Babasónicos
Babasónicos | |
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A banda em concerto, 2006. | |
Informação geral | |
Origem | Lanús, Buenos Aires |
País | Argentina |
Gênero(s) | Glam rock, funk metal, rap rock, metal alternativo, rock alternativo, pop rock, rock psicodélico, música eletrônica |
Período em atividade | 1991 - atualmente |
Gravadora(s) | Sony Music, Pop Art Music, Bultaco Records, Universal Music |
Integrantes | Adrián "Dárgelos" Rodríguez Diego "Uma" Rodriguez Diego "Uma-T" Tuñón Mariano "Roger" Dominguez Diego "Panza" Castellano Carca |
Ex-integrantes | Gabriel "Gabo" Manelli "DJ Peggyn" |
Página oficial | Babasonicos.com |
Babasónicos é uma banda de rock argentina formada no início dos anos 1990. A princípio fizeram parte do “novo rock argentino”, movimento composto por bandas como Juana la Loca, El Otro Yo, Peligrosos Gorriones e Los Brujos. “Babasónicos” é um jogo de palavras entre Sai Baba, o guru hinduísta, e o desenho animado "Los Supersónicos"[1] (conhecido no Brasil por Os Jetsons), apesar de haver controvérsias quanto ao significado desta última contração (sónico), que pode ser referência a um famoso brinquedo, a pistola sônica.
Suas primeiras apresentações foram no circuito underground, onde não demoraram a se destacar pela qualidade estética e originalidade musical de sua proposta. Em 1992 a banda emplacou nas rádios argentinas o hit “D-Generación” do álbum Pasto (1992), a partir de então os Babasónicos vêm colecionando sucessos musicais dentro e fora da Argentina.
História
[editar | editar código-fonte]O líder Adrián “Dárgelos” Rodríguez e o tecladista Diego “Uma-T” Tuñón quiseram criar um som que não seguisse os parâmetros da cena musical argentina já estabelecida. Adrian e Diego se uniram ao irmão do primeiro, Diego “Uma” Rodríguez (guitarrista e voz), Diego “Panza” Castellano (baterista), Mariano “Roger” Domínguez (guitarrista) y Gabriel “Gabo” Mannelli (baixista). Após saírem da onda de bandas do “novo rock argentino” do final dos anos 80 e início dos anos 90, os Babasónicos se converteram em uma espécie de grupo emblemático do movimento under do “rock sónico”. O primeiro álbum do grupo, Pasto (1992), contava com o hit “D-Generación” – o primeiro grande sucesso – e ainda com a colaboração de Gustavo Cerati e Daniel Melero. Em 1992 abriram os shows da banda Soda Stereo.
Já em 1994 abriram o shows do INXS e do Depeche Mode em apresentações no estádio Vélez Sarsfield. Nesse mesmo ano lançam o segundo disco Trance Zomba (1994), no qual foi incorporado um disc jockey, o “DJ Peggyn”, que se converteu em um membro da banda até 1999. A incorporação de um dee jay aos Babasónicos entraria para a história do rock nacional argentino, sendo a primeira banda a ter um DJ como parte constitutiva da mesma. Como consequência, em Trance Zomba a música toma outro rumo, misturando rap com funk e hardcore, até sons com elementos psicodélicos. Segue este disco um outro ainda mais experimental Dopádromo (1996), com este disco a banda começou a realizar shows pela América Latina e Estados Unidos. O quarto disco foi Babasónica (1997), gravado e editado em Nova York entre abril e maio de 1997, este álbum se destaca pelas obscuras temáticas em suas letras e a variação musical entre o metal e o folk psicodélico. Entretanto, a maioria das canções de Babasónica possui uma estrutura convencional (estrofe, ponte e refrão). Em 1998, um single novo, “Desfachatados”, foi incluído em um CD, junto a outros músicos internacionais, em benefício aos refugiados de Kosovo. Também em 1998 o grupo colaborou com Ian Brown, ex-Stone Roses, em uma canção com seu nome no álbum de Ian, Golden Greats (1999). Ainda em 1998 foram convidados a abrir os shows da banda irlandesa U2 na Argentina, cantando para um público estimado em 50.000 pessoas no estádio do River Plate[2].
