Incêndio na creche Casinha da Emília: diferenças entre revisões

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O '''incêndio na creche Casinha da Emília''', em [[Uruguaiana]], [[Brasil]], ocorreu em 20 de junho de 2000, matando doze crianças.
O '''incêndio na creche Casinha da Emília''', em [[Uruguaiana]], [[Brasil]], ocorreu em 20 de junho de 2000, matando doze crianças.


== História ==
== Incêndio ==
Duas estagiárias cuidavam de doze crianças, entre 2 e 3 anos, que estavam dormindo em uma das salas da creche. Por ordem da diretora, elas foram buscar doações para uma festa junina. Foi pedido que uma auxiliar de cozinha tomasse conta deles, mas isso não ocorreu. Uma peça de roupa caiu em um aquecedor, que estava ligado devido ao frio, o que deu início ao incêndio. Todas as crianças morreram, algumas devido a queimaduras
No dia 20 de junho de 2000, duas estagiárias cuidavam de doze crianças, entre 2 e 3 anos, que estavam dormindo em uma das salas da creche. Por ordem da diretora, elas foram buscar doações para uma festa junina. Foi pedido que uma auxiliar de cozinha tomasse conta deles, mas isso não ocorreu. Uma peça de roupa caiu em um aquecedor, que estava ligado devido ao frio,{{efn|Naquele dia, a temperatura mínima foi de 3°C, a mais baixa do estado do Rio Grande do Sul, com geada.<ref name="folha">{{Citar web |url=https://acervo.folha.com.br/leitor.do?numero=14653&anchor=634911&origem=busca&originURL=&pd=058d9e8156f1fb252af8daaa5bd3acfc |título=Incêndio em creche municipal mata 12 crianças no RS |obra=Folha de S. Paulo |acessodata=2021-11-15}}</ref>}} o que deu início ao incêndio,<ref name="g1-20" /> por volta das 13h.<ref name="folha" /> Todas as crianças morreram, algumas devido a queimaduras
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Os familiares pediram indenização. O advogado Pacífico Saldanha comentou que cada pai e mãe recebia uma pensão de seiscentos reais mensais, mas a indenização de 125 salários mínimos havia sido paga para apenas duas famílias. Após o evento, a escola continuou funcionando, fechada apenas durante a [[Pandemia de COVID-19 no Brasil|pandemia de COVID-19]]. A sala maternal 2, onde ocorreu o incêndio, se tornou uma sala multiuso. Segundo a prefeitura, aquecedores não são mais utilizados.<ref name="g1-20" />
Os familiares pediram indenização. O advogado Pacífico Saldanha comentou que cada pai e mãe recebia uma pensão de seiscentos reais mensais, mas a indenização de 125 salários mínimos havia sido paga para apenas duas famílias. Após o evento, a escola continuou funcionando, fechada apenas durante a [[Pandemia de COVID-19 no Brasil|pandemia de COVID-19]]. A sala maternal 2, onde ocorreu o incêndio, se tornou uma sala multiuso. Segundo a prefeitura, aquecedores não são mais utilizados.<ref name="g1-20" />

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Revisão das 23h01min de 15 de novembro de 2021

O incêndio na creche Casinha da Emília, em Uruguaiana, Brasil, ocorreu em 20 de junho de 2000, matando doze crianças.

Incêndio

No dia 20 de junho de 2000, duas estagiárias cuidavam de doze crianças, entre 2 e 3 anos, que estavam dormindo em uma das salas da creche. Por ordem da diretora, elas foram buscar doações para uma festa junina. Foi pedido que uma auxiliar de cozinha tomasse conta deles, mas isso não ocorreu. Uma peça de roupa caiu em um aquecedor, que estava ligado devido ao frio,[a] o que deu início ao incêndio,[2] por volta das 13h.[1] Todas as crianças morreram, algumas devido a queimaduras e outras asfixiadas. Apenas uma criança da turma, que não estava presente, sobreviveu. A diretora não estava na escola no momento do acidente.[2]

Investigações

Raquell Peixoto, delegada responsável pelo caso, comentou que o local tinha diversas irregularidades: "Não tinha alvará, não tinha extintor de incêndio, não tinha aparelho telefônico que pudesse ligar e pedir ajuda de imediato". A Polícia Civil chegou a indiciar as duas estagiárias, a auxiliar de cozinha e a diretora por homicídio culposo. Uma das estagiárias não foi denunciada pelo Ministério Público porque era menor de idade, enquanto a outra foi absolvida pela Justiça. A diretora da creche a auxiliar foram condenadas por homicídio culposo. Somado a isso, a auxiliar foi condenada por omissão, já que teria negado cuidar das crianças porque o pedido não havia sido feito pela diretora, mas ela sabia que eles estavam sozinhos. Ambas cumpriram pena de serviços comunitários.[2]

Os familiares pediram indenização. O advogado Pacífico Saldanha comentou que cada pai e mãe recebia uma pensão de seiscentos reais mensais, mas a indenização de 125 salários mínimos havia sido paga para apenas duas famílias. Após o evento, a escola continuou funcionando, fechada apenas durante a pandemia de COVID-19. A sala maternal 2, onde ocorreu o incêndio, se tornou uma sala multiuso. Segundo a prefeitura, aquecedores não são mais utilizados.[2]

Notas

  1. Naquele dia, a temperatura mínima foi de 3°C, a mais baixa do estado do Rio Grande do Sul, com geada.[1]

Referências

  1. a b «Incêndio em creche municipal mata 12 crianças no RS». Folha de S. Paulo. Consultado em 15 de novembro de 2021 
  2. a b c d e «Incêndio em creche de Uruguaiana completa 20 anos; advogado diz que indenizações não foram pagas». G1. Consultado em 14 de novembro de 2021