Base Aérea de Belém
Esta página ou seção foi marcada para revisão devido a incoerências ou dados de confiabilidade duvidosa.Março de 2021) ( |
Este artigo não cita fontes confiáveis. (Março de 2021) |
A ALA 9 (antiga Base Aérea de Belém - BABe) é uma base da Força Aérea Brasileira localizada na cidade de Belém do Pará. Estão sob sua jurisdição os estados do Amapá, Maranhão e Pará, estando subordinadas à Ala 9 todas as organizações militares antes pertencentes ao I Comando Aéreo Regional (I COMAR).
Unidades aéreas FAB
[editar | editar código-fonte]Atualmente operam na Base Aérea de Belém as seguintes unidades da FAB:
- Primeiro Esquadrão de Transporte Aéreo (1º ETA), o Esquadrão Tracajá com aeronaves C-95B (Embraer EMB-110 Bandeirante), C-98 (Cessna 208 Caravan II) e C-97 (Embraer EMB-120 Brasília).
Babe
- Terceiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (3º/7º GAV), o Esquadrão Netuno, com aeronaves P-95A de patrulha marítima (Embraer EMB-111 Bandeirante Patrulha).
Unidades aéreas da Marinha
[editar | editar código-fonte]EsqdHU-41 - 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Norte, com 3 aeronaves UH-15 Super Cougar União Europeia / Brasil
Empregado em ações de salvamentos, resgates, inspeções navais, em apoio à Capitania dos Portos, aos Navios do Comando do Grupamento de Patrulha Naval do Norte e ao 2º Batalhão de Operações Ribeirinhas.
Unidades aéreas do Exército
[editar | editar código-fonte]DstAvEx - Destacamento de Aviação do Exército, com 3 aeronaves HM-4 Jaguar União Europeia / Brasil
História da Base
[editar | editar código-fonte]Para entendermos melhor a história da Base Aérea de Belém, é necessário voltarmos no tempo, até a década de 30. Naquele época, quase todas as atividades aéreas se concentravam ao redor do Campo dos Afonsos, berço da Aviação Militar Brasileira. Em 1931, criou-se o Correio Aéreo Militar, cuja missão principal era descobrir "aeronauticamente" o Brasil interior. As primeiras linhas tinham como ponto de partida o Rio de Janeiro, e se dirigiam para os quatro cantos do país, realizando, agora pelo ar, o caminho das Entradas e Bandeiras. Assim, em 14 de julho de 1936, é organizado em Belém o Núcleo do 7º Regimento de Aviação, tendo sido designado para comandá-lo o Capitão Ruy Presser Bello. Ainda em 1936, em 10 de setembro, é instalado o Conselho Administrativo do Núcleo do 7º Regimento de Aviação, proporcionando autonomia administrativa àquela Unidade. Em virtude desse fato essa data é considerada como a origem da Base Aérea de Belém. Em 1937 é iniciada a linha Belém a Santo Antonio do Oiapoque, na fronteira com a Guiana Francesa, alargando ainda mais os horizontes da Aviação Militar.
Posteriormente, em 27 de novembro de 1939, o Ministério da Guerra estabeleceu que o Núcleo do 7º Regimento de Aviação passaria a constituir o 7º Corpo de Base. Logo após, em dezembro de 1939, três meses após o início da Segunda Guerra Mundial, Belém já recebia aviões Corsários, para realizar voos de patrulhamento ao longo do litoral. Com a criação do Ministério da Aeronáutica, em 20 de janeiro de 1941, são assinados vários decretos. Um deles, autorizava as obras necessárias para construir, melhorar e ampliar o Aeroporto de Belém, dotando-o com capacidade de receber aviões de grande porte. Neste mesmo ano, o Correio Aéreo Militar foi fundido com o Correio Aéreo Naval. Nascia assim o Correio Aéreo Nacional, conhecido nacionalmente como CAN, que seria o responsável pela integração da imensa floresta com o centro do país. A 17 de agosto de 1944, com sede em Belém, é criado o 1º Grupo de Patrulha, equipado com hidroaviões anfíbios PBY-5 CATALINA.
