Anarquismo e esperanto
Esta página ou se(c)ção precisa de correção ortográfico-gramatical. |
Anarquismo e Esperanto são historicamente associados em razão de seu ideal comum de justiça social e igualdade. Durante o período inicial do movimento esperantista, os anarquistas foram entusiastas e publicaram frequentemente na língua, os dois movimento tem muitas histórias em comum.
História[editar | editar código-fonte]
Os anarquistas estavam entre os primeiros à propagar o Esperanto. Em 1905, o primeiro grupo Esperantísta anarquista foi formado. Muitos outros seguiram: na Bulgária, China e outros países. Os anarquistas e anarcossindicalistas, que antes da primeira guerra mundial formavam a maior seção entre os esperantistas proletários, fundaram Paco-Libereco,[1] uma liga internacional que publicava o jornal Internacia Socia Revuo (Revist da Sociedade Internacional). Paco-Libereco se fundiu com outra associação progressista, Esperantista Laboristaro (Trabalhadores Esperantístas). A nova organização se chamava Liberiga Stelo (Estrelha Libertadora).[2] Publicou, até 1914, muitas peças de literatura revolucionária em esperanto, algumas relacionadas ao anarquismo. Dessa maneira se desenvolveu uma correspondência dinâmica entre anarquistas em diferentes países, por exemplo, entre anarquistas europeus e japoneses. Em 1907, a convenção anarquista internacional em Amsterdão publicou uma resolução sobre as linguagens internacionais, e durante os anos seguintes outras resoluções similares ocorreram. Esperantístas que participaram da convenção se ocupavam principalmente das relações internacionais entre anarquistas.
Em março de 1925, o grupo de berlinense de anarco-sindicalistas esperantístas em Amsterdão saudou a segunda conferência da Associação Internacional de Trabalhadores (AIT). Falaram sobre como o Esperanto entre os membros da seção alemã da AIT, FAUD, "já havia tomado raiz ao nível de que agora fundava uma organização mundial de esperantístas sobre o fundamento da liberdade-versus-autoridade". Isto é, uma alusão à Liga Mundial de Esperantístas sem Estado - Tutmonda Ligo de Esperantistaj Senŝtatanoj, que foi fundada em 1920, em razão do domínio leninista da Associação Anacional Mundial (Sennacieca Asocio Tutmonda).
A maior força do movimento esperantísta proletário estava na Alemanha e União Soviética. Os anarquistas fundaram a Biblioteca Anarquista de Ciências em Linguagens Internacionais no Território Livre da Ucrânia. O grupo publicou o livro Etiko por Kropotkin, Anarkiismo por Alexei Borovoi e outras obras para a leitura internacional do esperanto. Esperantístas anarquistas concentraram seus trabalhos na época nas regiões do Leste Asiático, China, e Japão. Nesses países, o esperanto logo se tornou popular entre os anarquistas. Publicaram diversos jornais, frequentemente em duas linguagens. Por exemplo, a partir de 1913, Liu Shifu, que escrevia sob o nome de Sifo, publicou o jornal La Voĉo de l'Popolo. Esse era o primeiro jornal anarquista da China. Liu Shifu morreu em 1915. Também existiam vários anarquistas e socialistas entre os primeiros esperantístas japoneses. Foram por vezes assassinados e perseguidos. Por exemplo, em 1931, o jornal La Anarkiisto foi descontinuado porque seu editorial inteiro foi mandado para a cadeia. Os esperantistas anarquistas sofreram perdas significantes durante a perseguição de esperantístas soviéticos em 1937. Muitos anarquistas esperantístas foram assassinados ou mandados para os campos de trabalho.
O esperante cumpriu um papel menor nas Brigadas Internacionais durante a Guerra Civil Espanhola. De 1936 à 1939, a Liga Ibérica de Esperantístas Anarquistas publicou um jornal semanal da Confederação Nacional do Trabalho (CNT). A rádio da CNT também emitiu programas em esperanto.
Depois da segunda guerra mundial. o grupo de Paris foi o primeiro à retomar o sindicalismo. Publicaram a partir de 1946 o jornal Senŝtatano (pessoa sem um país).[3] Existia também um grupo anarquista ativo em Paris no anos seguintes. Em 1981, a Radio Esperanto foi fundada, e ainda hoje é transmitida durante uma hora na frequência da Radio Libertaire da Federação Anarquista na França. A maioria do liberacionistas e anarquistas estavam organizados na Associação Anacional Mundial nos anos seguintes. Em 1969, iniciaram a publicação do Liberecana Bulteno, que é chamado hoje em dia de Liberecana Ligilo.
Referências
- ↑ The Esperanto Movement (Contributions to the Sociology of Language), Peter G. Forster, ISBN 9027933995, paĝo 190
- ↑ Historio de S. A. T., 1921 1952,Paris, 1953, Eldoninto :SAT, 152 paĝoj
- ↑ Javier Alcalde, "Eduardo Vivancos kaj la liberecana Esperanto", afterword to a bilingual edition of Eduardo Vivancos, Unu lingvo por ĉiuj: Esperanto, Calúmnia, 2019, p.77-91.
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- Historio de Esperanto, Aleksander Korĵenkov, Kaliningrado, 2005, Chapter 9.
- Esperanto & Anarchism. A universal language, Xavi Alcalde, Fifth Estate # 400, Spring, 2018.
- ALCALDE, Javier. Esperanto i anarquisme: els orígens (1887-1907). Edicions Malcriàs d’Agràcia, Quaderns Esperantistes 1, Març 2022.
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Esperanto kaj Anarkiismo
- Ekrigardo al la anarkista partopreno en la esperantista movado Arquivado em 2011-07-26 no Wayback Machine
- STATUTOJ ILA (Internacia Laborista Asocio) Arquivado em 2011-07-26 no Wayback Machine
- AL LA BARICADOJ Arquivado em 2011-07-26 no Wayback Machine
- KIO ESTAS NKL ? Arquivado em 2011-07-26 no Wayback Machine
- KIO ESTAS LA ANARKI-SINDIKATISMO ? Arquivado em 2011-07-26 no Wayback Machine
- La lingvo de libereco - La voĉo de internaciismo Arquivado em 2012-03-19 no Wayback Machine - Traduko de artikolo el "Organise!" No 55 - 2001 kun aldonitaj reagoj.
- Asocio de Verduloj Esperantistaj
- Javier Alcalde: “Anarquistas e esperantistas compartilham ideais”, 24 Junho 2022