Coco-de-espinho
Macaúba | |||||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart. 1845 | |||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||
Acrocomia antiguana L.H. Bailey Acrocomia antioquensis Posada-Arango Acrocomia belizensis L.H. Bailey Acrocomia christopherensis L.H. Bailey Acrocomia chunta Covas & Ragonese Acrocomia erioacantha Barb. Rodr. Acrocomia fusiformis (Sw.) Sweet Acrocomia glaucophylla Drude Acrocomia grenadana L.H. Bailey Acrocomia hospes L.H. Bailey Acrocomia ierensis L.H. Bailey Acrocomia intumescens Drude Acrocomia karukerana L.H. Bailey Acrocomia lasiospatha Mart. Acrocomia media O.F. Cook Acrocomia mexicana Karw. ex Mart. Acrocomia microcarpa Barb. Rodr. Acrocomia mokayayba Barb. Rodr. Acrocomia odorata Barb. Rodr. Acrocomia panamensis L.H. Bailey Acrocomia pilosa León Acrocomia quisqueyana L.H. Bailey Acrocomia sclerocarpa Mart. Acrocomia sclerocarpa var. wallaceana Drude Acrocomia spinosa (Mill.) H.E. Moore Acrocomia subinermis León ex L.H. Bailey Acrocomia totai Mart. Acrocomia ulei Dammer Acrocomia viegasii L.H. Bailey Acrocomia vinifera Oerst. Acrocomia wallaceana (Drude) Becc. Bactris globosa Gaertn. Cocos aculeatus Jacq. Cocos fusiformis Sw. Palma spinosa Mill. |
Acrocomia aculeata é uma palmeira nativa brasileira e uma das duas espécies que são popularmente conhecidas pelos nomes de macaúba, macaíba, boicaiuva, macaúva, coco-de-catarro, coco-baboso, coco-de-espinho, coco-macaúba, macajuba, macaibeira, macajá, mucajá, mocajá, bocaiuva,[1] chiclete-de-baiano, chiclete cuiabano, bocaiúva, macacauba, macaiba, macaibeira, macaúva, mucaia, mucaja e mucajaba.[2] A outra é a Acrocomia intumescens.[3][4] Sua principal característica são os espinhos escuros, longos e pontiagudos na região dos nós.[2]
Etimologia
[editar | editar código-fonte]"Macaíba" vem do tupi ma'kaí'ba (através da junção de bacaba mais yuba, que significa "coco amarelo").[4] "Bocaiuva" vem do tupi mokaie'yba.[5] Acrocomia vem dos termos gregos akron (uma) e kome (cabeleira), numa referência ao formato em coroa das folhas da planta.[2]
Influência na toponímia e na antroponímia brasileiras
[editar | editar código-fonte]O termo é visto em vários topônimos no Brasil, entre os quais os municípios de Macaíba[6] (Rio Grande do Norte), Bocaiuva (Minas Gerais), Macaúbas (Capitólio-MG), Macaúbas (Bahia), Bocaiuva do Sul (Paraná) e Macaé (Rio de Janeiro),[7] bem como no antropônimo Bocaiuva.[5]
Características e usos
[editar | editar código-fonte]A palmeira, que apresenta altura de até 15 metros, é uma árvore ornamental.[8] Seus frutos são comestíveis, e de sua amêndoa se extrai um óleo fino semelhante ao da oliveira. Seu óleo é também uma das principais fontes para a produção de biodiesel.[9] Do miolo do tronco, se faz uma fécula nutritiva, as folhas são forrageiras e têm fibras têxteis usadas para fazer redes e linhas de pescar. A madeira é usada em construções rurais.[10]
Sua presença é indicativa de solos férteis e a frutificação ocorre entre três e cinco anos de idade. O cacho pode ter até 60 quilos e a palmeira produz de quatro a seis cachos por ano. A espécie pode sobreviver por 100 anos mas seu plantio ainda é difícil.
O óleo da macaúba, além do uso alimentício, é de excepcional qualidade para uso industrial. Alguns estudos apontam para provável utilização comercial para os dois usos. O fruto também é comestível, assim como o palmito, considerado uma iguaria. Sua torta é também considerada de alto valor nutritivo para alimentação de gado.[11]
Em Cuiabá, o fruto é muito apreciado principalmente pelas crianças e também é conhecida como "chiclete cuiabano".
Ocorrência
[editar | editar código-fonte]A planta é encontrada principalmente na floresta latifoliada semidecídua da Mata Atlântica, desde o Pará até São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Rio de Janeiro.[12] Além do Brasil, ocorre na Argentina, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Colômbia, Venezuela, nas três Guianas, no México e em toda a América Central.[13]
Galeria
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Cacho
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Frutos recém-colhidos com polpa exposta.
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Composição da fruta
Referências
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 424.
- ↑ a b c Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart.: Aspectos ecológicos, usos e potencialidades. Disponível em http://www.entabanbrasil.com.br/downloads/Macauba_Aspectos-Ecologicos_Revisao_UFPR.pdf. Acesso em 11 de outubro de 2014.
- ↑ LORENZI, H.; MOREIRA DE SOUZA, H.; TADEU DE MEDEIROS-COSTA, J.; COELHO DE CERQUEIRA, L.; VON BEHR, N. (1996). Palmeiras no Brasil: Exóticas e Nativas. [S.l.]: Instituto Plantarum
- ↑ a b Editores (2008). «Macaúba». iDicionário Caldas Aulete. Consultado em 28 de abril de 2013. Arquivado do original em 12 de março de 2014
- ↑ a b NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 548.
- ↑ Adm. do site (2008). «História de Macaíba». Prefeitura de Macaíba – RN. Consultado em 28 de abril de 2013. Arquivado do original em 14 de julho de 2013
- ↑ NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 583.
- ↑ José Felipe Ribeiro e Bruno Machado Teles Walter (2005). «Vegetação salvânica – palmeiral». Embrapa. Consultado em 28 de abril de 2013
- ↑ Confederação Nacional do Transporte (CNT);Serviço Social do Transporte (SEST); Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (SENAT) (2011). Procedimentos para a preservação da qualidade do óleo diesel B. [S.l.]: Brasília:CNT
- ↑ Yolanda Ramos Losqui, Emílio Santana de Abreu et Alii (18 de julho de 2008). «Análise qualitativa dos constituintes químicos do fruto da macaúba». 60ª Reunião Anual da SBPC. Consultado em 28 de abril de 2013
- ↑ Rafael Alves de Azevedo et Alii (2012). «Desempenho de cordeiros alimentados com inclusão de torta de macaúba na dieta». www.scielo.com.br. Consultado em 28 de abril de 2013
- ↑ Redação do site (2008). «Acrocomia aculeata». Ecologia Online. Consultado em 28 de abril de 2013
- ↑ Loddiges, Conrad (L.); et al. (2005) [1845]. «Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart.». Tropicos. Consultado em 28 de abril de 2013