Pacto das Quatro Potências

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O Pacto das Quatro Potências, também conhecido como Acordo Quadripartite, foi um tratado internacional entre Grã-Bretanha, França, Itália e Alemanha nazista que foi rubricado em 7 de junho de 1933 e assinado em 15 de julho de 1933 no Palazzo Venezia, em Roma. O Pacto não foi ratificado pelo Parlamento francês.[1]

Antecedentes[editar | editar código-fonte]

No contexto da Grande Depressão e da ascensão nazista ao poder, Benito Mussolini pediu a criação do Pacto das Quatro Potências em 19 de março de 1933 como um meio melhor de garantir a segurança internacional. Sob o plano, as nações menores teriam menos voz na política das grandes potências. Representantes da Grã-Bretanha, França, Alemanha e Itália assinaram uma versão diluída da proposta do Pacto das Quatro Potências de Mussolini.

O principal motivo de Mussolini ao sugerir o pacto foi seu desejo de relações mais estreitas com a França. Embora o propósito de Mussolini possa ter sido acalmar os nervos da Europa, o pacto na verdade causou o resultado oposto. Reafirmou a adesão de cada país ao Pacto da Liga das Nações, aos Tratados de Locarno e ao Pacto Kellogg-Briand.

O pacto pretendia ser a solução para a questão dos poderes soberanos se unirem e operarem de forma ordenada, que havia sido o objetivo da Liga das Nações. O objetivo de Mussolini era reduzir o poder dos pequenos estados da Liga das Nações por um bloco de grandes potências.

O Pacto dos Quatro Poderes teve pouco significado, mas não foi completamente desprovido de mérito.[2] O Pacto das Quatro Potências deveria ser uma solução para o equilíbrio de poder, que era de interesse para a Itália e também para os britânicos.

Resultado[editar | editar código-fonte]

O documento assinado tinha pouca semelhança com a proposta inicial. Na prática, o Pacto das Quatro Potências provou ter pouca importância nos assuntos internacionais, mas foi um dos fatores que contribuíram para o Pacto de Não Agressão Alemão-Polonês de 1934.[3]

Argumentou-se que o Pacto das Quatro Potências poderia ter salvaguardado o equilíbrio de poder europeu com a esperança de equilibrar a paz e a segurança na Europa. No entanto, a Grande Depressão foi abrangente na Europa, e a ascensão de Hitler ao poder também torna a ideia improvável. A dependência da Polônia em relação à França foi enfraquecida. O pacto prejudicou as alianças francesas com os países do Leste Europeu.[3]

Papel de Hitler[editar | editar código-fonte]

A ascensão de Adolf Hitler ao poder foi uma razão adequada para propor arranjos alternativos de poder. No entanto, o que começou como uma alternativa à Liga das Nações terminou como uma reafirmação da devoção a essa instituição falida. Hitler estava disposto a aceitar o triunfo gratuito da morte da Liga das Nações.[4] O pacto logo falhou, mas a Grã-Bretanha, em particular, não descartou facilmente a ideia do Pacto. A saída da Alemanha da Liga suspendeu o Pacto.

Literatura[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. David G. Williamson. "War and Peace: International Relations 1878-1941". 2009. Hodder Education.
  2. Albrecht-Carrie, Rene; Jarausch, Konrad Hugo (Jan 1967). «The Four Power Pact, 1933». The American Historical Review. 72 (2). 571 páginas. JSTOR 1859293. doi:10.2307/1859293 
  3. a b Mazur, Z. "Pakt Czterech." The American Historical Review, Vol. 86, No. 4. (October 1981), p.880
  4. Wallace, W. V. "International Affairs" Royal Institute of International Affairs, Vol. 43, No. 1. (Jan., 1967), pp. 104-105

Fontes[editar | editar código-fonte]

  • Jarausch, Konrad Hugo: "The Four-Power Pact, 1933", in: The American Historical Review, Vol. 72, No. 2 (Jan., 1967), pp. 571–572.
  • Mazur, Zbigniew: "Pakt Czterech", in: The American Historical Review, Vol. 86, No. 4 (Oct., 1981), p. 880.
  • Wallace, W. V.: "International Affairs", in: Royal Institute of International Affairs, Vol. 43, No. 1 (Jan., 1967), pp. 104–105.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]