Sebastião Leme da Silveira Cintra

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Sebastião Leme da Silveira Cintra
Cardeal da Santa Igreja Romana
Arcebispo do Rio de Janeiro
Info/Prelado da Igreja Católica
Atividade eclesiástica
Diocese Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro
Nomeação 18 de abril de 1930
Predecessor Joaquim Cardeal Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti
Sucessor Jaime Cardeal de Barros Câmara
Mandato 1930 - 1942
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral 28 de outubro de 1904
Nomeação episcopal 24 de março de 1911
Ordenação episcopal 4 de junho de 1911
Vaticano
por Joaquim Cardeal Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti
Nomeado arcebispo 29 de abril de 1916
Cardinalato
Criação 30 de junho de 1930
por Papa Pio XI
Ordem Cardeal-presbítero
Título São Bonifácio e Santo Aleixo
Brasão
Lema COR UNUM IN ANIMA UNA
Um coração em uma alma
Dados pessoais
Nascimento Espírito Santo do Pinhal
20 de janeiro de 1882
Morte Brasil Rio de Janeiro
17 de outubro de 1942 (60 anos)
Nacionalidade brasileiro
Progenitores Mãe: Ana Pio da Silveira Cintra
Pai: Francisco Furquim Leme
Funções exercidas -Bispo auxiliar do Rio de Janeiro (1911-1916)
-Arcebispo de Olinda e Recife (1916-1921)
-Arcebispo-coadjutor do Rio de Janeiro (1921-1930)
Títulos anteriores -Bispo titular de Orthosias in Phoenicia (1911-1916)
Sepultado Santuário do Coração Eucarístico de Jesus
dados em catholic-hierarchy.org
Cardeais
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Sebastião Leme da Silveira Cintra, o Cardeal Leme GCC (Espírito Santo do Pinhal, 20 de janeiro de 1882Rio de Janeiro, 17 de outubro de 1942), foi o segundo cardeal brasileiro. Foi Arcebispo de Olinda e Recife e Arcebispo do Rio de Janeiro.

Exerceu relevante papel nos dias finais da Revolução de 1930, quando convenceu o renitente presidente Washington Luís Pereira de Sousa a entregar o poder aos revoltosos.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascido em Espírito Santo do Pinhal, interior de São Paulo, era filho de Francisco Furquim Leme e Dona Ana Pio da Silveira Cintra.[1] Estudou na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, entre 1897 e 1904. Ordenado padre em 28 de outubro de 1904, em Roma, regressa nesse mesmo ano ao Brasil. Foi pró-vigário geral de São Paulo, entre 1909 e 1911.[2]

Eleito bispo-titular de Orthosia da Fenicia e nomeado bispo-auxiliar de São Sebastião do Rio de Janeiro, em 24 de março de 1911, foi consagrado em 24 de junho, em Roma, pelo Cardeal Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti, arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, assistido por Dom Francisco do Rêgo Maia, arcebispo titular de Nicopoli al Nesto, e por Don Juan Nepomuceno Terrero y Escalada, bispo de La Plata.[2] Foi promovido a sé metropolitana de Olinda em 29 de abril de 1916, tornou-se também arcebispo de Recife quando a Sé foi unida a Olinda, em 29 de abril de 1918. Nomeado arcebispo-titular de Pharsalus e nomeado arcebispo-coadjutor do Rio de Janeiro, com direito de sucessão, em 15 de março de 1921. A 20 de Agosto de 1928 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo de Portugal.[3] Sucedeu à sé metropolitana de São Sebastião do Rio de Janeiro em 18 de abril de 1930, após a morte do cardeal Arcoverde.[2]

Em pintura de Décio Villares, no Museu Paulista.

Foi criado cardeal-presbítero no consistório de 30 de junho de 1930, recebendo o barrete cardinalício e o título de Ss. Bonifacio ed Alesio em 3 de julho.[2] No momento do seu desembarque no Rio de Janeiro, em 19 de outubro, ocorria a Revolução de 1930, momento que teve de desempenhar a figura de conciliador.[1] Dadas as forças em embate, conseguiu convencer Washington Luís a deixar o governo, antes de um possível derramamento de sangue.

O Arcebispo D. Sebastião Leme à frente do cortejo fúnebre do Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, rumo à Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, em abril de 1930.

Legado papal para a consagração do monumento do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro em 14 de setembro de 1931, para o Congresso Eucarístico Nacional, na Bahia, em 15 de junho de 1933 e para o Congresso Eucarístico Nacional, em Belo Horizonte, em 27 de julho de 1936. Legado papal ao Concílio Plenário do Brasil e do Congresso Eucarístico Nacional, em Recife, em 21 de julho de 1939.[2] Foi fundador da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, em 1941.[2] A PUC-Rio dedicou a D. Leme da Silveira o primeiro dos edifícios que atualmente compõem o seu campus na Gávea, o edifício Cardeal Leme.

Faleceu no Rio de Janeiro em 17 de outubro de 1942 em seu aposento do Palácio São Joaquim.[2] Está sepultado no Santuário do Coração Eucarístico de Jesus, na cidade do Rio de Janeiro.

Conclaves[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Biografia do Cardeal Silveira da Cintra
  2. a b c d e f g The Cardinals of the Holy Roman Church
  3. «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Sebastião Leme". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 24 de março de 2016 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Sebastião Leme da Silveira Cintra


Precedido por
Grégoire Grassi, O.F.M.

Bispo titular de Orthosias in Phoenicia

1911-1916
Sucedido por
Emilio Ippolito Ulivelli, O.F.M.
Precedido por
Luís Raimundo da Silva Brito
Brasão arquiepiscopal
Arcebispo de Olinda e Recife

1916 - 1921
Sucedido por
Miguel de Lima Valverde
Precedido por:
Joaquim Cardeal Arcoverde
de Albuquerque Cavalcanti
brasão episcopal.
Arcebispo do Rio de Janeiro

1930 - 1942
Sucedido por:
Jaime Cardeal de Barros Câmara
Brasão arquiepiscopal
Cardeal-Presbítero de
São Bonifácio e Santo Aleixo

1930 - 1942