Pascaline Bongo Ondimba

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Pascaline Bongo)
Pascaline Bongo Ondimba
Nascimento 10 de abril de 1956
Franceville
Cidadania Gabão
Progenitores
Alma mater
Ocupação política, diplomata

Pascaline Mferri Bongo Ondimba (Franceville, 10 de abril de 1957[1]) é uma política gabonesa. Sob o comando de seu pai, o presidente Omar Bongo, foi Ministra das Relações Exteriores de 1992 a 1994 e Diretora do Gabinete do Presidente de 1994 a 2009.

Histórico e carreira política[editar | editar código-fonte]

Nascida em Franceville, Gabão, em 1956,[1] Pascaline Bongo é a filha mais velha de Omar Bongo e Louise Mouyabi Moukala.

Pascaline Bongo foi nomeada Conselheira Pessoal do Presidente da República em 1987[1][2] e entrou no governo como Ministra das Relações Exteriores em junho de 1991. O Presidente Bongo confiou o Ministério das Relações Exteriores a parentes próximos desde 1981.[1] O antecessor imediato de Pascaline nesse cargo foi seu meio-irmão Ali Bongo, que era vários anos mais novo que Pascaline e foi considerado inelegível para um cargo ministerial por uma exigência constitucional de idade.[1][3] No seu primeiro discurso às Nações Unidas, no final de 1991, ela elogiou a expulsão das forças iraquianas do Kuwait e expressou preocupação com a violência na África do Sul. Saudou as reformas na África do Sul, mas também salientou que eram necessárias novas medidas para eliminar totalmente o sistema de apartheid. Observando o colapso do socialismo nos países do Pacto de Varsóvia, afirmou que o mundo estava a testemunhar mudanças rápidas, mas enfatizou a visão do Gabão de que o abismo econômico entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento - o "norte" e o "sul" globais - era o "verdadeiro problema".[2]

Pascaline Bongo permaneceu Ministra das Relações Exteriores até março de 1994, quando o Presidente Bongo nomeou Jean Ping para substituí-la.[4] Ele nomeou Pascaline como Diretora do Gabinete Presidencial na época.[1]

Após a morte de seu pai em junho de 2009, seu meio-irmão Ali foi eleito presidente; imediatamente após assumir o cargo, Ali transferiu Pascaline do seu cargo de Diretora do Gabinete Presidencial para o cargo de Alto Representante Pessoal do Chefe de Estado em 17 de outubro de 2009.[5] Nos anos que se seguiram, Pascaline e Ali teriam tido um relacionamento contencioso.[6]

Vida pessoal[editar | editar código-fonte]

Pascaline Bongo namorou o cantor Bob Marley em 1980-1981 e falou sobre o relacionamento no documentário Marley (2012).

Pascaline Bongo teve um relacionamento com Jean Ping durante o final dos anos 1980 e início dos anos 1990; os dois tiveram dois filhos. No entanto, Ping já era casado e não estava disposto a se divorciar de sua esposa.[1] Finalmente, em 1995, Bongo casou-se com Paul Toungui, um membro proeminente do governo.[1][7]

Referências

  1. a b c d e f g h David E. Gardinier and Douglas A. Yates, Historical Dictionary of Gabon (2006), terceira edição, página 45.
  2. a b "Gabon President's Daughter Debuts at UN as Minister of Foreign Affairs", Jet, 4 de novembro de 1991, páginas 10–11.
  3. Samuel Decalo, The Stable Minority: Civilian Rule in Africa, 1960–1990 (1998), pagina 164.
  4. Historical Dictionary of Gabon, paginas 41 e 264–265.
  5. "Gabon: Nouvelles nominations à la présidence de la République", Gabonews, 17 de outubro de 2009 (em francês).
  6. "Ali and Pascaline fall out over oil", West Africa Newsletter, numero 662, Africa Intelligence, 3 de julho de 2013.
  7. Jean-Dominique Geslin, "La méthode Bongo", Jeune Afrique, 5 de janeiro de 2003 (em francês).

Precedido por
Ali-Ben Bongo
Ministro das Relações Exteriores do Gabão
1992–1994
Sucedido por
Jean Ping