Santos

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Santos

Estância Balneária de Santos

  Município do Brasil  
Do topo, da esquerda para a direita: edifícios da orla da cidade; Monumento dos 100 Anos da Imigração Japonesa no Parque Roberto Mário Santini; jardim frontal da praia; Canal 6 do sistema de drenagem da cidade; Marco da Ponta da Praia e vista da Baía de Santos; navio cargueiro na entrada do Porto de Santos; e vista panorâmica da orla de Santos.
Símbolos
Bandeira de Santos
Bandeira
Brasão de armas de Santos
Brasão de armas
Hino
Lema Patriam charitatem et libertatem docui
"À Pátria, Ensinei a Caridade e a Liberdade"[1][2]
Gentílico santista
Localização
Localização da Estância Balneária de Santos em São Paulo
Localização da Estância Balneária de Santos em São Paulo
Localização da Estância Balneária de Santos em São Paulo
Santos está localizado em: Brasil
Santos
Localização da Estância Balneária de Santos no Brasil
Mapa
Mapa da Estância Balneária de Santos
Coordenadas 23° 56' 13.16" S 46° 19' 30.34" O
País Brasil
Unidade federativa São Paulo
Região metropolitana Baixada Santista
Municípios limítrofes Norte: Santo André e Mogi das Cruzes;
Leste: Bertioga;
Sul:Guarujá (Ilha de Santo Amaro);
Oeste: São Vicente e
Noroeste: Cubatão.
Distância até a capital 77 km[3]
História
Fundação 26 de janeiro de 1546 (478 anos)
Administração
Prefeito(a) Rogério Santos (Republicanos, 2021 – 2024)
Vereadores 21
Características geográficas
Área total [4] 280,674 km²
População total (Censo de 2022) [4] 418 608 hab.
 • Posição SP: 14º
Densidade 1 491,4 hab./km²
Clima tropical (Am)
Altitude 2 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[5]) 0,840 muito alto
 • Posição SP: 3°
PIB (IBGE/2020[6]) R$ 22 073 535,21 mil Aumento
 • Posição BR: 33º
PIB per capita (IBGE/2020[4]) R$ 50 901,03
Sítio www.santos.sp.gov.br (Prefeitura)
www.camarasantos.sp.gov.br (Câmara)

Santos é um município brasileiro no litoral do estado de São Paulo, Região Sudeste do país. É a sede da Região Metropolitana da Baixada Santista e possui a maior participação econômica da citada região. Abriga o maior porto da América Latina,[7] que é o principal responsável pela dinâmica econômica da cidade ao lado do turismo, da pesca e do comércio.[8] Ocupa a 5.ª colocação entre as não capitais mais importantes para a economia brasileira[9] e 10.ª colocada segundo a qualidade de vida.[10] A cidade é sede do poder executivo paulista todo dia 13 de junho (capital simbólica de São Paulo)[11] e não apenas sede de diversas instituições de ensino superior como também da mais antiga entidade geral estudantil do Brasil, o Centro dos Estudantes de Santos.

Santos possui uma economia crescente. Em 2016, a cidade era a 33ª mais rica do país, com produto interno bruto de 21 954 556,74 de reais. Durante um bom tempo, sua economia centrou-se na comercialização do café;[12] em 1922 foi inaugurada a Bolsa Oficial do Café, onde eram negociadas riquezas do mercado cafeeiro para o país,[13] e que resultou no atual Museu do Café abrigado no local atualmente conhecido como Centro Histórico, espaço que promove exposições sobre a trajetória do produto pelo Brasil e pela cidade e que é decorado com obras do artista Benedito Calixto.[14]

Cidade mais populosa do litoral paulista,[15] o principal cartão-postal do município são os 7 km de praia. O Livro dos Recordes situa os jardins da orla de Santos como formadores do maior jardim frontal de praia em extensão do mundo.[16] A preservação e o cuidado com a flora do ambiente praiano santista, permeado de palmeiras e amendoeiras,[17] são resultados de um trabalho em conjunto dos departamentos de meio ambiente da região, muitas vezes ligados a universidades ou a instituições científicas.[18] A estimativa de população em 2020 era de 433 656 habitantes.[4] A Baixada Santista, com 1,7 milhão de habitantes em 2008, é parte — junto com a Grande São Paulo e a Região Metropolitana de Campinas — do Complexo Metropolitano Expandido, uma megalópole que ultrapassava, já naquele ano, os 30 milhões de habitantes (cerca 75% da população paulista) e que é a primeira aglomeração urbana do tipo no hemisfério sul.[19]

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento de 2010 posicionou a cidade de Santos em sexto lugar na lista dos municípios brasileiros por índice de desenvolvimento humano, e em terceiro lugar na lista dos municípios de São Paulo por índice de desenvolvimento humano, sendo um dos municípios menos violentos do país.[5][20] Entretanto, Santos enfrentava (dados de 2011/12) alto custo de vida[21] e constante especulação imobiliária.[22] Além disso, abriga a maior favela de palafitas do país, onde vivem, em dados de 2012, mais de 10 mil pessoas.[23] Santos é uma das cidades mais antigas do país e da América[24] e de grande valor histórico por acompanhar o crescimento e a evolução do Brasil em seus primeiros anos de colônia até os dias atuais, surgindo como um município de valor cosmopolita, portuário, ecológico e cultural.[17]

História[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: História de Santos

Colonização portuguesa[editar | editar código-fonte]

Fundação de Santos, por Benedito Calixto.
Rua do centro histórico da cidade

Verificam-se relatos a respeito da Ilha de São Vicente apenas dois anos após o descobrimento oficial do Brasil, em 1502, com a expedição de Américo Vespúcio para o reconhecimento da costa brasileira. Ao passar pela ilha dantes conhecida pelos indígenas sob o nome de Goiaó (ou Guaiaó), a expedição decidiu dar-lhe o nome do santo do dia, São Vicente.[25][26][27]

A coroa portuguesa interessou-se pouco pela região nos trinta anos que se seguiram à expedição. Durante este tempo, vários corsários e piratas acudiam à região em busca do pau-brasil, madeira nobre que era objeto de cobiça na época, largamente explorada pelos portugueses na Mata Atlântica abundante da região.[25][26][27]

No entanto, em 1531, devido à decadência dos negócios da coroa portuguesa na Índia, o Brasil volta ao centro das atenções. Uma esquadra de demarcação e posse de territórios é enviada pelo monarca D. João III à Ilha de São Vicente. O chefe da esquadra, o navegador Martim Afonso de Sousa, encontra na entrada do atual estuário de Santos (Ponta da Praia) um pequeno povoado e um atracadouro, conhecido como Porto de São Vicente. Um dos degredados trazidos pela expedição de Américo Vespúcio, Cosme Fernandes, fundara aí essa colônia, e prosperava graças ao comércio com os indígenas. A vila de São Vicente também refletia a prosperidade das atividades econômicas de Fernandes.[25][26][27]

Martim Afonso, no entanto, expulsou Cosme Fernandes das terras e ocupou o porto de São Vicente. Também distribuiu sesmarias na parte norte da ilha, conhecida como Enguaguaçu, onde se encontravam terras adequadas ao plantio. Aí, se estabeleceram colonizadores portugueses, tais como Luís de Góis (e sua esposa Catarina de Andrade), Domingos Pires, Pascoal Fernandes, Francisco Pinto, Rui Pinto e os irmãos José e Francisco Adorno, que construíram um engenho perto do atual Morro de São Bento.[25][26][27]

A vida do novo povoado, entre 1530 e 1543, passou a girar em torno do engenho e do plantio. Com a invasão e saqueio da vila de São Vicente por Cosme Fernandes, na Guerra de Iguape, que se vingou por haver sido expulso em 1531 por Martim Afonso de Sousa e, com o maremoto posterior que danificou seriamente essa vila, a população do povoado do Enguaguaçu só fez crescer.[25][26][27]

Casa do Conselho ou Câmara e Cadeia, por Benedito Calixto.

