Templo do Divino Rômulo

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Templo do Divino Rômulo
Templo do Divino Rômulo
Templo do Divino Rômulo
Templo do Divino Rômulo
Vista aérea
Tipo Templo romano
Construção 309 a.C.
Promotor / construtor Maxêncio
Website
Geografia
País Itália
Cidade Roma
Localização VIII Região - Fórum Romano
Coordenadas 41° 53' 31" N 12° 29' 15" E
Templo do Divino Rômulo está localizado em: Roma
Templo do Divino Rômulo
Templo do Divino Rômulo

Templo do Divino Rômulo (português brasileiro) ou Templo do Divino Rómulo (português europeu) é um antigo templo romano localizado na Via Sacra do Fórum Romano, em frente da Casa das Vestais[1], entre o Templo de Antonino e Faustina e a Basílica de Maxêncio[2].

Função[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Templo de Júpiter Estator

A identificação deste monumento ainda é motivo de debate entre os estudiosos. Durante muito tempo, ele foi identificado como sendo o templo dedicado a Valério Rômulo, o filho deificado do imperador Maxêncio, uma teoria que se apóia em seu nome tradicional, "Templo de Rômulo", conhecido desde a Idade Média e também por sua representação como sendo um templo circular nas moedas cunhadas na época de Maxêncio com a mensagem "Aeternae Memoriae"[3].

Atualmente acredita-se que a estrutura seja da época de Constantino e que originalmente era consagrado aos Penates. É possível que o templo original ficasse na área ocupada pela Basílica de Maxêncio e que tenha sido reconstruído no local atual quando a obra terminou.

Outra teoria identifica este templo como sendo o templo dedicado a Júpiter Estator, construído, segundo a lenda, por Rômulo e reconstruído no início do século III a.C. pelo cônsul Marco Atílio Régulo[3]. Sua localização corresponde de fato à localização do templo, pouco adiante da antiga Porta Mugônia, que dava acesso ao Palatino, perto da Régia. Esta identificação é parcialmente sustentada pelos antigos catálogos regionais constantinianos, que situavam o Templo de Júpiter Estator na Região IV[3].

História[editar | editar código-fonte]

Segundo a hipótese de que este templo seja o templo de Rômulo e não o de Júpiter Estator, a construção teria começado depois de 309, quando Valério Rômulo foi deificado[2]. Uma parte da inscrição dedicatória, ainda visível no século XVI, mencionava o nome de Constantino, o que implica que ele teria se apropriado do templo depois de derrotar Maxêncio[4][2].

No século VI, uma parte de um edifício retangular do Fórum da Paz foi transformado na igreja de Santi Cosma e Damiano e o Templo de Rômulo, que fica encostado, acabou integrado à nova igreja depois da abertura de uma passagem[3].

Em 1632, a porta de bronze e as colunas de pórfiro foram reutilizadas na reconstrução da entrada em um nível da rua mais alto (por causa das escavações no local)[3].

Atualmente, o edifício está bem conservado, o que se deve principalmente à sua função como igreja. Contudo, as duas salas laterais praticamente desapareceram e somente as colunas de entrada da sala norte ainda estão de pé.

Descrição[editar | editar código-fonte]

O Templo de Rômulo tem uma arquitetura singular. Trata-se de um templo de planta circular de tijolos[2] coberto por uma cúpula[1] e flanqueado por duas salas na abside. Sua fachada é curvilínea e a porta de bronze no centro está flanqueada por dois pares nichos que provavelmente abrigavam estátuas antigamente[1]. As duas salas laterais, profundas e estreitas, terminavam em uma abside e estavam ligadas à cela central. Na entrada de cada uma havia um par de colunas em mármore cipolino assentadas em altos pódios[1].

Segundo a hipótese que identifica este templo com o Templo de Júpiter Estator, as duas salas laterais podem ter sido dedicadas aos Penates, desalojados de seu templo no monte Vélia pela Basílica de Maxêncio[5].

Referências

  1. a b c d Coarelli 2007, p. 89.
  2. a b c d Platner & Ashby 1929, p. 450.
  3. a b c d e Coarelli 2007, p. 90.
  4. CIL VI, 1147
  5. Coarelli 2007, p. 91.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]