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Tabajara-Guaíba Futebol Clube: diferenças entre revisões

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== História ==
== História ==
=== Fundação e anos iniciais ===
=== Fundação e anos iniciais ===
O Tabajara-Guaíba Futebol Clube surgiu da fusão dos dois principais clubes de futebol da cidade de [[Getúlio Vargas (Rio Grande do Sul)|Getúlio Vargas]], [[Rio Grande do Sul]], naquela época: o Tabajara e o Guaíba. O Tabajara Foot-Ball Club havia sido fundado em 6 de dezembro de 1919 e foi o campeão da primeira edição do [[Campeonato Citadino de Erechim]], no ano de 1926, momento em que Getúlio Vargas era uma província de Erechim. Já o Guaíba Futebol Clube tem sua criação datada de 1 de maio de 1949, tendo conquistado seis edições do Campeonato Citadino de Getúlio Vargas na [[década de 1950]], período em que disputou várias edições do [[Campeonato Gaúcho de Futebol Amador]], alcançando a terceira posição na edição de 1954.{{carece de fontes|data=dezembro de 2021}} No entanto, ambas as equipes não eram licenciadas e por isso não podiam disputar campeonatos profissionais; com base nisso, os presidentes dos dois rivais decidiram pela união entre os planteis e a criação do Tabajara-Guaíba Futebol Clube, em 27 de janeiro de 1964.<ref name="a">{{citar web|url=http://galeriadoscampeoes.xpg.uol.com.br/site/rs/tagua-rs.html|título=Tabajara-Guaíba Futebol Clube|publicado=Galeria dos Campeões|acessodata=21 de dezembro de 2016}}</ref> O escudo e o uniforme do Ta-Guá carregava as cores vermelha, tradicional do Tabajara, e verde, tradicional do Guaíba, além do branco existente nos dois.<ref name="a" />
O Tabajara-Guaíba Futebol Clube surgiu da fusão dos dois principais clubes de futebol da cidade de [[Getúlio Vargas (Rio Grande do Sul)|Getúlio Vargas]], [[Rio Grande do Sul]], naquela época: o Tabajara e o Guaíba. O Tabajara Foot-Ball Club havia sido fundado em 6 de dezembro de 1919 e foi o campeão da primeira edição do [[Campeonato Citadino de Erechim]], no ano de 1926, momento em que Getúlio Vargas era uma província de Erechim. Já o Guaíba Futebol Clube tem sua criação datada de 1 de maio de 1949, tendo conquistado seis edições do Campeonato Citadino de Getúlio Vargas na [[década de 1950]], período em que disputou várias edições do [[Campeonato Gaúcho de Futebol Amador]], alcançando a terceira posição na edição de 1954.{{carece de fontes|data=dezembro de 2021}} No entanto, ambas as equipes não eram licenciadas e por isso não podiam disputar campeonatos profissionais; com base nisso, os presidentes dos dois rivais decidiram pela união entre os planteis e a criação do Tabajara-Guaíba Futebol Clube, em 27 de janeiro de 1964.<ref name="a">{{citar web|url=http://galeriadoscampeoes.xpg.uol.com.br/site/rs/tagua-rs.html|título=Tabajara-Guaíba Futebol Clube|publicado=Galeria dos Campeões|acessodata=21 de dezembro de 2016|arquivodata=22 de dezembro de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20161222154239/http://galeriadoscampeoes.xpg.uol.com.br/site/rs/tagua-rs.html}}</ref> O escudo e o uniforme do Ta-Guá carregava as cores vermelha, tradicional do Tabajara, e verde, tradicional do Guaíba, além do branco existente nos dois.<ref name="a" />


