Fidípides

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Fidípides
Fidípides
Estátua de Fidípides na Estrada de Maratona.
Nascimento cerca de 530 a.C.
Atenas
Morte cerca 490 a.C.
Atenas
Nacionalidade grego

Fidípides (em grego: Φειδιππίδης), foi um soldado ateniense que, segundo Heródoto,[1] foi enviado para buscar ajuda em Esparta antes da batalha de Maratona, em 490 a.C.

Chegou a Esparta um dia depois, tendo corrido uma distância de no mínimo 200 quilômetros. No caminho de volta, conta a lenda que ele encontrou o deus Pan.

A prova da maratona baseia-se em que Fidípides teria corrido os 42 km separando Atenas de Maratona a fim de participar da batalha de mesmo nome contra os persas, na primeira das guerras médicas. Os atenienses acabaram vencendo a batalha, e os persas recuando para os seus navios e partindo em direção a Atenas. Com medo de que os persas se vingassem contra a cidade desprotegida e desavisada sobre o destino da batalha de Maratona, Fidípides teria retornado, sempre correndo, a Atenas para avisar do êxito na batalha. Após ter anunciado a vitória «nenikekamen!», caiu morto, devido à enorme exaustão. Devido ao seu gigantesco esforço, Atenas teve tempo de se organizar, fechar a cidade e passar ilesa ao ataque persa.

Celebrando a versão da corrida ter sido entre Atenas e Esparta, ocorre todos os anos uma prova chamada Spartathlon.

A História de Fidípides segundo Heródoto[editar | editar código-fonte]

Heródoto relata que Fidípides, um hemeródromo, nome que recebiam os correios oficiais que eram capazes de recorrer a passo rápido largas distâncias diariamente, o soldado ateniense foi enviado a Esparta para pedir ajuda quando os persas desembarcaram em Maratona.[2]

Antes de deixarem a cidade, os generais atenienses enviaram a Esparta, na qualidade de delegado, Fidípides, ateniense de nascimento e hemeródromo de profissão. A acreditar no depoimento do próprio Fidípides ao regressar da sua missão, Pã apareceu-lhe perto do monte Partênio, pouco acima da Tégea, chamando-o em altas vozes pelo nome e ordenando-lhe que perguntasse aos Atenienses por que não lhe rendiam nenhum culto, a ele que sempre os tratara com benevolência, sendo-lhes útil em várias ocasiões, como ia sê-lo mais tarde. Os atenienses deram fé às declarações de Fidípides, e quando a situação financeira lhes permitiu, ergueram uma capela a , pouco abaixo da cidadela.

Desde aí, passaram a prestar culto a esse deus, oferecendo-lhe sacrifícios anuais e realizando em sua honra a corrida de fachos.

Chegando a Esparta no dia seguinte ao da sua partida de Atenas, Fidípides, desincumbindo-se da missão que lhe confiaram os generais, apresentou-se diante dos magistrados, dizendo-lhes: “Lacedemônios, os atenienses solicitam o vosso auxílio, impedindo, assim, que a mais antiga cidade da Grécia caia sob o domínio dos bárbaros. A Erétria já foi subjugada, e a Grécia se acha enfraquecida pela perda dessa cidade célebre”. Os lacedemônios, ouvindo essas razões, decidiram prestar socorro aos atenienses, mas não podiam fazê-lo imediatamente, pois não queriam infringir a lei que os proibia de se porem em marcha antes da lua cheia, e estavam apenas a nove do mês.

Enquanto os lacedemônios aguardavam a lua cheia para irem em socorro dos atenienses, Hípias, filho de Pisístrato, concluía o desembarque de suas tropas em Maratona.[3]

De acordo com relatos, Heródoto escreveu o relato 30 a 40 anos depois do acontecimento, e é provável que Fidípides seja uma figura histórica. Correr os 246 km que separavam a Atenas de Esparta em 2 dias, por terreno acidentado, seria uma façanha digna de recordar.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Frost, Frank J. (1979). "The Dubious Origins of the 'Marathon'". American Journal of Ancient History 4 (2): 159–62.
  • Hans W. Giessen, "Mythos Marathon. Von Herodot über Bréal bis zur Gegenwart". Landau: Verlag Empirische Pädagogik (= Landauer Schriften zur Kommunikations- und Kulturwissenschaft. Band 17) (2010). ISBN 978-3-941320-46-8.
  • Heródoto. Historia. Obra completa. Madrid: Editorial Gredos. ISBN 978-84-249-1477-6.

Referências

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