Em 1543, com o término da construção de uma capela num outeiro em homenagem a Santa Catarina (mártir cristã) por Luís de Góis, Brás Cubas conseguiu a transferência do Porto para o sítio do Enguaguaçu, que era mais seguro e o apoio do povoado era necessário para as embarcações que aportavam e para o fornecimento das mercadorias a exportar. O fidalgo português também levou a cabo a instalação de um hospital, nos moldes da Santa Casa de Lisboa, acelerando o desenvolvimento do local. O hospital foi denominado Santa Casa de Misericórdia de Todos os Santos e foi o segundo hospital do Brasil — sendo o mais antigo do país em funcionamento, uma vez que o Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Olinda foi extinto.[28][29] O novo povoado de Enguaguaçu passou então a ser conhecido como o povoado de Todos os Santos. Uma outra hipótese sobre o nome Santos viria do porto de Santos que havia em Lisboa, semelhante ao local do novo povoado. Daí, então a região próxima ao Outeiro era conhecida como "Vila do Porto de Santos", e depois, apenas "Santos".[25][26][27]

Dessa forma, o povoado cresceu em importância: foi elevado à condição de vila por Brás Cubas em 1546 (data controversa, o ano de 1543 também é defendido por certos historiadores), vivendo os seus primeiros anos de ocupação por imigrantes portugueses e espanhóis. A Capela de Santa Catarina se tornou a Igreja Matriz da vila. Ainda hoje, comenta-se o fato de Santos ser uma das poucas cidades que conhecem exatamente o seu local de nascimento: o Outeiro de Santa Catarina, que existe até hoje.[25][26][27]

O Conjunto do Carmo é formado pela Igreja da Venerável Ordem Terceira do Carmo, datada de 1710, com altares de madeira em estilo rococó, e pela Igreja e Convento dos Frades Carmelitas, datada de 1599.
Retábulo da Capela da Venerável Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, da Igreja de Santo Antônio do Valongo

Desenvolvimento colonial[editar | editar código-fonte]

A segunda metade do século XVI foi significativa para Santos: criaram-se a Alfândega de Santos em 1550 — o mesmo ano da chegada dos padres jesuítas para a catequização dos índios tupis que ali moravam em núcleo, o arsenal de defesa em 1552, e instalou-se a ordem dos carmelitas em 1589. Mas também foi uma época em que Santos sofreu com a invasão e com os saques dos corsários, por ser um porto relativamente próspero.[25][26][27]

O saque do pirata Thomas Cavendish, em 1591, deu origem em Santos à lenda do milagre de Nossa Senhora do Monte Serrat, padroeira da cidade. Conta a lenda que a população santista se refugiou num dos morros da cidade, o morro de São Jerônimo, para escapar aos piratas. Neste morro havia uma capela à qual um fidalgo espanhol trouxera uma imagem de Nossa Senhora de Montserrat (daí o nome dado ao morro, Monte Serrat).[25][26][27] A população orava na capela de Montserrat quando os piratas começaram a subir para atacá-los e um deslizamento de terra, atribuído à Santa, os fez fugir. Desde então, Nossa Senhora do Monte Serrat é celebrada como padroeira da cidade, e seu dia é comemorado no dia 8 de setembro. Cavendish também destruiu o Outeiro de Santa Catarina e o Engenho dos Erasmos, sendo um dos responsáveis pelo declínio da incipiente economia canavieira da Capitania de São Vicente.[25][26][27]

Thomas Cavendish permaneceu por dois meses em Santos, saqueando o que podia, chegou a roubar dois sacos de ouro que teriam vindo de uma mina no pico da Jaraguá. Partiram daí para o Estreito de Magalhães com a finalidade de atacar as colônias espanholas, mas devido ter se demorado muito em Santos, pegaram mau tempo no Estreito de Magalhães onde ficaram presos, muitos de sua tripulação morreram de frio e de fome, tendo retornado a Santos para pedir ajuda na Santa Casa.[31]

No século XVII, seguindo uma tendência de toda a Capitania de São Vicente, a vila de Santos entra em um longo e lento processo de estagnação e posterior decadência. Muitos habitantes da vila, na tentativa de buscar uma atividade econômica, se juntavam aos habitantes da vila de São Paulo de Piratininga e partiam nas expedições conhecidas como bandeiras.[25][26][27]

No fim do século XVIII, a vila retoma o desenvolvimento e sua população começa a crescer. A construção da Calçada do Lorena - estrada de ligação de Santos com São Paulo, o desenvolvimento na infraestrutura (iluminação pública, melhoramentos no porto) e a posterior abertura dos portos brasileiros com a vinda da família real portuguesa reativaram o dinamismo econômico da vila.[25][26][27]

Cabe destacar que vários episódios relacionados à independência do Brasil ocorreram em Santos, tais como a rebelião militar dos Quartéis de Santos liderada de Chaguinhas contra a tentativa das Cortes Constitucionais de Lisboa de fazer retroceder o Brasil à condição de colônia, e a passagem de D. Pedro I por Santos justo antes do célebre Grito da Independência. Aliás, note-se que o imperador nunca escondeu sua simpatia pela região, chegando a conferir à sua amante o título de Marquesa de Santos.[25][26][27]

Século XIX[editar | editar código-fonte]

Santos em 1850, por Benedito Calixto.
Torre do relógio da antiga Bolsa do Café em Santos.

Santos foi elevada à categoria de cidade em 26 de janeiro de 1839 quando a Assembleia Provincial (que hoje equivale a Assembleia Legislativa Estadual) resolveu aprovar uma Lei que elevou a Vila de Santos à condição de Cidade, assinada por Venâncio José Lisboa, presidente da Assembleia. Logo, comemora-se a cada dia 26 de janeiro o aniversário da cidade - não apenas o de sua elevação à categoria de Cidade, mas também o da sua fundação por Brás Cubas.[25][26][27] Abaixo segue transcrita a lei de elevação. Era curiosa a metodologia da escrita na forma de fazer e sancionar as leis na época: existia um cabeçalho realmente grande, além do fato de a Lei ser específica (e não como ocorre atualmente, com nuances):

A economia do café no Brasil representou um impulso sem precedentes de crescimento para Santos. A inauguração da ferrovia São Paulo Railway ligando Santos às lavouras cafeeiras de Jundiaí em 1867 foi uma fonte de progresso inestimável, principalmente para o porto. A cidade aumentou sua população sobremaneira, ocupando toda a área entre o porto e o Monte Serrat, e as áreas conhecidas como Paquetá e Macuco. A cidade também fervilhava de ideias: foi um dos centros do movimento abolicionista, com a figura de Quintino de Lacerda e seu famoso quilombo no bairro do Jabaquara. O Teatro Guarany, primeiro grande teatro da cidade e palco de manifestações pela abolição, foi inaugurado em 1888.[25][26][27]

Porto da cidade de Santos no fim do século XIX em foto de Marc Ferrez.

Com a abolição da escravatura e a vinda de mão de obra italiana para substituir o trabalho dos negros, na agricultura, Santos se caracterizou como a porta de entrada do Brasil para os esperançosos imigrantes italianos e japoneses. Muitos acabaram se fixando na própria cidade em vez de seguirem o destino até então traçado para eles.[25][26][27] O aumento populacional também acarretou problemas: uma grande epidemia de febre amarela em 1889 dizimou setecentas pessoas. Santos sofria constantemente com as doenças, com os alagamentos. A falta de saneamento básico era um problema, as doenças e os cortiços também. O Porto de Santos era temido, considerado o "porto da morte". Para sanar tais problemas, duas obras foram fundamentais: o Porto Organizado, inaugurado em 1892 pelos empresários Cândido Gaffrée e Eduardo Guinle, e o Saneamento de Santos, que é o responsável pelo fim definitivo das doenças e pela salubridade de Santos. A genialidade do projeto do engenheiro Saturnino de Brito teve o triplo mérito de drenar as planícies alagadas com os canais de drenagem - hoje marcos da paisagem urbana santista - de preservar a memória histórica do Centro e de ordenar a ocupação urbana da Ilha de São Vicente com um plano de ruas.[25][26][27]

Século XX[editar | editar código-fonte]

Santos durante a Primeira Guerra Mundial, por Benedito Calixto.

Santos se tornou definitivamente uma cidade turística a partir dos anos 1910, com a construção dos hotéis Internacional e Parque Balneário e com a construção dos jardins da orla de Santos a partir de 1935. Até hoje, o turismo em Santos é uma das atividades econômicas principais, ligado principalmente às praias e ao patrimônio histórico.[25][26][27] Durante a ditadura militar brasileira, Santos teve a sua autonomia política suspensa: por abrigar o maior porto do Brasil, a cidade foi designada área de segurança nacional pelo governo, perdendo, assim, o direito de eleger prefeito. O prefeito eleito democraticamente Esmeraldo Tarquínio, foi cassado em 1968, o que representou um duro golpe para a cidade.[25][26][27]

No início dos anos 1980, com o enfraquecimento do regime, pressões políticas pela volta da autonomia cresceram. Finalmente, em 1983, Santos recuperou sua autonomia.[25][26][27] A cidade elegeu de maneira democrática o primeiro prefeito em vinte anos, que era ao mesmo tempo um dos principais nomes do movimento pela autonomia: Oswaldo Justo (ligado ao PMDB).[25][26][27] Em 1989, a cidade foi palco de um marco na história da luta antimanicomial e da reforma psiquiátrica no Brasil quando no dia 3 de maio a então prefeita Telma de Souza decretou a intervenção da Casa de Saúde Anchieta, manicômio conhecido popularmente como "Casa dos Horrores" onde os internos eram submetidos a diversas violações de direitos humanos.[33] Em um ato inédito no país, foram criados cinco Núcleos de Atenção Psicossocial para atender os pacientes egressos do Anchieta, desativado definitivamente em 1996.[34]

Durante a década de 1990, como resultado de um processo vindo já da década de 1980, Santos enfrentou uma crise no turismo devido à piora na balneabilidade das suas praias. A cidade passou a recuperar-se a partir do início da década de 1990, em um trabalho de reversão da imagem negativa adquirida ao longo da década de 1970.[25][26][27] O comércio cresceu na cidade, e surgiram casas noturnas, agências de recepção turística, hotéis e flats. Em 1991, a Bienal de Artes Plásticas de Santos, interrompida por dezoito anos, voltou a ser realizada, no intuito de recuperar a identidade cultural do município. A partir de 1993, a prefeitura passou a investir no turismo, com revitalizações paisagísticas e construções de ciclovias na cidade. Deste modo, Santos foi considerada a cidade mais visitada por turistas estrangeiros no litoral paulista.[25][26][27]

Século XXI[editar | editar código-fonte]

O navio de cruzeiro MSC Opera partindo do Porto de Santos em 2008. Ao fundo: Fortaleza de Santo Amaro da Barra Grande, construída em 1584.

