Salgado Paraense

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A Microrregião do Salgado

A microrregião do Salgado Paraense é parte integrante da Mesorregião do Nordeste Paraense, e compreende 11 cidades da costa do Pará: Colares, Curuçá, Magalhães Barata, Maracanã, Marapanim, Salinópolis, São Caetano de Odivelas, São João da Ponta, São João de Pirabas, Terra Alta e Vigia.[1]

Características geográficas[editar | editar código-fonte]

O Salgado Paraense está localizado entre a foz do rio Pará e a foz do rio Gurupi, com ecossistemas que incluem manguezais.[2]

Histórico[editar | editar código-fonte]

A origem das principais cidades do Salgado Paraense remonta ao século XVII, com a fundação de Salinópolis (1693) e Vigia (1698); no Período pombalino (século XVIII), as antigas missões jesuítas foram elevadas à condição de vilas e receberam nomes portugueses, como Colares, em 1757. A mudança de status, apenas formal, terminou por desestruturar a organização produtiva criada pelos religiosos (expulsos por ordem do Marquês de Pombal) contribuindo para o esvaziamento populacional da região.[3]

Características econômicas[editar | editar código-fonte]

Inserido na Amazônia Atlântica, o Salgado apresenta como principais atividades econômicas a pesca artesanal e o turismo, sendo este último melhor estruturado na cidade de Salinópolis, com festividades de cunho religioso e profano, como o carnaval. A pesca industrial, voltada para a exportação, está em expansão na região, o que tem causado impacto negativo junto aos pescadores artesanais.[1]

A região compreende ainda as reservas extrativistas Mãe Grande de Curuçá, São João da Ponta, Caeté-Taperaçu, Tracuateua, Araí Peroba, Gurupi-Piriá, Chocoaré-Mato Grosso e Soure, onde predominam atividades ligadas ao artesanato, pesca artesanal e cata do caranguejo (ou de mariscos).[4]

Há ainda exploração da fruticultura nos municípios de Colares, São Caetano de Odivelas e Vigia, principalmente de banana da variedade pacová, de alta produtividade e elevada resistência a doenças.[5]

Referências

  1. a b Karina Pimentel dos Santos; Sandra Maria Fonseca da Costa (2021). «AS ARTICULAÇÕES REGIONAIS DAS CIDADES DE MARÉ NA MICRORREGIÃO DO SALGADO (PA)» (PDF). Editora Realize. Consultado em 1 de maio de 2024 
  2. SILVA, Raimundo Reinaldo Carvalho (2019). «OS MUNICÍPIOS DO SALGADO PARAENSE, O MUNICÍPIO DE CURUÇÁ E A GESTÃO COSTEIRA NO ESTADO DO PARÁ». 1Library. Consultado em 1 de maio de 2024 
  3. TAVARES, Maria Goretti da Costa (2008). «A FORMAÇÃO TERRITORIAL DO ESPAÇO PARAENSE: dos fortes à criação de municípios». Revista ACTA Geográfica. Consultado em 1 de maio de 2024 
  4. «Região do Salgado Paraense». Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. 5 de janeiro de 2021. Consultado em 1 de maio de 2024 
  5. «Caderno de caracterização: estado do Pará» (PDF). CODEVASF. 2022. Consultado em 1 de maio de 2024 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]