Explosão no Osasco Plaza Shopping: diferenças entre revisões

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O Osasco Plaza Shopping foi inaugurado no dia 19 de abril de 1995 com investimentos de vinte a trinta milhões de dólares.<ref name=":38" />
O Osasco Plaza Shopping foi inaugurado no dia 19 de abril de 1995 com investimentos de vinte a trinta milhões de dólares.<ref name=":38" />


== Explosão ==
== Explosão e reações ==
Às 12h15min do dia [[11 de junho]] de [[1996]], véspera do [[Dia dos Namorados]], ocorreu uma explosão na [[praça de alimentação]] Osasco Plaza Shopping, inicialmente de causa desconhecida.<ref name=":38">{{harvnb|Arquivo Estadão|2011}}, [https://brasil.estadao.com.br/blogs/arquivo/wp-content/uploads/sites/75/2011/06/Jt1996.06.12_2.jpg "Explosão em shopping mata pelo menos 38 em Osasco"]</ref> O chão da praça se rompeu, jogando o piso para o alto e derrubando o teto do local.<ref name="texto" /><ref name="cbn" /> No momento da explosão, haviam mais de duas mil pessoas no shopping.<ref name=":38" />
Às 12h15min do dia [[11 de junho]] de [[1996]], véspera do [[Dia dos Namorados]], ocorreu uma explosão na [[praça de alimentação]] Osasco Plaza Shopping, inicialmente de causa desconhecida.<ref name=":38">{{harvnb|Arquivo Estadão|2011}}, [https://brasil.estadao.com.br/blogs/arquivo/wp-content/uploads/sites/75/2011/06/Jt1996.06.12_2.jpg "Explosão em shopping mata pelo menos 38 em Osasco"]</ref> O chão da praça se rompeu, jogando o piso para o alto e derrubando o teto do local.<ref name="texto" /><ref name="cbn" /> No momento da explosão, haviam mais de duas mil pessoas no shopping.<ref name=":38" />


Durante o dia, chegavam várias ambulâncias para socorrer as pessoas. A partir da 19h, "apenas carro funerários".<ref name=":38" /> Vanessa di Sevo, então repórter da CBN e que acompanhou os desdobramentos do acidente, disse que o hospital da cidade carecia de estrutura para receber os feridos; "lembro que não tinha esparadrapo e gase {{sic}} no hospital para onde as vítimas foram levadas inicialmente, tanto que o Corpo de Bombeiros pediu doações."<ref name="cbn" /> Os bombeiros usavam cães farejadores para tentar localizar pessoas presas nos escombros. Às 18h30min, o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Jair de Lima, disse que seria um "milagre" encontrar novos sobreviventes no local. O então prefeito [[Celso Giglio]] declarou luto oficial de três dias, e o então presidente [[Fernando Henrique Cardoso]] lamentou o caso.<ref name=":38" />
Durante o dia, chegavam várias ambulâncias para socorrer as pessoas. A partir da 19h, "apenas carro funerários".<ref name=":38" /> Vanessa di Sevo, então repórter da CBN e que acompanhou os desdobramentos do acidente, disse que o hospital da cidade carecia de estrutura para receber os feridos; "lembro que não tinha esparadrapo e gase {{sic}} no hospital para onde as vítimas foram levadas inicialmente, tanto que o Corpo de Bombeiros pediu doações."<ref name="cbn" /> Os bombeiros usavam cães farejadores para tentar localizar pessoas presas nos escombros. Às 18h30min, o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Jair de Lima, disse que seria um "milagre" encontrar novos sobreviventes no local. O então prefeito [[Celso Giglio]] declarou luto oficial de três dias, e o então presidente [[Fernando Henrique Cardoso]] lamentou o caso.<ref name=":38" />

No dia seguinte, Celso disse que estava preparando o Ginásio Municipal José Liberati para receber os corpos que seriam velados.<ref name="brigada">{{harvnb|Arquivo Estadão|2011}}, [https://brasil.estadao.com.br/blogs/arquivo/wp-content/uploads/sites/75/2011/06/Jt1996.06.12_4.jpg {{"'}}Brigada' de civis salvou as primeiras vidas"]</ref> Seiscentas pessoas doaram sangue para ajudar as vítimas.<ref name="brigada" />

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== Investigação ==
== Investigação ==
No início, já havia uma suspeita de que a explosão teria sido causada por um [[vazamento de gás]], pois a explosão levantou o piso, e lojistas disseram que sentiam cheiro de gás no shopping há algum tempo.<ref name=":38" /> Mais tarde, foi comprovado que a explosão foi causada por um vazamento de gás que passava na tubulação abaixo do piso da [[praça de alimentação]], que teve contato com alguma faísca.<ref name="texto" /> O bombeiro De Nicolo, da perícia, disse que o shopping foi construído num terreno pantanoso, e a construtora fez uma laje de concreto, um porão de concreto e por cima dele outra laje, para assentar o prédio; o gás estava concentrado ali.<ref name="bebê">{{harvnb|Arquivo Estadão|2011}}, [https://brasil.estadao.com.br/blogs/arquivo/wp-content/uploads/sites/75/2011/06/Jt1996.06.12_3.jpg "Bebê de três meses é vítima anônima da tragédia"]</ref>
No início, já havia uma suspeita de que a explosão teria sido causada por um [[vazamento de gás]], pois a explosão levantou o piso, e lojistas disseram que sentiam cheiro de gás no shopping há algum tempo. Isso foi inicialmente negado pelo shopping.<ref name=":38" /> O superintendente David da Rocha disse que a explosão não havia sido causada por explosão de botijão, pois o piso levantou, e também descartou que a causa foi um vazamento de gás.<ref name="super" /> Mais tarde, foi comprovado que a explosão foi causada por um vazamento de gás que passava na tubulação abaixo do piso da [[praça de alimentação]], que teve contato com alguma faísca.<ref name="texto" /> O bombeiro De Nicolo, da perícia, disse que o shopping foi construído num terreno pantanoso, e a construtora fez uma laje de concreto, um porão de concreto e por cima dele outra laje, para assentar o prédio; o gás estava concentrado ali.<ref name="bebê">{{harvnb|Arquivo Estadão|2011}}, [https://brasil.estadao.com.br/blogs/arquivo/wp-content/uploads/sites/75/2011/06/Jt1996.06.12_3.jpg "Bebê de três meses é vítima anônima da tragédia"]</ref>