A partir do início do século XXI, ocorreram projetos de revitalização da área central da cidade, reconhecida como Centro Histórico. Foram oferecidos incentivos fiscais às empresas em troca de restaurações de prédios depredados, o que melhorou consideravelmente seu aspecto e trouxe empresas para a região. Programações culturais e artísticas atraíram restaurantes e clubes, como a reativação do Teatro Coliseu Santista e a implantação do Bonde Turístico.[25][26][27]

Nos últimos anos, a cidade contou com grandes empreendimentos principalmente voltados a intervenções logísticas no porto e imobiliárias por prédios voltados à indústria de logística, do petróleo e gás, além de obras para implantação de trecho ferroviário do VLT da Baixada Santista.[35]

No dia 13 de agosto de 2014, um avião caiu sobre uma área residencial do bairro do Boqueirão, matando sete pessoas, incluindo Eduardo Campos, então candidato a Presidência do Brasil.[36]

Geografia[editar | editar código-fonte]

Mapa indicando a área insular e a área continental de Santos.

Divide-se principalmente em duas áreas geográficas distintas: a área continental e a área insular. As duas áreas diferem tanto em termos demográficos, quanto em termos econômicos e geográficos.

Área continental[editar | editar código-fonte]

Estende-se por 231,6 km²,[37] representando a maior parte do território do município. Quase 70% dessa área é classificada como Área de Proteção Ambiental por estar situada dentro dos limites do Parque Estadual da Serra do Mar e por abrigar uma grande área de Mata Atlântica nativa sobre as escarpas da Serra do Mar. Nas partes planas da área continental encontram-se vastas extensões de manguezais ao longo do Canal de Bertioga, cortadas por rios que formam meandros na planície: rios Diana, Sandi, Iriri e Quilombo. Os vales desses rios em geral são ocupados por sítios e bananais, a atividade rural apresentando-se em geral bem rudimentar. Os sítios ocupam uma área chamada de mata de jundu, composta de palmitais e palmeiras locais. Essa mata, no entanto, está seriamente danificada pela ocupação. Essas áreas hoje são consideradas área de expansão urbana pelo Plano Diretor de Santos. A ocupação urbana no local é bem rudimentar e rarefeita, sendo mais representativa nos povoados (bairros) de Iriri e Caruara.

Santos também possui uma área pequena em terras de planalto, no alto da Serra do Quilombo (limites com Santo André, Mogi das Cruzes e Bertioga). O ponto mais alto do município fica a 1.136 m de altitude, próxima a nascente do Rio Itatinga. Ao norte do Rio Quilombo, há problemas ambientais também devido à expansão do Polo Industrial de Cubatão. Ao sul desse vale, no bairro do Sítio das Neves, encontra-se o aterro sanitário municipal, no terreno de uma antiga pedreira. São identificados na região os seguintes bairros, fracamente povoados: Quilombo, Sítio das Neves, Guarapará, Barnabé, Ilha Diana, Monte Cabrão, Trindade, Cabuçu, Iriri, Caruara (na divisa com Bertioga), além das mencionadas áreas de preservação ambiental da Serra do Mar. Em 2011, ainda, foram instituídos os bairros Piaçaguera e Bagres na área.[38]

Área insular[editar | editar código-fonte]

Imagem de satélite da ilha de São Vicente.
Fotografia aérea de Santos
Edifícios residenciais do bairro Gonzaga à noite
Vista de Santos vista do Monte Serrat.

Estende-se sobre a Ilha de São Vicente, cujo território é dividido com o município vizinho de São Vicente. Com uma área de 39,4 km²,[37] densamente urbanizada, abriga quase a totalidade dos habitantes da cidade. Ela compreende uma área plana — extensão da Planície Litorânea do estado de São Paulo — a qual apresenta altitudes que raramente ultrapassam os vinte metros acima do nível do mar, e uma área composta por morros isolados denominada Maciço de São Vicente, de origem antiga e dotada de uma ocupação urbana irregular com uma mescla de tecidos caracterizados por alta e baixa renda, cuja altitude não ultrapassa os 200 metros acima do nível do mar.[carece de fontes?]

Sobre a região plana da ilha de São Vicente já não há quase vegetação, devido ao alto processo de impermeabilização do solo urbano. Na região norte da ilha, nos bairros da Alemoa, do Chico de Paula e do Saboó ainda verificam-se resquícios de manguezais. Antes da ocupação da área plana da ilha por chácaras (e posteriormente pela urbanização), aí encontravam-se vastos terrenos alagados cobertos por manguezais, pela Mata Atlântica e vegetação rasteira próxima à praia. Ainda podemos encontrar nos morros, vastos exemplares de Mata Atlântica nativa, apesar das chácaras e dos bananais existentes. A Lagoa da Saudade, localizada no Morro da Nova Cintra, de baixa altitude, chegou a ser conhecida por abrigar uma espécie de jacaré. A ocupação desordenada representa um risco tanto ambiental quanto geológico: o desmatamento leva a frequentes deslizamentos de terra, sobretudo de janeiro a março, tradicional época de chuvas na região.[carece de fontes?]

A maioria dos rios da parte insular foi canalizada quando o engenheiro Saturnino de Brito projetou o sistema de canais da cidade. Como exemplos, podemos citar o rio Dois Rios e o Ribeirão dos Soldados (atual canal da av. Campos Salles). No entanto, alguns grandes cursos d'água ainda cortam a ilha no norte, como é o caso do rio São Jorge, que sofre de problemas de poluição e sujeito ao assoreamento quando há a ocupação de suas margens por favelas. Dentro dessa povoada área, podemos destacar os principais bairros da cidade em morros ou planície (inclusive, por bairros destacados em sua orla marítima com suas praias).[carece de fontes?]

A orla santista é composto por 6 praias em oito quilômetros de extensão. A orla é urbanizada com 218 800 metros quadrados de jardim urbano à beira-mar.[39] Na Zona Intermediária são identificados os seguintes bairros (entre a orla e o centro) da cidade: Campo Grande, Encruzilhada, Estuário, Jabaquara, Macuco, Marapé, Vila Belmiro, Vila Hayden e Vila Mathias. Foi instituído, ainda, o bairro Chinês a partir da Lei de Uso do Solo de 2011 na área.[38][40]

A Zona Noroeste surgiu após a necessidade de expansão territorial na cidade que, apesar da distância da orla, se desenvolveu e expandiu-se a partir do antigo caminho do mar ao redor dos trilhos de um bonde que seguiu em direção a São Vicente.[41] Integra, de uma forma geral, os mais recentes bairros na cidade: Alemoa, Areia Branca, Bom Retiro, Caneleira, Castelo, Chico de Paula, Piratininga, Rádio Clube, Saboó, Santa Maria, São Jorge, São Manoel, Vila Haddad e Vila Progresso, além de contar com o bairro Ilhéu Alto oficializada a partir de 2011 em um local de morro distante do aglomerado dos outros morros da cidade.[38]

A Zona Central é o ponto inicial da cidade, onde foi fundada a Vila de Santos, atualmente compreende os bairros Valongo, Centro, Paquetá, Vila Nova e Monte Serrat.[40] A Zona Portuária está próxima da região de área central da cidade e estende-se até região contígua ao bairro Ponta da Praia, sendo identificadas as seguintes divisões: Outeirinho, Porto Macuco, Porto Paquetá, Porto Ponta da Praia, Porto Saboó e Porto Valongo.[carece de fontes?]

Clima[editar | editar código-fonte]

Raios durante uma tempestade em Santos

Santos possui clima tropical litorâneo úmido. Os verões são quentes e úmidos, enquanto os invernos têm como característica temperaturas mais amenas e menor incidência de chuvas. Primavera e outono se caracterizam como estações de transição. No verão, a penetração de frentes frias é um fenômeno bastante comum, trazendo chuvas que amenizam as altas temperaturas da época, enquanto no inverno, a incidência de ventos provenientes de noroeste (que normalmente precedem a entrada de frentes frias) chega a elevar as temperaturas acima dos 30 °C durante a tarde, com temperaturas superiores a 25 °C durante a madrugada.[carece de fontes?]

