Anis - Instituto de Bioética

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A Anis - Instituto de Bioética (nome antigo "Anis - Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero"), também conhecida somente por Anis, é uma organização feminista, não-governamental e sem fins lucrativos, fundada em 1999, em Brasília. Sua missão é promover a igualdade e os direitos humanos de mulheres e minorias. A Anis é uma organização reconhecida pelo trabalho de pesquisa e defesa dos direitos humanos em temas como direitos sexuais, direitos reprodutivos, deficiências, saúde mental, violência contra a mulher e sistemas penal e socioeducativo.

A Anis conta com uma equipe multidisciplinar de profissionais com larga experiência em pesquisa com intervenção social. Desde 2002, a Anis está cadastrada no diretório de grupos de pesquisa do Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (CNPq) como instituição de pesquisa em bioética, ciências sociais e ciências humanas. A Anis foi a primeira organização não-governamental, sem fins lucrativos, constituída para a pesquisa, assessoramento e capacitação da bioética na América Latina,[1] visando também a democratização do conhecimento em tal área,[2] e é apontada como um dos principais centros acadêmicos de reflexão bioética no Brasil.[3]

A Anis possui sede em Brasília, desenvolve suas atividades desde 1999, e conta com uma equipe multidisciplinar de profissionais, todos com experiência em bioética. Em 2001, a criou a editora LetrasLivres para servir de mecanismo de divulgação das pesquisas em ética e bioética feminista da instituição.[2] Desde 2002, a ANIS está cadastrada no diretório de grupos de pesquisa do Conselho Nacional de Pesquisa como instituição de pesquisa em bioética e é, também, ponto focal de bioética da Organização Pan-Americana de Saúde.

Em 2008, a Anis foi uma das especialistas nomeadas pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil para cooperar em um caso onde se discute a constitucionalidade da pesquisa com células-tronco (a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 3510),[4] e o documento da Anis recebeu quarenta e dois prêmios internacionais.[5] A Anis também foi uma das especialistas nomeadas pelo Supremo Tribunal Federal para ser ouvida na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 54, em que é discutida a possibilidade de aborto em caso de anencefalia.[6]

Referências

  1. Leo Pessini, Christian de Paul de Barchifontaine. Uma radiografia da bioética no Brasil: pioneiros, programas educacionais e institucionais e perspectivas. In: Bioética na Ibero-América: história e perspectivas. São Paulo: Loyola, 2007, p. 111.
  2. a b Fabiana Paranhos, In: Rev. Estud. Fem. vol.11 no.1 Florianópolis Jan./June 2003. «Desafios de um projeto cultural feminista: a editora LetrasLivres». Consultado em 3 de julho de 2010 
  3. Volnei Garrafa, In: Acta bioeth. v.6 n.1 Santiago jun. 2000. «Radiografía bioética de Brasil» (em espanhol). Consultado em 3 de julho de 2010 
  4. Notadez (5 de março de 2008). «STF julga nesta quarta constitucionalidade de pesquisas com células-tronco embrionárias». Consultado em 3 de julho de 2010 [ligação inativa]
  5. Universidade de Barcelona. «Por que a Ibero-América?». Consultado em 3 de julho de 2010. Arquivado do original em 25 de dezembro de 2009 
  6. Terra (25 de agosto de 2008). «Anencefalia: STF ouve especialistas para julgar aborto». Consultado em 3 de julho de 2010 

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