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Batalha do Passo da Pátria

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Batalha do Passo da Pátria
Parte da Campanha de Humaitá na Guerra do Paraguai

Bombardeio ao Forte Itapirú pela esquadra brasileira para proteger a passagem do exército aliado.
Data 16 de Abril de 1866
Local Paso de Patria, Paraguai
Desfecho Decisiva vitória aliada
Beligerantes
Paraguai República do Paraguai Tríplice Aliança:
Império do Brasil
Argentina República Argentina
Uruguai República Oriental do Uruguai
Comandantes
Paraguai Oficiais Paraguaios Joaquim Marques Lisboa
Manuel Luís Osório
Forças
Desconhecido No mínimo 10.000 soldados
Baixas
Desconhecido, provavelmente elevadas Desconhecido, provavelmente baixas

A Batalha do Passo da Pátria foi uma batalha da Guerra do Paraguai, ocorrida entre 16 a 23 de abril de 1866[1][2], nas margens do Rio Paraná, na então posição fortificada em Paso de Patria, em que o Império do Brasil saiu vitorioso. Se desenrolou em simultâneo com a Batalha de Itapirú, durante a chamada "travessia do Rio Paraná".

A estratégia

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O Passo da Pátria era uma aldeia paraguaia, ao norte do Fortaleza de Itapiru, na margem direita do Rio Paraná. O plano era a Armada Imperial Brasileira, sob o comando de Joaquim Marques Lisboa, o Almirante Tamandaré, bombardear em ação conjunta ao Exército Imperial Brasileiro, as posições ocupadas pelo Exército Paraguaio no Passo, distraindo os paraguaios e possibilitando uma invasão naval.[2] Assim, os navios que transportavam os soldados brasileiros desembarcariam aproximadamente 10 mil soldados sob o comando do General Osório, a Fortaleza de Itapiru.[2][3]

Quadro de Cándido López retratando o combate.

No dia 16 de abril, os soldados paraguaios que defendiam o Passo, foram repelidos sob pesado fogo das embarcações brasileiras, assim, pouco depois, travou-se combate entre as primeiras companhias que desembarcaram, do  2º de Voluntários (Rio de Janeiro), ao mando do então, major Deodoro da Fonseca, assim, as forças de Osório detiveram qualquer contra-avanço paraguaio.[2][4][5] Os soldados paraguaios que tentavam um contra ataque, recuaram para a região do lago Laguna-Sirena, onde não conseguiram conter os soldados brasileiros. Na noite do mesmo dia, desembarcaram as forças uruguaias e argentinas, aliadas do Brasil.[2][4] O Forte de Itapiru foi conquistado em 18 de abril e a posição fortificada de Passo da Pátria, resistiu aos bombardeios e ataques brasileiros até o dia 23 do mesmo mês. Assim, com o caminho livre, as tropas aliadas começaram a adentrar o Paraguai.[2][6]

Consequências

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Planta do Passo da Patria Mostrando o exército aliado acampado na Argentina, iniciando a travessia no Rio Paraná e invadindo o Rio Paraguai, com o objetivo de atingir a Fortaleza de Humaitá, localizada nas margens do Paraguai.

Com a tomada da posição fortificada, o local passou a ser utilizado como posto avançado do Exército Brasileiro, sendo via essencial para o abastecimento das forças adentradas no Paraguai, com até mesmo um leve comércio se desenvolvendo na região.[2][6].

Hoje no local existe uma pequena cidade, de mesmo nome, com a economia baseada no turismo e pesca.

Referências

  1. Documentos históricos / Bibliotheca Nacional. – Vol. 1 (1928), p. 131. – Rio de Janeiro : Biblioteca Nacional, 1928-.
  2. a b c d e f g «O COMBATE DA ILHA DA REDENÇÃO E O DESEMBARQUE NO PASSO DA PÁTRIA». Secretária Geral do Exército Brasileiro. 26 de julho de 2018. Consultado em 31 de julho de 2019 
  3. Doratioto 2002, p. 209.
  4. a b Rio Branco 1946.
  5. Doratioto 2002, p. 211.
  6. a b Bello, Joaquim Cavalcanti Albuquerque (2011). Diário do Tenente-Coronel Albuquerque Bello Notas extraídas do caderno de lembranças do autor sobre sua passagem na Guerra do Paraguai. Rio de Janeiro: [s.n.] ISSN 1414-7831 
  • Doratioto, Francisco (2002). Maldita guerra: nova história da Guerra do Paraguai. São Paulo: Companhia das Letras. ISBN 9788535902242. OCLC 606977212 
  • Rio Branco, Barão do (1946). Efemérides Brasileiras. Rio de Janeiro: Min. das Relacoes Exteriores