Maiores acumulados de precipitação em 24 horas registrados
em Santos por meses (INMET/CIIAGRO, 1931-2017)[42][43][44]
Mês Acumulado Data Mês Acumulado Data
Janeiro 203,8 mm 11/01/1966 Julho 170,2 mm 20/07/1973
Fevereiro 368,8 mm 18/02/1934 Agosto 63,3 mm 25/08/1966
Março 201,8 mm 12/03/1998 Setembro 103,6 mm 30/09/1945
Abril 149 mm 01/04/1938 Outubro 126,4 mm 30/10/1962
Maio 130,4 mm 01/05/1961 Novembro 140,4 mm 13/11/1966
Junho 97,9 mm 04/06/1985 Dezembro 239,5 mm 17/12/1934

Apesar dessas definições, certas variações de temperatura podem ser sentidas mesmo nas épocas mais quentes ou mais frias do ano. É bastante comum, principalmente no verão, as temperaturas ultrapassarem os 35 °C durante a tarde, especialmente nas áreas mais urbanizadas e afastadas do mar (como no Centro), com sensação térmica podendo chegar aos 40 °C, quando penetram ventos vindos de noroeste. No inverno, a penetração de massas de ar polar provenientes do sul fazem com que os termômetros possam cair até mesmo para abaixo dos 10 °C.[carece de fontes?]

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), de 1931 a 1996, e do Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (CIIAGRO), de 1996 a 2017, a menor temperatura registrada em Santos foi de 4,2 °C em 13 de junho de 2016 e a maior atingiu 40,7 °C em 9 de setembro de 1997.[42][43][44] Fora da série do INMET, foi registrada uma temperatura de 41,7 °C em 27 de janeiro de 2022.[45] O maior acumulado de precipitação em 24 horas, medido pela série do INMET, foi de 368,8 milímetros (mm) em 18 de fevereiro de 1934. Acumulados iguais ou superiores a 200 mm também foram registrados em 17 de dezembro de 1934 (239,5 mm), 11 de janeiro de 1966 (203,8 mm) e 12 de março de 1998 (201,8 mm).[42][43][44]

Dados climatológicos para Santos
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Temperatura máxima recorde (°C) 40 40,3 38,3 37 37 34,5 35,8 38,7 40,8 38,4 40,3 40,7 40,8
Temperatura máxima média (°C) 30,2 31,1 29,8 28,4 25,8 24,8 23,7 24,3 24,7 25,7 27 29,1 27,1
Temperatura média (°C) 26,2 26,9 25,7 24,4 21,6 20,3 19,4 20,1 21 22,5 23,5 25,2 23,1
Temperatura mínima média (°C) 22,3 22,6 21,7 20,3 17,3 15,8 15 15,8 17,2 19,2 20,1 21,3 19,1
Temperatura mínima recorde (°C) 14,6 14,1 15,3 10 8,7 4,2 4,8 4,3 7,2 10,4 8,2 13,6 4,2
Precipitação (mm) 291,4 218,4 229,1 180,5 127,4 92,7 102,6 74,1 134,8 173,6 188,3 240,7 2 053,6
Umidade relativa compensada (%) 80,4 82 82 81 81,8 81,2 82 82,8 83,3 81,9 79,8 79,6 81,5
Horas de sol 130,9 120,9 124,7 127,7 135 118 115,9 95,2 69,9 95,3 122 120,8 1 376,3
Fonte: Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas (CIIAGRO-SP) (climatologia de temperatura/precipitação: 1996-2017; recordes de temperatura: 10/06/1996 a 17/12/2017)[44][46][47][48][49]
Fonte 2: Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) (umidade compensada e horas de sol: 1981-2010; recordes de temperatura de 1931 a 1996)[42][43][50]

Demografia[editar | editar código-fonte]

Vista da região central da cidade

Segundo os dados do Censo de 2010, Santos possuía naquele ano, 419 400 moradores: 419 086 deles moravam na zona urbana (99,93%) e 314 na zona rural (0,07%).[51] De acordo os mesmos dados, 191 912 eram homens e 227 488 mulheres. Naquele ano havia 38 159 pessoas morando em aglomerados subnormais, o que correspondia a 9,13% de sua população.[52] Dos moradores com 10 anos ou mais, 97,8% eram alfabetizados[53] e 11% tinham rendimento nominal mensal abaixo de um salário mínimo.[54]

Em 2022, a população do município foi contada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 418,608 habitantes, sendo o décimo mais populoso do estado, apresentando uma densidade populacional de 1 489,53 habitantes por quilômetro quadrado.[4]

Naquele ano, segundo dados do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a população santista era composta por 71,67% de brancos; 22,33% de pardos; 4,71% de pretos; 1,10% de amarelos; 0,14% ameríndios; além de 0,05% sem declaração. A cidade recebeu imigrantes principalmente durante o século XX.[55]

Região Metropolitana[editar | editar código-fonte]

Mapa dos municípios que integram a Região Metropolitana da Baixada Santista

O intenso processo de conurbação atualmente em curso na região vem criando uma metrópole cujo centro está em Santos e atinge vários municípios, como São Vicente, Praia Grande e Guarujá. A Região Metropolitana da Baixada Santista foi criada mediante Lei Complementar Estadual 815, em 30 de julho de 1996, tornando-se a primeira região metropolitana brasileira sem status de capital estadual.[56]

Estende-se sobre municípios pertencentes tanto à Mesorregião de Santos (sobreposta à Microrregião de Santos) quanto à Mesorregião do Litoral Sul Paulista (mais precisamente, à Microrregião de Itanhaém). Todos os municípios da Região Metropolitana integram o litoral de São Paulo.[56]

A região abrange 2 419,930[57] quilômetros quadrados (corresponde a menos de 1% da superfície do estado de São Paulo). É a 15ª região metropolitana mais populosa do Brasil, com uma população de cerca de 1,6 milhão de moradores fixos, e faz parte do Complexo Metropolitano Expandido, uma megalópole que compreendia em 2008, 12% da população brasileira, ou cerca de 30 milhões de habitantes. Nos períodos de férias, acolhe igual número de pessoas, que se instalam na quase totalidade em seus municípios.[19]

Religião[editar | editar código-fonte]

Catedral de Santos.
Ver artigo principal: Religião no Brasil

Tal qual a variedade cultural verificável em Santos, são diversas as manifestações religiosas presentes na cidade. Embora tenha se desenvolvido sobre uma matriz social eminentemente católica, tanto devido à colonização quanto à imigração — e ainda hoje a maioria dos santistas declara-se católica —, é possível encontrar atualmente na cidade dezenas de denominações protestantes diferentes, assim como a prática do budismo, do islamismo, espiritismo, entre outras.[58]

De acordo com dados do censo de 2010 realizado pelo IBGE, a população santista era composta naquele ano por: 276 590 católicos (65,05%); 56 370 protestantes (13,44%), 34 380 pessoas sem religião (8,20%), 31 876 espíritas (2,31%), 1 657 umbandistas (0,40%), 1 471 budistas (0,35%) e 471 judeus (0,11%).[58]

Santos está localizada no país mais católico do mundo em números absolutos. A Igreja Católica teve seu estatuto jurídico reconhecido pelo governo federal em outubro de 2009,[59] ainda que o Brasil seja atualmente um estado oficialmente laico.[60] A Diocese de Santos, presente na cidade, engloba as paróquias das cidades de Bertioga, Cubatão, Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande e São Vicente. O município está dividido em 23 paróquias.[61]

Governo e política[editar | editar código-fonte]

De acordo com a Constituição de 1988, Santos está localizada em uma república federativa presidencialista. Foi inspirada no modelo estadunidense, no entanto, o sistema legal brasileiro segue a tradição romano-germânica do Direito positivo.[62] A administração municipal se dá pelo poder executivo e pelo poder legislativo.[63]

Antes de 1930, os municípios eram dirigidos pelos presidentes das câmaras municipais, também chamados de agentes executivos ou intendentes. Somente após a Revolução de 1930 é que foram separados os poderes municipais em executivo e legislativo.[64] O primeiro prefeito de Santos foi o Coronel Carlos Augusto Vasconcelos Tavares. Ao longo de vários mandatos, diferentes pessoas já passaram pela prefeitura.[65]

O eleito nas eleições municipais de Santos em 2020 foi Rogério Santos, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), que tomou posse no ano seguinte.[66]

O poder legislativo da cidade de Santos é constituído pela câmara municipal, composta por 21 vereadores eleitos para mandatos de quatro anos (em observância ao disposto no artigo 29 da Constituição[67]) e está composta da seguinte forma: três do PSDB; três do Progressistas (PP); três do Partido Liberal (PL); dois do Democratas (DEM); dois do Partido Socialista Brasileiro (PSB); dois do Partido dos Trabalhadores (PT); dois do Podemos (PODE); dois do Republicanos; 1 do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e 1 do Partido Social Liberal (PSL).[68]

Cidades irmãs[editar | editar código-fonte]

Cidades-irmãs de Santos:[69]

Economia[editar | editar código-fonte]

Porto de Santos, o maior do Brasil.
Praiamar Shopping Center.