Logo a seguir, em 21 de agosto de 1944, é criada, oriunda do 7º Corpo de Base, na estrutura do Ministério da Aeronáutica, a Base Aérea de Belém, com a finalidade de prover os meios e o apoio necessário às Unidades Aéreas e Unidades de Aeronáutica que nele viessem a operar, permanente ou deslocadas. Com a extinção dos Regimentos de Aviação, em 24 de março de 1947, o 1º Grupo de Patrulha deixa de existir, nascendo em seu lugar o 2º Grupo de Aviação, equipados com os mesmos CATALINAS. As aeronaves do 2º Grupo de Aviação, partindo de Belém, começaram a escrever a história da Amazônia, levando o nome da Força Aérea ao mais variados pontos do Território Nacional, inicialmente com os aviões CATALINA e depois com os C-47 DOUGLAS.
Em 12 de maio de 1969, é criado o 1º Esquadrão de Transporte Aéreo, subordinado ao Comando de Transporte Aéreo, recebendo todo o acervo do 2º Grupo de Aviação.
Os CATALINAS, inicialmente denominados PBY-5A , depois PA-10 e finalmente CA-10, voaram, de 1944 até 1982, em um total de 51.119:30 horas, em 38 anos de serviço. Os C-47 Douglas voaram por 29 anos em Belém, perfazendo um total de 85.159:30 horas. A Base Aérea de Belém também sediou, a partir de 1972, o 1º Esquadrão Misto de Reconhecimento e Ataque - 1º EMRA, oriundo da 1º Esquadrilha de Reconhecimento e Ataque, da Base Aérea de Canoas, RS.
Mais tarde, em 1980, o 1º EMRA tem sua denominação alterada para 1º Esquadrão do 8º Grupo de Aviação, voando, na época, as aeronaves T25, L19 e UH-1H.
No ano seguinte, em janeiro de 1981, o 1º /8º Grupo de Aviação é transferido para Manaus, onde continuou realizando suas missões, enquanto que a Base Aérea de Belém continuava apoiando o 1º ETA. Em 28 de dezembro de 1987, é criada a 1º Esquadrilha do 7º Esquadrão do 8º Grupo de Aviação, uma fração do 7º /8º Grupo de Aviação de Manaus, que passa a operar nesta Base. Em 10 de novembro de 1992, é reativado em Belém o 1º /8º Grupo de Aviação, operando agora com aeronaves CH-55 ESQUILO, que assume todos os encargos e acervo da 1A /7º /8º GAV. Enquanto isto, através de Portaria Ministerial, é ativado em 24 de setembro de 1990, o 3º Esquadrão do 7º Grupo de Aviação, operando com aeronaves P-95 BANDEIRANTE PATRULHA, na Base Aérea de Belém.
Em 1997, visando aumentar a operacionalidade do 1º /8º Grupo de Aviação, esse Esquadrão recebeu helicópteros UH-1H, em substituição aos CH-55 existentes. Assim, em um breve relato, foi exposto parte da história da Base Aérea de Belém, uma história repleta de abnegados guerreiros que, vencendo todos os desafios da imensa floresta, ajudaram a desbravar e conhecer melhor este nosso BRASIL continente.
Após uma grande reestruturação da FAB, em 2017 foram extintos o I Comando Aéreo Regional e a Base Aérea de Belém e em seu lugar foi criada a ALA 9 que herdou todas as organizações militares do antigo I COMAR.
Em 2018 a FAB por intermédio da Ala 9 e a Marinha do Brasil por intermédio do 4° Distrito Naval assinaram um termo de cooperação para que a Marinha instalasse um grupamento de helicóptero na base aérea, sendo esse, um projeto piloto para compartimento de bases militares pela forças armadas.O Grupamento foi ativado em outubro de 2019.