Pica-pau-de-cabeça-amarela
Pica-pau-de-cabeça-amarela | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Pouco preocupante (IUCN 3.1) | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Celeus flavescens (Gmelin, 1788) | |||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||
Pica-pau-de-cabeça-amarela[1][2] (nome científico:Celeus flavescens) é uma ave piciforme pertencente à família Picidae. O nome Pica Pau da cabeça amarela é decorrência do vistoso topete amarelo que apresenta em sua cabeça. Trata- se de uma espécie pouca conhecida entre as outras, pela falta de pesquisas e estudos sobre o animal.
Mede em média 27 cm. Está presente desde a margem norte do baixo Rio Amazonas até o Rio Grande do Sul, sendo encontrado também no Paraguai e Argentina. Habita bordas de florestas altas, florestas de galeria e pomares. Alimenta-se de frutos no alto das árvores, descendo ao solo para comer formigas. O macho apresenta uma faixa vermelha nas laterais da cabeça, próximo à base do bico. A batida do bico no tronco da árvore é característica das espécies de Pica-pau.
Seus outros nomes comuns são joão-velho, ipecuati,[3] cabeça-de-velho e pica-pau-velho. No Rio Grande do Sul, também é chamado de bico-chã-chã.encontrado também na chapada do araripe em Jardim Ceará.
Alimentação
[editar | editar código-fonte]Alimenta-se de insetos, larvas e formigas, cupins das árvores e de grande variedade de frutas e bagas. Já foi documentado tomando néctar de flores em duas espécies de plantas do dossel, Spirotheca passifloroides(Bombacaceae) e Schwartzia brasiliensis (Marcgraviaceae), em Mata Atlântica do sudeste do Brasil.[4]
O Celeus flavescens também age como polinizador, ele toca as anteras e os estigmas com sua cabeça e pescoço quando visita várias flores de plantas diferentes, algumas destas produzem néctar abundante e diluído.[5] Tanto o consumo do sumo de fruta ou um néctar das flores é uma atividade simples para Celeus flavescens. Pois sua língua longa, preenchida de farpas ou pontas em forma de escova (Winkler & Christie 2002) pode ser tão apropriada para extrair suco de frutas maduras quanto sorver o néctar das flores.[6]
Reprodução
[editar | editar código-fonte]Constrói o ninho em buracos de formigueiros que ficam nas arvores, principalmente, árvores velhas e de grande porte, o casal elabora uma cavidade na madeira a cada período reprodutivo onde coloca de 2 a 4 ovos, que desenvolvem-se em tempo curto, de aproximadamente 12 dias.Nesse período o macho e a fêmea dividem as tarefas. O macho colabora com sua parceira chocando e cuidando dos filhotes também.Os filhotes permanecem no ninho por 1 mês, no mínimo, mesmo já tendo capacidade de vôo. Os filhotes ainda com poucos dias de nascido, agarram-se às paredes das árvores e começam a martelar como os pais, e um pouco mais tarde emitem o canto característico dos pais. Seus ninhos são utilizados por várias aves, como psitacídeos, mamíferos, como o mico-leão. Muitas vezes, estes animais se instalam em seus ninhos, expulsando os pica-paus.[carece de fontes]
Subespécies
[editar | editar código-fonte]Celeus flavescens flavescens (Gmelin, 1788) – Subespécie apresenta coloração preta no ventre e asas. Há evidencias no Sul da Bahia ao Rio Grande do Sul, Paraguai e Argentina.[7]
Celeus flavescens intercedens (Hellmayr, 1908) – Subespécie é tão escura quanto a espécie nominal, porém, mais amarronzada no abdômen, é comum apresentar tons castanhos nas asas. Ocorre do Oeste da Bahia até Goiás e Minas Gerais.[8]
Relação com a cidade
[editar | editar código-fonte]Os pica paus em geral são muito úteis para a conservação do ciclo da natureza, pois se alimentam de cupins, formigas e seus ovos, além de outros insetos nocivos à madeira. Sua presença em determinados habitats pode até servir como indicador de área verde intacta.[carece de fontes]
