Cipó (Bahia): diferenças entre revisões

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Cipó
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Cipó
Bandeira
Brasão de armas de Cipó
Brasão de armas
Hino
Gentílico cipoense
Localização
Localização de Cipó na Bahia
Localização de Cipó na Bahia
Localização de Cipó na Bahia
Cipó está localizado em: Brasil
Cipó
Localização de Cipó no Brasil
Mapa
Mapa de Cipó
Coordenadas 11° 06' S 38° 31' 01" O
País Brasil
Unidade federativa Bahia
Municípios limítrofes Tucano, Nova Soure, Itapicuru e Ribeira do Amparo
Distância até a capital 240 km
História
Fundação 8 de julho de 1931 (92 anos)
Administração
Prefeito(a) José Marques dos Reis (PDT, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [1] 128,314 km²
População total (IBGE/2013[2]) 17 412 hab.
Densidade 135,7 hab./km²
Clima Semiárido
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[3]) 0,601 médio
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 48 989,536 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 3 133,53
Sítio cipo.ba.gov.br (Prefeitura)

Cipó é um município brasileiro do estado da Bahia.A População estimada no IBGE em 2013 era de 17 412 habitantes.[2]

História[5]

Em 1730, o padre Antônio Monteiro Freire, donatário de uma sesmaria no sertão do Itapicuru de Cima, dirigiu uma representação ao Vice-Rei do Brasil a respeito da utilização das águas termais da região.

Porém, apenas em 1829 o Governo da Província mandou construir, pelo Capitão-mor João Dantas, um estabelecimento de banhos nas fontes da Missão da Saúde, a um quilômetro da vila de Itapicuru, sendo concluídas as suas obras em 1833.

Já em 1831, a Lei provincial nº 186, mandava construir no lugar denominado Mãe-d’Água de Cipó, uma casa para abrigo dos doentes que procuravam aquelas fontes.

Anos depois, por volta de 1843, a Assembleia mandou construir outra casa que, tal a primeira, passou a chamar-se “Casa da Nação”. Muito tempo depois, as duas casas abandonadas, ruíram devido a uma enchente do rio Itapicuru. Várias tentativas foram feitas para a construção de um balneário, mas somente em 1928 foi concedida permissão para a exploração das águas, fato que ocorreu em 19 de março do mesmo ano. Esta data assinala o início do progresso de Cipó que, a 8 de julho de 1931, foi elevado à categoria de município por força de decreto estadual de nº 7.479. Em virtude desse decreto foram anexados ao seu território os municípios de Nova Soure, ao qual Cipó pertencia na situação de povoado, Ribeira do Pombal, Tucano e Ribeira do Amparo.

Em 27 de maio e 19 de setembro de 1933 e 18 de julho de 1935, pelos Decretos Estaduais nº 8.447, 8.643 e 9.600, respectivamente, os municípios de Tucano, Ribeira do Pombal e Nova Soure obtiveram autonomia. O município de Nova Soure, porém, perdeu toda a área necessária à formação do distrito sede de Cipó, que juntamente com território total de Ribeira do Amparo, que não logrou emancipação, formou o atual município de Cipó, ficando este, segundo a divisão administrativa do País vigente, composto de três distritos: Cipó, Ribeira do Amparo e Heliópolis.

Alguns anos depois, o governador do Estado, após verificar a situação de abandono em que permanecia o lugar, mandou concluir a rodovia Alagoinhas-Cipó e efetuar o levantamento semi cadastral, com o objetivo de traçar o plano urbanístico da cidade.

Assim, em 16 de maio de 1935, Cipó era tornado Estância Hidromineral.

Histórico turístico

Em 1906, o Coronel Genésio Sales, o qual sofria de úlcera estomacal, foi aconselhado por amigo a passar uma temporada no Sertão Arraial da Mãe d’Água de Cipó, para tentar curar-se do seu problema de saúde. Com a cura mandou construir perto da Fonte Termal, um chalé, que mais tarde, foi transformado em Hotel Termal.

Em 1926, Genésio Sales com o fim de chamar a atenção dos poderes públicos para aquelas águas, empreendeu uma arrojada viagem de automóvel de Alagoinhas a Cipó, a primeira que se fazia ao Nordeste do Estado. Não havendo estradas, seguiu o caminho das cavalgadas, em muitos trechos, mandava abrir estradas, alargar as existentes, para que o automóvel pudesse passar. Nos diversos povoados, os tabaréus, desconhecendo a existência de veículos sem tração animal, recebiam-no com grandes manifestações, faziam promessas e colocavam dentro do carro “vinténs” e “ex-votos”, o automóvel que era novo ao iniciar a viagem ficou bastante danificado. A imprensa de todos os estados do nordeste deu grande publicação ao acontecimento; anos depois, o governo do Estado mandou concluir a rodovia Alagoinhas-Cipó.

