Anafi
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Ilha | ||||
Vista da aldeia de Chora Anafi | ||||
Localização | ||||
Localização de Anafi na antiga prefeitura das Cíclades | ||||
Localização de Anafi na Grécia | ||||
Coordenadas | 36° 22′ N, 25° 47′ L | |||
País | Grécia | |||
Região | Egeu Meridional | |||
Unidade regional | Santorini | |||
Administração | ||||
Capital | Chora Anafi | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 40,37 km² | |||
População total (2001) [1] | 273 hab. | |||
Densidade | 6,8 hab./km² | |||
Altitude máxima | 584 m | |||
Altitude mínima | 0 m | |||
Código postal | 84009 | |||
Prefixo telefónico | 22860 | |||
Sítio | www.anafi.gr |
Anafi (em grego: Ανάφη) é uma ilha da Grécia que faz parte do arquipélago das Cíclades, no mar Egeu, situada a leste de Santorini. Tem 40,37 km² de área e em 2001 tinha 273 habitantes[1] (densidade: 6,8 hab./km²). Administrativamente faz parte da região do Egeu Meridional e da unidade regional de Santorini.[2] [nt 1]
Com o aspeto de um cone que irrompe do mar, culminando a 584 metros de altitude no monte Viglas, Anafi é célebre por ter dado nome ao bairro ateniense de Anafiotika, situado no sopé da Acrópole. No reinado de Oto I (r. 1833–1862), a maior parte dos habitantes da ilha instalaram-se nesse bairro, reproduzindo ali a arquitetura típica das Cíclades.[nt 2]
Descrição
[editar | editar código-fonte]Atualmente só existe uma localidade habitada permanentemente: Chora, alcandorada no cimo duma encosta no topo da qual se erguem as ruínas dum castelo veneziano. Chora tem a aparência típica das aldeias cicládicas, com casas caiadas de branco e ruas estreitas. Uma estrada com 3,5 km liga a aldeia com o porto de Agios Nikolaos, situado numa baía da costa sul, onde atracam os navios que ligam com o Pireu. A pequena localidade portuária só é habitada durante os meses de verão.[nt 3] A única forma de se chegar à ilha é por barco; devido ao percurso dos ferry-boats incluir várias paragens, a viagem entre Anafi e o Pireu pode demorar cerca de 19 horas.[nt 1]
Na costa oriental encontra-se a aldeia de Kastelli, a qual também só é habitada no verão. Também na parte oriental encontra-se a aldeia de Katalimatsa. A península na extremidade oriental da ilha é dominada pelo monte Kalamos, um maciço monolítico com 420 metros, um dos maiores do Mediterrâneo. No seu topo ergue-se a igreja de Kalamiotissa, em grande parte reconstruida depois dum terramoto na década de 1950.[nt 3] As praias mais populares da ilha são provavelmente Klisidi e Roukounas.[nt 1]
Os habitantes dedicam-se principalmente à agricultura, à produção dum queijo local chamado "Vrasta", azeite e mel.[nt 3]
História e mitologia
[editar | editar código-fonte]Na mitologia grega, a ilha deve o seu nome ao facto de Apolo tê-la feito aparecer aos Argonautas como abrigo de uma grande tempestade, usando o seu arco para iluminá-la — Ἀνάφη[nt 1] (anafos; intangível)[nt 3] deriva de ἀνέφηνεν ("ele fez aparecer").[3] Também se diz que o nome se deve à inexistência de serpentes na ilha (an ofis; sem serpentes).[nt 1]
A ilha foi uma colónia fenícia e dórica. No século V a.C. fez parte da Liga de Delos e na Idade Média, em 1207, integrou o Ducado de Naxos[nt 3] de Marco Sanudo, sob o domínio veneziano. Em 1537, foi saqueada pelo pirata Barba Ruiva, sendo então anexada ao Império Otomano. Quando o botânico francês Joseph Tournefort visitou Anafi em 1700, a ilha teria 300 habitantes, que pagavam 500 escudos de vários impostos e taxas aos Otomanos, e aparentemente estava invadida de perdizes — na Páscoa eram destruídos entre dez a doze mil ovos dessa ave. Em 1830[nt 2] ou 1832, na sequência do Tratado de Londres de 1827, foi integrada no Reino da Grécia. Ao longo da história foi frequentemente usada como lugar de deportação.[nt 2]
Apesar do seu tamanho diminuto, Anafi é importante mitologicamente e arqueologicamente. No mosteiro de Panagia Kalamiotisa há ruínas dum templo construído como oferenda ao deus Apolo Aegletus.[nt 1] Também há ruínas helénicas e romanas em Kasteli. A maior parte dos achados arqueológicos, nomeadamente estátuas, encontram-se atualmente em Chora, numa sala minúscula dita museu arqueológico. Em Katalimatsa foram encontrados restos dum antigo porto.[nt 1]
Notas
- ↑ a b c d e f g Trecho baseado no artigo artigo «Anafi» na Wikipédia em inglês (acessado nesta versão).
- ↑ a b c Trecho baseado no artigo artigo «Anafi» na Wikipédia em francês (acessado nesta versão).
- ↑ a b c d e Trecho baseado no artigo artigo «Anafi» na Wikipédia em italiano (acessado nesta versão).
Referências
- ↑ a b «Censo de 2001» (XLS). www.ypes.gr (em grego). Ministério do Interior da Grécia. Consultado em 24 de outubro de 2012. Cópia arquivada em 21 de julho de 2011
- ↑ «Lei Kallikratis» (PDF). www.kedke.gr (em grego). União Central dos Municípios da Grécia. 11 de agosto de 2010. Consultado em 24 de outubro de 2012
- ↑ Apolónio de Rodes, Argonáutica, 4.1717-18