Ameaças
[editar | editar código-fonte]O pica-pau-da-cabeça-amarela sofre ameaça pela alteração do seu habitat natural, se encontra na Lista vermelha de espécies ameaçadas da Bahia e na lista de animais ameaçados de extinção do Ministério do Meio Ambiente. Segundo especialistas, as causas são claras e envolvem as ações humanas. Isso porque, por habitar muitas regiões serranas, a ave sofreu com construções de estradas, ferrovias, entre outras, que o fizeram sofrer com a perda de seu habitat e, consequentemente, de sua população. Além do mais, o desmatamento da mesma forma foi um fator decisivo na redução da espécie, já que o animal se alimenta, basicamente, de insetos na casca e interior de árvores. Logo, com as queimadas e a ausência das mesmas, a espécie ficou sem alimento, ocasionando a morte de muitos animais.[9]
Em contra partida o reflorestamento das áreas desmatadas com plantações de pinheiros, eucaliptos e capoeiras nativas não contribui com o desenvolvimento da espécie que dependem de arvores altas e ocas para abrigo e construção de seus ninhos. O imoderado uso de inseticidas prejudica muito a espécie, pois, consomem grandes quantidades de insetos.[carece de fontes]
Curiosidades
[editar | editar código-fonte]O pica-pau-de-cabeça-amarela (Celeus flavescens) é a ave símbolo do Observatório de Aves - Instituto Butantan. É tido como um dos mais belos pica-paus do Brasil oriental. Ele mede 27 cm e sua coloração muitas vezes varia conforme seu habitat. A variação vai do amarelo ao caramelo, com barras na parte superior reduzidas a manchas. A espécie exala um forte cheiro tipicamente resinoso. O cheiro é aderente à plumagem, talvez motivado por derivados graxos da glândula ou das próprias penas. O pica-pau-de-cabeça-amarela é encontrado geralmente em casais ou em grupos familiares de 3 a 4 indivíduos. Tamborila em sequência rápida.[carece de fontes]
Etimologia
[editar | editar código-fonte]"Ipecuati" é oriundo do termo tupi ïpe'ku a (abreviatura de a'kã) ti (abreviatura de ting), que significa "pato de cabeça branca".[10] Celeus flavescens é um termo latino que significa "esconder amarelado".[11] Estes dois nomes, assim como "pica-pau-de-cabeça-amarela", "joão-velho", "cabeça-de-velho" e "pica-pau-velho", são referências a sua cabeça amarelada, que lembra os cabelos brancos de um velho.[carece de fontes]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ «Picidae». Aves do Mundo. 26 de dezembro de 2021. Consultado em 5 de abril de 2024
- ↑ Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. ISSN 1830-7809. Consultado em 5 de abril de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 325.
- ↑ «pica-pau-de-cabeça-amarela (Celeus flavescens) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil». www.wikiaves.com.br. Consultado em 3 de dezembro de 2018
- ↑ Kaminski, Nicholas (12 de abril de 2013). «Consumo de frutos por três espécies de Picidae em área de Floresta Ombrófila Mista de Santa Catarina». Biotemas. 26 (3). ISSN 2175-7925. doi:10.5007/2175-7925.2013v26n3p261
- ↑ Firme, Daniel Honorato. «Revisão sistemática do gênero Celeus Boie, 1831 (Aves: Piciformes: Picidae)»
- ↑ Pereira, Edgard (31 de dezembro de 2001). «Resenha: BERARDINELLI, Cleonice. Estudos camonianos. 2.ed. ampl. Rio de Janeiro: Nova Fronteira: Cátedra Padre Antônio Vieira, Instituto Camões, 2000». Revista do Centro de Estudos Portugueses. 21 (29). 253 páginas. ISSN 2359-0076. doi:10.17851/2359-0076.21.29.253-256
- ↑ Figueiredo, Cairo Faleiros de. «Anatomia e identificação macroscópica das lianas da Reserva Florestal do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo, São Paulo-SP, Brasil»
- ↑ Novaes, Léo Signorini. «Adaptação osteológica para a terrestrialidade em pica-paus (Aves: Picidae)»
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 966.
- ↑ http://translate.google.com.br/