Império da China (1915–1916)
Império da China 中華帝國 | |||||||||
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Região | Ásia | ||||||||
Capital | Pequim | ||||||||
País atual | China | ||||||||
Língua oficial | Mandarim | ||||||||
Religião | Confucionismo | ||||||||
Moeda | Yuan | ||||||||
Forma de governo | Império | ||||||||
Imperador | |||||||||
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História | |||||||||
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A Restauração Imperial Chinesa de 1915-1916 foi a tentativa do estadista e general Yuan Shikai, o Presidente da República da China, de restabelecer a monarquia na China. No entanto, a tentativa de introdução foi um fracasso, colocando em espera o regime republicano, e privando a China de um governo central forte, causando uma fratura no país e criando uma divisão do poder.
Formação[editar | editar código-fonte]
Depois que Yuan Shikai (chinês tradicional: 袁世凱, chinês simplificado: 袁世凯, pinyin: Yuán Shìkǎi) foi instalado como o segundo Presidente da República da China, ele começou a consolidar seu poder e eliminar dos cargos do governo os líderes da oposição. Para garantir seu poder, colaborou com várias potências europeias e com o Império do Japão.
Em agosto de 1915, encarregou Yang Du e outros que apoiaram a buscar apoio para o retorno à monarquia. Em 11 de dezembro de 1915, a assembleia, que estava alinhada com Yuan, o escolheu com unanimidade como o Imperador. Yuan inicialmente recusou, mas, diante da insistência da Assembleia Nacional, imediatamente aceitou, ainda no mesmo dia.[1]
Em 12 de dezembro, Yuan, com o apoio de seu filho Yuan Keding, declarou o início do Império da China, tornando-se Grande Imperador da China (chinês tradicional: 中華帝國大皇帝, chinês simplificado: 中华帝国大皇帝, pinyin: Zhōnghuá Dìguó Dà Huángdì), tendo como nome de Hongxian (chinês tradicional: 洪憲, chinês simplificado: 洪宪, pinyin: Hóngxiàn). No entanto, Yuan não pode realizar um rito formal de ascensão ao trono, já que seus trajes cerimoniais foram sabotados por sua concubina coreana.[carece de fontes] Logo depois, Yuan estabeleceu um sistema de pariato para seus amigos e familiares próximos, igualmente com as pessoas que acreditava que deveriam possuir esse título, geralmente por seu apoio à restauração.[carece de fontes]
A família Aisin Gioro, que então vivia na Cidade Proibida e era considerada[por quem?] mais como monarcas estrangeiros do que chineses, "aprovaram" a ascensão de Yuan, e até se propuseram um "casamento real" entre a filha de Yuan com Pu Yi.
Desintegração[editar | editar código-fonte]
Em 1916, Yuan, além da oposição dos revolucionários, teria a oposição de seus comandantes militares subordinados, que acreditavam que a ascensão de Yuan à monarquia não seria possível sem o apoio dos militares.
Depois de sua subida ao poder, teve início uma rebelião nas províncias, inicialmente em Yunnan, pelo governador geral Cai E e pelo general Tang Jiyao, e em Jiangxi, com o governador Li Liejun. Os revolucionários formaram o Exército de Proteção Nacional e iniciaram a Guerra de Proteção Nacional. Com isto, várias províncias declararam sua independência do Império. Os generais do Exército de Beiyang, subordinados a Yuan e cujos soldados não recebiam pagamentos do governo imperial, não atuaram de forma eficaz contra o Exército de Proteção Nacional. O Exército de Beiyang então sofreu inúmeras derrotas, embora tivessem vantagem tática, de treinamento e de equipamentos sobre os revolucionários.
Com a impopularidade e a fraqueza de Yuan, as potências estrangeiras decidiram retirar o seu apoio e mantiveram-se neutras na guerra. O Império do Japão primeiramente ameaçou invadir, mas logo decidiu por apoiar a derrubada de Yuan, reconheceu que os dois lados estavam em estado de guerra e permitiu que os cidadãos japoneses ajudassem aos republicanos. Confrontado com a oposição vinda de todos os lados, Yuan constantemente adiou os ritos de coroação, a fim de apaziguar seus inimigos. Finalmente, Yuan abandona a monarquia com Liang Shiyi em 17 de março e deixa o cargo em 22 de março. O ano "Hongxian" foi abolido em 23 de março e restaurou-se a República. Yuan reinou apenas 83 dias.[1]
Quando Yuan morreu, em 5 de junho daquele ano, o vice-presidente Li Yuanhong assumiu a presidência, nomeou o general de Beiyang Duan Qirui seu Primeiro-ministro e restaurou a Assembleia Nacional e a Constituição Provisória. No entanto, a autoridade central do governo de Beiyang era extremamente fraca e a dissolução do império mergulhou a China em um período de poder dos senhores da guerra.
Referências
- ↑ a b Kuo T'ing-i et al. Historical Annals of the ROC (1911–1949). Vol 1. pp 207–41.