Em 1928 o chalé foi transformado no primeiro hotel da cidade por Genésio de Seixas Sales Filho, sob a denominação de Hotel Thermal e após receber em concorrência pública a concessão de uso das águas de Cipó, iniciou suas atividades profissionais, montando um serviço de assistência médica, para atender o povo do arraial e adjacências.

Em 19 de março de 1928 foi concedida permissão para a exploração industrial das águas.

Nas fontes termais, onde havia quatro banheiros de palha, Genésio Sales construiu um moderno balneário, composto de uma piscina de água quente (na época a única existente no Brasil), um consultório médico, salas de espera e de tratamentos diversos, instalações sanitárias, “buvet” (chafariz para beber água termal) e dezessete banheiros, dos quais um era gratuito destinado aos pobres.

Em 1930, um bando chefiado por Lampião, o rei do cangaço, afastava os banhistas, causando grandes prejuízos, pois as pessoas o temiam, e por conseqüência disso, não apareciam para fazer uso das águas termais. Mais tarde, depois da morte de Lampião, a cidade voltou a atrair turistas, em busca de suas águas medicinais.

A 16 de maio de 1935, Cipó era tornada Estância Hidromineral, a partir de cuja época passou a exibir uma notável movimentação, tendo em vista o vertiginoso afluxo de veranistas.

Após esse acontecimento, o Rádium Hotel, de arquitetura art déco, foi inaugurado em 1938, o qual hospedava turistas de vários países. Anexo a ele havia um cassino, frequentado principalmente por hóspedes.

Com o grande número de turistas que passaram a visitar a cidade de Cipó, foi construído em 23 de julho de 1952 o Grande Hotel, conhecido como Elefante Branco da Terra, inaugurado pelo Presidente Getúlio Vargas.

Sua estrutura grandiosa atraiu muitos turistas que, além de desfrutar dos jogos e bailes que o Cassino proporcionava na época, usufruíam também das cascatas e piscinas situada no subsolo do Grande Hotel, sem contar o grande parque de diversão para crianças.

Os hotéis estão hoje em sua maioria fechados. Entretanto, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional tem planos de identificar os edifícios da cidade para buscar algum tipo de proteção à rica arquitetura existente na cidade, notadamente no estilo art déco.

Formação Administrativa

Elevado à categoria de município com a denominação de Cipó, pelos Decretos Estaduais n.º 7.455, de 23-06-1931 e n.º 7.479, de 08-07-1931. Sede no antigo atual distrito de Cipó (ex-Arraial de Cipó). Constituído de 5 distritos: Cipó, Amparo, Pombal, Soure e Tucano. Instalado em 05-08-1931. Pelo Decreto Estadual n.º 7.237, de 29-01-1931, é criado o distrito de Novo Amparo e anexado ao município de Cipó. Pelo Decreto Estadual n.º 7.479, de 08-07-1931, Cipó adquiriu os territórios dos extintos municípios de Amparo e Tucano.

Pelo Decreto n.º 8.447, de 27-05-1933, é desmembrado do município de Cipó o distrito de Tucano. Elevado à categoria de município.

Pelo Decreto n.º 8.643, de 19-09-1933, é desmembrado do município de Cipó o distrito de Pombal. Elevado à categoria de município.

Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 4 distritos: Cipó, Soure, Amparo e Novo Amparo.

Pelo Decreto n.º 9.600, de 18-07-1935, é desmembrado do município de Cipó, o distrito de Soure. Elevado à categoria de município.

Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município é constituído de 3 distritos: Cipó, Amparo e Novo Amparo.

Pelo Decreto-lei Estadual n.º 11.089, de 30-11-1938, o distrito de Novo Amparo passou a denominar-se Heliópolis. No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 3 distritos: Cipó, Amparo e Heliópolis (ex-Novo Amparo).

Pelo Decreto-lei Estadual n.º 141, de 31-12-1943, retificado pelo Decreto Estadual n.º 141, de 01-06-1944, o município adquiriu o extinto município de Soure, como simples distrito e pelo mesmo Decreto-lei Estadual o distrito de Amparo passou a denominar-se Ribeira do Amparo. Pelo Decreto Estadual n.º 12.978, de 01-06-1944, é desmembra do município de Cipó o distrito de Soure. Elevado à categoria de município com a denominação Nova Soure. Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 3 distritos: Cipó, Heliópolis e Ribeira do Amparo (ex-Amparo).

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1955.

Pela Lei Estadual n.º 1.027, de 14-08-1958, são desmembrados do município de Cipó os distritos de Ribeira do Amparo e Heliópolis, para constituir o novo município de Ribeira do Amparo.

Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede.

Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.


