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Alonso de Barzana

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Alonso de Barzana, foi um missionário jesuíta, que nasceu em 1528, em Baeza, Andaluzia, Espanha, e faleceu em 15 de janeiro de 1598, em Cuzco, Peru.

Seu mérito foi ter obtido um conhecimento prático de onze línguas de povos nativos da América do Sul e de ter escrito gramáticas, vocabulários e catecismos na maioria delas. É possível encontrar alguns dos seus manuscritos em arquivos em Lima. Acredita-se que apenas uma de suas obras tenha sido publicada: uma carta com preciosas informações etnográficos e linguísticos, sobre os povos nativos de Tucumán, datada de 08 de setembro de 1594, em Assunção, no Paraguai e publicada em 1885[1].

Em 1565, ingressou na Companhia de Jesus.

Em 1567, começou a estudar o quéchua, em Sevilha, enquanto estava esperando o momento de embarcar para o Peru.

Em 19 de março de 1569, embarcou em Sanlúcar, com destino à América, junto com outros onze jesuítas.

No dia 8 de novembro de 1569, chegou à Lima, onde fez a sua primeira homília em línguas de povos nativos da América do Sul.

Em 1571, foi encaminhado para ajudar a fundar o Colégio Jesuíta em Cuzco.

Em 1573, participou da fundação do Colégio Jesuíta em La Paz.

Em 1574, predicou em quéchua, em Arequipa e Potosi.

Em 1575, predicou em aimará na região do Lago Titicaca, em Chucuito e em La Paz.

No dia 19 de novembro de 1576, o Superior Geral dos Jesuítas, Everardo Mercuriano, encaminhou resposta a uma carta de Barzana, na qual o felicitou por suas obras escritas em quéchua.

Suas obras nunca foram impressas, mas é provável que tenham servido como base às traduções do catecismo para quéchua e aimará, publicadas no catecismo trilingue do Terceiro Concílio de Lima[2].

Em 1577, fez os últimos votos e foi encaminhado para fundar a missão em Juli, nas margens do Lago Titicaca, no sul do Peru. Permaneceu na região central da Bolívia por onze anos, quando foi encaminhado para Tucuman na Argentina[3].

Em setembro de 1578, participou de uma reunião em Cuzco, da qual também participaram os padres Juan de la Plaza, José de Acosta (provincial), Juan de Montoya, Jerónimo Ruiz del Portillo, e Luis López, na qual foi debatida a importância de facilitar o aprendizado das línguas nativas pelos missionários no Vice-Reino do Peru.

Em 1582, participou da fundação da missão em La Paz, onde percebeu a necessidade de estruturar o aprendizado do aimará, do puquina. Em 1585, com a sua chegada em Tucumán, percebeu a necessidade do aprendizado do tonocoté e do kakana, e para isso produziu notas manuscritas de gramática e de catequese. Na região de Tucumán, batizou mais de 20 mil pessoas[4].

No início de 1594, chegou à Assunção, e começou a aprender o guarani, aos 64 anos de idade[5].

Denunciou as condições de trabalho dos nativos nas minas.

Aprendeu quéchua, aimará, puquina, chiriguano (variante do guarani), tonocoté e kakán, e escreveu diversos textos para facilitar o conhecimento dessas línguas por outros missionários, que circularam como manuscritos[2].

Referências

  1. «Alonzo de Barcena». www.newadvent.org , acesso em 04 de outubro de 2016.
  2. a b Alonso Barzana, SJ, em espanhol, acesso em 18 de agosto de 2018.
  3. «Alonso de Barzana (1528? - 1598)». www.humanismogiennense.es , em espanhol, acesso em 04 de outubro de 2016.
  4. «abriendo-fronteras-sur-cordobes» (PDF). bibliotecadigital.uca.edu.ar , em espanhol, acesso em 20 de março de 2018.
  5. «Os exercícios espirituais de María Antonia de Paz y Figueroa, "mãe" dos jesuítas». www.ihu.unisinos.br , acesso em 04 de outubro de 2016.