Cypraea tigris
Cypraea tigris | |||||||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||||
Cypraea tigris Linnaeus, 1758[2] | |||||||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||||
Cypraea ambigua Gmelin, 1791 Cypraea feminea Gmelin, 1791 Cypraea flammea Gmelin, 1791 Cypraea tigrina Gmelin, 1791 Cypraea pardalis Shaw, 1794 Cypraea onca Röding, 1798 Cypraea nigrescens Gray, 1824 Cypraea alauda Menke, 1830 Cypraea chionia Melvill, 1888 Cypraea flavonitens Melvill, 1888 Cypraea hinnula Melvill, 1888 Cypraea ionthodes Melvill, 1888 Cypraea russonitens Melvill, 1888 Cypraea tigris var. lyncichroa Melvill, 1888 Cypraea zymerasta Melvill, 1888 Cypraea flavida Dautzenberg, 1893 Cypraea incarna Sulliotti, 1924 Cypraea laminata Sulliotti, 1924 Cypraea tristis Sulliotti, 1924 Cypraea nephelodes Lancaster, 1928 Cypraea tigris ambolee (f) Steadman, W. R. & B. C. Cotton, 1943 Cypraea volai Steadman, W. R. & B. C. Cotton, 1943 Cypraea fuscoapicata Coen, G. S., 1949[5] |
Cypraea tigris (nomeada, em inglês, tiger cowrie[3] e, em português, cipreia-tigre;[6] sendo a mais conhecida de todas as "cowries" ou "cipreias")[7] é uma espécie de molusco gastrópode marinho pertencente à família Cypraeidae da ordem Littorinimorpha. Foi classificada por Linnaeus, em 1758, na obra Systema Naturae. É nativa do Indo-Pacífico[2][3] e considerada a espécie-tipo de seu gênero.[1]
Descrição da concha e hábitos
[editar | editar código-fonte]Concha oval e de coloração branca ou cinzento azulada, com manchas que podem ir da cor do caramelo, mais ou menos pálidas, até o castanho intenso, quase negro. Superfície lisa, brilhantemente polida e sem espiral aparente, quando desenvolvida, com sua base plana ou ligeiramente côncava; com dentes visíveis através da abertura; os do lábio externo largos e curtos e os columelares mais finos e mais longos, exceto para os quatro mais baixos, na área próxima ao canal sifonal, que são maiores e mais curtos.[4] Chegam de 9[3] a até 14 centímetros em suas maiores dimensões (na subespécie Cypraea tigris schilderiana C. N. Cate, 1961; do Havaí,[2][3][8] existindo relatos de espécimes que chegaram a até 16 centímetros).[9] Esta concha varia muito em tamanho e coloração, mas invariavelmente tem pintas ou manchas em sua superfície.[7]
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Concha de C. tigris, vista lateral.
É encontrada em águas rasas ou profundas, até uma profundidade de 30 metros, na zona de recifes de coral. Seu alimento são esponjas, gastrópodes vivos, algas marinhas, carniça[9] e pólipos de coral.[8]
Descrição do animal, subespécies e distribuição geográfica
[editar | editar código-fonte]O animal de Cypraea tigris, em um espécime adulto, é de um amarelado sujo, com expansões tentaculares dotadas de pontas brancas, espalhadas, e dotado de finas estrias negras em sua superfície. O seu manto pode estar totalmente estendido, escondendo completamente a sua concha, ou parcialmente recolhido.[10] Quatro subespécies são reconhecidas: Cypraea tigris lorenzi C. P. Meyer & Tweedt, 2017; Cypraea tigris pardalis Shaw, 1794; Cypraea tigris schilderiana C. N. Cate, 1961 e Cypraea tigris tigris Linnaeus, 1758.[2]
Esta espécie ocorre no Indo-Pacífico,[3][9] indo do leste da África, e passando pela Grande Barreira de Coral australiana, até a região central do oceano Pacífico, na Micronésia e Polinésia, incluindo o Havaí.[5][8]
Utilização de Cypraea tigris pelo Homem
[editar | editar código-fonte]Conchas de Cypraea tigris têm sido utilizadas para alimentação em muitas partes de sua área de distribuição, principalmente na zona de águas rasas;[9] também sendo usadas para trabalhos de artesanato, braceletes e camafeus.[carece de fontes] São encontradas em lojas de novidades e souvenirs. Na época da era dos descobrimentos, elas já foram as conchas favoritas dos marinheiros; mais tarde importadas, em enormes quantidades, por capitães de navios e mercadores ianques que gravaram, em suas costas brilhantes, o Pai Nosso ou poemas sentimentais, ou enfiaram algumas delas, de diferentes tamanhos, em pedaços de arame para fazer tartarugas com cabeças móveis, ou então as sujeitaram a outros absurdos para se tornarem populares na época.[11]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Cypraea pantherina [Lightfoot], 1786
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Cypraea tigris (Madagáscar), no Flickr, por Pei-Jan Wang.
Referências
- ↑ a b «Cypraea Linnaeus, 1758» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 26 de agosto de 2018
- ↑ a b c d «Cypraea tigris Linnaeus, 1758» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 26 de agosto de 2018
- ↑ a b c d e f ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 97. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0
- ↑ a b DANCE, S. Peter (2002). Smithsonian Handbooks: Shells. The Photographic Recognition Guide to Seashells of the World (em inglês) 2ª ed. London, England: Dorling Kindersley. p. 71. 256 páginas. ISBN 0-7894-8987-2
- ↑ a b «Cypraea tigris tigris» (em inglês). Hardy's Internet Guide to Marine Gastropods. 1 páginas. Consultado em 26 de agosto de 2018. Arquivado do original em 11 de agosto de 2021
- ↑ Ferreira, Franclim F. (2002–2004). «Conchas» (em inglês). FEUP. 1 páginas. Consultado em 27 de agosto de 2018. Arquivado do original em 7 de outubro de 2020
- ↑ a b WYE, Kenneth R. (1989). The Mitchell Beazley Pocket Guide to Shells of the World (em inglês). London: Mitchell Beazley Publishers. p. 59. 192 páginas. ISBN 0-85533-738-9
- ↑ a b c LINDNER, Gert (1983). Moluscos y Caracoles de los Mares del Mundo (em espanhol). Barcelona, Espanha: Omega. p. 150. 256 páginas. ISBN 84-282-0308-3
- ↑ a b c d «Cypraea tigris Linnaeus, 1758 - tiger cowrie» (em inglês). SeaLifeBase. 1 páginas. Consultado em 26 de agosto de 2018
- ↑ Budak (13 de julho de 2014). «IMG_9853 Cypraea tigris» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 26 de agosto de 2018
- ↑ COX, James A. (1979). Les Coquillages dans la Nature et dans l'Art (em francês). Paris: Librairie Larousse. p. 48. 256 páginas. ISBN 2-03-517101-6