originais do filme são difíceis de se obter<ref>{{citar jornal|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u11440.shtml|título=Cinema dos anos 90 deixa legado de dúvidas|último =Klein|primeiro =Cristian|data=12-03-2001|publicado=''[[Folha de S.Paulo]]''|acessodata=01-04-2016}}</ref> e nunca foi lançado em DVD. Entrementes, conseguiu sobreviver por intermédio de ''sites'' de [[compartilhamento de arquivos]], e foi postado na íntegra no [[YouTube]]. O filme acabou por adquirir um ''status'' de [[Cult|clássico ''cult'']] entre apreciadores de [[Filme trash|filmes ''trash'']],<ref>{{Citar web |ultimo=AdoroCinema |url=http://www.adorocinema.com/noticias/filmes/noticia-137152/?page=2 |titulo=10 filmes tão ruins, mas tão ruins que viraram clássicos cults: O Fundo do Poço |acessodata=2020-10-05 |website=AdoroCinema |lingua=pt-BR}}</ref> com trechos dele sendo frequentemente usados como fonte para [[YouTube Poop]]s. De acordo com o pesquisador Arthur Autran, pouco mais de 50 mil cópias em VHS do filme foram vendidas.<ref>[http://www.contracampo.com.br/27/cinderela.htm Duas ou três coisas sobre ''Cinderela Baiana''] </ref> |
Revisão das 00h22min de 28 de abril de 2021
Cinderela Baiana | |
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Capa de um VHS do filme | |
Brasil 1998 • cor • 85 min | |
Gênero | comédia romântica |
Direção | Conrado Sanchez |
Produção | A. P. Galante |
Roteiro | Conrado Sanchez |
Elenco | Carla Perez Alexandre Pires Perry Salles Lázaro Ramos Lucci Ferreira |
Cinematografia | Conrado Sanchez |
Edição | Éder Mazini |
Companhia(s) produtora(s) | Itanhandu Produções Cinema e Vídeo Ltda. Galateia Produções Ltda. |
Distribuição | Art Filmes (cinemas)[1] PlayArte Home Video (VHS) |
Lançamento | 4 de setembro de 1998 |
Idioma | português |
Cinderela Baiana[a] é um filme biográfico semificcional de comédia romântica brasileiro de 1998. Dirigido por Conrado Sanchez (que também escreveu o roteiro, apesar de seu nome não ser listado nos créditos por isso) e produzido por A. P. Galante (em um de seus últimos trabalhos antes de sua aposentadoria no mesmo ano), é uma cinebiografia excessivamente ficcionalizada da dançarina Carla Perez, ex-integrante do grupo de pagode baiano É o Tchan!. O filme é notável por ser o primeiro trabalho de Perez, de atores como Lázaro Ramos e Lucci Ferreira, bem como do músico Alexandre Pires, vocalista do grupo de samba Só pra Contrariar e namorado de Carla Perez à época. O filme também conta com aparições especiais dos cantores Netinho e Cátia Guimma interpretando a si mesmos.
Lançado em 4 de setembro de 1998, Cinderela Baiana foi um retumbante fracasso de bilheteria e de crítica, e até os dias atuais é considerado um dos piores filmes já feitos pela indústria cinematográfica brasileira.[3][4]
Enredo
Carla (Carla Perez) vive com os pais, Raimundo (Armindo Bião) e Maria (Juliana Calil), em uma pobre cabana no sertão da Bahia. Após a morte de sua mãe por tuberculose, ela e seu pai se mudam para Salvador, onde almejam uma vida melhor. Dançarina talentosa sem nunca ter estudado, Carla logo é avistada por Pierre (Perry Salles) e seu assistente Beto (Val Perré) e é alçada ao estrelato, mas a jovem logo descobre que o empresário é um homem inescrupuloso, interessado somente em explorá-la ao máximo em troca de dinheiro, o qual nunca é repassado para ela. Ajudada por seus dois amigos, Bucha (Lucci Ferreira) e Chico (Lázaro Ramos), e por seu namorado, Alexandre (Alexandre Pires), ela ganha forças para lutar contra Pierre e ganhar a vida com a dança por conta própria, não dependendo mais de ninguém.
