Laboratório Nacional de Luz Síncrotron

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Laboratório Nacional de Luz Síncrotron
(LNLS)
Laboratório Nacional de Luz Síncrotron
Fotografia panorâmica
Tipo Laboratório Nacional
Instituição de Pesquisa
Síncrotron
Fundação 1997 (27 anos)
Propósito Pesquisa e desenvolvimento
Sede Campinas
 Brasil
Línguas oficiais Português
Filiação CNPEM, MCTIC
Diretor Harry Westfahl Jr.[1]
Antigo nome Laboratório Nacional de Radiação Síncrotron (LNRS) [2]
Sítio oficial lnls.cnpem.br

O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) é uma instituição brasileira de pesquisa em física, biologia estrutural e nanotecnologia desenvolvendo projetos nas áreas de Física, Química, Engenharia, Meio Ambiente e Ciências da Vida. Projetado em 1983, entrou em funcionamento em 1997 e está localizado no distrito de Barão Geraldo, no município de Campinas, no estado de São Paulo.[3]

O LNLS integra o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) com outros três laboratórios nacionais: o Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia de Bioetanol (CTBE), e o Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano).[4]

Aceleradores de partículas[editar | editar código-fonte]

Aceleradores de partículas são equipamentos que fornecem energia a feixes de partículas subatômicas eletricamente carregadas. No tipo síncrotron, um campo elétrico é responsável pela aceleração das partículas (elétrons, na maioria dos casos), e um campo magnético é responsável pela mudança de direção das partículas. O funcionamento se dá através de um campo magnético que causa a deflexão da partícula para uma órbita circular, e cuja intensidade do campo é modulada de forma cíclica, mantendo assim órbitas cujo raio é bastante estável e constante, apesar do ganho de energia e massa consequentemente.

UVX[editar | editar código-fonte]

Acelerador UVX

O LNLS possui um acelerador de partículas (um síncrotron), o UVX, usado como fonte de luz que é o pioneiro desse gênero no Hemisfério Sul e foi projetado e construído no Brasil. O projeto do UVX, também localizado em Campinas começou em 1985, por iniciativa dos físicos Ricardo Lago e Ricardo Rodrigues. Foi inaugurado em 1997 com a presença do então Presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso.[5]

O LNLS é uma instalação com tecnologia avançada no Brasil aberta para ser usada por pesquisadores de qualquer universidade ou empresa do país e do mundo. Era um equipamento único em toda a América Latina e raro no mundo inteiro.[5]

Sirius[editar | editar código-fonte]

Sirius.

No começo dos anos 2000, a tecnologia avançara e o UVX ficara obsoleto em comparação a outros síncrotrons espalhados pelo mundo. Em 2008, José Antônio Brum, diretor do LNLS entre 2001 e 2008, pediu à equipe do laboratório que desenhasse um pré-projeto do novo acelerador. A proposta foi entregue ao então Ministro da Ciência, o físico Sérgio Rezende, durante uma visita ao laboratório.[5]

O Novo laboratório de luz síncrotron 4G, Sirius, foi construído no mesmo local e sua primeira linha de luz, Manacá, foi inaugurada em 2020.[6] O novo acelerador de partículas tem 235 metros de diâmetro e emitância de 0,27 nanômetros-radianos.[7][8]

Entrada principal do Sirius

Representação na cultura[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Diretoria». CNPEM. Consultado em 29 de janeiro de 2021 
  2. «Laboratório Síncrotron: a luz mais brilhante da ciência brasileira começa a se apagar». G1. Consultado em 27 de janeiro de 2019 
  3. Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). «LNLS: uma história de sucesso». Consultado em 9 de abril de 2011 
  4. Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). «CNPEM Acesso a Informação». Consultado em 15 de maio de 2017 
  5. a b c Rafael Ciscati (12 de janeiro de 2017). Revista Época, ed. «O acelerador de partículas de R$ 1,5 bilhão». Consultado em 15 de agosto de 2017 
  6. Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM). «Novo laboratório de luz síncrotron deve começar a operar em 2019». Consultado em 4 de setembro de 2014 
  7. «Novo acelerador de partículas será inaugurado em 2018, em Campinas». Folha de S.Paulo. 19 de janeiro de 2015. Consultado em 19 de janeiro de 2015 
  8. «Sirius: o que é e como funciona o acelerador de partículas ...». Revista Galileu. 19 de novembro de 2020. Consultado em 11 de outubro de 2021 
  9. Alfredo Suppia (26 de setembro de 2011). «Comentário convidado: O Homem do Futuro». Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais. Consultado em 2 de agosto de 2019 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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