Logo no primeiro ano de fundação, o Ta-Guá foi convidado a participar da edição de 1964 da [[Campeonato Gaúcho de Futebol - Divisão de Acesso|Segunda Divisão do Campeonato Gaúcho de Futebol]] (atual Divisão de Acesso), a qual encerrou na penúltima colocação de sua chave e não se classificou para a fase seguinte. Em 1967, o Ta-Guá retornou às competições da [[Federação Gaúcha de Futebol]] (FGF) e participou da [[Campeonato Gaúcho de Futebol - Terceira Divisão de 1967|primeira edição]] da [[Campeonato Gaúcho de Futebol - Terceira Divisão|Terceira Divisão Gaúcha]], encerrando a fase inicial na primeira posição do seu grupo. Nos mata-matas, eliminou ao [[Sport Club Internacional (São Borja)|SC Internacional]], de [[São Borja]] e avançou para a final contra o [[Grêmio Foot-Ball Santanense|Grêmio Santanense]], de [[Santana do Livramento]]. Na primeira partida, disputada em Getúlio Vargas, o Ta-Guá saiu vitorioso por 3–0; na partida de volta, no entanto, foi derrotado por 1–0 e por não existir a regra do saldo de gols como vantagem no confronto, a decisão do campeonato aconteceu nas [[pênalti (futebol)|penalidades]]. A equipe do Grêmio Santanense sobressaiu-se e triunfou por 7–5, tendo o Ta-Guá conseguido o vice-campeonato e o acesso para a disputa da Segunda Divisão de 1968.
Logo no primeiro ano de fundação, o Ta-Guá foi convidado a participar da edição de 1964 da [[Campeonato Gaúcho de Futebol - Divisão de Acesso|Segunda Divisão do Campeonato Gaúcho de Futebol]] (atual Divisão de Acesso), a qual encerrou na penúltima colocação de sua chave e não se classificou para a fase seguinte. Em 1967, o Ta-Guá retornou às competições da [[Federação Gaúcha de Futebol]] (FGF) e participou da [[Campeonato Gaúcho de Futebol - Terceira Divisão de 1967|primeira edição]] da [[Campeonato Gaúcho de Futebol - Terceira Divisão|Terceira Divisão Gaúcha]], encerrando a fase inicial na primeira posição do seu grupo. Nos mata-matas, eliminou ao [[Sport Club Internacional (São Borja)|SC Internacional]], de [[São Borja]] e avançou para a final contra o [[Grêmio Foot-Ball Santanense|Grêmio Santanense]], de [[Santana do Livramento]]. Na primeira partida, disputada em Getúlio Vargas, o Ta-Guá saiu vitorioso por 3–0; na partida de volta, no entanto, foi derrotado por 1–0 e por não existir a regra do saldo de gols como vantagem no confronto, a decisão do campeonato aconteceu nas [[pênalti (futebol)|penalidades]]. A equipe do Grêmio Santanense sobressaiu-se e triunfou por 7–5, tendo o Ta-Guá conseguido o vice-campeonato e o acesso para a disputa da Segunda Divisão de 1968.
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Em 1991, o Ta-Guá foi convidado a disputar a [[Copa Aneron Corrêa de Oliveira de 1991|segunda edição]] da [[Copa Aneron Corrêa de Oliveira]], equivalente à segunda divisão do certame estadual e que qualificava os quatro mais bem colocados à [[Campeonato Gaúcho de Futebol|Primeira Divisão]] do [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1991|mesmo ano]].Ao lograr êxito nas duas fases iniciais, a equipe de Getúlio Vargas avançou a final do torneio e garantiu vaga para a elite do futebol gaúcho. No jogo de ida da decisão contra o [[Dínamo Futebol Clube|Dínamo]], de [[Santa Rosa (Rio Grande do Sul)|Santa Rosa]], o Ta-Guá saiu em vantagem por 2-0, com dois gols do atacante Jair Galvão. Ao manter o empate em 0-0 no [[Estádio Municipal Carlos Denardin]], a equipe conquistou o seu primeiro e único título profissional, garantindo-lhe o direito de disputar a Série A na segunda metade do ano.
Em 1991, o Ta-Guá foi convidado a disputar a [[Copa Aneron Corrêa de Oliveira de 1991|segunda edição]] da [[Copa Aneron Corrêa de Oliveira]], equivalente à segunda divisão do certame estadual e que qualificava os quatro mais bem colocados à [[Campeonato Gaúcho de Futebol|Primeira Divisão]] do [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1991|mesmo ano]].Ao lograr êxito nas duas fases iniciais, a equipe de Getúlio Vargas avançou a final do torneio e garantiu vaga para a elite do futebol gaúcho. No jogo de ida da decisão contra o [[Dínamo Futebol Clube|Dínamo]], de [[Santa Rosa (Rio Grande do Sul)|Santa Rosa]], o Ta-Guá saiu em vantagem por 2-0, com dois gols do atacante Jair Galvão. Ao manter o empate em 0-0 no [[Estádio Municipal Carlos Denardin]], a equipe conquistou o seu primeiro e único título profissional, garantindo-lhe o direito de disputar a Série A na segunda metade do ano.