Em abril de 1999 veio à luz Miami, o quinto disco oficial do grupo, neste ano eles foram chamados para abrir o show do Jamiroquai no estádio Ferrocarril Oeste em Buenos Aires[2]. Este disco foi marcado pela saída do DJ Peggyn que se desvincula do projeto por diferenças artísticas. Neste álbum a banda volta a explorar seu lado experimental ainda que desta vez com um foco musical mais concreto que se acentuaria nos próximos discos. Depois de Miami a banda rompe com a Sony Music (sua gravadora até o momento), e edita uma série de álbuns através de seu próprio selo: Bultaco Records. Os Babasónicos lançam Vórtice Marxista (composto por lados B de seus primeiros três discos), Vedette (lado B de Babasónica), Babasónica Electrónica (remix de Babasónica feito por eles e por outros artistas) e Groncho (lados B de Miami). Para gravar seu seguinte disco se associam à gravadora Pop Art Music.
Com o disco Jessico (2001) – o primeiro grande álbum argentino da década, segundo os jornais Página/12[3] e Clarín além das revistas Rolling Stone e Los Inrockuptibles em suas versões nacionais – os Babasónicos se aproximam mais do estilo pop rock. Alguns fãs veem nesta mudança uma “traição” ao próprio início do grupo, sendo que a proposta inicial era mais experimental, distante das formulas mainstream. Jessico contém várias canções de grande circulação no rádio e na televisão como “El Loco”, “Los Calientes”, “Deléctrico” e “Fizz”. Em 2002 a banda embarca em uma turnê pelos Estados Unidos e México.
No fim de 2003 editam o disco Infame que confirma o estilo adotado pela banda em Jessico e um lugar entre os artistas mais populares da Argentina. Este álbum conta com mais canções orientadas ao pop e algumas baladas. Algumas delas tiveram ampla divulgação nos canais de música e rádios, como “Irresponsables”, “Y Qué?” e “Putita”. No ano seguinte o disco foi editado em 16 países, e os Babasónicos ganham seis estatuetas na entrega dos Prêmios Gardel[4]. Este álbum também lhes renderam uma indicação ao Grammy Latino 2004.
Em outubro de 2005 lançam Anoche, disco que contém canções como “Carismático” e “Yegua”, e que foi produzido por Andrew Weiss. Em 2006 a banda realiza uma turnê pelo Chile, Colômbia, Equador, México e Espanha. Em 2007 continuam a fazerem turnês e, com a banda mexicana Zoé, passam pelos Estados Unidos e México. Nesse mesmo ano editam Luces, o primeiro DVD com registro ao vivo da banda, dirigido por Agustín Alberdi, diretor de vários de seus videoclipes: “com este DVD estamos pensando no grupo de amigos fanáticos ou não pelos Babasónicos, que se juntam e fazem planos para uma sexta-feira á noite, e colocam o DVD bem alto para se divertirem[5]”. Também editaram a trilha sonora do filme “Las mantenidas sin sueños” de Vera Fogwill e Martín Desalvo, que apresentaram em um show íntimo nas antigas lojas Harrods de Buenos Aires. Em outubro do mesmo ano, a banda se apresenta na entrega dos Prêmios MTV América Latina, realizado no México, onde conquistaram o prêmio de "melhor banda de rock". A banda estava concorrendo juntamente com o seu compatriota Gustavo Cerati e os mexicanos Moderatto, entre outros. Também nesta mesma cerimônia o grupo fez uma participação, tocando a música “El Colmo” do álbum Anoche, no encerramento do evento.
No fim de 2007 é publicado “Arrogante Rock: conversaciones con Babasónicos”, um livro onde Roque Casciero, jornalista argentino, crítico de rock e professor de jornalismo, relata conversas que perpassam a história da banda, desde seu início, como a época em que a banda se chamava “Rosas del Diluvio” e “X-Tanz”.
Em 12 de janeiro de 2008 faleceu o baixista do grupo, Gabriel “Garbo” Mannelli, vítima do Linfoma de Hodgkin, contra a qual lutava fazia bastante tempo[6]. Nas últimas turnês havia sido substituído por Carca, que posteriormente se converteu em um integrante estável do grupo.
Em maio de 2008 foi editado o álbum Mucho. A principal novidade paralela ao lançamento do disco foi sua venda em formato para celular antes mesmo que em CD[7]. O disco traz dez canções inéditas e seu primeiro single é a faixa "Pijamas", também se destacam os temas "Estoy Rabioso", "Cuello Rojo" e a balada "Nosostros". Em agosto a banda promoveu o segundo single, "Microdancing", que se tornou um sucesso de mídia após a divulgação do seu videoclipe. Tanto o álbum como a banda foram escolhidos pela imprensa especializada e pelo voto popular (em suplementos de jornais, como o Sí do jornal Clarín) como os melhores de 2008.
