Abedalá ibne Bologuine
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Abedalá ibne Bologuine | |
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Rei da Taifa de Granada | |
Reinado | 1073 — 1090 |
Antecessor(a) | Badis ibne Habus |
Nascimento | 1056 |
Morte | 1095 (39 anos) |
Mequinez | |
Nome completo | |
عبد الله بن بلكين بن حبوس; ʿAbd Allāh ben Bulukīn ben Ḥabūs | |
Dinastia | Zíridas |
Abedalá ibne Bologuine/Boloquine[1][2] em árabe: عبد الله بن بلكين بن حبوس; romaniz.: ʿAbd Allāh ibn Bulukīn ibn Ḥabūs) cognominado Almuzafar ("o conquistador"; 1056 — Mequinez, 1095) foi o quarto e último emir (rei) zírida da Taifa de Granada, que reinou de 1073 a 1090. Sucedeu nesse posto ao seu avô Badis ibne Habus[3][4][5]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Quando o seu avô morre em 1073, o território zírida no Alandalus é dividido entre Abedalá e o irmão Tamime. Apesar de mais novo que Tamime, Abedalá tinha sido nomeado sucessor de Badis em 1065, preferindo-o ao filho Macçane (tio de Tamime e Abedalá).[6] Quando subiu ao trono, Abedalá atribuiu o reino de Málaga ao seu irmão.[7]
Em 1086, o emir abádida Almutâmide, o rei-poeta natural de Beja, que reina na Taifa de Sevilha vê o seu reino ameaçado pelo rei Afonso VI de Leão e Castela, pelo que pede ajuda ao emir almorávida Iúçufe ibne Taxufine, que recentemente tinha ganho o controlo de todo o Magrebe. Iúçufe responde ao pedido e vem em auxílio dos muçulmanos do Alandalus. As forças muçulmanas aliadas derrotando Afonso VI a 23 de outubro de 1086 na batalha de Zalaca, perto de Badajoz, mas não tardaria que Iúçufe se virasse contra Almutâmide e o destronasse, o mesmo acontecendo com os irmãos Bologuine que reinavam em Granada e Málaga.
Tamime, Abedalá e Almutâmide são enviados como prisioneiros ao Magrebe Ocidental (atual Marrocos). Tamime é enviado para o Suz, enquanto que Abedalá e Almutâmide ficam presos em Agmate, perto de Marraquexe. Durante o seu exílio em Agmate, Abedalá escreve as suas memórias e a história dos Zíridas em Granada, uma obra intitulada Al-Tibyan an al-haditha al-kaina bi-dawlat Bani Ziri fi harnata ("Uma Descrição da Queda da Dinastia Zírida em Granada").[8]
Os três reis destronados pelos Almorávidas ficam no Magrebe Ocidental até morrerem.[7]
Precedido por Badis ibne Habus |
Reis zíridas de Granada 1073—1090 |
Sucedido por — |
Notas e referências
[editar | editar código-fonte]- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em francês cujo título é «Abdallah ben Bologhin», especificamente desta versão.
- ↑ Herculano 1916, p. 313.
- ↑ Alves 2014, p. 60.
- ↑ Bosworth 1996, p. 17.
- ↑ Lévi-Provençal 1935, p. 245.
- ↑ Catlos 2014, p. 21.
- ↑ Buluggin 1986, p. 16.
- ↑ a b Khaldun 1854, p. 63-64
- ↑ Bologhin 1986.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Alves, Adalberto (2014). Dicionário de Arabismos da Língua Portuguesa. Lisboa: Leya. ISBN 9722721798
- Bosworth, Clifford Edmund (1996). «The Mulūk al-Tawāʾif or the Reyes of Taifas in Spain. 6. The Zīrids of Granada». The New Islamic Dynasties: A Chronological and Genealogical Manual (em inglês). [S.l.]: Edinburgh University Press. 389 páginas. ISBN 9780748621378. Consultado em 19 de fevereiro de 2013
- Bologhin, ‘Abd Allah ibn (1986). Tibi, Amin T., ed. The Tibyan: Memoirs of Abd Allah b. Buluggin, Last Zirid Amir of Granada (em inglês). [S.l.]: Brill. 291 páginas. ISBN 9789004076693. Consultado em 18 de fevereiro de 2013
- ibne Caldune (1854). «Histoire de la dynastie sanhadjienne, fondée à Grenade par Habbous-ibn-Makcen-ibn-Zîri». In: Mac Guckin de Slane, William. Histoire des Berbères et des dynasties musulmanes de l'Afrique septentrionale (em francês). 2. publicado no século XIV. Argel: Imprimerie du Gouvernement. 635 páginas. Consultado em 19 de fevereiro de 2013
- Catlos, Brian A. (2014). Muslims of Medieval Latin Christendom' c.1050–1614. Cambrígia: Cambridge University Press. ISBN 978-0-521-88939-1
- Herculano, Alexandre de. Historia de Portugal desde o começo da monarquia até o fim do reinado de Afonso III. 8. Lisboa: Aillaud & Bertrand
- Lévi-Provençal, Évariste (1935). Les Mémoires de 'Abd Allah, dernier roi ziride de Grenade, Fragments publiés d'après le manuscrit de la Bibliothèque d'al Qarawiyin à Fès avec une introduction francaise. Al-Andalus (em francês). [S.l.: s.n.] p. 245