Os prejuízos causados com obras civis e instalação das lojas foram calculados em aproximadamente 2,5 milhões de reais.<ref name="super" />


A explosão matou 42 pessoas e feriu 372.<ref name="texto" /> A Justiça de São Paulo condenou cinco pessoas pela explosão, em 1999.{{efn|Existem algumas inconsistências sobre quais pessoas foram condenadas.
A explosão matou 42 pessoas e feriu 372.<ref name="texto" /> A Justiça de São Paulo condenou cinco pessoas pela explosão, em 1999.{{efn|Existem algumas inconsistências sobre quais pessoas foram condenadas.

Revisão das 01h12min de 18 de maio de 2021

Explosão no Osasco Plaza Shopping
Explosão no Osasco Plaza Shopping
Peritos do Instituto de Criminalística examinam os escombros do Osasco Plaza Shopping
Hora 12h15min (UTC−3)
Data 11 de novembro de 1996 (1996-11-11)
Local Osasco Plaza Shopping
Tipo Explosão
Causa Vazamento de gás
Baixas 372
Mortes 42
Condenado(s) 5 (absolvidos em 2005)[1][2]

A explosão no Osasco Plaza Shopping foi uma explosão causada por um vazamento de gás, que ocorreu no dia 11 de junho de 1996 na praça de alimentação do Osasco Plaza Shopping, localizado em Osasco, no Brasil.[1][2] A explosão causou a morte de 42 pessoas e o ferimento de 372.[2]

Antecedentes

O Osasco Plaza Shopping foi inaugurado no dia 19 de abril de 1995 com investimentos de vinte a trinta milhões de dólares.[3]

Explosão e reações

Às 12h15min do dia 11 de junho de 1996, véspera do Dia dos Namorados, ocorreu uma explosão na praça de alimentação Osasco Plaza Shopping, inicialmente de causa desconhecida.[3] O chão da praça se rompeu, jogando o piso para o alto e derrubando o teto do local.[2][1] No momento da explosão, haviam mais de duas mil pessoas no shopping.[3]

Durante o dia, chegavam várias ambulâncias para socorrer as pessoas. A partir da 19h, "apenas carro funerários".[3] Vanessa di Sevo, então repórter da CBN e que acompanhou os desdobramentos do acidente, disse que o hospital da cidade carecia de estrutura para receber os feridos; "lembro que não tinha esparadrapo e gase [sic] no hospital para onde as vítimas foram levadas inicialmente, tanto que o Corpo de Bombeiros pediu doações."[1] Os bombeiros usavam cães farejadores para tentar localizar pessoas presas nos escombros. Às 18h30min, o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Jair de Lima, disse que seria um "milagre" encontrar novos sobreviventes no local. O então prefeito Celso Giglio declarou luto oficial de três dias, e o então presidente Fernando Henrique Cardoso lamentou o caso.[3]

No dia seguinte, Celso disse que estava preparando o Ginásio Municipal José Liberati para receber os corpos que seriam velados.[4] Seiscentas pessoas doaram sangue para ajudar as vítimas.[4]

Boatos surgiram dizendo que a vidente Mãe Dinah havia previsto o acidente, mas ela negou: "Se tivesse adivinhado esse acidente, teria avisado". Os boatos começaram depois que a mesma disse que algum prédio de Jundiaí iria cair.[5]

Investigação

No início, já havia uma suspeita de que a explosão teria sido causada por um vazamento de gás, pois a explosão levantou o piso, e lojistas disseram que sentiam cheiro de gás no shopping há algum tempo. Isso foi inicialmente negado pelo shopping.[3] O superintendente David da Rocha disse que a explosão não havia sido causada por explosão de botijão, pois o piso levantou, e também descartou que a causa foi um vazamento de gás.[5] Mais tarde, foi comprovado que a explosão foi causada por um vazamento de gás que passava na tubulação abaixo do piso da praça de alimentação, que teve contato com alguma faísca.[2] O bombeiro De Nicolo, da perícia, disse que o shopping foi construído num terreno pantanoso, e a construtora fez uma laje de concreto, um porão de concreto e por cima dele outra laje, para assentar o prédio; o gás estava concentrado ali.[6]

Os prejuízos causados com obras civis e instalação das lojas foram calculados em aproximadamente 2,5 milhões de reais.[5]

A explosão matou 42 pessoas e feriu 372.[2] A Justiça de São Paulo condenou cinco pessoas pela explosão, em 1999.[a] Seis anos mais tarde, todos foram absolvidos por falta de provas. As vítimas foram indenizadas depois que o shopping recorreu ao Superior Tribunal de Justiça.[2]

Notas

  1. Existem algumas inconsistências sobre quais pessoas foram condenadas.
    • Segundo a CBN: "Dois executivos do shopping e três engenheiros".[1]
    • Segundo o Arquivo Estadão: "o diretor comercial do shopping e quatro engenheiros".[2]

Referências

Bibliografia

Leitura adicional