Saltar para o conteúdo

Bacúrio III

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Bacurius III da Ibéria)
 Nota: Para outros significados, veja Bacúrio.
Bacúrio III
Mepe do Reino da Ibéria
Reinado ?-580
Antecessor(a) Farasmanes VI
Sucessor(a) Realeza abolida
 
Morte 580
Dinastia cosroida
Pai Farasmanes VI

Bacúrio III (em latim: Bacurius; em grego: Βακούριος; romaniz.: Bakoúrios; em georgiano: ბაკურ; romaniz.: Bakur), da dinastia cosroida, foi o último rei (mepe) do Reino da Ibéria de uma data incerta até sua morte em 580, quando a realeza foi abolida por ordens do xainxá Hormisda IV (pr. 579–590) do Império Sassânida. Sua autoridade era sobretudo nominal e restringia-se à sua capital e redutos imediatos, haja vista o reino já estar consideravelmente sob controle dos iranianos e seus governadores nomeados.

Nome[editar | editar código-fonte]

Pácoro (Pacorus; Πάκορος, Πακώρος, Παχορος, Pákoros, Pakṓros, Pachoros),[1] Pacores (Πακορης, Pakorēs),[2] Pácuro (Πάκουρος, Pákouros), Pacúrio (Pacurius; Πακούριος, Pakoúrios) ou Bacúrio (Bacurius; Βακούριος, Bakoúrios)[3] são as formas latina e grega do iraniano médio Pacur (Pakur), derivado do iraniano antigo Baguepur (bag-puhr), "filho de um deus".[4] Foi registrado em armênio (Բակուր) e georgiano (ბაკური) como Bacur (Bakur),[5][3] em siríaco como Pacor (ܦܩܘܪ, Paqor),[6] em gandari como Pacura (𐨤𐨐𐨂𐨪)[2] e em aramaico como Pacur (𐡐𐡊𐡅𐡓𐡉, pkwry).[7]

Vida[editar | editar código-fonte]

Bacúrio era filho e sucessor de Farasmanes VI no Reino da Ibéria. A data de sua ascensão ao trono é desconhecida, mas governou como contemporâneo do xainxá Hormisda IV (pr. 579–590) do Império Sassânida.[8] A autoridade de Bacúrio era bastante limitada e dificilmente se estendia além de sua fortaleza em Ujarma, enquanto a capital, Tiblíssi, e o interior da Ibéria eram governados mais diretamente pelos sassânidas. Quando morreu em 580, Hormisda aproveitou a oportunidade para abolir a realeza. Era pai de Adanarses I.[9]

Referências

  1. Gignoux 1986, p. 144.
  2. a b Gardner 1886, p. 110.
  3. a b Rapp 2014, p. 334.
  4. Marciak 2017, p. 224.
  5. Ačaṙyan 1942–1962, p. 367-368.
  6. Michelson 2016.
  7. Baums & Glass 2024.
  8. Martindale 1992, p. 169.
  9. Suny 1994, p. 23.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Ačaṙyan, Hračʻya (1942–1962). «Բակուր». Hayocʻ anjnanunneri baṙaran [Dictionary of Personal Names of Armenians]. Erevã: Imprensa da Universidade de Erevã 
  • Baums, Stefan; Glass, Andrew. «Pakura». A Dictionary of Gāndhārī 
  • Gardner, Percy (1886). The Coins of the Greek and Scythic Kings of Bactria and India in the British Museum. Londres: Museu Britânico 
  • Gignoux, Philippe (1986). «Faszikel 2: Noms propres sassanides en moyen-perse épigraphique». In: Schmitt, Rudiger; Mayrhofer, Manfred. Iranisches Personennamenbuch. Iranische namen in nebenüberlieferungen indogermanischer sprachen. Viena: Academia Austríaca de Ciências 
  • Marciak, Michał (2017). Sophene, Gordyene, and Adiabene: Three Regna Minora of Northern Mesopotamia Between East and West. Leida: BRILL. ISBN 9789004350724 
  • Martindale, John R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1992). The Prosopography of the Later Roman Empire - Volume III, AD 527–641. Cambrígia e Nova Iorque: Imprensa da Universidade de Cambrígia. ISBN 0-521-20160-8 
  • Rapp, Stephen H. (2014). The Sasanian World through Georgian Eyes: Caucasia and the Iranian Commonwealth in Late Antique Georgian Literature. Farnham: Ashgate Publishing, Ltd. ISBN 978-1472425522 
  • Suny, Ronald Grigor (1994). The Making of the Georgian Nation 2.ª ed. Bloomington, Indiana: Indiana University Press. ISBN 0-253-20915-3