A campanha do Ta-Guá na estreia na [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1991|Primeira Divisão]] não foi bem-sucedida, com duas vitórias e dez empates em dezenove jogos.{{carece de fontes|data=dezembro de 2021}} No entanto, a vitória sobre a equipe do {{Futebol Grêmio}} por 2–0 no [[Estádio Olímpico Monumental]], em [[Porto Alegre]], fez o Ta-Guá ser conhecido como uma das maiores zebras da história do futebol brasileiro.<ref>{{citar web|url=http://wp.clicrbs.com.br/corneta/2009/05/18/fiascos-para-sempre-gremio-0x2-tagua-gauchao91/?topo=77,1,1&status=encerrado|título=Grêmio 0x2 Ta-Guá|publicado=ClicRBS|acessodata=21 de dezembro de 2016}}</ref> Naquele momento, o Grêmio havia sido vice-campeão da [[Copa do Brasil de Futebol de 1991]], sendo superado na [[final da Copa do Brasil de Futebol de 1991|final]] pelo {{Futebol Criciúma}} e estava com uma invencibilidade de quinze jogos.<ref name="d">{{citar web|url=http://redacaoemcampo.com/2012/12/18/segredo-do-pequeno-como-ganhamos-do-gremio-no-olimpico-por-plinio-triques/|título=Segredos do pequeno: como ganhamos do Grêmio no Olímpico|publicado=Redação em Campo|acessodata=21 de dezembro de 2016}}</ref> Em uma partida marcada por uma eficiência ofensiva e defensiva por parte da equipe de Getúlio Vargas, os dois gols marcados pelo atacante Duia fizeram desta a principal vitória da história do clube.<ref name="d" />
A campanha do Ta-Guá na estreia na [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1991|Primeira Divisão]] não foi bem-sucedida, com duas vitórias e dez empates em dezenove jogos.{{carece de fontes|data=dezembro de 2021}} No entanto, a vitória sobre a equipe do {{Futebol Grêmio}} por 2–0 no [[Estádio Olímpico Monumental]], em [[Porto Alegre]], fez o Ta-Guá ser conhecido como uma das maiores zebras da história do futebol brasileiro.<ref>{{citar web|url=http://wp.clicrbs.com.br/corneta/2009/05/18/fiascos-para-sempre-gremio-0x2-tagua-gauchao91/?topo=77,1,1&status=encerrado|título=Grêmio 0x2 Ta-Guá|publicado=ClicRBS|acessodata=21 de dezembro de 2016|arquivodata=22 de dezembro de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20161222152043/http://wp.clicrbs.com.br/corneta/2009/05/18/fiascos-para-sempre-gremio-0x2-tagua-gauchao91/?topo=77,1,1&status=encerrado}}</ref> Naquele momento, o Grêmio havia sido vice-campeão da [[Copa do Brasil de Futebol de 1991]], sendo superado na [[final da Copa do Brasil de Futebol de 1991|final]] pelo {{Futebol Criciúma}} e estava com uma invencibilidade de quinze jogos.<ref name="d">{{citar web|url=http://redacaoemcampo.com/2012/12/18/segredo-do-pequeno-como-ganhamos-do-gremio-no-olimpico-por-plinio-triques/|título=Segredos do pequeno: como ganhamos do Grêmio no Olímpico|publicado=Redação em Campo|acessodata=21 de dezembro de 2016|arquivodata=22 de dezembro de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20161222153618/http://redacaoemcampo.com/2012/12/18/segredo-do-pequeno-como-ganhamos-do-gremio-no-olimpico-por-plinio-triques/}}</ref> Em uma partida marcada por uma eficiência ofensiva e defensiva por parte da equipe de Getúlio Vargas, os dois gols marcados pelo atacante Duia fizeram desta a principal vitória da história do clube.<ref name="d" />


=== Maus resultados e encerramento ===
=== Maus resultados e encerramento ===
Apesar de ter encerrado na penúltima colocação da sua chave em 1991, o Ta-Guá manteve-se na primeira divisão e disputou a temporada de [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1992|1992]], amargando novamente tal posição. No entanto, em [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1993|1993]], com dezesseis derrotas em 21 confrontos, o Ta-Guá não conseguiu manter-se na elite e retornou então para a Segunda Divisão após três temporadas na primeira ala do futebol gaúcho.
Apesar de ter encerrado na penúltima colocação da sua chave em 1991, o Ta-Guá manteve-se na primeira divisão e disputou a temporada de [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1992|1992]], amargando novamente tal posição. No entanto, em [[Campeonato Gaúcho de Futebol de 1993|1993]], com dezesseis derrotas em 21 confrontos, o Ta-Guá não conseguiu manter-se na elite e retornou então para a Segunda Divisão após três temporadas na primeira ala do futebol gaúcho.


