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No Paiz das Amazonas: diferenças entre revisões

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== Sinopse ==
== Sinopse ==
''No Paiz das Amazonas'' conta com blocos temáticos dedicados à borracha, à pesca, às castanhas, às madeiras e ao gado, com detalhes do processo de extração e cultivo desses produtos. É dividido em dez partes, a maioria delas dedicada às mercadorias comercializadas na região da bacia amazônica e aos meios de produção empregados para prepará-las para venda.<ref name="ic" /> O filme começa mostrando aspectos da cidade de [[Manaus]], depois exibindo os "grandes lagos" do Amazonas. Outras regiões exibidas são [[Porto Velho]], até a divisa com a Bolívia, e [[Rio Branco]]. O filme finaliza mostrando novamente Manaus, numa embarcação à vapor.<ref name="base" />
''No Paiz das Amazonas'' conta com blocos temáticos dedicados à borracha, à pesca, às castanhas, às madeiras e ao gado, com detalhes do processo de extração e cultivo desses produtos. É dividido em dez partes, a maioria delas dedicada às mercadorias comercializadas na região da bacia amazônica e aos meios de produção empregados para prepará-las para venda. O objetivo principal do filme seria, por meio de discurso nacionalista, documentar o progresso do Brasil, em particular da Amazônia, que tem uma economia sustentada pela exploração de matéria-prima abundante.<ref name="ic" /> O documentário começa mostrando aspectos da cidade de [[Manaus]], depois exibindo os "grandes lagos" do Amazonas. Outras regiões exibidas são [[Porto Velho]], até a divisa com a Bolívia, e [[Rio Branco]]. O filme finaliza mostrando novamente Manaus, numa embarcação à vapor.<ref name="base" />


== Antecedentes e produção ==
== Antecedentes e produção ==
O imigrante português [[Silvino Santos]] chegou ao Brasil em 1899, aos 13 anos. Foi um dos primeiros cineastas a filmar a região amazônica, ao lado do major [[Luiz Thomaz Reis]] (1878-1940). Após atuar como cinegrafista e fotógrafo, Santos conheceu o comendador [[Joaquim Gonçalves Araújo]] em 1920, que trabalhava com borracha. Araújo contrata-o para fazer um documentário sobre o desenvolvimento econômico no norte do Brasil, tornando-se produtor executivo, com a expectativa de promover seus negócios com a exibição do filme na [[Exposição Internacional do Centenário da Independência]], realizada no [[Rio de Janeiro]] entre 1922 e 1923. Ele também financia o filme. As filmagens se concentraram nos estados de [[Amazonas]], [[Acre]] e [[Rondônia]] apresentando "um inventário da natureza, da cultura e da economia do norte brasileiro." Os intertítulos são escritos pelo filho de Araújo, Agesilau, que, apesar de não assumir a função, aparece nos créditos como diretor.<ref name="ic">{{Citar web |url=http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra70176/no-paiz-das-amazonas |titulo=No Paiz das Amazonas |acessodata=2021-06-20 |website=Enciclopédia Itaú Cultural}}</ref>
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== Recepção e legado ==
== Recepção e legado ==
A estreia ocorreu em 1 de dezembro de 1922.<ref name="base"/> Em 1923, foi exibido em sessão especial para o então presidente [[Artur Bernardes]]. Lá, é premiado pelo júri da Exposição do Centenário com medalha de ouro,<ref name="ic" /><ref name="dic" /> o único a realizar tal feito.<ref name="dic">{{citar livro |título=Dicionário de filmes brasileiros |autor=Antônio Leão da Silva Neto |url=https://books.google.com.br/books/about/Dicion%C3%A1rio_de_filmes_brasileiros.html?id=P5kYAQAAIAAJ&redir_esc=y |ano=2002 |página=570 |isbn=9788590059523}}</ref> O documentário se tornou popular várias capitais brasileiras, especialmente no [[Rio de Janeiro]], onde ficou em cartaz por cinco meses. Na imprensa, diversos elogiaram a qualidade do filme, com tom de patriotismo e demonstrando orgulho da Amazônia. Segundo o [[Itaú Cultural]], um comentário anônimo publicado no jornal ''[[O Estado de S. Paulo]]'', em 5 de agosto de 1923, sintetiza a recepção do filme: "Viva o Brasil! O prazer é completo: nenhum só drama idiota de amor, nem uma farsa sensaborosa, nada, enfim, desses episódios imbecis que constituem a trama ordinária dos filmes cinematográficos [...] Vão ver a fita. Quem tem gosto e ama o Brasil sairá do espetáculo com a alma satisfeita e o coração dilatado".<ref name="ic" />
A estreia ocorreu em 5 de dezembro de 1922.<ref name="lança" /> Em 1923, foi exibido em sessão especial para o então presidente [[Artur Bernardes]]. Lá, é premiado pelo júri da Exposição do Centenário com medalha de ouro,<ref name="ic" /><ref name="dic" /> o único a realizar tal feito.<ref name="dic">{{citar livro |título=Dicionário de filmes brasileiros |autor=Antônio Leão da Silva Neto |url=https://books.google.com.br/books/about/Dicion%C3%A1rio_de_filmes_brasileiros.html?id=P5kYAQAAIAAJ&redir_esc=y |ano=2002 |página=570 |isbn=9788590059523}}</ref> Internacionalmente, foi exibido em [[Lisboa]], [[Paris]], [[Estados Unidos]] e [[Londres]].<ref name="base" /> ''No Paiz das Amazonas'' se tornou popular várias capitais brasileiras, especialmente no [[Rio de Janeiro]], onde ficou em cartaz por cinco meses. Na imprensa, diversos elogiaram a qualidade do filme, com tom de patriotismo e demonstrando orgulho da Amazônia.<ref name="ic" />