O Produto Interno Bruto (PIB) é o maior da Região Metropolitana da Baixada Santista, o 13º do estado de São Paulo e o 33º de todo o país, em 2016. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística relativos a 2016, o PIB do município era de 21.954.556,74 bilhões de reais e o PIB per capita era de 50 544,73 reais.[6]

Em 2010, o Índice de Desenvolvimento Humano era de 0,840, o terceiro maior do estado.[5][73]

De acordo com a Fundação Seade, a cidade tinha em 2012 o 14º maior PIB municipal do país. O montante de riquezas gerado na cidade supera o de outros estados brasileiros, como Alagoas, Sergipe e Tocantins. O setor de turismo e serviços em geral têm importante peso na economia local, mas o Porto de Santos é o maior gerador de receita e renda para a cidade, sendo que o município é a segunda cidade que mais arrecada impostos no estado de São Paulo.[74]

O Complexo Portuário de Santos responde por mais de um quarto da movimentação da balança comercial brasileira é o principal porto do país, e inclui na pauta de suas principais cargas produtos como o açúcar, soja, café, milho, trigo, sal, polpa cítrica, suco de laranja, papel, automóveis, álcool e outros granéis líquidos, em cargas transportadas em contêineres via porto, trilhos e estradas.[75] A área de influência econômica do porto concentra mais de 50% do produto interno bruto (PIB) do país e abrange principalmente os estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Aproximadamente 90% da base industrial paulista está localizada a menos de 200 quilômetros do porto santista.[75] Em 2007, o Porto de Santos foi considerado o 39ª maior do mundo por movimentação de contêineres pela publicação britânica Container Management,[76] sendo o mais movimentado da América Latina.[77]

O orçamento municipal gira em torno de 1,9 bilhão em 2013, segundo estimativa. A renda per capita também figura no início do ranking de cidades brasileiras. Pelo censo de 2010, do IBGE, aparece em 9ª posição, com remuneração média de 1.682,24 reais, maior do que a renda por habitante de capitais como São Paulo (1.495,04 reais) e Rio de Janeiro (1.518,55 reais). O nível de emprego tem se mantido em constante alta na década de 2000, seguindo tendência nacional.[74]

Turismo[editar | editar código-fonte]

Aquário Municipal de Santos.

Entre os principais pontos turísticos de Santos além de suas praias, podemos citar os Jardins da orla de Santos que é o maior jardim frontal de praia em extensão do mundo.[78] O Aquário de Santos (antigo Aquário Municipal de Santos), inaugurado em 1945 pelo então Presidente da República Getúlio Vargas e ampliado em 2006, é o segundo parque público mais visitado do estado e atrai turistas do mundo inteiro.

Outros lugares de interesse são o Museu do Café Brasileiro, o Orquidário Municipal, o Jardim Botânico Chico Mendes, o Teatro Coliseu Santista, o Panteão dos Andradas, o Monte Serrat, e a Estação do Valongo. A Laje de Santos é um lugar muito procurado por mergulhadores. Entre as igrejas de interesse temos a Catedral de Santos, a Igreja Santo Antônio do Embaré, e a Igreja do Valongo.

Santos é um dos 15 municípios paulistas considerados estâncias balneárias pelo estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de Estância Balneária, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.

Parque Roberto Mário Santini, no emissário submarino da praia do José Menino, orla da cidade.

Infraestrutura[editar | editar código-fonte]

Configuração e paisagem urbana[editar | editar código-fonte]

Vista da Avenida Ana Costa, Santos

Basicamente, a rede urbana de Santos é composta de uma malha urbana em formato de tabuleiro de xadrez, fruto do projeto desenvolvido pelo engenheiro Saturnino de Brito. A maioria das grandes vias de circulação estendem-se no sentido norte-sul: são as avenidas arborizadas que margeiam os canais e as avenidas Ana Costa e Conselheiro Nébias (antiga ligação do Centro da Cidade às praias). Elas conectam as praias, ao sul, com o Centro da Cidade, ao norte. O Centro faz face ao braço de mar conhecido por Largo do Caneú.

A avenida Ana Costa pode ser considerada a avenida símbolo da cidade, onde se situam edifícios comerciais, cinemas, bancos e escolas. Suas palmeiras imperiais remontam à década de 1920, e no coração do bairro do Gonzaga (cruzado por essa avenida) ela atravessa a Praça Independência, local tradicional de comemorações da cidade, onde está o Monumento à Independência (com o patriarca José Bonifácio de Andrada e Silva no alto) inaugurado em 1922.

No sentido leste-oeste, as ligações viárias são mais escassas. Elas conectam regiões próximas do Maciço de São Vicente (a oeste) ao Estuário de Santos, face ao qual se estende o Porto (a leste). Três grandes eixos de circulação se destacam nesse sentido: o eixo central, as avenidas Afonso Pena e Francisco Glicério (do bairro Ponta da Praia aos morros via região central à zona leste); o eixo leste que margeia a orla da praia (recebendo vários nomes: Presidente Wilson, Vicente de Carvalho, Bartolomeu de Gusmão e Almirante Saldanha da Gama) e também a avenida paralela à da orla (que também recebe vários nomes: Floriano Peixoto, Galeão Carvalhal, Embaixador Pedro de Toledo e Epitácio Pessoa); e o eixo central-noroeste (formado por vias entre São Francisco e João Pessoa a Francisco Dorneles Vargas, Martins Fontes e acessos tais como Nossa Senhora de Fátima, rodovias, porto-alemoa e morros).

Quanto à paisagem urbana, ao sul da linha férrea, a cidade de Santos é extremamente densa, principalmente nas quadras fronteiras ao mar. Ao centro da ilha (Campo Grande, Encruzilhada, Macuco), a densidade cai (apesar de manter-se considerável) e próximo ao Centro, mais ao norte da ilha, os bairros da Vila Nova, Vila Mathias e Paquetá - áreas nobres no início do século XX - foram convertidas ao longo do século em áreas industriais e, em sua maioria, deterioradas (com proliferação de cortiços e desvalorização urbana). Na Vila Nova localiza-se o Mercado Municipal de Santos.

Canais[editar | editar código-fonte]

Canal 4

Os canais de Santos hoje possuem mais de cem anos de idade, são uma marca característica da cidade. Foram construídos por Saturnino de Brito para drenar os terrenos alagadiços da planície santista e conduzir as águas pluviais, que eram focos constantes de doenças nos verões quentes da cidade, ao mar. O sistema combinou planejamento urbano (arruamento das zonas atravessadas pelos canais) e separação estrita entre redes de águas pluviais e rede de esgotos.

Os canais são numerados sequencialmente e servem como pontos de referência, muito mais do que os bairros ou vias. Entretanto, com a elevação gradativa do nível do mar, foi criado o Projeto Metrópole, financiado pela FAPESP, para pesquisar soluções que previnam as consequências de futuras tempestades e ressacas, pois se observou a ocorrência de erosões na região da orla e enchentes principalmente na região da zona noroeste da cidade. Nesse sentido, com estudos por meio de sistema de georreferenciamento, executa projetos e início de obras de macrodrenagem.[79]

Recalque de edifícios[editar | editar código-fonte]

Prédios na orla de Santos apresentando recalque.

Pelo seu caráter litorâneo e pelo fato de ter sido construída em parte sobre antigos terrenos de manguezais, a cidade de Santos tem um perfil de solos dos mais difíceis no país para a construção de fundações. Por este motivo, uma série de edifícios foram erigidos ao longo do século XX (especialmente a partir da década de 1960) com fundações executadas a partir de equívocos de sondagem ou de projeto. A especulação imobiliária surgida com a explosão do veraneio em Santos foi a responsável por tais erros, já que os edifícios eram construídos rapidamente para abrigar muitos veranistas.

Com o tempo, tais edifícios passaram a sofrer acentuados recalques diferenciais: tornam-se "tortos" (ou seja, perdem o prumo) aos olhos dos pedestres situados na praia. Recentemente os "prédios tortos" da orla de Santos estão virando atração turística: são cerca de 90 prédios com esta característica. Estão concentrados na orla do Boqueirão, Embaré e Aparecida. O reaprumo ou a implosão e reconstrução são soluções possíveis. A primeira opção, menos impactante que a segunda, já foi executada com sucesso no edifício que era considerado o mais inclinado da orla (o denominado 'Núncio Malzoni', no bairro do Boqueirão), o qual tinha mais de 2 metros de inclinação do topo em relação à base[80] (a inclinação da Torre de Pisa na Itália, é de aproximadamente 4 metros). Nesse sentido, a prefeitura busca, junto ao governo federal, uma linha de crédito especial para resolver esse problema tão específico de Santos.

Educação[editar | editar código-fonte]

Santos faz parte da rede mundial de municípios que priorizam a educação, desde 30 de outubro de 2008, quando a cidade foi incluída oficialmente na Associação Internacional das Cidades Educadoras (AICE).[81] Entre as instituições de ensino superior encontra-se a Universidade de São Paulo campus USP Mar,[82] a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), a Universidade Santa Cecília (UNISANTA), a Faculdade de Ciências Médicas de Santos, a Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES), a Universidade Católica de Santos (UNISANTOS), a Universidade Paulista (UNIP), a Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação (ESAMC), o Centro Universitário São Judas Tadeu (UNIMONTE) e a Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo Rubens Lara (FATECRL).