Elenco
Ator/Atriz | Personagem |
---|---|
Carla Perez | Carla Gomes |
Alexandre Pires | Alexandre |
Perry Salles | Pierre |
Lázaro Ramos | Chico |
Lucci Ferreira | Bucha |
Val Perré | Beto |
Armindo Bião | Raimundo Gomes |
Juliana Calil | Maria Gomes |
Carla Fabianny | Carla (criança) |
Produção e lançamento
Cinderela Baiana foi dirigido por Conrado Sanches e produzido por Antonio Polo Galante. Segundo o diretor, "O enredo tem a ver com a vida da dançarina, mas, no fundo, é uma ficção. No filme, Carla tem uma infância um pouco mais triste e mais pobre do que na realidade". O filme começou a ser gravado em 15 de junho de 1998 nas cidades baianas de Salvador e Milagres. No dia 18, as gravações no bairro dos Alagados tiveram de ser interrompidas devido ao assédio dos fãs, que estavam pedindo por autógrafos de Perez e acabaram destruindo uma ponte de acesso às palafitas. Segundo o Folha de S.Paulo, o custo de produção foi de aproximadamente 2,9 milhões de dólares.[5] Após três meses em produção,[6] o filme foi lançado em 4 de setembro pela Art Filmes.[7] Menos de três meses após seu lançamento nos cinemas, em novembro, foi lançado em VHS.[8]
Recepção
Foi de surpresa e nem vi o resultado, mas dizem que foi ruim.
Alexandre Pires ao O Pioneiro sobre sua participação no filme[9]
A recepção na época do lançamento de Cinderela Baiana foi negativa. Joana Rodrigues, para o jornal O Pioneiro no dia do lançamento do filme, disse: "Considerar Cinderela Baiana um filme é pedir demais. [...] Incompetência é palavra de ordem de Cinderela Baiana".[7] Em uma matéria do Jornal do Brasil sobre o lançamento em VHS, menos de três meses após o lançamento nos cinemas, foi dito: "[o filme] foi um retumbante fracasso, não só de crítica como de público".[8] No início de 1999, o Tribuna da Imprensa declarou: "O filme foi considerado tão ruim que nem Carla Perez topou promovê-lo"; notou ainda que foi um "fracasso de bilheteria" e ficou em cartaz em apenas um cinema em Salvador.[10] Renato Lemos, ao Jornal do Brasil, disse: "é a pior coisa produzida no cinema nacional desde que Gretchen fez Aluga-Se Moças".[6] A cantora Daniela Mercury recomendou o filme, "por valorizar o cenário da minha terra".[11]
Retrospectivamente, é considerado um dos piores filmes brasileiros.[3] O filme recebeu nota de 2,2 de 10 no Internet Movie Database e de 2 de 5 no Filmow, com base em 1.146 votos (dados de março de 2018). Perez anunciou numa entrevista de 2008 que renegara o filme, dizendo que "se arrependia dele como atriz",[12] e a seu pedido foi retirado de circulação alguns anos depois de lançado; assim sendo, cópias físicas originais do filme são difíceis de se obter[13] e nunca foi lançado em DVD. Entrementes, conseguiu sobreviver por intermédio de sites de compartilhamento de arquivos, e foi postado na íntegra no YouTube. O filme acabou por adquirir um status de clássico cult entre apreciadores de filmes trash,[14] com trechos dele sendo frequentemente usados como fonte para YouTube Poops. De acordo com o pesquisador Arthur Autran, pouco mais de 50 mil cópias em VHS do filme foram vendidas.[15]
Em 15 de março de 2010, a revista Veja fez uma lista dos 10 piores filmes brasileiros de todos os tempos, e Cinderela Baiana apareceu em primeiro lugar. A autora da lista, Pollyane Lima e Silva, afirmou que "tudo já começou errado quando alguém pensou que uma dançarina de axé, por melhor que fosse, mereceria uma cinebiografia". Também se referiu ao filme como sendo uma "vergonha".[16]
O escritor, blogueiro e crítico de cinema Renzo Mora discorreu sobre Cinderela Baiana em seu livro de 2009 25 Filmes que Podem Arruinar a Sua Vida!.[17]
Em dezembro de 2015, "fãs" do filme iniciaram uma petição virtual humorística para que ele fosse incluído no catálogo do Netflix.[18] A petição não teve sucesso.