Segundo o [[Itaú Cultural]], um comentário anônimo publicado no jornal ''[[O Estado de S. Paulo]]'', em 5 de agosto de 1923, sintetiza a recepção do filme: "Viva o Brasil! O prazer é completo: nenhum só drama idiota de amor, nem uma farsa sensaborosa, nada, enfim, desses episódios imbecis que constituem a trama ordinária dos filmes cinematográficos [...] Vão ver a fita. Quem tem gosto e ama o Brasil sairá do espetáculo com a alma satisfeita e o coração dilatado".<ref name="ic" /> O ''[[Jornal do Commercio (Manaus)|Jornal do Commercio]]'' elogiou o filme como impressionante, e comentou que é "nítido, tão inteligente e tão eloquente [...] Agora, em qualquer conversa, surge esta pergunta: 'Já viu a fita ''No Paiz das Amazonas''?{{'"}}.<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=170054_01&pesq=%22paiz%20das%20amazonas%22&pasta=ano%20192&pagfis=30998 |título=No paiz das Amazonas -- A mais bella mulher do Brasil |jornal=[[Jornal do Commercio (Manaus)|Jornal do Commercio]] |data=30 de abril de 1923 |acessodata=2021-06-20 |publicado=[[Biblioteca Nacional do Brasil|Biblioteca Nacional]]}}</ref> A ''[[Fon-Fon]]'' disse que sua nitidez e apresentação "é o que de melhor temos visto em trabalho nacional e estrangeiro".<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=170054_01&pesq=%22paiz%20das%20amazonas%22&pasta=ano%20192&pagfis=30998 |título=Notas Locaes |jornal=[[Fon-Fon]] |data=14 de abril de 1923 |acessodata=2021-06-20 |publicado=[[Biblioteca Nacional do Brasil|Biblioteca Nacional]]}}</ref> Um comentário ao ''Correio Paulistano'' descreveu o filme como "uma película interessante e de grande valor".<ref>{{citar periódico |url=http://memoria.bn.br/docreader/DocReader.aspx?bib=090972_07&pagfis=12432 |título=No Paiz das Amazonas |jornal=[[Correio Paulistano]] |data=5 de agosto de 1923 |acessodata=2021-06-20 |publicado=[[Biblioteca Nacional do Brasil|Biblioteca Nacional]]}}</ref>
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[[Categoria:Filmes do Brasil de 1922]]
[[Categoria:Filmes do Brasil de 1922]]

Revisão das 23h19min de 20 de junho de 2021

No Paiz das Amazonas
No Paiz das Amazonas
 Brasil
1922 •  p&b •  127 min 
Gênero documentário
Direção Silvino Santos
Produção executiva Joaquim Gonçalves Araújo
Distribuição J.G. Araújo Produções Cinematográficas[1]
Lançamento 5 de dezembro de 1922[2]
Idioma português

No Paiz das Amazonas[a][b] é um documentário mudo brasileiro de 1922, dirigido por Silvino Santos e produzido por Joaquim Gonçalves Araújo. O filme mostra aspectos da região Norte do Brasil em blocos temáticos. Araújo contratou Santos para fazer um documentário sobre o desenvolvimento econômico da região, e também tinha a intenção de divulgar seus negócios. Lançado em 5 de dezembro de 1922, o filme teve recepção positiva em diversas capitais e recebeu a medalha de ouro da Exposição Internacional do Centenário da Independência. A Associação Brasileira de Críticos de Cinema elegeu o filme em 2017 como um dos cem melhores documentários brasileiros de todos os tempos.

Sinopse

No Paiz das Amazonas conta com blocos temáticos dedicados à borracha, à pesca, às castanhas, às madeiras e ao gado, com detalhes do processo de extração e cultivo desses produtos. É dividido em dez partes, a maioria delas dedicada às mercadorias comercializadas na região da bacia amazônica e aos meios de produção empregados para prepará-las para venda. O objetivo principal do filme seria, por meio de discurso nacionalista, documentar o progresso do Brasil, em particular da Amazônia, que tem uma economia sustentada pela exploração de matéria-prima abundante.[4] O documentário começa mostrando aspectos da cidade de Manaus, depois exibindo os "grandes lagos" do Amazonas. Outras regiões exibidas são Porto Velho, até a divisa com a Bolívia, e Rio Branco. O filme finaliza mostrando novamente Manaus, numa embarcação à vapor.[3]