Santos também dispõe da mais antiga entidade geral estudantil do Brasil, o Centro dos Estudantes de Santos, fundado em 1932.[83][84]

Transportes[editar | editar código-fonte]

Cicloviário[editar | editar código-fonte]

Ciclovia na orla.

Em 27 de dezembro de 2003 foi inaugurada a ciclovia na orla da praia de Santos e atualmente cobre toda a área com mais de 7,8 km de extensão e 2,5 metros de largura desde a divisa com São Vicente à Ponta da Praia, possibilitando ainda ligação com a ciclovia da avenida Portuária e o Ferry Boat, ponto de atracação das balsas que fazem a Travessia Santos-Guarujá. A cidade é favorecida pela predominância de ruas planas sem ladeiras e, tendo em vista a alta densidade de veículos automotores competir com a fluidez de tráfego e regiões verticalizadas, implantou ciclovias nas avenidas Francisco Glicério, Afonso Pena, Rangel Pestana, Ana Costa, Martins Fontes e Nossa Senhora de Fátima; na extensão dos canais 1 a 6; a que liga o centro aos bairros passando pelo Túnel Rubens Ferreira Martins; e na Ponta da Praia. Foram implantados, ainda, vários bicicletários pela cidade que funcionam como estação para um serviço municipal de aluguel de bicicletas operados pela empresa Samba.[85]

Aquaviário[editar | editar código-fonte]

Porto de Santos.

Santos possui o maior porto da América Latina, o Porto de Santos. Suas obras começaram em 1888 e o primeiro trecho de cais foi inaugurado em 1892.[86] O porto de Santos é responsável por escoar boa parte das exportações brasileiras e cerca de 70% das exportações de café.[87] Atualmente, o porto encontra-se sob a administração da CODESP (Companhia Docas do estado de São Paulo), com vários terminais operados por concessionárias. O porto de Santos possui o calado de 11 a 13 metros, mas a CODESP prevê obras para que o calado do porto aumente e chegue até 16 metros.

A cidade de Santos possui seis sistemas de travessia do estuário para o Guarujá. No bairro da Ponta da Praia existe a travessia para pedestres através de lanchas e barcas e de automóveis por meio de balsas da Travessia Santos-Guarujá, todos para o bairro de Jardim São José (Praça das Nações Unidas) no município vizinho. O primeiro sistema é administrado por uma cooperativa e os dois últimos pela DERSA (Desenvolvimento Rodoviário S.A.). A travessia que possui o maior fluxo de veículos do mundo nessa categoria, com a quantia de aproximadamente 23 mil veículos ao dia.[88]

Balsa na Travessia Santos–Guarujá.

Na Praça Iguatemi Martins, junto ao Mercado Municipal, existe um serviço de travessia para Vicente de Carvalho feito por pequenas lanchas popularmente conhecidas como "catraias", também operado por uma cooperativa. Este serviço não deixa de ser uma atração santista pois boa parte do trajeto (cerca de 1 km entre o atracadouro Ver atracadouro no Google Maps no meio da cidade e o Estuário) é feito navegando-se pelo que será o Canal 1 (avenida Ulrico Mursa no bairro de Outeirinhos), onde as embarcações passam por debaixo de pontes e de um túnel sob a avenida Portuária Mário Covas.

Por fim, existe ainda um serviço de barcas entre o Centro (Praça da República) e Vicente de Carvalho, operado pela DERSA e também de catraias que partem do terminal de passageiros Ponte Edgard Perdigão (ponte dos Práticos) para o bairro de Santa Cruz dos Navegantes (antigamente denominado Pouca Farinha) e para a praia do Góes Ver praia do Góes no Google Maps, ambos localizados em Guarujá.

Rodoviário[editar | editar código-fonte]

Rodovia dos Imigrantes cruzando a Serra do Mar.

O município de Santos é servido basicamente por três rodovias. O principal acesso é a Via Anchieta (SP-150 ou BR-050), proveniente de São Paulo, a única a atingir a área insular, e que recebe o tráfego proveniente das rodovias dos Imigrantes, Padre Manuel da Nóbrega, Rio-Santos e Cônego Domênico Rangoni (Piaçaguera-Guarujá). Na área continental, a cidade também é cortada pela Rodovia Rio-Santos (SP-55 ou BR-101), proveniente do Rio de Janeiro, e principal acesso a bairros afastados como o do Caruara. Na região do Monte Cabrão, esta rodovia desemboca na Cônego Domênico Rangoni (continuação da SP-55 ou BR-101), cortando a região do Quilombo e terminando na Via Anchieta já em Cubatão, por onde se tem acesso à área insular.[89]

Urbano[editar | editar código-fonte]

O transporte por meio de ônibus é muito utilizado em Santos, sendo quase que totalmente operado por veículos a diesel. Atualmente, Santos é a única cidade brasileira além de São Paulo que possui um sistema de trólebus. O sistema de trólebus de Santos opera com apenas uma linha (Linha 20: Praça Mauá - Praça da Independência) e alguns veículos operam em um novo sistema turístico. Todas as linhas da cidade são operadas pela Viação Piracicabana, que detém a concessão para os serviços de ônibus e trólebus desde 1998. Além do sistema de ônibus, a cidade ainda conta com lotações para os morros e micro-ônibus seletivos, estes operados pela Viação Guaiúba/Translitoral.

Avenida Vicente de Carvalho, Boqueirão

Santos é caracterizada pela grande frota de veículos licenciados na cidade. A cidade possui proporcionalmente, uma das maiores frotas de veículos do Brasil. O trânsito é gerenciado pela Companhia de Engenharia de Tráfego que exerce o controle e fiscalização, algumas vias possuem restrições nos modais e nos estacionamentos viários e o centro da cidade e bairros comerciais contam com estacionamentos privados.

Projetos diversos foram apresentados como alternativas para o deslocamento de milhares de pessoas, que vão desde ponte até um túnel que faria a ligação do município até Guarujá de forma submersa como ligação seca[90] e outro túnel entre a Zona Leste e a Zona Noroeste,[91] todos contando com ciclovia em seus projetos, além de teleférico que auxiliaria com rápido deslocamento de centenas de usuários pelos morros da cidade.[92]

Recentemente, foram executadas obras que tentam conter a ressaca do mar e aumentar a faixa de areia na praia no bairro Ponta da Praia, bem como conter enchentes e trânsito que retardavam a transição na região da entrada da cidade. Em 2020 houve a inauguração de viadutos, sendo o principal elevado no bairro Saboó batizado com o nome do ex-prefeito Paulo Gomes Barbosa, com destaque luminoso em faixa de cores interativas.[93] Também foi inaugurada ligação entre os bairros São Manoel e Bom Retiro com uma nova avenida se chamará Beira Rio, às margens do Rio São Jorge como outro importante acesso à cidade via Zona Noroeste.[94]

Ferroviário[editar | editar código-fonte]

Bondinho do Funicular do Monte Serrat

O sistema funicular do Monte Serrat foi planejado em 1910 e construído em 1923 e liga o centro da cidade ao alto do Monte Serrat Ver trajeto no Google Maps, onde está um grande cassino inaugurado em 1927 (fechado devido à criação da lei que proíbe jogos de azar no Brasil, em 1946) e a Capela de Nossa Senhora do Monte Serrat, padroeira da cidade. Possui dois bondinhos, que operam sempre simultaneamente: enquanto um sobe, o outro desce, e os dois se encontram exatamente na metade do percurso, onde há um desvio.

Santos foi a segunda cidade do país a ter um serviço de bondes (após o Rio de Janeiro).[95] A primeira linha foi inaugurada em 1871, um ano antes de os bondes serem inaugurados na cidade de São Paulo. Em 1909, foi inaugurado o serviço eletrificado, que até então era feito por tração animal ou vapor. O serviço foi desativado em 1971, quando os bondes saíram de circulação por diversos motivos, entre os quais a maior procura pelos ônibus por parte do público. Em 2000, foi inaugurado o bonde turístico do centro histórico, que sai da Praça Mauá, em frente ao Paço Municipal. A linha turística conta com dois bondes que circularam no centro da cidade de Santos e um bonde doado pela cidade do Porto, em Portugal e reformado nas oficinas de Santos.

Vossloh Tramlink V4, composição que opera no sistema do VLT da Baixada Santista.

A cidade possui dois acessos ferroviários que eram utilizados apenas para o transporte de cargas. O primeiro, oriundo da extinta "The São Paulo Railway", construído em 1867 para transportar café, sendo posteriormente a Estrada de Ferro Santos a Jundiaí (1947-1975) e sucedida à Rede Ferroviária Federal (1975-1996), é operado atualmente pela MRS Logística e atinge a cidade proveniente de São Paulo e do ABC Paulista pela região noroeste, passando até Cubatão por meio de transporte com trens elétricos em alta velocidade, que vence o desnível de sua origem e destino por meio de linha férrea com cremalheira em poucos minutos, sendo posteriormente despachado para o bairro do Valongo.[96] Na área portuária, as ferrovias são operadas pela concessionária Portofer.

