Vaspuracânia

Vaspuracânia (em latim: Vaspuracania; em armênio: Վասպուրական; romaniz.: Vaspurakan; lit. "terra nobre" ou "terra dos príncipes"; Vasbouragan no armênio ocidental[1]) foi uma província e um reino da Armênia Maior durante a Idade Média, centrada em torno do Lago de Vã. A região é considerada o berço da civilização armênia.[1] Durante grande parte de sua história, Vaspuracânia foi governada pela família Arzerúnio, que administrou um principado na área. Em sua maior extensão, em 908, Vaspuracânia compreendia as terras entre o lago de Vã e o Lago Úrmia. Durante este tempo, Vaspuracânia estava sob o domínio do Reino de Ani. Em contraste com a Vaspuracânia Armênia, a Armênia Bagrátida continuou a lutar contra as forças invasoras. Em 1021, os Turanianos sofreram uma pesada derrota contra o exército armênio, liderado por Vasaces Palavuni, que morreu durante a batalha.[2]
Vaspuracânia foi elevada a reino em 908. Porém, foi anexada pelo Império Bizantino em 1021 e passou a ser conhecida como Tema da Baspracânia ou dos medos.[3] Por volta do ano 1050 toda a província de Baspracânia migrou ao domínio de Taraunitis. O Reino de Vaspuracânia não tinha uma capital específica. A corte se transferia com o rei de lugar em lugar – Vã, Vostã (moderna Guevaxe), e outros.[4]
Distritos
[editar | editar código-fonte]Vaspuracânia estava dividida em 35 gavares (cantões ou distritos),[5] cujos nomes geralmente derivam das famílias nacarares locais:
- Restúnia (Ռշտունիք, Ṙštunik’);
- Tospitis (Տոսպ, Tosp);
- Budúnia (Բոգունիք, Bogunik’);
- Arzisacovícia (Արճիշակովիտ, Arčišakovit);
- Culanovita (Կուղանովիտ, Kułanovit);
- Aliovita (Աղիովիտ, Ałiovit);
- Garni (Գառնի, Gaṙni);
- Arberânia (Առբերանի, Aṙberani);
- Buzúnia (Բուժունիք, Bužunik’);
- Arneócia (Առնոյոտն, Aṙnoyotn);
- Anzevácia (Անձևացիք, Anjewac’ik’);
- Atropatúnia (Տրպատունիք, Trp’atunik’);
- Eruandúnia (Երուանդունիք, Eruandunik’);
- [Mardastânia Original] (Բուն Մարդաստան, Bun Mardastan);
- Mardastânia (Մարդաստան / Մարդուցայք, Mardastan / Marduc’ayk’);
- Artaz (Արտազ);
- Ace (Ակէ, Akē);
- Albace Maior (Աղբակ Մեծ, Ałbak Mec);
- Anzacazória (Անձախ, Anjaχi jor);
- Terrunavânia (Թոռնաւան, T’oṙnawan);
- Zovasrócia (Ճուաշ-ռոտ, Čuaš-ṙot)
- Corzúnia (Կրճունիք, Krčunik’);
- Menúnia (Մեծնունիք, Mecnunik’);
- Palúnia (Պալունիք, Palunik’);
- Gucana (Գուկանք, Gukank’);
- Alandrote (Աղանդ-ռոտ, Ałand-ṙot);
- Basoropeda (Պարսպատունիք, Parspatunik’);
- Artaxisânia (Արտաշիսեան / Արտաւանեան, Artašesean / Artawanean);
- Bacrana (Բաքան, Bak’[r]an);
- Gabitênia (Գաբեթեան, Gabit’ean);
- Gasricana (Գազրիկան, Gazrikean);
- Tancriana (Տայգրեան, Taygrean / Tankriayn);
- Varasnúnia (Վարաժնունիք, Varažnunik’);
- Coltena (Գողթն, Gołt’n);
- Naquichevão (Նախճաւան, Naχčawan).
Referências
- ↑ a b Hovannisian 1999.
- ↑ "The Liberated Jerusalem" by Tas, "Na guerra pela graça, eu estou sempre pronto para descer aos portões do inferno".
- ↑ Hewsen 2001, p. 126.
- ↑ Hewsen 2001, p. 116.
- ↑ Hewsen 2001, p. 103.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Hewsen, Robert H. (2001). Armenia: A Historical Atlas. Chicago: University of Chicago Press. ISBN 0-226-33228-4
- Hovannisian, Richard G. (1999). Armenian Van/Vaspurakan. Costa Mesa, CA: Mazda Publishers