Não há registros oficiais sobre a participação do Ta-Guá na Segunda Divisão de 1994, porém, em 1995 não obteve classificação para a fase final. Apesar de ter alcançado o octogonal final, encerrado na quinta posição na temporada de 1996 da Segunda Divisão e ter estabelecido o artilheiro da competição - Da Silva, com 24 gols - , este ano marcou o encerramento das atividades profissionais do clube.{{carece de fontes|data=dezembro de 2021}} Em uma entrevista para a [[RBS TV]], o então diretor da equipe de Getúlio Vargas afirmou que era inviável conseguir manter uma equipe de uma cidade tão pequena em uma competição de tal naipe.<ref name="e">{{citar web|url=http://wp.clicrbs.com.br/erechim/2011/07/20/tagua-o-time-que-deixou-torcedores-orfaos/|título=Ta Guá: o time que deixou torcedores órfãos|publicado=ClicRBS|acessodata=21 de dezembro de 2016}}</ref>
Não há registros oficiais sobre a participação do Ta-Guá na Segunda Divisão de 1994, porém, em 1995 não obteve classificação para a fase final. Apesar de ter alcançado o octogonal final, encerrado na quinta posição na temporada de 1996 da Segunda Divisão e ter estabelecido o artilheiro da competição - Da Silva, com 24 gols - , este ano marcou o encerramento das atividades profissionais do clube.{{carece de fontes|data=dezembro de 2021}} Em uma entrevista para a [[RBS TV]], o então diretor da equipe de Getúlio Vargas afirmou que era inviável conseguir manter uma equipe de uma cidade tão pequena em uma competição de tal naipe.<ref name="e">{{citar web|url=http://wp.clicrbs.com.br/erechim/2011/07/20/tagua-o-time-que-deixou-torcedores-orfaos/|título=Ta Guá: o time que deixou torcedores órfãos|publicado=ClicRBS|acessodata=21 de dezembro de 2016|arquivodata=22 de dezembro de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20161222222427/http://wp.clicrbs.com.br/erechim/2011/07/20/tagua-o-time-que-deixou-torcedores-orfaos/}}</ref>


== Estádio ==
== Estádio ==

Revisão das 22h38min de 13 de dezembro de 2021

Tabajara-Guaíba
Nome Tabajara-Guaíba Futebol Clube
Alcunhas Ta-Guá
Mascote Índio[1]
Fundação 27 de janeiro de 1964
Extinção 1996
Estádio Plácido Scussel
Capacidade 4 500[2]
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
titular
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
alternativo

O Tabajara-Guaíba Futebol Clube, também conhecido como Ta-Guá, foi um clube brasileiro de futebol, com sede na cidade de Getúlio Vargas, no estado do Rio Grande do Sul. Sua fundação é datada de 27 de janeiro de 1964, como resultado da fusão do Tabajara Foot-Ball Club e do Guaíba Futebol Clube, consideradas as duas principais equipes do município. Neste mesmo ano, a agremiação disputou sua primeira competição profissional, a Segunda Divisão de 1964, encerrando a mesma na penúltima colocação.

O Ta-Guá participou da primeira temporada da Terceira Divisão Gaúcha, encerrando a competição na vice-colocação e sendo promovido à Segunda Divisão no ano seguinte. Em 1991, conquistou o troféu da segunda edição da Copa Aneron Corrêa de Oliveira, único título na história profissional do clube, e foi promovido pela primeira vez à elite do futebol gaúcho. Neste mesmo ano, tornou-se conhecido por derrotar o Grêmio por 2–0 no Estádio Olímpico Monumental.

