Dido
Dido | |
---|---|
Rainha de Cartago | |
Dido de Andrea Sacchi | |
Rainha dos Cartagineses | |
Reinado | Século IX a.C. - Século IX a.C. |
Sucessor(a) | Hano I (como oligarca) |
Nascimento | Tiro |
Morte | Cartago |
Nome completo | Elissa/Dido |
Cônjuge | Siqueu |
Pai | Matã I |
Religião | Púnica |
Elissa de Tiro[a], comumente conhecida como Dido, segundo a lenda, foi a primeira rainha de Cartago.[1] Era filha de Matã I, rei de Tiro,[carece de fontes] e irmã do também rei de Tiro Pigmalião (r. 814–803),[2][3] que matou o primeiro marido de Dido, Siqueu, por cobiçar a sua riqueza.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Dido consegue fugir com alguns amigos e partidários, levando consigo as riquezas do marido. Chegando a Costa do Mediterrâneo, norte da África, Dido resolve ficar e formar sua nova pátria. Ela negocia com o Rei Jarbas a compra de terras e ficou acertado que poderia comprar apenas a quantidade de terra que conseguisse cercar usando a pele de um único touro. O pedido é aceito e Dido logo manda cortar o couro de um touro em estreitas tiras com o qual cercou uma imensa área de forma circular onde construiu a cidade com o nome de Birsa (couro). Em torno dessa cidade começa a se formar outra, Cartago, que logo se torna próspera.
Esta história de fundação de Cartago ficou no folclore da Física com o nome de "Problema de Dido", que se pode enunciar como: "Dada uma curva de comprimento finito, qual é a forma que esta curva deve ter para que a sua área seja máxima?"[4]
Eneias chega a Cartago com seus troianos depois de um naufrágio. Dido recebe-os muito bem, mostra-se muito hospitaleira já que ela mesma passara por um sofrimento parecido. Dido acaba se apaixonando por Eneias,[5] que se mostra feliz ao ter a oportunidade de parar de uma vez por todas com suas aventurosas peregrinações, recebendo um reino e uma esposa. Passam-se meses e os dois vivem apaixonados. Eneias parece esquecido da Itália e do império que estava destinado a fundar em suas terras. Quando Júpiter vê essa situação, manda o mensageiro Mercúrio lembrá-lo de sua missão e ordenar que parta imediatamente. Dido, numa tentativa frustrada de convencê-lo a ficar, acaba se apunhalando e se jogando numa pira funerária.
Influência na Idade Média
[editar | editar código-fonte]O mito de Dido, com particular foco na sua relação com Eneias, foi de grande importância na Idade Média, como pode ser visto em obras como o Romance de Troia ou Las quexas que hizo la reyna Elisa Dido sobre la partida de Eneas.
Referências
- ↑ M. A., Linguistics; B. A., Latin. «Meet Mythical Queen Dido, Founder of Ancient Carthage». ThoughtCo (em inglês). Consultado em 1 de outubro de 2020
- ↑ Virgílio, Eneida, Livro I, 340
- ↑ Moscati, Sabatino (2001), The Phoenicians, ISBN 9781850435334 (em inglês), I.B.Tauris, p. 57, consultado em 13 de abril de 2013
- ↑ «Bassalo, José Maria (s.d.) "Rainha Dido de Catargo e o Cálculo das Variações." Seara da Ciência. Universidade Federal do Ceará.»
- ↑ Gleeson-White, Jane (2009). 50 Clássicos. que não podem faltar na sua biblioteca. 1 1 ed. Campinas: Verus. 276 páginas. ISBN 978-85-7686-061-7
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]Abrantes, Miguel Carvalho (2018), Las quexas que hizo la reyna Elisa Dido sobre la partida de Eneas : Tradução para o Português moderno. KDP.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- ↑ Também escrito como Hêlissa, Elisa ou Alissa.