Apesar da recepção negativa do longa, o ator Lázaro Ramos afirmou, em uma entrevista de 2015, que "não se arrepende de ter participado dele" e que sua participação no filme permitiu que deixasse seu emprego como técnico de laboratório de patologia e conseguisse pagar aulas de teatro.[19]
Em 2016, Cinderela Baiana foi incluído na lista dos "20 piores filmes de todos os tempos" do Estadão, na 12ª posição,[20] e em 2018 apareceu em primeiro lugar na lista dos "três melhores piores filmes do cinema nacional" da Superinteressante, junto a O Guerreiro Didi e a Ninja Lili e Inspetor Faustão e o Mallandro.[21]
Notas
Referências
- ↑ «Carla Perez estrela 'Cinderela bahiana'». Tribuna da Imprensa. 4 de setembro de 1998. Consultado em 27 de abril de 2021
- ↑ Cinderela Baiana (1998)
- ↑ a b «Os 3 melhores piores filmes do cinema nacional | Turma do Fundão». Super. Consultado em 20 de abril de 2021
- ↑ «Os 21 piores filmes brasileiros de todos os tempos». Revista Bula. 25 de maio de 2014. Consultado em 20 de abril de 2021
- ↑ Christiane González (20 de junho de 1998). «Carla Perez roda "Cinderela Baiana"». Folha de S.Paulo. Consultado em 18 de setembro de 2016
- ↑ a b «Tudo errado, até o português do título». Jornal do Brasil. 8 de setembro de 1998. Consultado em 27 de abril de 2021
- ↑ a b «Carla Perez no cinema». O Pioneiro. 4 de setembro de 1998. Consultado em 27 de abril de 2021
- ↑ a b «O 'tchan' em vídeo». Jornal do Brasil. 16 de novembro de 1998. Consultado em 27 de abril de 2021
- ↑ «Pagodeiros sacodem Caxias». O Pioneiro. 29 de novembro de 1998. Consultado em 27 de abril de 2021
- ↑ «Esforço recompensado». Tribuna da Imprensa. 12 de fevereiro de 1999. Consultado em 27 de abril de 2021
- ↑ «Eles recomendam». Tribuna da Imprensa. 21 de março de 1999. Consultado em 27 de abril de 2021
- ↑ «Eu era uma criança sem maldade, diz dançarina Carla Perez sobre É o Tchan!». Meio Norte. 14 de maio de 2008. Consultado em 18 de agosto de 2008. Arquivado do original em 16 de maio de 2008
- ↑ Klein, Cristian (12 de março de 2001). «Cinema dos anos 90 deixa legado de dúvidas». Folha de S.Paulo. Consultado em 1 de abril de 2016
- ↑ AdoroCinema. «10 filmes tão ruins, mas tão ruins que viraram clássicos cults: O Fundo do Poço». AdoroCinema. Consultado em 5 de outubro de 2020
- ↑ Duas ou três coisas sobre Cinderela Baiana
- ↑ Lima e Silva, Pollyane (15 de março de 2010). «Os 10 piores filmes da história do cinema brasileiro». Veja. Consultado em 4 de janeiro de 2016
- ↑ Meneghini, Carla (9 de setembro de 2009). «Livro brasileiro lista os 25 piores filmes de todos os tempos». G1. Consultado em 17 de agosto de 2020
- ↑ Fochetto, Caio (27 de dezembro de 2015). «Brasileiros querem Cinderela Baiana no Netflix». BOXPOP. Consultado em 10 de janeiro de 2016
- ↑ «Lázaro Ramos relembra filme com Carla Perez: "Não me arrependo"». iBahia. 22 de maio de 2015. Consultado em 6 de junho de 2016
- ↑ [1] Os 20 piores filmes de todos os tempos
- ↑ «Os 3 melhores piores filmes do cinema nacional». Superinteressante. 4 de julho de 2018. Consultado em 17 de agosto de 2020
- Filmes do Brasil de 1998
- Filmes biográficos do Brasil
- Filmes de comédia romântica do Brasil
- Cinebiografias de animadores
- Cinebiografias de músicos
- Filmes em língua portuguesa
- Filmes gravados em Salvador
- Filmes biográficos da década de 1990
- Filmes de comédia romântica da década de 1990
- Filmes ambientados na Bahia
- Fenômenos da Internet
- Filmes distribuídos pela PlayArte