O outro acesso ferroviário originou-se da extinta Estrada de Ferro Sorocabana (1927-1971) e sua sucessora, FEPASA (1971-1998), sendo posteriormente operado pela concessionária Ferroban. É proveniente do município de Mairinque na região de Sorocaba e chega a Santos pelo bairro do José Menino (sudoeste da área insular). A linha cruza em nível praticamente toda a cidade de oeste a leste até atingir a região portuária no bairro do Macuco. Em face a maior demanda de deslocamento de pessoas, bem como o aumento da frota de veículos, foi desativado para transporte de cargas e entregue em janeiro de 2017 como um sistema metropolitano de transporte de passageiros conhecido por Veículo Leve sobre Trilhos operado pelo consórcio BR Mobilidade a partir do bairro de Barreiros em São Vicente,[97] com uma futura extensão aguardando obras até o bairro do Valongo.[98]

Comunicações[editar | editar código-fonte]

Em Santos há serviços de internet como serviços de banda larga (ADSL) ou fibra ótica, sendo oferecidos pelas principais empresas provedoras de acesso. Na telefonia fixa, a cidade era atendida pela Companhia Telefônica Brasileira (CTB),[99] que construiu as primeiras centrais telefônicas da cidade (Rua Brás Cubas e Rua Tocantins) já desativadas. Em 1973 passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP),[100] que no mesmo ano implantou o sistema DDD e inaugurou a central telefônica da Av. Washington Luís, posteriormente construindo as demais centrais telefônicas. Em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica,[101] sendo que em 2012 foi adotada a marca Vivo[102] para suas operações. O serviço telefônico móvel, por telefone celular, é oferecido por diversas operadoras. O código de área (DDD) de Santos é 013[103] e o Código de Endereçamento Postal (CEP) da cidade vai de 11000-001 a 11249-999.[104]

Cultura[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Cultura de Santos
Museu de Pesca na Ponta da Praia
Fundação Pinacoteca Benedicto Calixto.

Museus[editar | editar código-fonte]

Santos possui vários museus, entre eles o Museu do Café Brasileiro onde funcionava a Bolsa do Café até a década de 1970. Outros museus da cidade são o Museu de Arte Sacra de Santos, o Museu de Pesca de Santos, o Museu De Vaney, o Museu Oceanográfico, o Memorial das Conquistas, o Museu Pelé, o Museu do Porto e o Museu do Mar.

Mídia[editar | editar código-fonte]

A cidade de Santos possui 3 jornais diários, 4 emissoras de televisão comerciais e 10 emissoras de rádio, sendo 4 em FM e 6 em AM. A tradição cinematográfica pela qual a cidade se especializou foi a de curtas metragens, abrigando grandes e importantes festivais da área. Quanto às produções cinematográficas de Santos, podemos citar as de diretores como Chico Botelho (cuja morte não o deixou concluir os longas Janete e Cidade Oculta), Icaro Martins, José Roberto Eliezer, Tânia Savietto, Aloysio Raulino, José Roberto Torero, Renato Neiva Moreira,[105] Hélcio Nagamine, entre outros. Quanto às produções recentes com maior repercussão na cidade podemos citar O Magnata (2007), escrito pelo Chorão da banda Charlie Brown Jr., e Querô (2007), que promoveu testes de jovens atores pela cidade e que legou consequências que refletem até hoje.[106]

Santos também foi muito utilizada pela televisão em minisséries como Um Só Coração, produzida pela Rede Globo de Televisão, que teve 80% de suas cenas gravadas no centro histórico de Santos em outubro de 2003, para apresentação em rede nacional em janeiro de 2004.[107] De fato, a revitalização do Centro Histórico da cidade, a começar por sua iluminação e asfalto, possibilitou a gravação de muitas cenas televisivas que exigiam figurinos e enredos de época.[108] No caso de Um Só Coração, o objetivo era retratar a década de 1920 e como tal foram utilizadas locações como a Rua XV de Novembro e o interior da Bolsa Oficial do Café.[109] Entre os atores que gravaram no centro da cidade estão Ana Paula Arósio, Tarcísio Meira, Letícia Sabatella, Ângelo Antônio, Herson Capri, Erik Marmo, Maria Fernanda Cândido, Marcello Antony, sem contar os figurantes da própria cidade. Além de minisséries, a telenovela de 1977 Éramos Seis, escrita por Silvio de Abreu, na Tupi, também teve algumas cenas rodadas na praia, no bonde e nos jardins do Orquidário encenadas por Nicette Bruno, Riccelli, e Strazzer.[106]

Música e dança[editar | editar código-fonte]

A banda santista Charlie Brown Jr durante apresentação em Porto Alegre, em 2012.

A cidade possui nomes de renome no cenário musical brasileiro, como a banda Charlie Brown Jr.. Santos também é considerada celeiro de bons bateristas[110] e berço de bandas de rock como Balara, Garage Fuzz, Bula e Zimbra.[111][112][113] Dentre os músicos nascidos na cidade estão artistas como Leny Eversong, Gilberto Mendes, Haroldo Lara, Almeida Prado, Renato Teixeira e Tulipa Ruiz.[114]

A dança também é muito renomada na cidade de Santos. Ela é sede de alguns festivais renomados de dança como o Fidifest, o Fesadan e o Santos Dance Festival. Algumas escolas renomadas são a Balé Jovem de São Vicente e a Escola de Bailado de Santos. Esse último é especializado em "ballet adulto" e a única escola da cidade de Santos que oferece a modalidade "Dança Contemporânea de Salão".[carece de fontes?]

Desde 1962 abriga o Festival Música Nova "Gilberto Mendes"[115] é um evento internacional e anual de música contemporânea idealizado por Gilberto Mendes (Santos, 1922-2016).

Cinema[editar | editar código-fonte]

Cinemark do Praiamar Shopping Center.
Fachada do Cine Roxy em Santos.

Santos é uma cidade relativamente cinematográfica. Zé do Periquito (1960), de Mazzaropi, possui algumas cenas de entrada e saída de navio da Ponta da Praia.[116] Estas cenas foram as primeiras filmagens vistas pelo crítico santista Rubens Ewald Filho, aos quinze anos, e que ele tentou retomar num ângulo parecido no seu primeiro e único curta-metragem intitulado José Bonifácio que Ninguém Conhece, hoje perdido nos "meandros" da produtora Faculdade de Comunicação da Católica.[116] Antes e depois do filme de Mazzaropi, Santos já havia sido e continuou sendo palco cinematográfico. Outros exemplos notórios inclui a versão original com Vera Nunes de Presença de Anita (1951), de Ruggero Jacobbi, Asa Branca - Um Sonho Brasileiro (1981), de Djalma Batista, com Walmor Chagas e Edson Celulari numa sequência no Gonzaga na fonte luminosa, O Rei Pelé, de Carlos H. Christensen, na cena em que o garoto que interpreta Pelé vê o mar pela primeira vez ao lado de Lima Duarte, o curta Domingo no Parque, de Isaías Almada, que logo depois da música homônima de Gilberto Gil utilizou uma roda-gigante que existia no Itararé.[116]

Outros filmes inclui o único filme do galã Hélio Souto, com Norma Bengell, onde há uma passada na ilha Porchat em 1960, um certo Leg da década de 1960 e que várias figuras da sociedade participaram sem saberem que o diretor era um vigarista de Portugal, A Flor do Desejo de Guilherme de Almeida Prado, onde Sandra Bréa foi substituída por Imara Reis (que acabou recebendo ótimas críticas), Bellini e a Esfinge (2001), de Roberto Santucci, filme alemão com Erika Remberg rodado no cais da cidade, além do filme policial A Mulher do Quarto 13 (1932) com Brian Donlevy e Andréa Bayard.[106]

Santos também possui uma tradição na exibição de filmes. Durante muitas décadas possuiu diversos edifícios cujo principal foco era o cinema e, embora tenha modernamente perdido muitas salas, nenhuma cidade de seu tamanho tivera um número tão grande de alternativas em assistir desde cinema-lançamentos até filmes b, desenhos animados e tchecos, russos, italianos.[117] A cidade também desenvolveu um projeto que funcionou durante muitas décadas, o Clube de Cinema, o primeiro do país, e acompanhou toda a criatividade do cinema exterior e nacional.[117]

Literatura[editar | editar código-fonte]

Poeta Martins Fontes.

Santos tem sido uma fonte de inspiração para muitos autores, conterrâneos ou estrangeiros, e possui uma longa tradição de publicação poética importante na literatura brasileira.