Após o rebaixamento em sua terceira participação, no ano de 1993, o Ta-Guá retornou à Segunda Divisão, local onde disputou partidas até o encerramento das atividades profissionais em 1996. O estádio da equipe, chamado Plácido Scussel, encontra-se abandonado e completamente comprometido, juntamente com as estruturas que formam as arquibancadas e alambrados.

História

Fundação e anos iniciais

O Tabajara-Guaíba Futebol Clube surgiu da fusão dos dois principais clubes de futebol da cidade de Getúlio Vargas, Rio Grande do Sul, naquela época: o Tabajara e o Guaíba. O Tabajara Foot-Ball Club havia sido fundado em 6 de dezembro de 1919 e foi o campeão da primeira edição do Campeonato Citadino de Erechim, no ano de 1926, momento em que Getúlio Vargas era uma província de Erechim. Já o Guaíba Futebol Clube tem sua criação datada de 1 de maio de 1949, tendo conquistado seis edições do Campeonato Citadino de Getúlio Vargas na década de 1950, período em que disputou várias edições do Campeonato Gaúcho de Futebol Amador, alcançando a terceira posição na edição de 1954.[carece de fontes?] No entanto, ambas as equipes não eram licenciadas e por isso não podiam disputar campeonatos profissionais; com base nisso, os presidentes dos dois rivais decidiram pela união entre os planteis e a criação do Tabajara-Guaíba Futebol Clube, em 27 de janeiro de 1964.[1] O escudo e o uniforme do Ta-Guá carregava as cores vermelha, tradicional do Tabajara, e verde, tradicional do Guaíba, além do branco existente nos dois.[1]

Logo no primeiro ano de fundação, o Ta-Guá foi convidado a participar da edição de 1964 da Segunda Divisão do Campeonato Gaúcho de Futebol (atual Divisão de Acesso), a qual encerrou na penúltima colocação de sua chave e não se classificou para a fase seguinte. Em 1967, o Ta-Guá retornou às competições da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) e participou da primeira edição da Terceira Divisão Gaúcha, encerrando a fase inicial na primeira posição do seu grupo. Nos mata-matas, eliminou ao SC Internacional, de São Borja e avançou para a final contra o Grêmio Santanense, de Santana do Livramento. Na primeira partida, disputada em Getúlio Vargas, o Ta-Guá saiu vitorioso por 3–0; na partida de volta, no entanto, foi derrotado por 1–0 e por não existir a regra do saldo de gols como vantagem no confronto, a decisão do campeonato aconteceu nas penalidades. A equipe do Grêmio Santanense sobressaiu-se e triunfou por 7–5, tendo o Ta-Guá conseguido o vice-campeonato e o acesso para a disputa da Segunda Divisão de 1968.

Acesso à Primeira Divisão

Na participação que marcou o retorno do Ta-Guá à Segunda Divisão do Campeonato Gaúcho, a equipe não repetiu os bons resultados do ano anterior e não avançou à fase final. Registros históricos confirmam que a equipe permaneceu disputando as edições da competição durante as décadas de 1970 e 1980, no entanto, sem ser promovida à Primeira Divisão ou rebaixada à Segunda Divisão. No entanto, não há maiores informações sobre o desempenho do clube nestas edições. Neste meio-termo, participou de edições de competições entre as equipes do interior do estado, como a Copa Governador do Estado do Rio Grande do Sul de 1975 e a Copa Cícero Soares de 1973 e 1976.[carece de fontes?] As principais rivalidades neste período foram os clássicos regionais contra as equipes do Ypiranga de Erechim e do Passo Fundo, que movimentavam um grande público ao Estádio Plácido Scussel.[2]

Em 1991, o Ta-Guá foi convidado a disputar a segunda edição da Copa Aneron Corrêa de Oliveira, equivalente à segunda divisão do certame estadual e que qualificava os quatro mais bem colocados à Primeira Divisão do mesmo ano.Ao lograr êxito nas duas fases iniciais, a equipe de Getúlio Vargas avançou a final do torneio e garantiu vaga para a elite do futebol gaúcho. No jogo de ida da decisão contra o Dínamo, de Santa Rosa, o Ta-Guá saiu em vantagem por 2-0, com dois gols do atacante Jair Galvão. Ao manter o empate em 0-0 no Estádio Municipal Carlos Denardin, a equipe conquistou o seu primeiro e único título profissional, garantindo-lhe o direito de disputar a Série A na segunda metade do ano.

