Al-Murabitun
Al-Murabitun (em árabe: المرابطون, translit. al-Murābiṭūn, lit. 'Os Almorávidas') foi uma organização jihadista africana formada pela fusão entre o Movimento para a Unidade e a Jihad na África Ocidental de Ahmed Ould Amer, também conhecido como Ahmed al-Tilemsi, e o Al-Mulathameen, de Mokhtar Belmokhtar em 22 de agosto de 2013.[1] Esteve ativo na região de Gao, no Mali e no norte do Níger, embora também tenha reivindicado ações na capital do Mali, Bamako, e em Burkina Faso. O grupo procura implementar a lei da sharia no Mali, Argélia, sudoeste da Líbia e Níger.[2]
Em 4 de dezembro de 2015, o líder da al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), Abdelmalek Droukdel, anunciou em mensagem de áudio a união do al-Murabitun com a AQMI, além de reivindicar junto com o al-Murabitun o ataque e a tomada de reféns no Radisson Hotel em Bamako perpetrados em 20 de novembro a partir de 2015.[3][4] O Al-Murabitun, assim, deixou de existir como um grupo independente e tornou-se uma katiba da AQMI.
Em 13 de maio de 2015, uma facção dissidente do grupo liderada por Adnane Abou Walid al-Sahraoui prometeu lealdade ao Estado Islâmico e formou o Estado Islâmico no Grande Saara.[5]
Em 2 de março de 2017, as células do al-Mourabitoun no Mali, juntamente com as do Ansar Dine, da Frente de Libertação do Macina e o ramo saariano da al-Qaeda no Magrebe Islâmico se fundiram no Jama'at Nasr al-Islam wal Muslimin,[6] ramo oficial da al-Qaeda no Mali, depois que seus líderes juraram lealdade a Ayman al-Zawahiri.[7]
Referências
- ↑ «Belmokhtar's militants 'merge' with Mali's Mujao». BBC News. 22 de agosto de 2013
- ↑ «Mali: Extremism & Counter-Extremism». Counter Extremist Project
- ↑ «L'émir d'Aqmi annonce le ralliement de Mokhtar Belmokhtar» (em francês). RFI. 4 de dezembro de 2015
- ↑ «Mali extremists join with al-Qaida-linked North Africa group». The Washington Post. Associated Press. 4 dezembro de 2015
- ↑ «Le groupe El-Mourabitoune prête allégeance à l'Etat islamique»
- ↑ «Al-Qaeda now has a united front in Africa's troubled Sahel region». Newsweek. 3 de março de 2017
- ↑ AP (3 de março de 2017). «Three Islamic extremist groups of Mali merge, pledge to al-Qaida» – via Business Standard