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Combate de Laguna Cierva

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Combate de Laguna Cierva
Guerra do Paraguai

Gravura retratando o assalto ao Fuerte del Estabelecimiento, por Cosson-Smeeton & Janet-Lange, publicada em L'Illustration, 1868.
Data 19 de fevereiro de 1868
Local Fuerte del Estabelecimiento (Reduto Cierva), Próximo a Fortaleza de Humaitá, Paraguai.
Desfecho Vitória brasileira
Beligerantes
Paraguai Império do Brasil
Comandantes
Paraguai Major Antonio Olavarrieta Brasil Delfim Carlos de Carvalho
Forças
desconhecido desconhecido
Baixas
150 homens
9 canhões
1200 homens

O combate de Laguna Cierva foi uma batalha travada entre as tropas imperiais brasileiras e paraguaias no dia 19 de fevereiro de 1868, durante a Guerra do Paraguai, na região chamada Reducto Cierva conhecida como Fuerte del Estabelecimiento construída ás ordens de Solano López. O local ficava na margem direita do rio Paraguai, de frente com a Fortaleza de Humaitá.

Sofreu assalto no contexto da passagem de Humaitá (19 de Fevereiro de 1868), em operação conjunta fluvial e terrestre, esta última a cargo do 16º Batalhão de Infantaria e do 31º de Voluntários (os "capoeiras" da Corte). Destacou-se a força de seis pequenos couraçados (monitores) sob o comando de Delfim Carlos de Carvalho, que sob o fogo cruzado paraguaio, conseguiu romper as correntes que fechavam o rio, atingindo a capital, Assunção (24 de Fevereiro de 1868), que bombardeou. Por este feito, foi agraciado pelo Imperador D. Pedro II (1840-1889) com o título de Barão da Passagem.

De acordo com a historiografia paraguaia, após o fracasso da quarta tentativa de assalto brasileira, o comandante do reduto, major Olavarrieta, evacuou as tropas paraguaias (que entretanto haviam ficado sem munições), nos barcos Tacuary e Igurey. Estas embarcações haviam participado da defesa do reduto e transportaram as tropas para a Fortaleza de Humaitá, do outro lado do rio. Uma vez abandonado, o reduto foi ocupado pelas tropas brasileiras. As perdas dos aliados foram estimadas em 1.200 homens (entre mortos e feridos) e as paraguaias em 150 homens e 9 peças de artilharia.[1]

O episódio foi retratado pelo pintor Edoardo Martino, obra que se encontra no Museu Naval e Oceanográfico do Rio de Janeiro.

Referências

  1. Centurión 1894, pp. 102-115.