Antecedentes e produção

O imigrante português Silvino Santos chegou ao Brasil em 1899, aos 13 anos. Segundo o mesmo, teve interesse no país, entre outros motivos, devido a livros e fotografias sobre o exotismo da natureza do Brasil e a lenda do Eldorado. Foi um dos primeiros cineastas a filmar a região amazônica, ao lado do major Luiz Thomaz Reis (1878-1940). Após atuar como cinegrafista e fotógrafo, Santos conheceu o comendador Joaquim Gonçalves Araújo em 1920, que trabalhava com borracha. Araújo contrata-o para fazer um documentário sobre o desenvolvimento econômico no norte do Brasil, tornando-se produtor executivo, com a expectativa de promover seus negócios com a exibição do filme na Exposição Internacional do Centenário da Independência, realizada no Rio de Janeiro entre 1922 e 1923. Ele também financiou o filme. As filmagens se concentraram nos estados de Amazonas, Acre e Rondônia apresentando "um inventário da natureza, da cultura e da economia do norte brasileiro." Os intertítulos são escritos pelo filho de Araújo, Agesilau, que, apesar de não assumir a função, aparece nos créditos como diretor.[4]

Recepção e legado

A estreia ocorreu em 5 de dezembro de 1922.[2] Em 1923, foi exibido em sessão especial para o então presidente Artur Bernardes. Lá, é premiado pelo júri da Exposição do Centenário com medalha de ouro,[4][1] o único a realizar tal feito.[1] Internacionalmente, foi exibido em Lisboa, Paris, Estados Unidos e Londres.[3] No Paiz das Amazonas se tornou popular várias capitais brasileiras, especialmente no Rio de Janeiro, onde ficou em cartaz por cinco meses. Na imprensa, diversos elogiaram a qualidade do filme, com tom de patriotismo e demonstrando orgulho da Amazônia.[4]

Segundo o Itaú Cultural, um comentário anônimo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, em 5 de agosto de 1923, sintetiza a recepção do filme: "Viva o Brasil! O prazer é completo: nenhum só drama idiota de amor, nem uma farsa sensaborosa, nada, enfim, desses episódios imbecis que constituem a trama ordinária dos filmes cinematográficos [...] Vão ver a fita. Quem tem gosto e ama o Brasil sairá do espetáculo com a alma satisfeita e o coração dilatado".[4] O Jornal do Commercio elogiou o filme como impressionante, e comentou que é "nítido, tão inteligente e tão eloquente [...] Agora, em qualquer conversa, surge esta pergunta: 'Já viu a fita No Paiz das Amazonas?'".[5] A Fon-Fon disse que sua nitidez e apresentação "é o que de melhor temos visto em trabalho nacional e estrangeiro".[6] Um comentário ao Correio Paulistano descreveu o filme como "uma película interessante e de grande valor".[7]

O Cineasta da Selva (1997), filme de Aurélio Michiles sobre a vida de Silvino Santos, mostra cenas do filme.[1] Por iniciativa da Prefeitura de Manaus, uma versão restaurada foi lançada em 22 de outubro de 2014.[8] Em 15 de março de 2017, a Associação Brasileira de Críticos de Cinema elegeu No Paiz das Amazonas como o 71.º melhor documentário brasileiro de todos os tempos, sendo o mais antigo contido na lista.[9]

Notas

  1. Atualmente, a grafia correta seria No País das Amazonas.
  2. Lançado como Terra das Amazonas em Maceió.[1][3]

Referências

  1. a b c d e Antônio Leão da Silva Neto (2002). Dicionário de filmes brasileiros. [S.l.: s.n.] p. 570. ISBN 9788590059523 
  2. a b «Polytheama». Biblioteca Nacional. Jornal do Commercio. 5 de dezembro de 1922. Consultado em 20 de junho de 2021 
  3. a b c «Filmografia - No Paiz das Amazonas». bases.cinemateca.gov.br. Consultado em 20 de junho de 2021 
  4. a b c d e «No Paiz das Amazonas». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 20 de junho de 2021 
  5. «No paiz das Amazonas -- A mais bella mulher do Brasil». Biblioteca Nacional. Jornal do Commercio. 30 de abril de 1923. Consultado em 20 de junho de 2021 
  6. «Notas Locaes». Biblioteca Nacional. Fon-Fon. 14 de abril de 1923. Consultado em 20 de junho de 2021 
  7. «No Paiz das Amazonas». Biblioteca Nacional. Correio Paulistano. 5 de agosto de 1923. Consultado em 20 de junho de 2021 
  8. «Clássico do cinema amazonense, versão restaurada de 'No Paiz das Amazonas' é lançada em Manaus». A Crítica. Consultado em 20 de junho de 2021 
  9. «ABRACCINE elege "Cabra Marcado para Morrer" como o melhor documentário do cinema nacional». Associação Brasileira de Críticos de Cinema. 15 de março de 2017. Consultado em 12 de junho de 2021 . A fonte afirma que o trabalho mais antigo contido é São Paulo: A Symphonia da Metropole, de 1929, mas isto é um erro, já que No Paiz dos Amazonas é de 1923. Na verdade, São Paulo é o segundo trabalho mais antigo contido.