Manuel Resende

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Manuel Resende (Porto, 1948 - Almada, 29 de janeiro de 2020) foi um jornalista, poeta e tradutor[1] português.

Formado em engenharia mas que não exerceu. Do pai, igualmente engenheiro, herdou o gosto pela poesia e as ideias de [[Esquerda (Politica)|esquerda, que viriam a explodir, como luz em terra obscura, com o Maio de 68, que acompanhou, informado, à distância[2].

As suas últimas preocupações foram a "crise ambiental, a inteligência artificial, a robotização da vida, o futuro"[3].

A sua poesia é "anarquista na forma, surrealista no conteúdo, a sua demanda é a da palavra certa, a que possa ter uma ressonância no mundo"[4].

Para Graça Fonseca, Ministra da Cultura na altura do funeral dele, a obra poética de Manuel Resende, "tão curta quanto intensa, é herdeira e próxima das tradições literárias surrealistas, mas a sua originalidade nunca se deixou limitar por movimentos e grupos". "Os seus poemas demonstram um esforço de movimento e, também, de aprendizagem e abertura às influências porque, como o próprio dizia, 'Aceito todas as influências. Afirmo-me com o que recebo'", observa[5].

Como tradutor para a língua portuguesa foi um dos grandes especialistas em grego moderno[6],

Passou pelas redações dos jornais, nomeadamente seis anos no Jornal de Notícias[7].

Morreu no Hospital Garcia de Orta, em Almada, onde fora internado na sequência de um acidente vascular cerebral[8].

Obras

Publicou três livros, a que juntou as experiências poéticas que atribuiu a um heterónimo (Mika Ahtisaari, nascido em 1960, em Tampere, na Finlândia) e três inéditos e esparsos[9].

  • «Natureza Morta com Desodorizante» (1983)
  • «Em Qualquer Lugar» (1998)
  • «O Mundo Clamoroso, Ainda» (2004)
  • «Poesia Reunida» (2018)

Referências