Francisco de Paula Vicente de Azevedo
Francisco de Paula Vicente de Azevedo | |
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Nascimento | 8 de outubro de 1856 |
Morte | 17 de outubro de 1938 (82 anos) |
Cidadania | Brasil |
Ocupação | agricultor, banqueiro, mercador |
Francisco de Paula Vicente de Azevedo, barão da Bocaina (Lorena, 8 de outubro de 1856 — São Paulo, 17 de outubro de 1938), foi fazendeiro, banqueiro e comerciante brasileiro.
História
[editar | editar código-fonte]Filho do coronel José Vicente de Azevedo e de Angelina Moreira de Castro Lima, que era irmã de Joaquim José Moreira Lima Júnior, conde de Moreira Lima, e de Antônio Moreira de Castro Lima, barão de Castro Lima, e filha de Carlota Leopoldina de Castro Lima, viscondessa de Castro Lima. Era irmão do conde José Vicente de Azevedo.[1]
Casou-se com Rosa Bueno Lopes de Oliveira, com a qual teve quatro filhos: Francisco de Paula Vicente de Azevedo, casado com Cecília Galvão Vicente de Azevedo; Lavínia Vicente de Azevedo, solteira e religiosa; José Armando Vicente de Azevedo, solteiro; e o médico Geraldo Vicente de Azevedo, casado com Maria de Lourdes Danso Vicente de Azevedo. Esse último morou em casarão próximo à Praça Villaboim[2], onde, posteriormente, passou a viver sua filha Margarida Maria Vicente de Azevedo Bonetti, foragida da Justiça estadunidense pela acusação de manter, juntamente com seu ex-marido, Renê Bonetti, em cárcere privado e com maus tratos empregada doméstica por vinte anos, em situação análoga à escravidão, em Maryland[3][4].
Bocaina foi comendador da Imperial Ordem da Rosa em 27 de maio de 1884 e agraciado com o título de barão por decreto de 7 de maio de 1887. Faleceu em 1938, tendo sido o último titular do Império do Brasil a morrer[5], à exceção dos príncipes Pedro de Alcântara e Luís Gastão, que pereceram em 1940 e 1942, respectivamente.
Atividades
[editar | editar código-fonte]Foi um dos fundadores do Engenho Central de Lorena e diretor da Estrada de Ferro São Paulo-Rio de Janeiro e do Banco Comercial do Estado de São Paulo. Em 1901, doou ao Governo da República os terrenos para as construções da Fábrica de Pólvora de Piquete, hoje Fábrica Presidente Vargas (FPV), e do Sanatório Militar na Serra da Mantiqueira em Delfim Moreira.[6]
Foi grande fazendeiro de café na cidade de Lorena. A colônia de Canas, que deu origem ao município de Canas foi uma iniciativa do Barão de Bocaina.[7][8]
A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos em 1956 homenageou o Barão da Bocaina, com a emissão de um selo comemorativo por ocasião dos 150 anos de seu nascimento. Faleceu em 1938 e foi sepultado no Cemitério da Consolação.[9][10]
Referências
- ↑ Edgardo Pires Ferreira. «Árvore genealógica de Francisco de Paula Vicente de Azevedo». A Mística do parentesco (Moya, 1940, Vol.2, Pgs. 102-103). Consultado em 21 de janeiro de 2022
- ↑ Residência de Geraldo Vicente de Azevedo
- ↑ O cativeiro da brasileira Hilda
- ↑ Podcast A Mulher da Casa Abandonada lidera rankings e acumula milhões de downloads
- ↑ Casarão dos Bocaina
- ↑ Rayllei Bandeira. «Ruínas do Sanatório - Conheça a história». El Peregrino. Consultado em 21 de janeiro de 2022
- ↑ «A História de Canas». Prefeitura Municipal de Canas. Consultado em 21 de janeiro de 2022
- ↑ «História de Lorena». Guia da Estrada Real. Consultado em 21 de janeiro de 2022
- ↑ Jorge Grangeiro. «Pessoas Famosas - 1956 - Barão Bocaina». Selomania. Consultado em 21 de janeiro de 2022
- ↑ Douglas Nascimento (11 de dezembro de 2019). «Consolação – Um cemitério largado à própria sorte». são Paulo Antiga. Consultado em 21 de janeiro de 2022
Ligações externas
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