Talvez dois dos seus mais famosos poetas sejam Vicente de Carvalho e Martins Fontes. O primeiro, embora tenha se dedicado a um complexo de atividades, é mais conhecido por ter sido chamado de "O Poeta do Mar" dada à sua dedicação a escrever poemas dedicados à praia de Santos, e foi membro da Academia Brasileira de Letras, deixando uma prolífica obra literária e jurídica. Sua magnum opus, Poemas e Canções (cujo prefácio foi escrito por Euclides da Cunha), publicada primeiramente em 1908, chegou modernamente à sua 17ª edição - fato raro na literatura nacional.[118]

Carvalho apoiou-se numa tradição lírica que nos remete a Victor Hugo e foi um grande divulgador da cidade como advogado e jurista,[119] e hoje sua importância é refletida num dos nomes de uma das ruas da cidade. Martins Fontes, por sua vez, é mais conhecido por seus sonetos parnasianos, embora também tenha se tornado popular como médico da Santa Casa. Foi um grande colaborador dos ideais e das ambições de seu tempo;[120] seu túmulo no Cemitério do Paquetá é um dos mais visitados na cidade e sua morte foi muito noticiada.[121][122]

Teatro[editar | editar código-fonte]

Provavelmente Santos seja a cidade do interior paulista mais profundamente ligada ao movimento teatral.[123] O teatro em Santos se desenvolve e se desenvolveu dentro dos principais locais para a arte dramática: Teatro Municipal Brás Cubas, Teatro de Arena Rosinha Mastrângelo, Teatro do SESC, Teatro do SESI e, curiosamente, nas praças públicas.[124]

Pagu, a primeira presidente da União de Teatro Amador de Santos.

Patrícia Galvão, mais conhecida como Pagu, foi a primeira presidente da União de Teatro Amador de Santos que no ano de 1958 iniciou a organização do movimento na cidade. Pagu foi uma grande pioneira do teatro na cidade; escrevendo para o A Tribuna, conseguiu patrocínios e realizou os primeiros festivais de teatro de Santos.[124] Os festivais continuaram suas atividades pela Federação Santista de Teatro Amador com o nome FESTA - Festival Santista de Teatro Amador. A partir de 2009 a Federação Santista de Teatro Amador já estava extinta mas o festival continuou com o mesmo nome FESTA, porém agora como Festival Santista de Teatro, abolindo a palavra "Amador" e tornando-se um festival nacional de teatro. Hoje o FESTA - Festival Santista de Teatro é o festival em atividade mais antigo do Brasil, recebendo a Ordem do Mérito Cultural 2011 pelo Ministério da Cultura. O festival continua sendo realizado e produzido pelo Movimento Teatral de Santos, formado por diversos grupos da cidade, tendo como seu representante jurídico a Associação dos Artistas do Litoral Paulista. Alguns grupos da cidade se destacam como Trupe Olho da Rua, Os Pernilongos Insolentes, Teatro Widia, Cia Own, Os Phantanas. Pagu era conhecida como a "musa" da Semana de Arte Moderna e escolheu Santos como a última cidade em que viveu.[124] Estreitou relações com José Greghi Filho (ator e dramaturgo santista) e promoveu a campanha para a construção do Teatro Municipal que hoje leva seu nome.[124]

Plínio Marcos e Carlos Alberto Soffredini são dois dos mais conhecidos e aclamados dramaturgos da cidade. Marcos iniciou sua carreira na companhia de Cacilda Becker e Walmor Chagas no início da década de 1960 e escreveu peças como Navalha na Carne e Dois Perdidos Numa Noite Suja que soaram de cunho sociopsicológico e foram proibidas na época.[125] Plínio prosseguiu sua carreira também como ator e na década de 1970 trabalhou ao lado de Gianfrancesco Guarnieri, Oduvaldo Viana Filho, Jorge Andrade, Nelson Rodrigues e Abílio Pereira de Almeida.[126] Nesta época, surgia outro dramaturgo na cidade, Soffredini, autor de Mais Quero Asno que Me Carregue, e que ao lado de Marcos figura como um autor expoente do moderno teatro do Brasil.[126] No teatro infantil da cidade, destaca-se Oscar Von Pfhul, cunhado de Paulo Autran, e que possui projeção internacional.[126]

Muitos outros nomes famosos surgiram do teatro santista; entre estes nomes destaca-se os de Serafim Gonzalez, Paulo Lara, Tanah Corrêa, Sérgio Mamberti, Cláudio Mamberti, Bete Mendes, Jandira Martini, Wilson Geraldo, Ney Latorraca, Nuno Leal Maia, Alexandre Borges, Oscar Magrini, Paulo Vilhena, etc.

Esportes[editar | editar código-fonte]

Picuruta Salazar e jovens estudantes de surfe em Santos, onde o esporte começou no país.

O esporte em Santos talvez seja um dos temas de maior projeção da cidade. Possui uma grande tradição nos mais variados esportes com constante auxílio de projetos sociais e educacionais. A começar pelo mar, temos o surfe santista que, apesar das ondas calmas da praia, possui um papel particular na história do surfe brasileiro e mundial: foi em Santos que o esporte começou a se desenvolver no país.[127][128] Desde a década de 1930, os surfistas utilizavam pranchas de madeira oca e surfavam na praia do Gonzaga.[129] A carreira dos pioneiros da modalidade no Brasil, os irmãos Thomas Rittscher Júnior e Margot Rittscher, está exclusivamente ligada a Santos e aos nomes de santistas como Osmar Gonçalves e João Roberto Suplicy Hafers, que formam, juntos, o que o jornalismo de hoje diz ser os primeiros surfistas do Brasil.[130] Mais tarde, o surfe santista foi aprimorado e melhor divulgado por parte de escolas (como a Escolinha Radical, no Posto 2, liderado pelo primeiro surfista profissional brasileiro, Cisco Aranha) e de universidades, revelando nomes como Picuruta Salazar, que tornou-se o "maior" símbolo do esporte na cidade,[131] e Renata Agondi, pessoas que renderam influência à posterioridade. Picuruta, além de criar escolinhas para crianças, também desenvolve projetos paralelos em lugares como o Havaí, oportunidade pela qual jovens talentos da cidade podem assumir responsabilidades internacionais.[132]

Estádio Urbano Caldeira, conhecido popularmente como "Vila Belmiro", casa do Santos Futebol Clube.

No futebol, a cidade foi palco de grandes jogadores, desde Araken Patuska[133] por volta dos anos 20, passando por Pelé nos anos 60 até Neymar entre os anos de 2009 e 2012. A cidade é sede de três clubes, sendo o de maior destaque o Santos Futebol Clube, que é reconhecido internacionalmente, possuindo entre suas principais conquistas três Copas Libertadores da América e dois títulos Mundiais Interclubes, além de oito títulos de Campeão Brasileiro. Joga no Estádio Urbano Caldeira, mais conhecido como "Vila Belmiro". Os outros dois clubes são a Associação Atlética Portuguesa (conhecida popularmente como Portuguesa Santista), que joga no Estádio Ulrico Mursa, e o Jabaquara Atlético Clube que joga no Estádio Espanha. Esses três clubes realizam os clássicos do futebol de Santos quando se confrontam. Também está localizado em Santos o Estádio Municipal Paulo César de Araújo (Estádio Pagão), que se encontra na Zona Noroeste da cidade.[134] Um quarto time de futebol, o Litoral Futebol Clube, chegou a existir em Santos, mas encerrou suas atividades em 2008.[135]

Outro esporte da cidade é o Iatismo (ou vela), praticada no Clube Internacional de Regatas e que tem como destaque a flotilha da Classe Snipe. Além de diversos eventos de snipe, a cidade também é sede de etapas do Campeonato Paulista de Vela Oceânica e é largada da tradicional regata oceânica Santos-Rio. Santos também conta com um polo do projeto "Navega São Paulo" que ensina esportes náuticas às escolas públicas, entre eles a vela. O Tamboréu, por sua vez, é um esporte que nasceu em Santos[136] e hoje é bastante praticado em toda a Baixada Santista. O jogo parecido com o tênis no que diz respeito às regras, é jogado com "raquetes" com o formato de um pandeiro (o tamboréu). A rede possui um metro de altura.

Feriados municipais[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

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  134. Págino no site www.turismosantos.com.br[ligação inativa]
  135. Adilson Barros (20 de outubro de 2010). «Brasil Afora: Jabaquara, ex-carrasco de Pelé, hoje sobrevive graças ao Rei». GloboEsporte.com. Consultado em 20 de junho de 2012 
  136. «Página da prefeitura de Santos». Consultado em 14 de agosto de 2007. Arquivado do original em 14 de agosto de 2007 

Bibliográficas[editar | editar código-fonte]

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  • FONSECA, Claudia. Pátria Vermelha: Comunismo em Santos 1930-1964. Fundação Dinarco Reis, 2002.
  • FRIGEIRO, Angela & OLIVEIRA, Yza. Santos: a Geografia Através dos Mapas. Santos, A3, 1991.
  • GONÇALVES, Arlindo. A Lutas e Sonhos: Cultura Política e Hegemonia Progressista em Santos (1945-1962). São Paulo, Unesp, 1995.
  • GRIEG, Maria. Café: Histórico, Negócios e Elite. São Paulo, Olho d'Água, 2000.
  • MATOS, Maria. Trama e Poder: Trajetória e Polêmica em torno das Indústrias de Juta. Rio de Janeiro, Sette Letras, 1996.
  • PEREIRA, Maria. Santos nos Caminhos da Educação Popular (1870-1920). São Paulo, Loyola, 1996.
  • RODRIGUES, Olao. História da Imprensa em Santos. Santos, s.n., 1979.
  • SANTOS, Francisco. História de Santos. São Paulo, Revista dos Tribunais, 1937.

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