A campanha do Ta-Guá na estreia na Primeira Divisão não foi bem-sucedida, com duas vitórias e dez empates em dezenove jogos.[carece de fontes?] No entanto, a vitória sobre a equipe do Grêmio por 2–0 no Estádio Olímpico Monumental, em Porto Alegre, fez o Ta-Guá ser conhecido como uma das maiores zebras da história do futebol brasileiro.[3] Naquele momento, o Grêmio havia sido vice-campeão da Copa do Brasil de Futebol de 1991, sendo superado na final pelo Criciúma e estava com uma invencibilidade de quinze jogos.[4] Em uma partida marcada por uma eficiência ofensiva e defensiva por parte da equipe de Getúlio Vargas, os dois gols marcados pelo atacante Duia fizeram desta a principal vitória da história do clube.[4]

Maus resultados e encerramento

Apesar de ter encerrado na penúltima colocação da sua chave em 1991, o Ta-Guá manteve-se na primeira divisão e disputou a temporada de 1992, amargando novamente tal posição. No entanto, em 1993, com dezesseis derrotas em 21 confrontos, o Ta-Guá não conseguiu manter-se na elite e retornou então para a Segunda Divisão após três temporadas na primeira ala do futebol gaúcho.

Não há registros oficiais sobre a participação do Ta-Guá na Segunda Divisão de 1994, porém, em 1995 não obteve classificação para a fase final. Apesar de ter alcançado o octogonal final, encerrado na quinta posição na temporada de 1996 da Segunda Divisão e ter estabelecido o artilheiro da competição - Da Silva, com 24 gols - , este ano marcou o encerramento das atividades profissionais do clube.[carece de fontes?] Em uma entrevista para a RBS TV, o então diretor da equipe de Getúlio Vargas afirmou que era inviável conseguir manter uma equipe de uma cidade tão pequena em uma competição de tal naipe.[2]

Estádio

Ver artigo principal: Estádio Plácido Scussel

O Estádio Plácido Scussel, popularmente conhecido como "Estádio da Baixada de Getúlio Vargas", foi o estádio utilizado tanto pelo Tabajara quanto pelo Guaíba enquanto equipes amadoras, sendo que continuou como a casa oficial do Ta-Guá após a fusão.[carece de fontes?] Sua capacidade máxima era de 4 500 espectadores, a qual era alcançada em confrontos contra o Ypiranga de Erechim e o Passo Fundo. Reportagens afirmam que o gramado do estádio era considerado um dos melhores do interior durante o auge da equipe, mas que agora está completamente comprometido, juntamente com as estruturas que formam as arquibancadas e alambrados.[2]

Após a desativação do futebol da equipe, o estádio foi abandonado e não há previsões de reformas ou reutilização deste por outra equipe.[2] A área acaba por ser uma das mais atingidas em precipitações de chuva no município de Getúlio Vargas, frequentemente sendo motivo de notícia pelos alagamentos.[5][6]

Títulos

ESTADUAIS
Competição Títulos Temporadas
Rio Grande do Sul Copa Aneron Corrêa de Oliveira 1 1991
  • Campeonato Citadino de Erechim: 1926

Referências

  1. a b c «Tabajara-Guaíba Futebol Clube». Galeria dos Campeões. Consultado em 21 de dezembro de 2016. Cópia arquivada em 22 de dezembro de 2016 
  2. a b c d e «Ta Guá: o time que deixou torcedores órfãos». ClicRBS. Consultado em 21 de dezembro de 2016. Cópia arquivada em 22 de dezembro de 2016 
  3. «Grêmio 0x2 Ta-Guá». ClicRBS. Consultado em 21 de dezembro de 2016. Cópia arquivada em 22 de dezembro de 2016 
  4. a b «Segredos do pequeno: como ganhamos do Grêmio no Olímpico». Redação em Campo. Consultado em 21 de dezembro de 2016. Cópia arquivada em 22 de dezembro de 2016 
  5. «Chuva para o mês todo». Diário da Manhã. Consultado em 21 de dezembro de 2016. Arquivado do original em 22 de dezembro de 2016 
  6. «Chuva provoca alagamentos em Getúlio Vargas». Radio Sideral. Consultado em 21 de dezembro de 2016. Arquivado do original em 27 de dezembro de 2016 

Ligações externas