Geografia

Clima

Maiores acumulados de precipitação em 24 horas
registrados em Cipó por meses (INMET)[6]
Mês Acumulado Data Mês Acumulado Data
Janeiro 99,6 mm 20/01/1964 Julho 81,6 mm 21/07/1966
Fevereiro 122,2 mm 29/02/2004 Agosto 101,3 mm 10/08/1965
Março 110 mm 07/03/2020 Setembro 76,8 mm 25/09/1965
Abril 188,8 mm 15/04/1964 Outubro 52,6 mm 28/10/2010
Maio 189 mm 26/05/1964 Novembro 115,4 mm 25/11/1964
Junho 119,2 mm 22/06/1964 Dezembro 172 mm 22/12/1963
Período: 01/01/1961 a 30/09/1969 e 01/01/1977-presente

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1961 a 1969 e a partir de 1977, a menor temperatura registrada em Cipó foi de 11 °C em 15 de julho de 1963,[7] e a maior atingiu 42 °C em 26 de novembro de 2015.[8] Máximas iguais ou acima dos 40 °C foram registradas também nos dias 24 de novembro de 2019 (41,2 °C), 25 de novembro de 2015 (40,8 °C), 22 de janeiro de 1995 (40,6 °C), 3 de janeiro de 2016 (40,6 °C), 2 de dezembro de 2019 (40,6 °C), 4 de dezembro de 2015 (40,5 °C), 23 de janeiro de 1995 (40,2 °C), 20 de março de 2019 (40,2 °C) e 3 de outubro de 1997 (40 °C).[8]

O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 189 milímetros (mm) em 26 de maio de 1964.[6] Outros grandes acumulados iguais ou superiores a 100 mm foram 188,8 mm em 15 de abril de 1964, 172 mm em 22 de dezembro de 1963, 165,4 mm em 25 de maio de 1964, 150,2 mm em 23 de maio de 1964, 150 mm em 27 de maio de 1964, 122,2 mm em 29 de fevereiro de 2004, 119,2 mm em 22 de junho de 1964, 115,4 mm em 25 de novembro de 1964, 115 mm em 28 de novembro de 1979, 110 mm em 15 de dezembro de 1963 e 7 de março de 2020, 108 mm em 27 de novembro de 1964 e 101,3 mm em 10 de agosto de 1965.[6] Maio de 1964, com 1 352,6 mm, foi o mês de maior precipitação, seguido por dezembro de 1963 (576,3 mm).[9]

Dados climatológicos para Cipó
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 40,6 39,9 40,2 38,3 38,4 35,6 34,2 36 38 40 42 40,6 42
Temperatura máxima média (°C) 34,7 34,6 34,5 33,1 30,9 29 28,3 29 31 33 34,1 34,7 32,2
Temperatura média compensada (°C) 27,4 27,4 27,5 26,7 25,2 23,5 22,7 22,9 24,2 25,7 26,7 27,2 25,6
Temperatura mínima média (°C) 21,8 22,2 22,2 21,8 20,8 19,4 18,2 18 18,8 20,2 21,3 21,7 20,5
Temperatura mínima recorde (°C) 14 15,6 14 14 12,4 11,6 11 11,4 12 13,8 13 13 11
Precipitação (mm) 43,2 42,9 55,8 53,1 58 60,7 57,8 38,1 29,5 23,2 48,9 38,6 549,8
Dias com precipitação (≥ 1 mm) 4 6 5 7 10 12 12 9 6 4 4 4 83
Umidade relativa compensada (%) 61,6 62,9 64 68,8 74,6 79,2 79,7 76,2 70,8 65,5 63,1 61,9 69,0
Horas de sol 243,8 216,2 238,9 212,1 180,4 154,9 171,3 188,4 210,9 248,6 234,7 248,3 2 548,5
Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (normal climatológica de 1991-2020;[10] recordes de temperatura: 01/01/1961 a 30/09/1969 e 01/01/1977-presente)[7][8]

Referências

  1. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  2. a b «Censo Populacional 2013». Censo Populacional 2013. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 1 de julho de 2013. Consultado em 30 de setembro de 2013 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 25 de agosto de 2013 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  5. «História & Fotos». IBGE. 1 de julho de 2013. Consultado em 30 de setembro de 2013 
  6. a b c Instituto Nacional de Meteorologia (INMET). «BDMEP - série histórica - dados diários - precipitação (mm) - Cipó». Consultado em 16 de julho de 2018 
  7. a b INMET. «BDMEP - série histórica - dados diários - temperatura mínima (°C) - Cipó». Consultado em 16 de julho de 2018 
  8. a b c INMET. «BDMEP - série histórica - dados diários - temperatura máxima (°C) - Cipó». Consultado em 16 de julho de 2018 
  9. INMET. «BDMEP - série histórica - dados mensais - precipitação total (mm) - Cipó». Consultado em 16 de julho de 2018 
  10. INMET. «NORMAIS CLIMATOLÓGICAS DO BRASIL». Consultado em 16 de julho de 2018