No dia 16 de maio de 2009 apresentaram Mucho +, uma continuação do disco anterior, no Club Ciudad Buenos Aires. Neste evento foram acompanhados pelas bandas locais de menor trajetória (três delas pertencentes a Bultaco Records): Él Mató a un Policía Motorizado, Coco, Victoria Mil y Travesti. Em dezembro deste ano, o suplemento No do jornal Página/12 escolheu Jessico como o melhor disco argentino da década[8].
Atualidade
[editar | editar código-fonte]Em abril de 2010 a banda se apresentou na 11ª edição do Festival Coachella, o encontro musical mais importante dos Estados Unidos. Os Babasónicos foram o único grupo musical argentino e um dos poucos da América Latina dentro da programação do festival.
Em 11 de fevereiro de 2011, no festival Cosquín Rock, os Babasónicos apresentaram “Fiesta Popular”, tema de A Propósito, o disco sucessor de Mucho, a ser lançado no meio do ano, cuja primeira música de divulgação é “Deshoras”, apesar de que, ao vivo, já haviam adiantado a música "Fiesta Popular".
Atualmente a banda pode ser seguida através da página oficial Babasonicos.com onde é possível acompanhar o desenvolvimento do novo disco. No site oficial pode ser conferido várias informações de “Deshoras”. A banda também tem publicado conteúdos e alguns momentos da gravação do CD através do Facebook e Twitter.
Em abril de 2011, os Babasónicos realizaram uma turnê prévia ao lançamento do seu novo disco, A Propósito, pelo México, participando também no festival Vive Latino. No dia 16 de maio de 2011 foi divulgado no site da banda o lançamento e a chegada do álbum A Próposito às lojas especializadas[9].
Em 21 de maio de 2011, no recital Quilmes Rock, foi oficialmente apresentado o disco A Propósito ante 13 mil pessoas [carece de fontes], depois de ficarem quase dois anos sem tocar na Argentina.
Discografia
[editar | editar código-fonte]- Álbuns de Estúdio
- Pasto (1992)
- Trance Zomba (1994)
- Dopádromo (1996)
- Babasónica (1997)
- Miami (1999)
- Jessico (2001)
- Infame (2003)
- Anoche (2005)
- Mucho (2008)
- A Propósito (2011)
- Romantisísmico (2013)
- Impuesto de Fé (2016)
- Discutible (2018)
Coletâneas
[editar | editar código-fonte]- Lusónica (2002)
- Obras Cumbres (2002)
- Grandes Éxitos (2002)
Discografia Paralela
[editar | editar código-fonte]- Vórtice Marxista (1998)
- Vedette (2000)
- Groncho (2000)
- Mucho + (2009)
Remixes
[editar | editar código-fonte]- Babasónica Electrónica (2000)
- Jessico Dancemix (2002)
- Jessico Megamix (2002)
- Mezclas Infame (2005)
Trilhas Sonoras
[editar | editar código-fonte]- La hija del caníbal (2003)
- Las mantenidas sin sueños (2007)
- Volverte a ver (2008)
- Paradas continuas (2009)
- Paco (2010)
- Sin retorno (2010)
- Pro Evolution Soccer 2011 (2010)
DVDs
[editar | editar código-fonte]- Luces (2007)
- Gratis (2007)
Compactos
[editar | editar código-fonte]- Deléctrico (2001)
Notas e referências
- ↑ Rock.com.ar. Babasónicos. Acesso em: 13 junho 2011.
- ↑ a b Wopvideos. Biografía de Babasónicos. Acesso em: 13 junho 2011.
- ↑ Pintos, Esteban (22 dezembro 2001). In: Página/12. Un plan concretado. Acesso em: 13 junho 2011.
- ↑ Micheletto, Karina (1 abril 2004). In: Página/12 En la noche de los Premios Gardel, Babasónicos se llevó hasta el oro. Acesso em: 13 junho 2011.
- ↑ Tradução livre.
- ↑ Editorial (15 janeiro 2008). In: Clarín. El adiós a un bajista. Acesso em: 13 junho 2011.
- ↑ García, Mónica (16 abril 2008). In: Clarín. Babasónicos: enciendan los celulares. Acesso em: 13 junho 2011.
- ↑ Casciero, Roque (24 dezembro 2009). In: Página/12. Jessico de Babasónicos: disco argentino de la década. Acesso em: 13 junho 2011.
- ↑ Babasónicos [site oficial] (16 maio 2011). Lanzamiento A Propósito. Acesso em: 13 junho 2011.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Página Oficial» (em espanhol)