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Artur Portela, Filho

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Artur Portela
Nome completo Artur Guerra Jardim Portela
Conhecido(a) por Artur Portela Filho
Nascimento 30 de setembro de 1937
Mercês, Lisboa, Portugal Portugal
Morte 10 de novembro de 2020 (83 anos)
Abrantes
Progenitores Mãe: Maria Luísa Barbosa Colen Guerra
Pai: Artur Jardim Portela
Parentesco Luís Guerra Jardim Portela (irmão)
Ocupação Escritor, tradutor e jornalista
Género literário Romance, conto
Magnum opus A Guerra da Meseta

Artur Guerra Jardim Portela (Lisboa, Mercês, 30 de setembro de 1937Abrantes, 10 de novembro de 2020), que assinou Artur Portela Filho até aos anos 70, foi um escritor, tradutor e jornalista português.[1]

Filho do histórico jornalista Artur Jardim Portela, neto materno do 2.º Visconde de Monte São, e de sua mulher Maria Luísa Barbosa Colen Guerra, trineta dum Italiano, e irmão mais novo do pintor Luís Guerra Jardim Portela, cresceu numa família de jornalistas, escritores e artistas. Com formação académica em História, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi redator do Diário de Lisboa, nos anos 50 e 60; fundou e dirigiu o diário Jornal Novo em 1975, durante o período revolucionário subsequente ao 25 de abril de 1974; fundou e dirigiu, também na década de 70, o semanário de grande informação Opção.

Colaborou em jornais como República, A Capital, Portugal Hoje, Jornal do Fundão e, mais recentemente, i, na estação de rádio TSF e pontualmente na RTP.

Como escritor de ficção, publicou livros de contos como "A Gravata Berrante", "Thelonious Monk", "As três lágrimas paralelas" e "Os Peixes Voadores", e romances como "Rama, verdadeiramenre", "O Código de Hamurabi", "Marçalazar", "Fotomontagem", "A Manobra de Valsalva", "História Fantástica de António Portugal" e "As Noivas de São Bento". Esta ficção tem como traços frequentes o fantástico e o satírico.

É também autor de livros de crónicas de forte intervenção política, social e cultural, de uma forma geral de sentido irónico, como as séries "A Funda" (7 volumes), "Feira das Vaidades" e "O Novo Conde de Abranhos".

A sua obra "A Guerra da Meseta" é um romance que decorre numa fantástica República da Istmânia, entalada entre uma gigantesca Barreira de betão, que a protege de um Mar permanentemente em fúria e montanhas intransponíveis.

No domínio da investigação histórica, devem-se-lhe designadamente trabalhos sobre o século XVIII e os anos 30-60 do século XX português, tendo estudado a produção cultural de regimes ditatoriais europeus e as suas relações neste plano.

Foi eleito pela Assembleia da República para dois órgãos de regulação dos média, o Conselho de Comunicação Social, ao qual presidiu, e a Alta Autoridade para a Comunicação Social.

  • Feira das vaidades (1959);
  • Nova feira das vaidades (1960);
  • Avenida de Roma (1961);
  • Thelonious Monk (1962);
  • O código de Hamurabi (1962);
  • Rama, verdadeiramente: romance (1963);
  • Eça é que é Eça (1970);
  • O novo Conde de Abrantes (1971);
  • A funda (1974), com uma carta-posfácio de Norberto Lopes;
  • O regresso do conde de Abranhos : diário e cartas de Z. Zagalho (1976);
  • Marçalazar: romance (1977);
  • Fotomontagem: romance (1978);
  • Salazarismo e artes plásticas (1982);
  • Cavaleiro de Oliveira, aventureiro do século XVIII (1982);
  • Três lágrimas paralelas (1987);
  • Cardoso Pires por Cardoso Pires (1991);
  • A ração do céu : comida colateral (2001);
  • A manobra de valsalva (2002);
  • História fantástica de António Portugal: romance (2004);
  • As noivas de São Bento: romance (2005);
  • Os peixes voadores: contos (2006);
  • A guerra da meseta (2009);
  • Jornalistas: pais e filhos (2011);
  • A cidade da saúde: romance (2012).

Referências

  1. «Artur Portela». Infopédia. Consultado em 28 de dezembro de 2012. Arquivado do original em 12 de junho de 2014 

Ligações externas

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